Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 196
Capítulo 196: Capítulo 196
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Lucian sentou-se sozinho no jardim de sua propriedade, encarando o céu iluminado pela lua.
Seus dedos batiam contra o apoio do banco de pedra, um ritmo inquieto que refletia seus pensamentos acelerados.
O cheiro de terra úmida preenchia o ar, mas ele estava profundamente imerso em seus pensamentos para notar.
*Eu já conquistei tantos alfas. O Rei Alfa me favorece.
A Deusa da Lua não teria permitido que eu chegasse tão longe se eu não fosse destinado à cadeira.
O caminho deveria estar claro… mas Mona, ela é o problema.*
Seu maxilar se contraiu ao mero pensamento dela.
*Mona é imprudente, mas não é burra. Ela sabe como jogar este jogo. Se eu subestimá-la, vou me arrepender.* Lucian pensou consigo mesmo.
A frustração queimava em seu peito enquanto ele se levantava e começava a andar de um lado para o outro, suas botas esmagando as folhas caídas sob seus pés.
“Preciso ser cuidadoso. Cada movimento que eu fizer daqui em diante tem que ser preciso.
Se eu falhar, não será apenas minha derrota—it será minha destruição.” Lucian murmurou essas palavras para si mesmo, quase imperceptivelmente.
O som de passos apressados o tirou de seus pensamentos. Ele se virou bruscamente para ver um dos guardas se aproximando, respirando um pouco irregular.
“Chefe, você tem um pacote,” anunciou o guarda, parando a poucos metros de distância.
Os olhos de Lucian se estreitaram. Todo o seu corpo ficou tenso.
“Quem enviou?” ele perguntou, sua voz calma, mas carregada de suspeita.
“Eu… eu não sei, senhor,” o guarda gaguejou, mudando de posição com desconforto. “Eu o encontrei perto da entrada. Seu nome estava nele.”
Os dedos de Lucian se fecharam em punhos. Ele já havia recebido mensagens antes, ameaças, avisos, falsas alianças, mas algo sobre isso o inquietava.
“Me dê isso,” ele ordenou.
“Chefe, nós não sabemos o que tem dentro… Posso abrir para você? Pode ser algo perigoso.” O guarda sugeriu, com voz ligeiramente trêmula.
“Está com meu nome… Entregue-me.” Lucian ordenou com uma expressão fria no rosto.
O guarda hesitou apenas por um momento antes de avançar e lhe entregar o pacote.
Estava embrulhado em papel pardo comum, mas havia um leve cheiro metálico no ar.
Lucian cuidadosamente rasgou o pacote.
No momento em que viu o que havia dentro, seu sangue gelou.
Um pedaço de pano—ensopado de sangue.
Ao lado dele, uma pequena nota dobrada.
Seu ritmo de respiração desacelerou enquanto ele pegava a nota, desdobrando-a com dedos firmes.
“Se você não recuar… o próximo sangue será o seu.”
Um longo silêncio se estendeu entre ele e a noite.
Seu aperto no papel se intensificou, amassando-o levemente. A raiva que estava borbulhando sob a superfície explodiu em plena força.
“Revistem todo o perímetro!” ele gritou, sua voz cortando o silêncio como uma lâmina.
“Encontrem quem entregou isso e tragam para mim! Verifiquem todas as câmeras de segurança… JÁ!”
Os guardas entraram em ação, desaparecendo nas sombras da propriedade. Lucian permaneceu parado, sua mente correndo.
*Mona… foi você? Ou foi Derrick?*
Seu lábio se curvou em um sorriso sarcástico. *Quem quer que seja… vai se arrepender disso.*
Seus pensamentos foram interrompidos pela súbita vibração de seu celular no bolso. Ele o tirou, olhando para a tela. Número desconhecido.
Seus instintos gritavam para ele, mas ele atendeu. “Quem é?”
Uma risada baixa veio do outro lado.
“Ah, Lucian… Você é tão infantil,” zombou uma voz profunda e provocadora.
“Você realmente achou que a cadeira do Alfa era destinada para alguém como você?”
Lucian cerrou a mandíbula, forçando-se a permanecer composto. “Posso ser jovem, mas pelo menos não me escondo por trás de ameaças anônimas.”
Outra risada, essa mais aguda, quase divertida.
“Ah, então você tem coragem. Mas isso não vai te salvar. Você é tão covarde e inútil quanto seu pai.”
As narinas de Lucian inflaram, sua fúria mal contida. “Diga isso de novo,” ele rosnou.
A voz ficou fria, sem emoção. “Essa é sua última advertência. Na próxima vez que visitarmos, não será com palavras.”
A ligação foi encerrada.
Lucian afastou o telefone da orelha, seu aperto tão firme que seus dedos ficaram brancos.
Ele ficou ali, imóvel, enquanto sua raiva se transformava em algo mais sombrio.
“Ninguém pode me parar,” ele murmurou para si mesmo, sua voz carregada de fúria.
Ele soltou um rugido, sua raiva ecoando pela noite. “Eu vou reivindicar o que é meu por direito!”
Mas enquanto estava ali, com o peito subindo e descendo em respirações pesadas, outro pensamento o invadiu.
*Mona ou Derrick?* Seus olhos se tornaram sombrios com pensamentos diversos.
*Preciso descobrir qual deles está jogando este jogo comigo.*
Com um último olhar para o pano ensanguentado, ele se virou e entrou furiosamente na casa.
★★★
Enquanto isso, na propriedade do Rei Alfa, Kimberly sentou-se em uma cadeira macia, observando Theo servir uma bebida.
O ar nos seus aposentos estava quente, mas uma energia perturbadora pairava entre eles.
“Alfa Darwin foi enterrado,” Theo comentou, girando o líquido escuro em seu copo.
“Ainda assim, não há movimento sobre quem assumirá sua alcateia. Por quê?”
Kimberly suspirou, descansando o queixo sobre a mão.
“Acho que todos estão jogando seguro. Ninguém quer ser o primeiro a agir. Mas logo, a poeira vai se levantar… e, quando isso acontecer, o caos seguirá.”
Theo riu, tomando um gole. “O caos é sempre bom para quem sabe controlá-lo.”
Kimberly ergueu uma sobrancelha. “E você acha que temos o controle?”
Theo sorriu. “Ainda não. Mas teremos.”
Ela o analisou por um momento. “Você acha que Derrick sairá do esconderijo para lutar por sua cadeira?”
Theo recostou-se, sua expressão indecifrável.
“Eu não sei. Mas eu sei disso, Derrick não é do tipo que fica parado. Se Lucian está se movendo, Derrick já começou a fazer os próprios movimentos.”
Kimberly assentiu lentamente, perdida em pensamentos.
*Derrick é um fantasma agora, mas fantasmas não ficam em silêncio para sempre.*
Ela suspirou, movimentando-se na cadeira. “Isso é apenas o começo, não é?”
Theo sorriu. “Ah, com certeza.”
Kimberly deu-lhe um pequeno sorriso antes de se inclinar para frente e descansar a cabeça contra o peito dele.
*Vamos ver como o caos se desenrola.* Kimberly pensou.
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