Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 50
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50: Capítulo 50 50: Capítulo 50 Quando abri os olhos, me encontrei deitada no chão do meu quarto com um segurança ajoelhado ao meu lado. Tentei entender a situação, mas meus olhos se arregalaram em choque quando vi Luna Catherine e Mona paradas na entrada.
“O-que está acontecendo?” gaguejei enquanto o segurança me ajudava a sentar lentamente, segurando minhas mãos gentilmente.
Instintivamente, limpei minha boca, sentindo algo úmido no canto dos lábios. Quando olhei para minha mão, vi espuma branca. “Isso é um sonho?” murmurei para mim mesma, tentando lembrar o que tinha acontecido.
“Você está bem?” o segurança perguntou, sua voz cheia de preocupação.
“Estou bem, obrigada.” Retirei minhas mãos das dele, ainda atordoada, mas mantive meu tom firme. Então me virei para Luna Catherine e Mona, ambas me observando atentamente. “Por que vocês estão aqui? Não deveriam estar lá embaixo com todos os outros?”
Os olhos de Luna Catherine se estreitaram. “Por que *você* está aqui em vez de ajudar com a procissão?”
Respirei fundo, controlando minhas emoções. “Desculpe por qualquer inconveniente, senhora. Voltarei ao trabalho imediatamente.”
Tanto Luna Catherine quanto Mona pareciam atônitas com minha calma. Sem dizer mais uma palavra, levantei e saí do quarto, meu coração acelerado, mas não deixei transparecer. Enquanto caminhava pelo corredor, ouvi os passos rápidos de uma empregada correndo em direção a elas.
“Alfa Derrick chegou!” a empregada exclamou, sem fôlego.
Vi o entusiasmo brilhar em seus rostos, especialmente no de Mona. Claro, a chegada do Alfa Derrick tinha sido esperada o dia todo, especialmente porque hoje era o noivado de Mona. Observava-as por um momento, insegura sobre como me sentir, mas rapidamente me virei e desci as escadas.
A sala de estar estava lotada de convidados—membros de várias matilhas das proximidades e da cidade. A maioria deles era dos Caminhantes Noturnos, a matilha do Alfa Derrick. Assim que entrei, senti dezenas de olhares em mim. A vergonha me cobriu, mas lutei contra ela, lembrando-me de que não tinha nada a temer.
“Por que devo me esconder?” sussurrei para mim mesma, fortalecendo meus nervos. “Todos já sabem como Alfa Derrick me rejeitou.”
Caminhei pela multidão, mantendo a cabeça erguida apesar dos sussurros que me seguiram. Uma vez lá fora, respirei fundo antes de seguir para o porão. Eu tinha que vê-lo uma última vez antes que tudo mudasse. Amanhã, eu partiria com Alfa Derrick, não como sua noiva, mas como sua escrava.
Quando cheguei ao porão, parei. Flores vermelhas estavam espalhadas por toda parte—da entrada até a cama e o sofá. Meus desenhos, uma vez esboços rudes nas paredes, haviam sido transformados em designs bonitos e intricados. Mal podia acreditar no que estava vendo.
“O que é tudo isso?” murmurei, olhando ao redor com espanto. “Quem fez isso?”
Caminhei até a cama e me sentei, passando as mãos pelo tecido macio. Era como se todo o porão tivesse sido redecorado apenas para mim.
“Você gostou?” uma voz disse de repente.
Saltei, me virando para ver Damien parado na porta.
“Damien!” exclamei, minha surpresa se transformando em sorriso. “Faz tempo.”
Ele sorriu, sentando-se ao meu lado. “Imaginei que você gostaria. Estive esperando você voltar aqui.”
“Para que tudo isso?” perguntei, gesticulando para o quarto transformado. “Por que tanto esforço?”
“Sabia que hoje seria seu último dia aqui. Queria te dar algo bom, mesmo que as coisas não tenham saído como você queria.” Ele pausou, observando meu rosto. “Preparei isso há um tempo, mas depois que seu noivado foi cancelado, você nunca mais desceu aqui.”
“Você está certo,” admiti baixinho. “Não consegui voltar depois daquela noite.”
O rosto de Damien suavizou. “Sinto muito que as coisas tenham sido assim, Kimberly.”
Assenti, tentando manter minhas emoções sob controle. “A procissão provavelmente está começando agora. Eu tinha que sair antes de começar.”
“Eu entendo.” A expressão de Damien escureceu um pouco. “Não consigo imaginar como deve ser difícil para você assistir a tudo isso.”
“Pensei que ficaria bem,” disse, minha voz tremendo. “Mas quanto mais perto chega, mais percebo quanto dói.”
“Você foi forte durante tudo isso. Mas agora você precisa ser ainda mais forte. Amanhã é o começo de um novo capítulo, não importa o quanto pareça difícil.”
Dei um sorriso trêmulo, apreciando seu incentivo. “Obrigada, Damien. Você tem sido um bom amigo durante tudo isso. Preciso de um favor, porém.”
“Qualquer coisa.” O rosto de Damien ficou sério. “Do que você precisa?”
“Ajude-me a encontrar meu pai. E meus amigos.” Minha voz agora era implorante. “Sei que estarei longe, mas preciso saber o que está acontecendo aqui. Preciso da sua ajuda para continuar procurando por eles.”
Damien me olhou, sua expressão pensativa. “Farei tudo que puder, Kimberly. Eu prometo. E não se preocupe—vou visitar você na matilha dos Caminhantes Noturnos quando puder.”
“Obrigada.” Sorri, sentindo uma pequena centelha de esperança. Damien era o único em quem eu podia confiar agora. Sir Jethro estaria ocupado demais para ajudar, mas Damien… ele estava disposto.
De repente, ouvimos aplausos altos lá fora. “Alfa Derrick e Mona estão oficialmente noivos!” alguém anunciou.
As palavras me atingiram como um soco no peito. Meu coração se despedaçou, e antes que eu percebesse, lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto. Eu havia me mantido firme por tanto tempo, fingindo ser forte, mas agora era demais.
Damien notou minhas lágrimas e gentilmente me puxou para seus braços. “Está tudo bem, Kimberly,” ele sussurrou, acariciando meu cabelo. “Desabafe. Estou aqui.”
Eu solucei em seu peito, o peso de tudo caindo sobre mim. Não me importava se alguém me ouvisse. Eu só queria que a dor parasse.
Ficamos assim por horas. Eventualmente, minhas soluços diminuíram, e adormeci no abraço de Damien. Quando acordei, já estava tarde. O porão estava silencioso, e Damien ainda dormia ao meu lado.
Com cuidado para não acordá-lo, escapei do porão. Enquanto voltava para a casa da matilha, uma voz de repente me parou.
“De onde você está vindo, Kimberly?”
Congelei, meu coração batendo enquanto olhava para cima e via o Sir Jethro…
“Kimberly! O que você estava fazendo lá embaixo?” A voz de Sir Jethro ecoou surpresa, apontando em direção ao porão.
Engoli em seco, evitando seus olhos. “N-nada, Sir Jethro!” Forcei um sorriso, rezando para que Damien não aparecesse e piorasse as coisas.
As sobrancelhas de Jethro se franziram. “Nada, huh? Então por que você continua olhando para o porão como se esperasse alguém?”
Meu coração batia. Eu tinha sido tão óbvia assim? Tentei manter a calma, forçando uma risada. “Estou bem, Sir. Sério. Não precisa se preocupar.”
Ele não estava convencido. “Bom. Mas eu não te vi na procissão de noivado do Alfa Derrick e da Mona. Onde você estava?” Seus olhos se estreitaram em suspeita.
A menção ao noivado doeu. A ideia de me tornar uma escrava da matilha dos Nightwalkers provocou uma dor aguda em meu peito. “Eu não vi motivo para estar lá!” Retruquei, afastando-me do porão.
Jethro seguiu, sua voz agora mais suave. “Eu sei que isso é difícil para você, mas e se alguém mais tivesse te pego essa noite? Você realmente acha que poderia se explicar?”
“Não preciso me explicar para ninguém!” Respondi, a raiva aumentando. Mas conforme nos aproximávamos da casa da matilha, um sentimento de inquietude invadiu. O lugar estava assustadoramente silencioso. “Onde está todo mundo?”
“Eles foram continuar as celebrações na casa dos Nightwalkers,” respondeu Jethro.
“Ah.” O silêncio se instalou ao nosso redor, e eu lutei para manter minhas emoções sob controle. “Como está indo a busca pelo meu pai?”
O rosto de Jethro suavizou. “Conseguimos algumas informações e estamos partindo amanhã cedo para verificar. Mas não posso prometer que são precisas.”
“Posso ir?” As palavras saíram antes que eu pudesse impedi-las.
Sua expressão mudou, hesitante. “Kimberly, eu não acho que você vá aguentar a viagem.”
Endureci, a realização me atingindo. “Eu sei o porquê,” sussurrei, a amargura subindo pela minha garganta. “É porque estou me mudando para a casa do Alfa Derrick amanhã, não é?”
Jethro me chamou enquanto eu subia correndo as escadas, mas eu o ignorei, trancando-me no meu quarto. Lágrimas escorreram pelo meu rosto enquanto eu desabava na cama. Amanhã, minha vida não seria mais minha.
Um toque suave na porta me assustou. Enxugando os olhos, levantei-me e a abri, esperando Jethro.
Em vez disso, fui recebida pela visão de Hannah e Louis. Meu coração acelerou e recuei, convencida de que era mais um truque cruel da minha mente.
“Não! Vocês não são reais!” Gritei, recuando para o quarto, minhas mãos tremendo.
“Kimberly!” A voz de Hannah quebrou com emoção enquanto ela avançava em minha direção. Louis a seguiu, fechando a porta atrás deles.
Minha respiração falhou. “Esperem… vocês são reais?” Sussurrei, estudando seus rostos.
“Claro que somos reais!” Louis disse, a irritação aparecendo em sua voz.
As lágrimas brotaram novamente quando percebi que realmente eram eles. “Não acredito!” Lancei-me sobre eles, abraçando-os apertado. “Onde vocês estiveram? O que aconteceu com vocês?”
“K-Kimberly, não conseguimos respirar!” Hannah ofegou, lutando em meu abraço.
Soltei-os rapidamente, rindo entre lágrimas. “Desculpa! Estou tão feliz em ver vocês! Me contem tudo!”
“É uma história longa,” disse Louis com um sorriso cansado.
“Eu tenho tempo.” Puxei-os para a cama, ansiosa para ouvir a história deles.
Os olhos de Hannah se nublaram de tristeza. “Passamos por muita coisa, Kimberly. Houve momentos que pensamos que não íamos sobreviver.”
Eu estendi a mão, acariciando suas costas gentilmente. “O que aconteceu?”
“Estávamos no café quando alguns homens estranhos tentaram nos sequestrar,” começou Louis. “Desmaiámos e acordamos num lugar que não reconhecíamos. Eles nos levaram para longe.”
“E eles iam nos matar,” acrescentou Hannah, sua voz quase um sussurro.
Meu coração afundou. “Matar vocês? Por quê?”
Hannah balançou a cabeça. “Não sabemos. A líder deles, uma mulher, ordenou isso. Mas na noite em que planejavam nos matar, uma figura estranha apareceu. Alguém que não conseguíamos identificar—talvez homem, talvez mulher. Eles nos ajudaram a escapar.”
Eu ouvia, minha mente correndo de volta para as filmagens que tínhamos visto na casa abandonada. A figura—poderia ser a mesma pessoa?
“Então essa pessoa ajudou vocês a sair?” Insisti, inclinando-me mais para perto.
“Sim. Eles nos guiaram para fora do covil, mas depois que saímos… tudo ficou em branco novamente,” explicou Louis, seu rosto escurecendo enquanto lembrava.
Arrepiei-me. “Onde vocês acabaram?”
Louis e Hannah trocaram um olhar, o ambiente se tornando tenso com o medo não dito deles.
“Acordamos em um lugar pior,” sussurrou Hannah. “Muito pior.”
O silêncio se estendeu, meu pulso acelerando enquanto eu aguardava que eles explicassem o próximo capítulo de sua terrível provação.