Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 199
Capítulo 199: Capítulo 199
Alfa Derrick sentou-se sozinho em seu luxuoso quarto de hotel, a mente acelerada com incontáveis pensamentos.
A iluminação tênue do quarto projetava sombras longas nas paredes, refletindo o tumulto dentro dele.
Ele girou o vinho em sua taça, observando o líquido vermelho escuro se mover em círculos lentos.
*Lucian… Aquele garoto agora tornou-se ousado o suficiente para me desafiar pelo meu assento.*
Ele soltou um suspiro lento, com o maxilar se apertando.
*Onde foi que eu errei?*
Seu aperto na taça ficou ligeiramente mais firme, mas ele rapidamente relaxou. Perder o controle, mesmo em momentos como este, era sinal de fraqueza. E Derrick não era fraco.
Ele se levantou e começou a andar pelo quarto, cada passo medido, deliberado.
“Certamente fiquei mole,” murmurou para si mesmo.
“Deixei que acreditassem que poderiam vir atrás de mim, tirar o que é meu. Agora, eles perceberão o erro que cometeram.”
Sua voz estava calma, mas, por baixo, uma tempestade se formava.
Ele passou anos governando com domínio, apenas para ver tudo isso ser questionado em sua breve ausência. Ele deveria ter antecipado isso.
Uma batida firme na porta interrompeu seus pensamentos. Ele não se abalou. Estava esperando alguém.
“Entre,” disse Derrick, a voz firme.
A porta se abriu, e Murillo entrou com um largo sorriso no rosto.
A presença do sul-americano trouxe uma rara sensação de alívio para Derrick. Murillo era uma das poucas pessoas em quem ele confiava completamente.
“Derrick, meu amigo! Como você está hoje?” saudou Murillo, seu forte sotaque pairando sem esforço.
Derrick retribuiu o sorriso, embora sua mente estivesse ocupada demais para realmente aproveitar o momento.
“Murillo,” disse Derrick, caminhando até a mesa para servir-se de mais uma taça de vinho. “Como foi?”
Murillo riu e se sentou, cruzando as pernas confortavelmente.
“Relaxe, meu amigo. Tudo está em movimento,” garantiu.
“Os preparativos estão indo bem, mas precisaremos pegar o primeiro voo amanhã.”
Derrick fez uma pausa, estreitando os olhos ligeiramente.
“Então, a votação ainda será amanhã?” perguntou, embora já soubesse a resposta.
Murillo assentiu. “Sim. E pelo que ouvi, Lucian não vai recuar. Mais importante ainda, ele pode ter o apoio de Theo e Kimberly.”
O maxilar de Derrick se contraiu. Apenas pensar naqueles dois se levantando contra ele fez uma onda de irritação percorrer suas veias.
“Muito bem,” disse Derrick, sua voz carregando um tom perigoso.
“Então faremos uma visita surpresa. Eles precisam ser lembrados de com quem estão lidando.”
Murillo sorriu de forma travessa.
“Esse é o Derrick que eu conheço,” disse rindo. “O implacável Alfa Derrick. Estava começando a pensar que você havia amolecido demais.”
Derrick riu, mas sem nenhum humor.
“Eles me forçaram a agir,” disse simplesmente. “E agora, eles vão se arrepender.”
Murillo se levantou, alongando os braços lentamente.
“Devo deixá-lo se preparar. Amanhã será… memorável,” disse, lançando um sorriso cheio de significado para Derrick antes de caminhar em direção à porta.
Derrick assentiu enquanto Murillo saía, deixando-o sozinho mais uma vez.
O quarto mergulhou no silêncio.
Derrick pegou o telefone e discou um número. Em segundos, uma voz calma respondeu do outro lado.
“Olá, chefe.”
Os olhos de Derrick se escureceram.
“Estarei na cidade amanhã,” disse ele, a voz fria. “Prepare todos os maquinários que temos, quero dizer, os melhores. Precisamos fazer uma entrada que eles não esquecerão.”
“Sim, chefe,” respondeu a voz sem hesitação. “Tudo estará pronto.”
Derrick encerrou a ligação, um sorriso lento se formando em seus lábios.
*Que comece a dança dos fortes e poderosos… Vamos ver quem permanece de pé e quem cai.*
★★★
Enquanto isso, em outra parte do mundo, Lucian estava sentado sozinho em seu quarto, imerso em pensamentos.
Diante dele estava uma lista, nomes de alfas, tomadores de decisões, aqueles que tinham o poder de decidir o resultado de amanhã.
Ele estudou cada nome cuidadosamente.
*Conquistei a confiança de muitos alfas fortes. Convenci os principais tomadores de decisão.*
Seus olhos pousaram em um nome específico.
*Se a Deusa da Lua e o Rei Alfa estiverem comigo, nada me deterá amanhã.*
Mas essa era a pergunta, não era? Será que estarão?
Ele soltou um suspiro, esfregando as têmporas. Ele tinha se preparado para este momento, mas a dúvida tinha uma maneira de se infiltrar no último segundo.
Seu telefone tocou, tirando-o de seus pensamentos.
Chamada desconhecida.
Lucian hesitou. Seus instintos gritaram para ele ignorar, mas algo o fez atender.
“Alô, quem é?” exigiu.
Uma voz profunda e rouca falou do outro lado, distorcida ligeiramente por um modulador.
“Possivelmente a última voz gentil que você ouvirá,” a voz disse suavemente.
“Mas, se for sábio, pode permanecer vivo.”
Os dedos de Lucian apertaram o telefone. Seu maxilar se firmou.
*Outra ameaça vazia?* Lucian pensou.
Ele já havia perdido a conta de quantas ameaças haviam vindo desde que declarou sua intenção de tomar o Alpha’s seat.
Mas isso? Isso era apenas outro covarde escondido atrás de uma máscara.
Ele zombou.
“Ameaças vazias de novo?” disse Lucian, a voz repleta de irritação.
“Está com medo de que eu vença? Que eu tome o Alpha’s seat?”
A voz do outro lado permaneceu em silêncio.
Os lábios de Lucian se curvaram em um sorriso.
“Não me importa se é Derrick ou Mona por trás disso. Escute bem,” disse, o tom afiado. “Eu, Lucian, nunca vou recuar. Nunca.”
E, com isso, ele encerrou a chamada, sem dar ao interlocutor mais um segundo do seu tempo.
Ele jogou o telefone sobre a mesa, e seu reflexo chamou sua atenção no espelho do outro lado do quarto.
Por um momento, ele se olhou, vendo não apenas um homem, mas um guerreiro.
*Eles pensam que sou fraco. Pensam que vou ceder à pressão.*
Um fogo lento queimava em seu peito.
*Eles não têm ideia do que sou capaz.*
Lucian se aproximou do espelho, seus próprios olhos ferozes o encarando de volta.
“Deixem que venham,” ele sussurrou, a voz carregada de determinação.
Depois, mais alto.
“Deixem que venham, e nós lutaremos. Sangue por sangue. Olho por olho!”
O ar no quarto parecia pesado, denso com promessas não ditas de guerra.
Amanhã, tudo mudaria.