Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 191
Capítulo 191: Capítulo 191
Mona estava sozinha em seu quarto, deleitando-se no silêncio.
O luar se espalhava pelas grandes janelas, lançando longas sombras pelo chão.
Ela se moveu graciosamente até seu espelho gigante de pé, a superfície lisa refletindo sua figura orgulhosa.
Seus olhos escuros brilhavam com satisfação enquanto ela se examinava.
Lentamente, ela passou os dedos pelo cabelo preto liso, admirando a forma como ele caía sobre seus ombros.
“A primeira alfa mulher depois de mais de quinhentos anos…” Mona sussurrou, um sorriso astuto curvando seus lábios.
“Mona, você fez bem.” Ela ergueu o queixo, sentindo o peso de seu novo título descansar em seus ombros pesado, mas emocionante.
Seu reflexo encarou-a de volta, orgulhoso e poderoso. Mas isso é apenas o começo.
Ela se virou levemente, admirando a forma como seu vestido escuro abraçava suas curvas. O poder lhe caía bem. Parecia certo, como se ela tivesse nascido para este momento.
“De agora em diante, precisarei de mais poder… aliados mais fortes. Ninguém tirará este trono de mim.” Mona falou consigo mesma.
Seus olhos se estreitaram, queimando com determinação. Cada movimento daqui para frente seria calculado. Ela não podia se dar ao luxo de cometer um único erro.
“Preciso ver Katherina hoje,” ela sussurrou, seus dedos se curvando em punhos. “Ela ainda tem suas utilidades.”
Mona foi até sua penteadeira, aplicando cuidadosamente batom escuro em seus lábios cheios.
A cor aprofundou ainda mais seus traços já definidos, fazendo-a parecer ainda mais formidável.
Quando terminou, vestiu um longo casaco preto e dirigiu-se à porta.
Seus saltos faziam um clique suave contra o piso polido enquanto ela se dirigia para fora.
Ao cruzar o corredor, avistou Elena vindo em sua direção. Os olhos de Mona se estreitaram.
De todas as pessoas que ela poderia ter encontrado, tinha que ser Elena. A tensão entre elas sempre era palpável, fervendo logo abaixo da superfície.
A expressão de Elena era inexpressiva quando se aproximou, seus braços cruzados sobre o peito. Mona decidiu falar primeiro.
“O que a traz ao meu aposento, Elena?” Seu tom era calmo, mas a borda era inconfundível.
Elena sorriu de canto, seus olhos brilhando com entretenimento frio.
“É justo que eu preste homenagem à primeira alfa mulher em séculos.
Belo feito… Você certamente é algo a mais.” O sarcasmo em sua voz era afiado como uma navalha.
Os lábios de Mona se curvaram em um sorriso lento e perigoso.
“Sim, eu sou algo a mais. Algo que você nunca viu… nem experimentou.” Ela se aproximou, baixando a voz para quase um sussurro.
“Seria um erro terrível se colocar contra mim.”
Elena levantou uma sobrancelha, sem impressão.
“E quanto tempo você acha que manterá esse título antes que alguém te derrube?” Ela fez uma pausa, seu olhar frio e calculista.
“Você realmente acredita que Derrick não vai voltar?”
As palavras atingiram o alvo. Mona enrijeceu ligeiramente, embora rapidamente disfarçou com uma risada.
“Derrick se foi. Ele é uma relíquia do passado. Esta alcateia precisa de sangue novo, novo poder. Vou garantir que eles nunca olhem para trás.”
Elena bufou. “Veremos.” Sem mais uma palavra, virou nos calcanhares e foi embora, deixando Mona sozinha.
Mona cerrou o maxilar, observando a figura de Elena se afastar.
Derrick… O nome ecoou em sua mente, enviando uma onda de desconforto por ela.
Ela balançou a cabeça para afastar. Ninguém iria tomar o seu lugar, nem Derrick, nem Kimberly, nem ninguém.
Ela foi até seu veículo, deslizando para o assento do motorista e segurando o volante firmemente.
“Deixem que duvidem de mim,” ela murmurou entre os dentes. “Vou mostrar a todos eles.” O motor rugiu intensamente, e ela partiu para a noite.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, Alfa Theo estava em seu escritório, suas sobrancelhas franzidas pensativas.
O quarto estava mal iluminado, o fogo crepitando suavemente na lareira.
Papéis estavam espalhados sobre sua mesa, mas ele mal os notava. Sua mente estava em outro lugar.
Uma batida suave na porta o tirou de seus pensamentos. “Entre,” ele chamou, sua voz baixa.
A porta rangeu ao abrir, e Elijah entrou, fazendo uma leve reverência. “Alfa, você tem um visitante.”
Theo olhou para cima, franzindo a testa. “Um visitante?”
“Sim,” Elijah respondeu. “Ele pede para se encontrar com você… e a Deusa da Lua.”
A testa de Theo se aprofundou ainda mais. “Quem é ele?”
Elijah hesitou, movendo-se ligeiramente. “Não sei, Alfa. Mas pude sentir sua força. Ele carrega uma aura de autoridade… mas parece calmo.”
Theo ficou em silêncio por um momento, sua mente em disparada.
“Tudo bem,” ele finalmente disse, empurrando a cadeira para trás. “Kimberly e eu o encontraremos na sala de estar em breve.”
Elijah fez uma reverência e deixou o quarto.
Theo sentou-se novamente em sua cadeira, esfregando as têmporas. Um visitante? Seu instinto dizia que este não era um encontro comum.
Ele se levantou, alongando seus músculos tensos antes de seguir para a sala de estar.
Kimberly já estava lá, seus braços cruzados sobre o peito. “O que está acontecendo?” ela perguntou suavemente.
“Elijah diz que temos um visitante,” Theo respondeu, sentado ao lado dela. “Alguém forte. Quero você comigo quando o encontrarmos.”
Kimberly assentiu, sua expressão inexpressiva. Eles esperaram em silêncio, o ar ficando mais pesado a cada segundo que passava.
Finalmente, a porta se abriu, e Elijah entrou. Atrás dele estava uma figura alta, seu rosto parcialmente obscurecido pelas sombras.
O estranho deu um passo à frente, seus olhos frios e calculistas.
“Alfa Theo,” ele disse, sua voz suave, mas carregada de autoridade. “É uma honra finalmente conhecê-lo.”
Theo o estudou cuidadosamente, seus instintos em alerta máximo. “E você é?”
O estranho sorriu suavemente. “Meu nome é Lucian. Vim oferecer meus serviços.”
Kimberly se tensionou ao lado de Theo, percebendo a mesma inquietação. “Serviços?” ela perguntou. “Que tipo de serviços?”
Os olhos de Lucian brilharam à luz do fogo. “Digamos apenas… Eu me especializo em lidar com ameaças. E pelo que ouço, vocês têm tido algumas ultimamente.”
O maxilar de Theo se apertou. “O que você sabe?”
Lucian riu suavemente. “Mais do que gostaria que eu soubesse.” Ele se aproximou, seu olhar se fixando em Kimberly.
“Mona está fazendo seu movimento, um movimento muito perigoso. E se vocês não estiverem preparados, ela vai destruir tudo.”
Kimberly trocou um olhar com Theo. “Por que deveríamos confiar em você?” ela perguntou.
Lucian sorriu novamente, um lento e perigoso curvar de seus lábios. “Porque agora… eu sou a única chance que vocês têm de eliminar essa ameaça.”
O fogo crepitava suavemente no silêncio, sombras dançando pelas paredes.
Theo encarou Lucian, pesando suas opções. Ele não confiava nesse homem, ainda não. Mas algo lhe dizia que precisariam de todas as vantagens que pudessem conseguir.
“Certo,” Theo finalmente disse. “Estamos ouvindo.”
Lucian assentiu, seu sorriso se alargando. “Bom. Vamos começar.”
Enquanto o fogo queimava baixo, a noite ficava mais fria. E em algum lugar na escuridão, os planos de Mona continuavam a se desenrolar.