Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 195
Capítulo 195: Capítulo 195
Kimberly invadiu a sala de estar, seu coração ainda disparado pela voz assustadora que ela tinha ouvido em seu quarto.
Mas no momento em que entrou, seus olhos se arregalaram de surpresa, ao ver que Elena já estava lá, em pé rigidamente com uma expressão preocupada.
Uma criada também estava presente, movendo-se na direção do quarto do Alfa Theo.
“Ah, você está aqui, senhora,” a criada inclinou levemente a cabeça e disse, pausando ao ver Kimberly entrar.
Kimberly a cumprimentou com um leve aceno de cabeça antes de se voltar para Elena.
As duas trocaram um abraço muito caloroso e palavras amigáveis, antes que Kimberly dissesse…
“Você parece preocupada. Está tudo bem?”
Elena suspirou, cruzando os braços. “Isso é um eufemismo.”
Antes que ela pudesse dizer mais, Alfa Theo entrou na sala.
Seu olhar percorreu as duas mulheres antes de se aproximar, sua expressão indecifrável.
“Vamos ouvir então,” Theo disse, sua voz grave cortando a atmosfera tensa.
Elena exalou profundamente. “Por mais que eu deteste Mona, não suporto a ideia de que o assento do alfa seja tirado de minha família por causa da estupidez dela.”
Kimberly e Theo trocaram olhares antes de Theo se apoiar no braço de uma cadeira. Seus lábios se curvaram em um leve sorriso.
“Você realmente acredita que Mona é estúpida?” Kimberly perguntou, enquanto olhava nos olhos de Elena.
Elena apenas balançou a cabeça, confusa, pois era evidente que ela estava muito preocupada.
“Hmm… Isso é realmente sua preocupação, ou há algo mais?” Theo perguntou, seus olhos afiados, calculadores.
Elena hesitou, desconcertada pela pergunta. “O que você quer dizer?”
Kimberly inclinou a cabeça. “Você sabe de algo que não sabemos, Theo?”
Theo riu baixinho. “Lucian é uma força que não recuará agora. Mas me diga, por que você acha que Mona perderá para ele?”
Elena franziu a testa. “Porque ela é impulsiva. Sei que ela não é estúpida, mas nem sempre pensa antes de agir.
E tentei aconselhá-la mais cedo hoje… Disse a ela que procurasse vocês dois para pedir ajuda.” Ela balançou a cabeça. “Mas ela recusou.”
Theo inclinou-se ligeiramente para frente. “Uma coisa é certa… Ninguém pode reivindicar o assento de Derrick a menos que ele permita.
Se houvesse uma ameaça real ao poder dele, Derrick já estaria aqui.”
Kimberly concordou com um aceno. “Elena, você não precisa se preocupar tanto. Duvido muito que algo aconteça com essa posição.”
Elena as observou, com a desconfiança surgindo em sua expressão. “Então por que vocês não estão impedindo Lucian? Por que estão ajudando ele?”
“Nós não podemos impedi-lo, sim, eu sou a deusa da lua e Theo é o rei alfa, mas não podemos impedi-lo de reivindicar o que ele acredita ser seu por direito.
Mais importante, ele tem todos os documentos necessários para respaldar suas reivindicações, então não podemos detê-lo.” Kimberly explicou gentilmente.
Theo sorriu, aquele tipo de sorriso repleto de segredos. “Porque eu também preciso que Lucian exerça pressão, não apenas sobre Mona, mas também sobre Derrick.”
As sobrancelhas de Elena se ergueram. “Derrick? Por que você gostaria de colocá-lo sob pressão?”
A voz de Theo permaneceu calma, mas havia um tom afiado por baixo. “Porque eu sou o Rei Alfa.
Quanto mais fortes os alfas sob meu comando, mais forte será a nossa existência como um todo.
Eu não gosto de Derrick pessoalmente, mas seu poder é inegável. Ele é uma peça que preciso nesse jogo.”
“Pode chegar um momento em que nossa existência será ameaçada, e precisaremos de todos os alfas poderosos por perto.” Theo explicou ainda mais.
Elena ficou em silêncio por um momento, absorvendo suas palavras. Finalmente, ela falou. “Então, isso tudo é um jogo para você?”
Theo deu de ombros. “Tudo é um jogo, Elena. Você só precisa saber como jogá-lo.”
Kimberly riu levemente, colocando uma mão tranquilizadora no ombro de Elena. “Relaxe. Tudo vai se encaixar.”
Theo se ergueu e se espreguiçou. “Com isso, vou me retirar.” Sem dizer mais nada, ele saiu, deixando Elena e Kimberly sozinhas.
Elena balançou a cabeça. “Vocês dois sempre sabem mais do que deixam transparecer.”
Kimberly sorriu de lado. “É por isso que ainda estamos de pé.”
Enquanto continuavam conversando, Mohandria, Kaitlyn e Lisa se juntaram a elas.
Pela primeira vez em muito tempo, o clima se amenizou enquanto as mulheres se engajavam em uma conversa leve, rindo e colocando o papo em dia.
Mas em outro lugar, a escuridão começava a se agitar.
★★★
Derrick estava sentado em seu luxuoso quarto de hotel, as pernas esticadas, os dedos tamborilando no braço da cadeira.
Ele estava observando a cidade abaixo, perdido em pensamentos, até que seu telefone vibrou.
Ele o pegou e deu uma olhada na mensagem.
No momento em que seus olhos percorreram o texto, sua expressão mudou. A postura relaxada desapareceu. Sua mandíbula se contraiu.
*Então, Lucian está de volta… e está reivindicando meu assento?* Derrick pensou consigo mesmo, com uma expressão irada.
Um sorriso lento e perigoso surgiu em seu rosto.
“Bem, bem… Isso está ficando interessante.” Ele se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.
“Vamos ver por quanto tempo eles podem prender a respiração debaixo d’água.” Disse Derrick, com a voz mal passando de um sussurro.
Sem hesitar, ele pegou o telefone novamente e discou um número.
O telefone tocou apenas uma vez antes de a chamada ser atendida.
“Murillo.”
Uma risada grave veio do outro lado. “Derrick, já estava começando a achar que você tinha amolecido.”
Derrick ignorou a provocação. “Preciso de um pacote de lágrimas entregue esta noite.” Sua voz era fria. Sem emoção.
Houve uma pausa, então o tom de Murillo mudou, intrigado. “Achei que você queria ficar fora do radar por um tempo. Esperar antes de morder alguém.”
A mão de Derrick apertou o telefone. “Esperei tempo suficiente.
É hora de lembrar a todos quem eu sou.” Sua voz caiu para um tom mais grave, carregada de fúria. “O implacável Derrick.”
Outra risada de Murillo. “Muito bem. Apenas me envie a localização.”
Derrick encerrou a ligação sem dizer mais nada.
Ele jogou o telefone na cama e se levantou, dirigindo-se ao grande espelho na parede oposta.
Seu reflexo o encarava de volta, calmo, composto, mas seus olhos ardiam com algo mortal.
Ele passou a mão pelo maxilar e então sorriu.
“Eu estarei de volta… e desta vez” Ele se inclinou mais perto, sua voz um sussurro ameaçador.
“Cabeças vão rolar.”