Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 54
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- Capítulo 54 - 54 Capítulo 54 54 Capítulo 54 Jefferson permaneceu congelado
54: Capítulo 54 54: Capítulo 54 Jefferson permaneceu congelado, incapaz de se mover ou falar, seu rosto drenado de cor. Dona Elena, com seu olhar penetrante, aproximou-se dele cautelosamente. Assim que ela tocou sua mão, ele a afastou bruscamente, como se o toque dela o tivesse chocado.
“O que está acontecendo aqui?” A voz de Dona Elena cortou o ar, sua paciência se esgotando.
O bando permaneceu em silêncio. Todos pareciam paralisados pelo medo, alguns visivelmente tremendo. A tensão era sufocante.
Finalmente, Jefferson, ainda abalado, conseguiu sussurrar, “Eu… Eu sinto muito, minha senhora. É que o que encontramos lá fora era diferente de tudo que já vimos ou ouvimos falar antes.”
Senti um calafrio percorrer minha espinha. Suas palavras eram ominosas, e o medo em sua voz era inegável. Tinha tantas perguntas girando em minha mente.
‘Que coisa poderia ser tão aterradora que até mesmo os Caminhantes Noturnos, um bando conhecido por sua força e dominação, estão assim tão assustados?’ pensei, meu coração batendo forte no peito.
Eu dei alguns passos mais perto, curiosa e inquieta, tentando ouvir mais atentamente. Dona Elena, com uma voz baixa, mas comandante, pressionou Jefferson por mais detalhes.
“O que aconteceu lá fora?” ela exigiu.
Jefferson respirou fundo antes de falar novamente. “Quando estávamos caçando, como de costume, notamos fumaça vindo de longe. Decidimos verificar. Quando chegamos lá, não encontramos ninguém — apenas madeira fumegante, como se alguém tivesse apagado um fogo momentos antes.”
Todo o bando estava atento às suas palavras. Era assustadoramente silencioso enquanto todos o ouviam, a tensão no ar aumentando a cada palavra.
“E então?” A voz de Dona Elena estava tensa com impaciência.
Jefferson hesitou, seus olhos se movendo nervosamente. “Procuramos pela floresta, pensando que poderia ser os invasores que discutimos antes. Mas… encontramos algo para o qual não estávamos preparados.”
Dona Elena deu um passo à frente, seus olhos se estreitando. “O que você viu?”
“Formas. Figuras humanas feitas inteiramente de fumaça. Eles nos atacaram… e não conseguimos feri-los. Nada do que fizemos funcionou. Eles eram… indestrutíveis. Não tivemos escolha senão fugir,” Jefferson terminou, sua voz tremendo novamente.
O bando estava atônito. Pude ver o medo refletido nos olhos de Dona Elena, embora ela tentasse escondê-lo. Os mais velhos, que estavam em silêncio, trocaram olhares preocupados. Era claro que o que Jefferson tinha visto era muito pior do que qualquer um esperava.
O mais velho dos anciãos deu um passo à frente, seu rosto sombrio, mas composto. Ele falou em um tom calmo, mas firme. “Isso é algo que ainda não compreendemos totalmente. Mas eu peço a todos que não entrem em pânico. Devemos agir com cautela. Ninguém deve andar sozinho à noite até sabermos mais sobre com o que estamos lidando. Estejam atentos aonde vão e com quem falam.”
Suas palavras eram tranquilizadoras, mas o medo em seus olhos o traía.
“Por enquanto, as corridas noturnas estão suspensas,” continuou o ancião. “Todos devem voltar imediatamente para suas casas.”
Com isso, a reunião se dispersou lentamente. Me afastei, minha mente acelerada com tudo o que acabara de ouvir. Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz familiar chamando meu nome.
“Kimberly!” Era Liza, acompanhada de Kaitlyn. Elas estavam caminhando em minha direção.
Eu queria perguntar a elas o que realmente tinha acontecido na floresta, mas me contive, não querendo parecer muito ansiosa.
“Onde você vai dormir essa noite?” Liza perguntou, olhando-me curiosa enquanto caminhávamos.
A pergunta dela me pegou de surpresa. “Onde mais eu dormiria senão no quarto que me foi dado?” respondi, um pouco confusa.
Liza deu de ombros, parecendo um pouco constrangida. “Só pensei que você poderia estar assustada após tudo que aconteceu esta noite e poderia não querer dormir sozinha.”
Suas palavras eram genuínas, mas eu havia respondido com muita rispidez. Ela estava apenas tentando ser gentil, e eu pude ver que tinha machucado seus sentimentos.
“Desculpe,” disse eu, tocando seu braço gentilmente. “Não quis ser brusca com você. Acho que estou apenas sobrecarregada com tudo que está acontecendo.” Forcei um sorriso pequeno. “O que exatamente vocês viram na floresta?”
Liza riu, me surpreendendo. Sua súbita explosão de risada parecia fora de lugar, dado a tensão.
“Por que você está rindo?” perguntei, genuinamente confusa.
“Eu só sabia que você era uma boa pessoa por baixo dessa aparência durona!” ela disse, sua risada se transformando em um sorriso amigável. “Estou feliz que você esteja falando comigo agora.”
Eu sorri de volta, mas minha curiosidade permaneceu. “Então, o que aconteceu? Foi realmente tão ruim quanto Jefferson disse?”
Liza assentiu, seu rosto se tornando mais sério. “Foi aterrorizante, na verdade. Assim como Jefferson disse, a fumaça estava viva. Não conseguimos lutar contra ela. Tivemos que correr. É por isso que perguntei onde você ia dormir. Nenhum de nós deveria estar sozinho esta noite.”
As palavras dela fizeram meu coração acelerar. Olhei para Kaitlyn, que se manteve em silêncio o tempo todo. Ela evitava o contato visual, seus olhos baixos como se estivesse tímida demais para falar.
“Kaitlyn está bem?” perguntei a Liza, ainda olhando para Kaitlyn. “Ela não fala muito.”
Liza suspirou, dando a Kaitlyn um olhar simpático. “Ela passou por muita coisa. Ela ainda não está pronta para confiar em alguém, mas eventualmente ela vai.”
Eu queria saber mais, mas não queria pressionar. Em vez disso, segui-as silenciosamente enquanto voltávamos para casa. Quando chegamos, Liza e Kaitlyn foram para o quarto delas, enquanto eu caminhava sozinha para o meu.
Quando me aproximei da minha porta, algo estranho aconteceu.
“Kimberly, o sopro de sol,” uma voz masculina e profunda chamou do escuro.
Meu sangue gelou, e antes que eu pudesse responder, corri para o meu quarto, batendo a porta atrás de mim. Meu coração estava acelerado enquanto eu me apoiava na porta, trancando-a firmemente.
O medo me dominou. A voz tinha enviado calafrios pelo meu corpo todo. Eu não sabia quem era, mas eles tinham me chamado pelo meu nome, um nome que ninguém aqui deveria conhecer.
‘Quem era aquele? O que significa?’ pensei, minha mente acelerada. Senti arrepios nos braços, e o sono parecia impossível enquanto eu sentava ali, aterrorizada e cheia de perguntas.