Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 24
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24: Capítulo 24 24: Capítulo 24 Steve apertou o celular com tanta força que era um milagre ele não ter quebrado. Seu corpo tremia de choque—pânico e raiva corriam por ele.
Ele tinha que se manter focado. Se não, a preocupação o mataria antes que ele encontrasse Shane.
Andando de um lado para o outro, ele discou o número de Shane novamente. O telefone tocou sem parar. Nenhuma resposta.
“Vamos, Shane… atenda!” ele murmurou, a frustração crescendo.
Sem conseguir esperar, ele ligou para Thomas, um dos homens de Shane. Thomas atendeu imediatamente, com a voz trêmula.
“Alô… chefe.”
“Onde está Shane?” Steve rosnou.
“Nós… nós não sabemos,” Thomas gaguejou.
“Como assim vocês não sabem? Vocês estavam com ele!”
Thomas hesitou. “Chefe, depois que incendiamos a casa como Shane mandou, ele desapareceu. Pensamos que ele tinha ido para casa.”
“Encontre-o,” Steve ordenou. “Não volte até que o faça.”
Ele desligou, o peito arfando. Sua mente corria. Onde estava Shane? Quem ousou tocá-lo?
Seus olhos amaldiçoados—um vermelho, um cinza—fizeram dele um recluso na maior parte de sua vida. Escondido, obrigado a usar lentes de contato, ele aprendeu a manter sua identidade secreta, seu poder ainda mais.
O telefone tocou. Steve agarrou-o. “Fale.”
“Chefe, encontramos o celular de Shane. Estava no chão ao lado do carro dele.”
O coração de Steve pulou uma batida. “E?”
“Há… sangue. No chão e no celular.”
Um calafrio percorreu sua espinha. Ele cerrou os dentes. “Não me ligue até que o encontre.”
Desligando, ele encarou o telefone incrédulo. Sangue. O celular de Shane. Ele acendeu um cigarro, inalando profundamente. De quem era o sangue?
Ele precisava de respostas. Agora.
Discando a instalação onde mantinham Hannah e Louis, os dois lobisomens que Shane estava perseguindo, ele ordenou aos guardas que os levassem à câmara de interrogatório.
Ele assistiu pelo monitor enquanto seus corpos inconscientes eram arrastados para dentro. Ajustando o microfone preso à sua camisa, ele falou. “Vocês me ouvem?”
“Sim, senhor!” os guardas responderam em uníssono.
“Acordem-nos.”
Uma descarga elétrica afiada acordou ambos. Seus olhos se movimentavam em pânico.
“Onde estamos?” Hannah ofegou.
“Quem é você?” Louis exigiu, puxando Hannah para perto.
Os guardas permaneceram em silêncio, observando.
“Por que eles não estão falando?” Hannah sussurrou.
Louis murmurou, “Eles podem nos ouvir. Só estão fingindo que não.”
Steve já tinha ouvido o suficiente. “Escutem bem!”
Hannah e Louis se encolheram.
“Quem está aí?” Louis chamou.
“Eu faço as perguntas,” Steve rosnou. “Para onde Shane foi?”
Louis franziu o cenho. “Shane? Não conhecemos um Shane.”
“Não mintam para mim. Vocês estavam fugindo dele. Onde ele está?”
Hannah se agarrou a Louis. “Nós… nós não sabemos,” ela gaguejou. “Por favor, não sabemos onde Shane está.”
Steve apertou a mandíbula. Se eles não estavam mentindo, onde diabos estava Shane?
Ele se inclinou. “Certo. Mas marquem minhas palavras, vocês vão me ajudar a encontrá-lo.”
“Quem está dizendo essas palavras?” Hannah sussurrou, sua voz mal acima de um sopro.
Sem resposta. Apenas silêncio.
Eles ficaram parados, olhos arregalados, esperando.
“Vocês ouvem isso?” A voz de Louis estava trêmula.
“Shh.” Hannah virou-se em direção a um pequeno ponto preto no teto. “Olhe. É uma câmera. Alguém esteve nos observando.”
Louis engoliu em seco. “Mas quem?”
A voz retornou, mais alta. “Eu os salvei de onde vocês já deveriam estar mortos.”
Louis ofegou. “É ele… a pessoa que nos ajudou a escapar!”
O coração de Hannah disparou. “Eu nunca imaginei que seria um homem…”
Ela se aproximou da câmera. “Obrigada por nos ajudar,” ela disse. “Não sabemos como retribuir, mas somos gratos.”
Steve franziu a testa. Do que eles estão falando? Ele não tinha tentado esconder sua identidade quando a equipe de Shane os capturou.
Ele quase riu de quão errados eles estavam, mas sua preocupação por Shane o impediu de sorrir. Ele se recostou, dedos tamborilando na mesa.
“Vocês ainda não estão fora de perigo,” ele disse. “Escutem bem novamente. Amanhã, vocês farão parte de um experimento. Preciso da colaboração de vocês.”
“Que tipo de experimento?” Louis perguntou com cautela.
“Preciso de amostras de sangue.”
Os olhos de Hannah se arregalaram. “Por quê? O que você está planejando?”
“É crucial para minha pesquisa. Estou avisando para não haver surpresas.”
Louis encarava a câmera. “Por que deveríamos confiar em você?”
Steve suspirou. “Estou sendo razoável. Quer vocês queiram ou não, o experimento vai acontecer. Melhor cooperarem.”
“Nós não vamos!” Hannah gritou. “Não estamos vendendo nosso sangue!”
A paciência de Steve se esgotava. “Seu sangue raro é exatamente por isso que isto é importante. Estou oferecendo uma fortuna em troca.”
“Você pode pegar seu dinheiro e apodrecer no inferno!” Hannah cuspiu. “Não somos suas cobaias!”
A calma fachada de Steve rachou. “Certo. Se é assim que vocês querem jogar, eu não vou forçar vocês… ainda. Tirem-nos daqui!”
Guardas entraram correndo, arrastando-os para fora. Steve desligou o monitor e arrancou os cabos.
“Imbecis ingratos,” ele murmurou, jogando o controle pelo quarto. Sua frustração se transformou em determinação fria como aço. Ele pegou seu celular e discou.
“Thomas, quão perto você está de encontrar Shane?”
“Estamos seguindo uma pista,” Thomas respondeu. “Uma possível localização perto da propriedade abandonada. Tem um abrigo subterrâneo.”
Steve tensionou. “Um abrigo? Como vocês descobriram?”
“Um caçador nos deu a dica. Ele viu alguém entrando e saindo, sempre disfarçado.”
As entranhas de Steve se torceram. “Thomas, não se precipite. Pode ser uma armadilha. Seja cauteloso.”
Thomas hesitou. “Entendido, chefe.”
“Onde está esse caçador agora?”
“Desapareceu depois de nos dar as informações.”
Steve apertou a mandíbula. “Encontre-o. Quero saber quem ele é e o que ele realmente quer.”
“Entendido. Vou atualizá-lo em breve.”
A chamada terminou. Steve se recostou, uma sensação de desconforto o roendo. Algo estava terrivelmente errado.
—
Enquanto isso, Thomas reuniu seus homens. Com a noite caindo, eles avistaram um celeiro ao longe.
“Chequem o celeiro,” Thomas ordenou a dois de seus homens.
Eles seguiram à frente com lanternas e desapareceram lá dentro. Momentos depois, vieram correndo de volta, pálidos de medo.
“Há uma bomba lá dentro!” um deles gritou.
Antes que pudessem ir longe—BOOM!
A explosão iluminou o céu noturno, enviando ondas de choque pelo ar.
De volta ao prédio, o telefone de Steve de repente vibrou. Ele prendeu a respiração ao atender.
“Chefe,” Thomas ofegou. “Era uma armadilha!”