Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 64
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64: Capítulo 64 64: Capítulo 64 Enquanto eu estava lá, em silêncio e atônita, eu podia sentir os olhos da Dona Elena em mim, cheios de curiosidade.
“Kimberly, eu te fiz uma pergunta. Eu preciso de uma resposta,” ela disse firmemente, encarando diretamente nos meus olhos com maior intensidade.
Engoli em seco, erguendo meu rosto para encontrar o olhar dela. “Senhora, eu não sei que resposta a senhora está esperando. Eu não sinto nada sobre ter visto o Alfa ontem,” eu disse, tentando manter minha expressão neutra.
Dona Elena soltou um pequeno suspiro, apertando os olhos ligeiramente. “Mentir para mim não vai te ajudar em nada, Kimberly. Só vai te machucar a longo prazo. Seja honesta. Agora, me diga a verdade.”
Ela deu um passo para mais perto, fitando nos meus olhos enquanto esperava pela minha resposta. Havia um leve sorriso em seu rosto, mas eu sabia que ela não estava brincando.
“Tudo bem, eu vou te dizer,” eu falei, minha voz tremendo enquanto eu falava. “Eu senti raiva. Desespero. Vê-los juntos… Isso me lembrou que alguém que eu confiava como uma irmã passou pelas minhas costas e tomou tudo de mim. Agora estou presa aqui, servindo como uma escrava, enquanto eles desfrutam o que era para ser meu.” Minha voz falhou, e senti o ardor quente das lágrimas correndo pelas minhas bochechas. “Eu sinto dor todos os dias, e não acho que algum dia conseguirei me curar disso.”
Dona Elena ficou em silêncio por um momento, me observando atentamente. Então respirou fundo antes de perguntar, “O que você planeja fazer a respeito disso, Kimberly?”
Hesitei, limpando meu rosto com as costas da mão. “Não há nada que eu possa fazer, senhora. Eu durmo para fugir da dor, mas quando acordo, ela ainda está lá. Isso… tudo isso… é minha realidade agora. Não acho que isso vá mudar.”
A expressão dela suavizou, e ela inclinou a cabeça ligeiramente. “Você já pensou na liberdade? Se você tivesse a chance de sair daqui, o que faria com ela?”
A pergunta dela me pegou de surpresa. Eu a encarei, insegura do que ela estava tentando insinuar. Eu precisava ser cuidadosa com minha resposta.
“Eu não busco liberdade, senhora,” eu disse com cautela. “O que eu quero é felicidade—seja aqui ou em outro lugar. Eu só quero estar em um lugar onde haja amor, paz e amizade verdadeira.”
Dona Elena assentiu, ouvindo cuidadosamente cada palavra. Então sorriu, mas não era um sorriso que chegava aos olhos. “Este lugar está cheio de diferentes tipos de pessoas, Kimberly. Muitas delas escondem demônios atrás de seus belos rostos. Seja cuidadosa com o que diz e o que faz. Espero que você encontre a felicidade que procura um dia.”
Com isso, ela se virou e começou a se afastar. Eu a observei dar alguns passos antes de chamar, “Senhora, espere!”
Ela parou, virando a cabeça lentamente de volta para mim.
“Por que você é gentil comigo?” Eu perguntei, minha voz pequena, mas cheia de curiosidade. “Por que está fazendo tudo isso?”
Ela me encarou por um momento, com uma expressão indecifrável. Então perguntou, “Você acha que estou sendo gentil com você?”
Assenti, insegura sobre o que dizer.
“Bem,” ela disse, com um tom frio, “eu não estou fazendo isso por gentileza. Eu estou apenas garantindo que tudo funcione sem problemas. Que não haja pontas soltas. Quanto ao motivo pelo qual estou fazendo, não se preocupe. Quando chegar a hora certa, você vai entender.”
Com isso, ela se afastou, com uma postura elegante e composta. Eu fiquei lá, paralisada no lugar, tentando dar sentido às palavras dela. *O que ela quis dizer com aquilo?* Eu me perguntava, me sentindo mais confusa do que nunca.
Quando me virei para voltar ao meu quarto, notei algo pelo canto do olho. Mohandia estava à distância, me observando. No momento em que nossos olhares se encontraram, ela rapidamente se virou e se afastou, desaparecendo em outra parte do edifício.
Senti uma vontade repentina de segui-la, para ver o que ela estava tramando. Mas me contive, percebendo que ela poderia estar planejando algo contra mim. Era melhor permanecer cautelosa.
*Eu não vou cair nas suas armadilhas, Mohandia,* eu pensei. *Por que ela estaria espionando-me, afinal?*
Com esse pensamento inquietante, segui de volta ao meu quarto. Eu precisava permanecer atenta. Muitas coisas estavam acontecendo ao meu redor, e eu não podia me dar ao luxo de baixar a guarda.
Quando entrei no meu quarto, sentei-me, tentando afastar a sensação desconfortável no meu peito. Algo não estava certo, mas eu não conseguia descobrir o que era.
Apoiei a cabeça nas mãos, tentando limpar minha mente. Foi então que ouvi—a voz, suave e sussurrante, bem no meu ouvido.
“Kimberly, a luz que quebra a escuridão e a voz do universo… Eu vim entregar uma mensagem.”
Congelei, meu coração batendo forte no peito. A voz era familiar—estranhamente familiar. Eu já a tinha ouvido antes. Fiquei perfeitamente imóvel, meu corpo tenso enquanto a voz continuava.
“Você está em meio a um grande perigo. As forças ao seu redor não são de carne e sangue, mas espíritos das partes mais sombrias do universo. O destino do mundo está em suas mãos. Aja agora, antes que seja tarde demais.”
As palavras enviaram um arrepio pela minha espinha. Lentamente virei a cabeça na direção da voz, meio esperando que fosse um fragmento da minha imaginação. Mas para meu choque, vi algo—fumaça branca, flutuando em minha direção a partir do canto da sala.
Saltei para meus pés, meus olhos arregalados com incredulidade. *Estou sonhando?*
Assisti em silêncio atônito enquanto a fumaça lentamente fazia seu caminho para a janela, onde desapareceu no ar lá fora.
“O que acabou de acontecer?” eu sussurrei para mim mesma, minha voz tremendo. “Estou perdendo a cabeça?”
Andei pelo quarto, tentando dar sentido ao que acabara de ver e ouvir. *Não posso falar sobre isso com ninguém. Ninguém acreditaria em mim.*
Minha mente acelerava, e senti o pânico subindo dentro de mim. *O que eu faço?* pensei, ainda abalada pelo encontro.
*Preciso fazer algo… mas o quê?*