Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 88
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88: Capítulo 88 88: Capítulo 88 Todos recuaram, com medo de se aproximar de Kimberly. No entanto, Elena, reunindo toda a sua coragem, deu passos lentos em direção a ela.
A tensão era tão densa que parecia que as próprias paredes continham a respiração.
Kimberly mexeu-se. Suas pálpebras tremularam e se abriram, mas a luz solar intensa entrando pela janela a fez franzir a testa. Ela levantou a mão para proteger os olhos.
“Kimberly, como você está se sentindo?” Elena perguntou, com a voz ligeiramente trêmula.
Kimberly virou a cabeça fracamente em direção ao som. Seus olhos piscaram, ajustando-se à luz enquanto tentava focar no rosto de Elena.
“Eu… Eu não sei. O que está acontecendo?” A voz de Kimberly era fraca, sua confusão evidente.
Os outros trocaram olhares cautelosos. O feiticeiro apertou seu cajado, o ar ao seu redor vibrando levemente enquanto ele preparava um feitiço.
“Você se lembra de alguma coisa?” Elena insistiu delicadamente, ajoelhando-se ao lado de Kimberly.
Kimberly fez uma pausa, franzindo a testa enquanto lutava para se lembrar. “Eu lembro… o ritual… depois escuridão. O sacrifício funcionou? Todos estão seguros?”
O grupo ficou em silêncio. O feiticeiro deu um passo à frente, sua voz baixa, mas firme. “Você está com fome?”
“Sim,” Kimberly murmurou, agarrando fracamente o estômago. “Eu me sinto… tão vazia.”
Um alívio tomou conta de Elena, e um pequeno sorriso surgiu em seu rosto. “Ela está bem,” Elena declarou, sua voz trêmula de alegria. Ela se virou para as camareiras próximas. “Tragam água e algo leve para comer, depressa!”
Mona cruzou os braços, seus olhos se estreitando. “Por que deveríamos acreditar nela? E se ela estiver fingindo? Ela poderia ser um perigo para todos nós!”
“Mona, chega!” Alfa Derrick ralhou, silenciando-a. “Vamos observar antes de tirar conclusões.”
Momentos depois, uma camareira retornou com uma bandeja de água, frutas e pão macio. Elena ajudou Kimberly a se sentar, apoiando seu quadro frágil. Kimberly deu pequenas mordidas, sua fome evidente, mas sua força ainda vacilante.
O feiticeiro se inclinou mais perto, observando-a cuidadosamente. “Se ela estivesse contaminada pelo núcleo escuro, ela não desejaria comida. Ela teria anseio por sangue, e sua sede seria insaciável. Por enquanto, ela parece segura.”
Mona resmungou, murmurando para si mesma, “Por enquanto.”
Elena lançou-lhe um olhar severo antes de se voltar para Kimberly. “Estamos tão felizes que você voltou. Você nos salvou, Kimberly. Você deu tudo pelo grupo.”
Kimberly franziu a testa enquanto olhava em volta da sala. “Salva? O que exatamente aconteceu? Por que todos estão me olhando assim?”
Alfa Derrick avançou com um sorriso medido. “Você terá suas respostas uma vez que tenha recuperado suas forças. Descanse agora. Você mereceu.”
Kimberly concordou hesitante. “Obrigada, Alfa.”
Quando o quarto esvaziou, Mona permaneceu, seus olhos frios e calculistas.
Sob o Grande Carvalho
Mohandia, Liza e Kaitlyn sentaram-se sob o carvalho imponente onde o ritual havia ocorrido. Seus rostos carregavam o peso do luto, seus olhos vermelhos e inchados.
“Isso significa que nunca mais veremos Kimberly?” Liza perguntou, com a voz embargada. “Onde está a paz que nos foi prometida?”
Mohandia enxugou uma lágrima. “Esta árvore… guarda muitas memórias. Kimberly não merecia isso. Ela era tão gentil, tão cheia de vida. Não é justo.”
Kaitlyn concordou, cerrando os dentes. “Tudo parece errado sem ela. O grupo parece… vazio.”
Seu pesar foi interrompido pela chegada de Jefferson. Sua expressão era neutra, mas seu tom carregava urgência. “Estão precisando de vocês no refeitório. Dona Elena convocou uma reunião.”
Os três trocaram olhares confusos.
“O que ela poderia querer agora?” perguntou Kaitlyn, sua preocupação evidente.
Mohandia suspirou, sua resolução frágil, mas firme. “Kimberly não gostaria que nos rebelássemos. Vamos.”
Eles se levantaram relutantemente, caminhando em direção ao refeitório, seus passos pesados com antecipação.
De Volta ao Quarto
Depois que todos saíram, Elena ficou com Kimberly, gentilmente afastando mechas de cabelo de seu rosto.
“Você se sente forte o suficiente para conversar?” Elena perguntou suavemente.
Kimberly concordou. “Um pouco. Mas ainda estou tão confusa. Por que sinto que estive ausente por tanto tempo?”
Elena hesitou, escolhendo suas palavras com cuidado. “Você foi… muito corajosa. Você concordou em se sacrificar para nos salvar. Mas algo milagroso aconteceu. Você voltou.”
Os olhos de Kimberly se arregalaram. “Sacrifício? Não entendo. Eu… morri?”
“Não exatamente,” Elena respondeu rapidamente. “Mas foi perto. O universo deve ter escolhido proteger você, Kimberly. Você é especial.”
Kimberly olhou para suas mãos, tentando fazer sentido de tudo. “Especial? Eu sou apenas… eu.”
A porta rangeu aberta, e a principal criada entrou, seu rosto iluminado pela alegria. “Kimberly!” ela exclamou, avançando para abraçá-la.
Kimberly endureceu inicialmente, mas logo relaxou, um pequeno sorriso adornando seus lábios. “Também é bom ver você.”
A criada se voltou para Elena, seu entusiasmo transbordando. “Todos estão falando sobre seu retorno! Estão tão felizes, senhora!”
Elena acenou com a cabeça, seu coração se enchendo de orgulho. “Vamos manter dessa forma. Kimberly precisa de descanso, não de perguntas intermináveis.”
A camareira concordou, deixando o quarto para espalhar a boa notícia.
—
A cantina estava agitada com murmúrios enquanto Liza, Mohandia e Kaitlyn entravam. Elas notaram que outras camareiras já estavam reunidas, cada rosto marcado por curiosidade e inquietação. A atmosfera estava tensa, carregada de perguntas sem resposta.
“O que será isso?” Kaitlyn sussurrou para Mohandia.
“Não sei,” Mohandia respondeu. “Mas dessa vez parece diferente.”
A conversa parou quando Elena e a principal criada entraram na sala. Todos os olhares se voltaram para elas, desesperados por respostas.
O rosto de Elena estava calmo enquanto ela se dirigia a elas. “Saudações a todos. Obrigada por virem com tão pouco aviso. Temos notícias importantes para compartilhar com vocês.”
A multidão trocou olhares, alguns crescendo impacientes.
“Primeiro,” Elena começou, “queremos reconhecer o extraordinário sacrifício de Kimberly. Sua bravura nos salvou das garras da Besta Silenciosa. Por isso, devemos a ela nossa mais profunda gratidão.”
Na menção de Kimberly, lágrimas surgiram em muitos olhos, especialmente em Liza, Mohandia e Kaitlyn.
Elena fez uma pausa, observando as emoções na sala. “Agora, o motivo pelo qual reunimos vocês aqui hoje é informar que nossos dias de medo acabaram. A ameaça se foi. A partir deste momento, a vida voltará ao normal. É hora de celebrar.”
O anúncio confundiu muitos. Embora a liberdade fosse um alívio, parecia vazia sem Kimberly.
“Mohandia, Liza, Kaitlyn—avancem,” Elena comandou, seu tom de repente autoritário.
O trio congelou, seus olhos se arregalando em surpresa. Lentamente, eles enxugaram suas lágrimas e avançaram para a frente.
Elena fixou o olhar neles. “Se vocês pudessem fazer um desejo agora, qual seria?”
Os três amigos trocaram olhares, inseguros sobre o que isso significava. Quase em uníssono, eles responderam, “Trazer Kimberly de volta à vida.”
Um lampejo de surpresa cruzou o rosto de Elena, mas ela rapidamente o disfarçou. Ela se aproximou, seu olhar penetrante. “Não a liberdade? Não a chance de viver suas vidas em seus próprios termos?”
Mohandia balançou a cabeça. “A liberdade não significa nada sem Kimberly. Ela era nossa alegria, nossa família. Sem ela, ainda estamos em cativeiro.”
Os lábios de Elena se apertaram, suas próprias emoções ameaçando vir à tona. “Se Kimberly aparecesse agora,” ela perguntou quietamente, “vocês a abraçariam, ou o medo os afastaria?”
“Medo?” Kaitlyn ecoou. “Eu a abraçaria mais forte do que nunca, viva ou morta.”
“Kimberly nos ensinou lealdade e amor,” Liza acrescentou, sua voz embargada. “Nada pode substituir o que ela significa para nós.”
Elena respirou fundo. “Então eu tenho boas notícias: Kimberly não está morta. Ela está viva.”
Sussurros encheram a sala. Antes que alguém pudesse reagir, Kimberly saiu por uma porta lateral. Ela estava lá, sorrindo suavemente, lágrimas escorrendo pelo rosto.
“Sou eu,” Kimberly disse, sua voz trêmula, mas cheia de calor. “Eu sobrevivi.”
Seus amigos congelaram em descrença. Então, como que quebrando um encanto, eles correram até ela. Mohandia jogou seus braços ao redor de Kimberly, soluçando. Kaitlyn segurou sua mão firmemente, enquanto Liza a rodeava, verificando cada detalhe.
“É mesmo você?” Liza sussurrou, sua voz tremendo.
Kimberly riu através de suas lágrimas. “Sou eu. Eu prometo. Mas há tanto para explicar.”
As outras camareiras irromperam em aplausos, avançando para abraçá-la. Kimberly estava cercada por calor e alegria.
Elena bateu palmas para chamar a atenção. “Todos, reúnam-se! Há mais para compartilhar.”
O quarto se aquietou, embora a felicidade permanecesse no ar.
O tom de Elena tornou-se sério. “Eu sei que alguns de vocês se sentiram negligenciados, como se suas vidas não importassem. Mas quero dizer isso: vocês não são apenas camareiras para nós. Vocês são família. A sobrevivência de Kimberly é prova de que lutaremos uns pelos outros, não importa o quê.”
Suas palavras provocaram aplausos, e algumas camareiras enxugaram lágrimas frescas.
A principal criada deu um passo à frente. “Com a permissão de Elena, estou feliz em anunciar que nossas rotinas irão recomeçar amanhã. Mas esta noite, celebramos. Há comida e bebida para todos!”
Aplausos irromperam novamente, e a celebração começou. As camareiras cercaram Kimberly, rindo e chorando de alívio e alegria. Suas três amigas permaneceram próximas, recusando-se a deixá-la fora de vista.
—
Enquanto isso, nos aposentos do Alfa Derrick, a raiva preenchia a sala.
“Como isso é possível?” Mona exclamou, andando furiosamente. “Morta por três dias e então viva novamente? Isso desafia tudo que sabemos!”
Derrick estava sentado num sofá, sua expressão sombria. “Algo não está certo. O corpo dela não se decompôs, e agora dizem que seu espírito simplesmente a deixou? Não faz sentido.”
“Você acha que o feiticeiro teve algo a ver com isso?” Mona perguntou, sua voz baixa e suspeita.
Derrick sacudiu a cabeça. “Não. Ele pareceu tão surpreso quanto o resto de nós. Mas Kimberly… há algo nela. Algo poderoso.”
Mona parou de andar, seus olhos se estreitando. “Então o que fazemos agora? Ela é mais perigosa do que nunca.”
Derrick sorriu, seu olhar frio. “Nós esperamos. Vamos observá-la de perto, e quando chegar a hora, atacaremos. Desta vez, ela não sobreviverá.”
Mona concordou, seus lábios se curvando num sorriso malévolo. “Vamos garantir isso.”