Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 200
Capítulo 200: Capítulo 200
Mona estava de pé em frente ao espelho em sua câmara, encarando seu reflexo.
Seus dedos batiam levemente contra o móvel de madeira enquanto sua mente corria.
A votação estava a apenas algumas horas de distância, e a incerteza a corroía.
Ela havia feito tudo o que podia, garantido alianças, feito ameaças silenciosas e até tentado fechar um acordo com Theo e Kimberly.
Mesmo assim, ela estava entrando nisso sem controle total. Só esse pensamento a irritava além das palavras.
*Lucian… aquele garotinho pensa que pode tomar meu trono?* ela zombou internamente, passando a mão pelos cabelos escuros.
Uma batida na porta a fez sair de seus pensamentos.
“Entre,” ela disse, endireitando sua postura.
Uma de suas criadas veio informá-la de que ela tinha um visitante, e era Steve.
*Steve, o que ele veio fazer aqui?* Mona se questionou em seus pensamentos, olhando surpresa.
“Ok, deixe-o entrar na minha câmara secreta… Vou encontrá-lo lá.” Mona ordenou.
Em pouco tempo, Steve chegou à porta, respirando fundo antes de prosseguir para encontrar Mona.
Steve entrou, parecendo mais sério do que o habitual.
“Você parece nervosa,” ele observou, cruzando os braços.
Mona soltou uma risada sem humor. “Eu não fico nervosa, Steve. Fico impaciente.”
Steve levantou uma sobrancelha. “É mesmo? Porque agora você parece alguém que está correndo por cem cenários na cabeça, nenhum dos quais pode controlar totalmente.”
Os lábios de Mona se apertaram em uma linha fina. Ela odiava como Steve podia lê-la tão bem.
“Steve, por que você está aqui?” Mona o questionou, com um olhar firme nos olhos dele.
“Para lhe oferecer alguma ajuda e informações… Acho que podemos trabalhar juntos.” As palavras de Steve pegaram Mona de surpresa, mas no fundo, foi uma boa notícia para ela.
Mona acenou com a cabeça em direção ao que Steve disse, tentando mascarar seus sentimentos com uma expressão facial inescrutável.
“Lucian se encontrou com vários alfas ontem à noite,” Steve continuou.
“Seja o que for que ele disse, teve um efeito. Alguns dos alfas que antes eram neutros agora parecem… convencidos.”
Mona apertou o maxilar.
“Você descobriu o que ele prometeu a eles?” ela perguntou, tentando manter a voz firme.
“Não inteiramente, mas posso adivinhar.” Steve se encostou na parede.
“Ele está vendendo a eles um sonho, um futuro sob a liderança dele, onde ganham mais poder, mais controle.”
Mona soltou um suspiro lento.
“Eu deveria tê-lo esmagado antes,” ela murmurou. “Agora ele conseguiu plantar sementes de dúvida onde não deveria haver nenhuma.”
Steve a observou atentamente. “Então, qual será seu próximo movimento?”
Mona deu um leve sorriso, embora não houvesse diversão em seus olhos.
“A votação não é apenas sobre números, Steve. É sobre medo, influência e quem tem a maior força de controle sobre o futuro.
Já deixei claro para certos alfas o que acontecerá se fizerem a escolha errada.”
Steve concordou lentamente. “Só tenha cuidado, Mona. O desespero torna as pessoas imprevisíveis.
E agora, Lucian pode ser mais perigoso do que você pensa.”
O sorriso de Mona desapareceu ligeiramente, mas ela não disse nada.
Uma segunda batida veio na porta, e um de seus informantes entrou.
“Fale,” Mona comandou.
“Recebemos uma ligação do supremo sacerdote chefe, ele convocou todos para o grande salão. A votação está prestes a começar.”
Mona inalou profundamente e depois exalou. Era isso.
Ela se virou para Steve. “Está na hora.”
Sem mais uma palavra, ela saiu, sua confiança inabalável — pelo menos na superfície.
★★★
Do outro lado de sua casa gigantesca, Lucian estava em silêncio em sua câmara, encarando um pequeno pedaço de papel em suas mãos.
Nele estavam os nomes dos alfas que haviam prometido seu apoio. Alguns eram absolutos, enquanto outros ainda eram incertos.
*Será o suficiente?* Lucian pensou consigo mesmo.
O pensamento permanecia em sua mente, recusando-se a ir embora.
Ele havia feito o melhor que podia, falado com quem importava, convencido tantos quanto pôde, mas Mona era implacável. Ela jogava este jogo com sangue, enquanto ele jogava com visão.
“Chefe,” uma voz chamou da porta. Um de seus homens.
“Está na hora.”
Lucian dobrou o papel, guardando-o no bolso. Ele se virou em direção ao seu reflexo no espelho.
O sangue de seu pai corria em suas veias, mas ele não governaria como ele. Se vencesse hoje, lideraria de forma diferente.
Se vencesse.
“Vamos,” ele disse firmemente, passando pelo seu guarda.
Ele não permitiria que a dúvida o enfraquecesse agora.
★LOCAL DA VOTAÇÃO★
O grande salão estava cheio de tensão. Cada alfa, cada membro do conselho e cada figura significativa da alcateia estava presente.
As conversas eram murmuradas, mas a atmosfera estava carregada de antecipação.
Mona e Lucian chegaram quase ao mesmo tempo. Seus olhos se encontraram brevemente antes de ambos se virarem, recusando-se a se reconhecer além do necessário.
Theo e Kimberly estavam sentados na frente, sua presença comandando silêncio. O supremo sacerdote chefe estava entre eles, seu olhar era afiado.
“Estamos reunidos aqui hoje,” ele começou, sua voz ecoando pelo salão, “para decidir o próximo Alfa legítimo desta alcateia.”
Alguns murmúrios percorreram a multidão, mas logo se silenciaram.
“Ambos os candidatos apresentaram suas reivindicações,” o sacerdote continuou. “Agora, é hora da votação.”
Mona respirou lentamente, observando o salão. Ela encontrou os olhos daqueles com quem havia falado, lembrando-os silenciosamente das consequências de cruzá-la.
Lucian fez o mesmo, embora sua abordagem fosse diferente. Seu olhar não era de advertência, mas de determinação.
Ele não tinha ameaças a oferecer, apenas um futuro que valesse a pena acreditar.
O supremo sacerdote chefe virou-se para Kimberly.
“Como Deusa da Lua, você supervisionará a imparcialidade deste processo. Você tem alguma palavra final antes de prosseguirmos?”
Kimberly se levantou graciosamente, sua presença por si só exigindo atenção. Ela deixou o silêncio se estender por um momento antes de falar.
“Apenas isso,” ela disse, sua voz calma, porém firme. “Que vença o melhor líder.”
Os dedos de Mona se contraíram ligeiramente. *Maldita neutralidade dela.*
O supremo sacerdote chefe acenou com a cabeça. “Então, começamos.”
Um por um, os alfas avançaram, colocando seus votos na caixa cerimonial.
Cada movimento parecia agonizantemente lento. Mona manteve sua expressão indetectável, embora cada segundo se arrastasse interminável.
Lucian permaneceu imóvel, suas mãos repousando levemente sobre o colo.
Ele não se mexia, não olhava ao redor. Mas, por dentro, seu coração batia contra suas costelas.
Quando o último voto foi lançado, o supremo sacerdote chefe avançou para começar a contagem. O salão caiu em absoluto silêncio.
A respiração de Mona estava controlada, mas por dentro, ela gritava.
Lucian exalou profundamente, apertando firme seus punhos.
O sacerdote ergueu o primeiro voto… O momento da verdade havia começado.
Mas ninguém sabia ainda o resultado.