Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 203
Capítulo 203: Capítulo 203
A casa do pacote estava viva com comemoração.
Risos, aplausos e o ritmo das batidas de tambores preenchiam o ar enquanto os membros da alcateia celebravam a vitória de Mona.
O cheiro de carne assada e madeira queimando misturava-se com a brisa fresca da noite, um aroma que simbolizava triunfo.
Mona saiu de seu carro, o olhar passeando pela multidão reunida.
A alegria deles era evidente, mas, no fundo, ela sabia que isso era apenas o começo. Vencer era uma coisa, manter o posto era uma batalha completamente diferente.
Enquanto caminhava em direção à entrada, o médico idoso, um homem cuja sabedoria orientara muitos antes dela, aproximou-se com um sorriso largo.
Seu rosto enrugado, embora marcado pelo tempo, carregava uma calma que Mona sempre achou reconfortante e à qual já estava acostumada.
“Graças aos espíritos que te levaram à vitória,” disse o homem velho, a voz transbordando genuína alegria.
Os lábios de Mona se curvaram em um sorriso suave. “Muito obrigada por sempre estar ao meu lado.”
O médico soltou uma risada leve, balançando a cabeça.
“Ah, eu não consegui apoiá-la tanto quanto gostaria, devido à minha saúde debilitada… Mas agora, estou melhor.
Estou pronto para servir à alcateia com toda a minha capacidade novamente.” Sua voz trazia um renovado senso de propósito.
Mona deu-lhe um aceno respeitoso. “Isso significa muito para mim.”
Com isso, ela entrou na casa, deixando para trás o som da celebração.
No entanto, assim que entrou na sala de estar, ela parou.
Sentada confortavelmente em um dos sofás, esperando como se fosse dona do lugar, estava Elena.
Os olhos de Mona se estreitaram. *O que ela está fazendo aqui?* Mas então, um sorriso lento se formou em seus lábios. *Eu avisei. Eu disse que ganharia.*
Elena se levantou de sua cadeira com graça, seus movimentos deliberados.
Seus olhos continham algo indecifrável, mas seus lábios formaram um sorriso leve, um que não chegava a seus olhos.
“Estou aqui para lhe oferecer meus sinceros parabéns,” disse Elena suavemente. “Você realmente fez um ótimo trabalho.”
Mona inclinou ligeiramente a cabeça. “Se os parabéns forem sinceros, eu aceito.” Sua voz transbordava diversão, sua expressão era uma máscara cuidadosa de superioridade.
O sorriso de Elena vacilou, mas ela rapidamente se recompôs.
*Mona nunca muda,* pensou ela. *Talvez ela precise de um lembrete sobre quem realmente detém o poder aqui.*
Dando um passo mais próximo, Elena abaixou a voz apenas o suficiente para que suas palavras soassem pessoais.
“Vou dizer isso: aproveite o assento de Alfa enquanto ele é seu.”
O sorriso de Mona permaneceu, embora seus dedos tenham se curvado levemente ao lado do corpo. “Ah, querida Elena, o assento agora é meu e para sempre.”
Elena deu uma risada suave, o som mais provocador do que divertido. Mona sabia que suas palavras só haviam deixado Elena mais ansiosa em desafiar.
“Você realmente acredita que Derrick não vai voltar tão cedo?” perguntou Elena, inclinando levemente a cabeça.
“Mona, não se iluda. O verdadeiro dono estará aqui antes do que você imagina.”
Por uma fração de segundo, a fachada confiante de Mona se quebrou. Mas ela foi rápida em mascarar isso com um leve sorriso.
“Até lá, eu sou sua Alfa,” disse Mona, uma ponta afiada surgindo em sua voz. “E você seguirá minhas ordens.”
Elena soltou um leve suspiro, como se estivesse falando com uma criança.
“Só um Alfa sem poder implora por lealdade e respeito… Por favor, lembre-se disso, ó querida Alfa Mona.” Suas palavras estavam carregadas de zombaria.
As unhas de Mona fincaram-se nas palmas, mas ela se recusou a deixar Elena ver sua frustração.
Antes que Mona pudesse responder, um guarda entrou na sala, segurando um pequeno pacote em suas mãos.
“Senhora, tem um pacote para você,” disse o guarda, apresentando-o a ela.
Mona franziu ligeiramente a testa. Ela não estava esperando nada.
Elena cruzou os braços, observando a cena com curiosidade.
“Está com medo de pegar seu próprio pacote, Mona? Ou prefere que eu abra para você?
Pode ser um presente de congratulação,” acrescentou, sua voz carregada de diversão.
Mona lançou-lhe um olhar fulminante antes de fazer um gesto para o guarda trazer o pacote até ela.
Elena sorriu com desprezo. “Vamos, Mona, achei que pudéssemos abrir juntas. Estou tão de coração partido.”
Mona a ignorou, pegando o pacote e virando-se em direção ao seu quarto.
*Pode falar o quanto quiser, mas não gastarei minha energia com você,* pensou enquanto se afastava.
Elena a observou partir, um sorriso conhecedor brincava em seus lábios.
*Vamos ver como você lida com essa alcateia, Mona. Vou continuar pressionando, lembrando a você que está apenas aquecendo o assento de Derrick.
O momento em que ele voltar, você será nada.*
Com isso, ela se virou e saiu da sala de estar.
★★Dentro do Quarto de Mona★★
No instante em que Mona fechou a porta atrás de si, não perdeu tempo.
Ela colocou o pacote sobre a mesa e cuidadosamente desfez o embrulho. Dentro havia apenas um cartão de congratulações.
Seus dedos tremeram levemente ao abri-lo.
*Parabéns, querida esposa… Alfa Derrick viu você no belo vestido preto.*
O coração de Mona deu um salto.
Seu fôlego saiu descompassado enquanto ela lia as palavras novamente. *Derrick… me viu?*
Suas mãos tremeram levemente enquanto ela virava o cartão, seu pulso acelerando. Havia mais escrito no verso.
*Estarei de volta em breve!*
Abaixo das palavras estava a assinatura de Derrick.
O aperto de Mona no cartão se intensificou quando um calafrio percorreu sua espinha.
*Ele esteve aqui? Me observando?*
Sua mente corria, tentando montar as peças. *Derrick foi o motivo pelo qual Theo votou em mim?*
A constatação foi dura.
Theo sabia. Ele viu Derrick. Foi por isso que ele mudou tudo.
A respiração de Mona ficou irregular. Suas mãos tremeram, mas não de medo; era raiva.
*Três anos… Três anos era o acordo, Derrick.
Você não vai tirar isso de mim. Eu lutei por este posto, eu sangrei por este posto. Você não vai me descartar como uma peça qualquer.*
Seu maxilar se apertou enquanto lia novamente as palavras.
*Estarei de volta em breve!*
Os dedos de Mona se curvaram, amassando o papel em sua mão. Seu peito subia e descia com respirações controladas.
*Não, Derrick. Não sou uma qualquer. Eu não vou deixar você tirar isso de mim. Não agora. Não nunca.*
Seus olhos se encheram de fúria enquanto ela lentamente colocava o cartão sobre a mesa.
A celebração lá fora continuava, os aplausos ecoando pela noite. Mas dentro do quarto de Mona, o clima era outro.
Porque agora, a guerra estava chegando.