Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 39
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39: Capítulo 39 39: Capítulo 39 Raymond estava ao lado do médico assistente enquanto o doutor verificava os sinais vitais e o pulso do Alfa Darwin. O médico, muito mais velho que Darwin, tinha cabelos grisalhos e rugas profundas. Seus óculos antigos e jaleco fora de moda o faziam parecer que pertencia a outra era.
“Doutor, como ele está?” Raymond perguntou, apontando para o Alfa Darwin, que jazia imóvel na cama, de olhos fechados. “O que há de errado com ele?”
O médico fez uma pausa antes de responder, “De todos os exames que fizemos, aparentemente ele tem um tumor cerebral. É muito sério.”
O rosto de Raymond caiu. “Um tumor cerebral? Você tem certeza?”
“Sim,” o médico respondeu com firmeza. “Ele precisa de cirurgia o mais rápido possível.”
Raymond suspirou. “Certo. Informarei a chefe e lhe direi a resposta dela.”
“Muito bem,” o médico acenou com a cabeça, voltando-se para verificar Darwin.
Raymond deixou o quarto, pensativo. Enquanto caminhava pelo corredor em direção aos aposentos da supervisora, ele sentiu um leve toque em seu ombro. Ele se virou, assustado, apenas para encontrar Julie sorrindo para ele.
“Julie?” Os olhos de Raymond se estreitaram enquanto ele olhava rapidamente ao redor para ver se alguém os estava observando. “O que você está fazendo aqui?”
“Só queria dizer oi!” Julie respondeu, sua voz tingida de tristeza. “Isso agora é tão errado? Não podemos nem nos cumprimentar mais?”
Raymond franziu a testa. “Eu te disse para parar de agir como se me conhecesse. Você é tão teimosa! E se alguém nos vir? Você quer causar mais problemas? Pense antes de agir!”
Suas palavras duras atingiram Julie com força, mas ela conseguiu manter a compostura. Raymond não esperou pela resposta dela e saiu em direção ao escritório da chefe.
Julie permaneceu parada, ferida pelas palavras dele, mas rapidamente enxugou suas lágrimas. Determinada, ela seguiu Raymond à distância. Após alguns minutos, Raymond de repente parou e se virou para enfrentá-la.
“Por que você simplesmente não me escuta?” ele exigiu, sua voz fria. “Por que você está me seguindo?”
Sem responder, Julie passou por ele, seu rosto endurecido de raiva. Ela avançou à frente, sem sequer olhar para trás.
Raymond permaneceu imóvel, chocado. Ele não havia esperado que ela reagisse daquela maneira. Enquanto a observava se dirigir aos aposentos da chefe, sua curiosidade cresceu. **Por que ela está indo lá?** ele se perguntou.
Sacudindo sua surpresa, Raymond correu atrás dela. Ele rapidamente a alcançou e agarrou seu pulso, detendo-a em seus passos. “Para onde você está indo?” ele exigiu, olhando em seus olhos.
“Isso não é da sua conta!” Julie estalou, sua voz cheia de frustração. “Você não tem mais o direito de me perguntar nada!”
Raymond ficou atordoado com a rebeldia dela. Ela sempre tinha sido tão complacente, mas agora ela estava enfrentando-o. Ele não sabia como reagir.
“Do que você está falando, Julie? Só estou tentando cuidar de você!” Raymond protestou, seus olhos arregalados de descrença.
Julie o encarou. “Cuidar de mim? Você me disse que precisávamos de espaço, lembra? Então por que está agindo assim agora?”
Raymond hesitou. “Você sabe por que eu disse isso. É melhor para nós dois a longo prazo.”
“Melhor para nós?” Julie zombou. “Tudo o que você fez foi me afastar. Agora, me deixe em paz. Estou te dando o espaço que você queria.”
Com isso, ela arrancou o pulso e começou a andar novamente, mais rápido desta vez. Raymond ficou paralisado, ainda processando as palavras dela.
De repente, uma voz familiar interrompeu o momento tenso. “O que é isso sobre espaço?” a voz arranhada de George veio por trás de Julie, assustando tanto ela quanto Raymond.
Os olhos de Julie se arregalaram em choque. Ela se virou lentamente para enfrentá-lo, sua voz trêmula. “G-George, o que você está fazendo aqui?”
Raymond se enrijeceu, piscando rapidamente enquanto o medo da reputação de George se instalava sobre ele. George era conhecido por causar confusão, e ouvir essa conversa só iria piorar as coisas.
George levantou uma sobrancelha, seus olhos afiados correndo entre Julie e Raymond. “Eu estava a caminho de ver a chefe quando notei vocês dois discutindo sobre algo importante.”
Julie se mexeu desconfortavelmente, evitando o olhar de George. “Não é nada,” ela murmurou rapidamente. “Eu tenho que ir.”
Sem esperar por uma resposta, ela partiu apressada, seus passos ecoando no corredor.
George e Raymond a viram ir, mas nenhum dos dois falou. Uma vez que ela desapareceu pelo corredor, George voltou-se para Raymond, seus olhos se estreitando.
Raymond sentiu o olhar intenso de George queimando sobre ele, fazendo-o se contorcer. O silêncio entre eles se estendeu, denso de tensão não dita.
Finalmente, Raymond quebrou o silêncio, sua voz trêmula. “Eu-Eu preciso ir também,” ele gaguejou, virando-se para sair.
Mas antes que ele pudesse dar um passo, a voz de George o parou friamente. “Espere. Você não explicou o que Julie quis dizer com ‘espaço.’ O que está acontecendo entre vocês dois?”
Raymond congelou, o pânico subindo em seu peito. Ele esperava que George não tivesse ouvido toda a conversa, mas agora ele se deu conta que não havia escapatória. Ele lentamente se virou para encarar George, lutando para encontrar as palavras certas.
“Uh, não é nada, de verdade,” Raymond gaguejou, tentando minimizar a situação. “Apenas um mal-entendido.”
George não estava convencido. Seus olhos se estreitaram ainda mais. “Um mal-entendido? Não parece. Pode explicar?”
Raymond engoliu em seco, sentindo o peso do escrutínio de George. “É… pessoal. Nada que te diga respeito ou ao chefe.”
George se aproximou, sua presença intimidadora. “Tudo me diz respeito quando se trata do chefe. Então, desembucha.”
A mente de Raymond acelerou. Ele não podia deixar George investigar mais a fundo, ou as coisas sairiam do controle. “Olha, é só sobre manter as coisas profissionais. Só isso.”
George inclinou a cabeça, estudando o rosto de Raymond. “Profissional, é?” Seu tom era cético. “Não parece que é o que a Julie pensa.”
Raymond cerrava os punhos, sua frustração crescendo.
—
POV de Kimberly
A votação concluiu depois de quase dez minutos, e eu não conseguia evitar de sorrir para Sir Jethro de vez em quando. Sete dos onze membros do conselho votaram para Sir Jethro se tornar o novo CEO, enquanto os cinco restantes estavam firmemente do lado de Luna Catherine.
Alfa Derrick, que era apenas um convidado na reunião, não votou, e Mona, sendo menor de dezoito, também não era elegível para participar. Ela só estava lá porque Alfa Derrick a convidou, então ela sentou quietamente, observando tudo se desenrolar.
Se contássemos os votos de Sir Jethro e os meus contra os de Luna Catherine, somariam nove votos para Sir Jethro e seis para Luna Catherine. Isso significava que havíamos garantido com sucesso a liderança temporária de Sir Jethro na empresa.
Eu escaneei o sala, observando as reações de todos. Ninguém parecia muito chateado que Sir Jethro tinha assumido por enquanto, mas o rosto de Luna Catherine estava contorcido em fúria silenciosa. Ela estava claramente insatisfeita com o resultado.
“Baseado nos resultados gerais, Sir Jethro assumirá como presidente interino até que Alfa Darwin se recupere,” anunciou Sr. Austin novamente, provocando uma rodada de aplausos e gritos entusiasmados.
Enquanto todos batiam palmas e comemoravam, Luna Catherine de repente levantou-se, com uma expressão gelada. “Já que terminamos aqui, vou me retirar”, disse ela friamente, e saiu da sala sem mais uma palavra.
Alfa Derrick e Mona a seguiram para fora, sem dizer nada. Seus rostos estavam nublados com emoção, claramente machucados pelo resultado. Mas eu não ligava para como eles se sentiam. O que importava era colocar a empresa em ordem antes que meu pai voltasse.
Eu sabia lá no fundo que, até meu pai estar bem o suficiente para retomar sua posição, eu talvez não estivesse mais por perto. Então, colocar Sir Jethro no comando agora era a escolha mais sábia que eu poderia fazer.
Depois de todos terem deixado a sala, restaram apenas Sir Jethro e eu. Levantei-me e caminhei até ele, sorrindo.
“Parabéns, Sir Jethro! Estamos todos animados para ver como você irá liderar a empresa para ainda mais sucesso!” Disse calorosamente, estendendo ambas as mãos para um aperto de mãos.
Sir Jethro pegou minhas mãos e sorriu de volta. “Obrigado, Kimberly. Honestamente, eu não esperava que você me indicasse para isso. Me pegou de surpresa.”
Eu dei uma risada. “Vamos lá, Sir Jethro, se eu tivesse alguém em mente, eu teria mencionado. Mas eu sabia que você era a escolha certa! Eu não poderia deixar alguém como Luna Catherine conduzir as coisas—ela só se importa consigo mesma. Precisamos de um líder forte como você para levar esta empresa ao próximo nível.”
Ele pareceu genuinamente tocado. “Eu valorizo sua confiança em mim, Kimberly. Não vou te decepcionar nem o conselho. Farei tudo ao meu alcance para me provar.”
“Tenho certeza que vai”, eu disse, radiante olhando para ele. Então, decido perguntar a questão que estava em minha mente. “Agora que você está assumindo essa responsabilidade, isso significa que você finalmente voltará para a casa do pacote?”
Ele olhou para mim, seus olhos brilhando. “Sim, querida. A partir deste fim de semana, estarei retornando para a casa do pacote”, disse ele, rindo.
Sua resposta me encheu de alegria. Finalmente, alguém em quem eu confiava estaria por perto para supervisionar as coisas na casa do pacote, especialmente antes da cirurgia do meu pai. Eu sabia que Luna Catherine poderia tentar algo contra ele, mas Sir Jethro seria mais do que capaz de lidar com ela.
“Então, Kimberly”, ele disse, interrompendo meus pensamentos. “Agora que a situação da empresa está resolvida, o que você planeja fazer a seguir?”
A pergunta me trouxe de volta à realidade. Senti uma onda de tristeza me cobrir. Eu não tinha ideia de onde meu pai estava ou em que condições ele estava. Eu só queria vê-lo novamente antes que meu destino com Alfa Derrick e Mona fosse selado.
Eu sorri com fraqueza. “Eu ainda não tenho planos. Estou apenas torcendo para ver meu pai e meus amigos antes que o noivado de Alfa Derrick e Mona torne-se oficial.”
Sir Jethro suspirou, sua expressão sombria. “Sinto muito, Kimberly. Eu gostaria de ter feito mais para impedir. Seu pai e eu tentamos, mas não havia nada que pudéssemos fazer para desfazer o noivado. Ninguém está em posição de desafiar a decisão de Alfa Derrick.”
“Não é sua culpa, Sir Jethro,” eu disse, tentando soar tão tranquilizadora quanto possível. “Está fora de nossas mãos agora. Luna Catherine provavelmente está planejando acelerar o noivado, então eu só terei que lidar com isso.”
“Você provavelmente está certa,” Sir Jethro disse, assentindo em concordância. “Ela vai querer apressar as coisas, mas não se preocupe demais com isso. Só foque em se manter forte.”
Eu lhe dei um olhar determinado. “Não importa o que ela esteja planejando. Minha prioridade agora é encontrar meu pai e meus amigos. Eu vou para a cidade procurar por eles.”
“O quê? Kimberly, não! Isso é muito perigoso!” Os olhos de Sir Jethro se arregalaram em alarme. “Temos pessoas procurando por eles já. Você não precisa se colocar em perigo. Eu não posso arriscar perder você também depois do que aconteceu com seu pai.”
Eu pude ouvir a preocupação em sua voz, mas eu estava decidida sobre o que eu tinha que fazer. Eu acenei e sorri, decidindo não discutir. Ele estava certo, claro, mas eu sabia que eu não podia apenas ficar parada sem fazer nada.
Foi então que o telefone de Sir Jethro vibrou com uma nova mensagem. Ele conferiu, o rosto ficando sério.
Eu vi a mudança em sua expressão e senti um nó formar em meu estômago. “O que foi, Sir Jethro? O que você leu?”
Ele engoliu em seco, me olhando preocupado. “O noivado… Vai acontecer daqui a dois dias.”