Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 34
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34: Capítulo 34 34: Capítulo 34 “Kimberly, Kimberly, Kimberly!” alguém sussurrou meu nome três vezes, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Esfreguei os olhos, tentando descobrir quem estava me chamando. Abrindo os olhos lentamente, percebi que não estava em um lugar familiar.
“Onde estou?” gritei, levantando-me de um pulo. Meu coração disparou quando percebi que ainda estava na floresta onde tínhamos vindo procurar por Hannah e Louis. Minha mente lutava para entender como terminei aqui.
“O que está acontecendo? Por que estou aqui? Cadê o Damien? Isso é um sonho?” eu continuava me perguntando, mas não havia respostas, apenas silêncio.
Olhei para baixo e vi que estava deitada no chão frio da floresta. Belisquei minhas bochechas repetidamente, esperando acordar se isso fosse apenas um sonho bizarro. Mas nada mudou. A floresta parecia real demais, vívida demais.
“Damien”, sussurrei o nome dele, esperando que ele aparecesse. Mas o silêncio que me cercava só me fazia sentir mais sozinha. Enquanto eu estava ali parada, minha memória voltou—estar com Damien, sentir a calidez da pele dele na minha—e então adormecer em seus braços. Mas agora… agora eu estava aqui, sozinha.
Minha cabeça girava com confusão. Como terminei aqui sem ele? Comecei a andar de um lado para o outro, desesperada para entender o que aconteceu quando de repente notei um homem velho parado por perto. Ele estava vestido com um terno branco, de costas para mim enquanto ajustava alguma coisa.
Prendi a respiração, tropecei em uma pequena pedra, mal conseguindo me equilibrar. “Q-quem é v-você?” gaguejei, minha voz tremendo de medo.
Sem se virar, o homem velho falou, “Estranho que você não me reconheça. Já vi você por aí.”
Sua voz era rouca, ecoando pela floresta. Cada palavra parecia voltar, tornando sua presença ainda mais inquietante.
“Se você me conhece, então mostre-se!” exigi, tentando parecer mais corajosa do que me sentia. “Quem é você, e por que estou nesta floresta? O que está acontecendo?”
O homem riu, uma risada macabra. “Haha… mesmo que eu me revele, você ainda não saberá quem sou. Mas isso não importa. Estou aqui apenas para entregar uma mensagem, e então irei embora.”
Franzi a testa. “Uma mensagem? Que mensagem?” Minha voz vacilava com confusão. O que um homem velho poderia querer comigo? “Antes de dizer qualquer coisa, só me diga onde estou. Estou sonhando ou isso é real?”
A postura do homem velho não mudou enquanto ele falava. “Isso é real, Kimberly. Você está aqui porque foi aqui que você nasceu, bem ao lado daquele árvore.”
Dei um passo para trás, meus olhos arregalados de descrença enquanto olhava para a árvore a que ele apontou. “Isso é impossível”, murmurei. “Eu nasci em um hospital… meu pai me disse isso!” As palavras saíram tremidas, enquanto minha mente tentava rejeitar a afirmação dele.
“É mentira”, respondeu o homem velho, sua voz calma. “Sua vida inteira tem sido uma mentira. Desde o dia em que nasceu, a verdade tem sido escondida de você.”
Suas palavras me atingiram como um soco no estômago. Eu queria gritar com ele, negar o que ele estava dizendo, mas uma pequena parte de mim estava aterrorizada de que ele pudesse estar certo. “Você está mentindo,” eu disse, minha voz mal acima de um sussurro. “Meu pai nunca mentiria para mim.”
O homem velho deu de ombros, imperturbável. “Acredite no que quiser. Não muda a verdade. Agora, você está pronta para a mensagem?”
Olhei para ele, incerta do que dizer. Quem era esse homem? O que ele queria de mim? “Tudo bem,” murmurei. “Diga-me a mensagem.”
Lentamente, o homem se virou para mim. Engasguei, chocada com a intensidade de seus olhos injetados de sangue. Ele parecia muito mais jovem do que eu esperava, talvez na casa dos quarenta. Mas havia algo nele… algo perturbador.
“Você precisa reacender o seu poder,” ele disse firmemente, seus olhos fixos nos meus. “O mundo precisa de você, Kimberly. Você tem uma responsabilidade.”
“Que poder?” perguntei, minha voz tingida de descrença. “Eu não tenho poder nenhum. Você pegou a pessoa errada!”
O homem balançou a cabeça, se aproximando de mim. “Não. O sábio nunca se engana. Você tem poder além do que lhe foi dito, e agora é a hora de despertá-lo.”
Dei outro passo para trás, meu coração batendo forte no peito. Ele estava falando sério? Ele realmente achava que eu tinha algum tipo de poder oculto? “Olha,” eu disse, tentando manter minha voz estável, “o único poder que tenho é ser uma lobisomem, e mesmo isso parece que está desaparecendo. Então pare de tentar mexer com minha cabeça.”
A expressão do homem não mudou. Ele continuou falando como se não tivesse me ouvido. “Há vinte e um anos atrás, nesta mesma floresta, uma menina nasceu. Aquela criança estava destinada a empunhar a força mais poderosa do universo e a proteger o mundo dos lobisomens malvados ameaçando a humanidade.”
Suas palavras me pararam no meio do caminho. Por um momento, eu não sabia no que acreditar. Meus pensamentos estavam acelerados, tentando juntar tudo. “Você está dizendo… que eu sou essa criança?” perguntei, minha voz quase um sussurro. “Como isso é possível?”
“É verdade,” disse o homem, sua voz firme e tranquila. “E agora, é hora de você despertar o seu poder. As respostas que você procura estão nesta floresta.”
Olhei para ele, minha mente girando. Isso poderia ser real? Ou era algum tipo de truque elaborado? “Antes de eu pensar em acreditar em você,” disse eu, meu tom sério, “me diga se isso é real ou se eu ainda estou sonhando.”
O homem riu novamente, seus olhos brilhando. “Isso não é um sonho, Kimberly. Você precisará acordar para a verdade em breve.”
Antes que ele pudesse dizer mais, ouvi alguém chamando meu nome por trás de mim…
—
“Ei, o que exatamente você está planejando fazer conosco?” Hannah gritou para o Doutor Eugene, lutando contra as tiras que a seguravam na cadeira.
Doutor Eugene ignorou-a, continuando calmamente a montar o equipamento de que precisava para o seu experimento. Suas luvas brancas e o jaleco rebrilhavam sob a luz intensa, e ele misturava silenciosamente químicos em um recipiente de vidro como se Hannah não tivesse dito uma palavra.
“Você acha que o que quer que você tenha planejado para nós vai funcionar?” Louis perguntou irritado da sua própria cadeira, encarando o médico. “Eu aposto que você não vai ter sucesso!”
“Sinto muito que você pense assim,” Doutor Eugene respondeu suavemente, sem sequer olhar para eles.
Hannah e Louis trocaram olhares assustados. Seus olhos revelavam o mesmo medo que ambos sentiam, sabendo que algo terrível estava prestes a acontecer. Louis já havia atingido seu limite e estava muito frustrado para confortar Hannah ainda mais. Eles sabiam que a chance de ter uma vida normal havia acabado no momento em que foram arrastados para dentro desta sala. O médico estava se preparando para experimentar em seus corpos, e não havia escapatória.
Enquanto isso, Shane e Steve observavam toda a cena se desenrolar em um monitor em outra sala. A grande tela exibia uma transmissão ao vivo do laboratório, onde Hannah e Louis estavam inutilmente amarrados às suas cadeiras.
“Você está vendo isso?” Steve perguntou, olhando atentamente para a tela. Seus olhos estavam arregalados de preocupação. “Olhe para os olhos deles. Algo está errado.”
“O que você quer dizer?” Shane respondeu, olhando para o monitor. “Eu não vejo nada de incomum.”
Steve balançou a cabeça. “Não, sério. Olhe mais de perto. Quando eu falei com eles pela última vez, os olhos deles não estavam assim. Algo mudou.”
Shane franziu a testa para a tela, mas continuou incerto. “Eles parecem bem para mim.”
Steve soltou um suspiro frustrado. “Não, eles não estão bem! Olhe de perto, Shane! O branco dos olhos deles está desaparecendo. E a pele deles… está ficando pálida. Além disso, seus músculos—olha só! Eles estão crescendo! Olhe os braços deles!”
Os olhos de Shane se arregalaram ao finalmente notar o que Steve estava falando. Ele deu um passo para trás do monitor, com o rosto cheio de choque. “Espere, eles estão… eles estão se transformando?”
“Parece que sim!” Steve disse ansiosamente, correndo para o microfone no painel de controle. Ele pegou e falou nele, com uma voz urgente. “Doutor Eugene, você consegue me ouvir?”
“Sim, Sr. Steve, eu ouço você claramente,” Doutor Eugene respondeu em um tom calmo e baixo. Sua voz não demonstrava nenhum sinal da preocupação que Steve estava sentindo.
“Você precisa sair dessa sala imediatamente,” Steve avisou, elevando a voz. “O que quer que você esteja fazendo, pare! Não perturbe eles mais!”
Doutor Eugene fez uma pausa e olhou para a câmera confuso. “O que você quer dizer? Estou quase terminando aqui, só misturando os últimos químicos. Tem algo errado?”
“Eles estão se transformando!” Steve gritou. “Saia agora, antes que seja tarde demais!”
“O quê?” Doutor Eugene exclamou, deixando cair o químico que estava segurando. O vidro se estilhaçou no chão, seu conteúdo se espalhando por todo lado. Ele se virou lentamente para olhar para Hannah e Louis, e seu rosto empalideceu de horror. Ambos já estavam mudando diante de seus olhos.
“Todos, para fora! Agora!” Doutor Eugene gritou, agarrando os dois seguranças com ele e correndo em direção à saída.
A porta bateu atrás deles justamente quando Hannah e Louis completavam sua transformação. Pelos cobriram seus corpos e seus dentes cresceram e se tornaram longos e afiados. As roupas que vestiam rasgaram-se, deixando apenas farrapos enquanto suas novas formas cresciam, maiores e mais selvagens.
Dentro da sala de observação, Shane soltou um profundo suspiro de alívio. “Graças a Deus eles conseguiram sair a tempo,” ele disse, enxugando o suor da testa. “Foi por muito pouco. O Doutor Eugene mal saiu de lá com vida.”
Steve permaneceu em silêncio, seu coração ainda acelerado. Ele estava abalado por quão perto haviam chegado ao desastre. “Se nós não tivéssemos percebido o que estava acontecendo…” Steve não conseguiu terminar sua frase. Suas mãos tremiam.
“Você precisa ir verificar o Doutor Eugene,” Steve finalmente disse, respirando fundo para se acalmar. “Diga para ele ficar longe daquela sala até sabermos que está seguro. E garanta que os outros saibam para não chegar perto dela.”
Shane assentiu rapidamente. “Entendido. Eu vou agora.” Sem dizer outra palavra, ele correu para fora da sala de observação.
Sozinho, com a mente acelerada, Steve encarava o monitor, assistindo aos lobisomens transformados se debaterem pelo laboratório. Hannah e Louis, que antes eram humanos, agora eram feras selvagens, esmurrando as paredes, seus rosnados ecoando pelos alto-falantes.
Steve não conseguia desviar o olhar. “Isso realmente está acontecendo?” ele murmurou para si mesmo, incapaz de acreditar no que estava vendo. Ele havia ouvido histórias sobre lobisomens durante toda a sua vida, mas nunca tinha visto um transformar-se bem diante de seus olhos. Era uma visão arrepiante, e parte dele não podia deixar de sentir uma estranha mistura de medo e fascínio.
“Então é isso que eles se tornam,” Steve sussurrou. “Os olhos deles… seus corpos…”
Enquanto falava, uma expressão estranha cruzou seu rosto, uma mistura de horror e empolgação. Ele estava hipnotizado pela transformação, cativado pelo poder bruto das criaturas que antes eram Hannah e Louis.
De volta ao laboratório, Hannah soltou um grito lancinante, fazendo Steve pular. Ela havia entrado em contato com o químico derramado com o qual Doutor Eugene estava trabalhando, e a dor era insuportável. Seu uivo ecoou pela sala, um som aterrorizante que fez Steve estremecer.
“Hannah!” Steve sussurrou, inclinando-se mais perto da tela. Ele assistiu enquanto o corpo dela convulsionava, com o químico fazendo seus músculos se retorcerem e seus pelos se arrepiarem. Louis rosnava ao lado dela, com as presas à mostra, suas garras riscando o chão.
“Eles são perigosos agora,” Steve murmurou para si mesmo, com uma realização sobre ele. “Nós temos que mantê-los contidos.”
Mas, no fundo, ele sabia que isso era apenas o começo. O que quer que tivesse acontecido com Hannah e Louis, o que quer que Doutor Eugene estivesse tentando fazer—tudo havia mudado agora.
E não havia volta.