Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 175
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175: Capítulo 175 175: Capítulo 175 Katherina entrou no câmara mal iluminada, seus saltos fazendo clique contra o chão frio de pedra.
Dois de seus seguidores mais leais ladeavam-na, seus rostos desprovidos de emoção.
O ar na sala estava pesado com o cheiro de pedra úmida e algo mais, que falava medo.
No centro da câmara, Elena estava imóvel, suas mãos amarradas e uma venda preta cobrindo seus olhos.
Ela não se moveu quando Katherina se aproximou, sua presença pairando sobre ela como uma sombra.
Katherina se virou para seus homens e deu um simples aceno.
Sem hesitar, eles agarraram Elena bruscamente pelos braços e a arrastaram até seus pés. Elena grunhiu, mas não resistiu.
“Leve-a para a sala ao lado,” Katherina ordenou, um sorriso surgindo em seus lábios. “É hora de uma pequena reunião de família.”
Elena foi puxada para frente, seus pés tropeçando enquanto a forçavam a seguir.
Katherina liderava o caminho pelo corredor até que alcançaram uma porta altamente reforçada.
Com um movimento de pulso, a porta rangeu aberta, revelando mais três cativos lá dentro.
Quando Elena foi jogada ao chão, a venda foi arrancada e sua visão se ajustou ao brilho fraco das tochas alinhadas nas paredes.
Ela ofegou quando os viu, Mohandria, Lisa e Kaitlyn, cada uma delas amarrada e parecendo exausta.
Os rostos de Lisa e Kaitlyn estavam pálidos de medo, mas foi a reação de Mohandria que fez Katherina pausar.
Mohandria não desviou o olhar. Seus olhos fixaram em Katherina com um fogo que se recusava a ser extinto.
“Você parece especial,” Katherina murmurou, se aproximando. “Você é Mohandria, correto?”
Mohandria não se intimidou. Seu olhar permaneceu frio, desafiador.
“Bruxas como você acabam se arrependendo por seus atos maldosos e estúpidos,” ela disse, sua voz firme.
Katherina levantou uma sobrancelha, divertida.
*Ela é especial… Ela também reconheceu que sou uma bruxa.* Katherina pensou.
“Então você acha que já viu alguém como eu antes?” ela perguntou debochadamente. “Ou talvez você acredite que sabe como as coisas vão acabar?”
Os outros se remexeram desconfortavelmente, implorando silenciosamente para Mohandria ficar quieta, mas foi Elena quem finalmente falou.
“Nós talvez não tenhamos visto ninguém como você antes,” ela disse, sua voz firme, “mas temos certeza que está cometendo um grave erro. Seu arrependimento é certo.”
Um riso lento e sombrio escapou dos lábios de Katherina.
“Uau… isso está ficando interessante. Estou realmente me divertindo.” Ela cruzou os braços sobre o peito, observando-os como um predador observa sua presa.
“Eu não preciso de nenhum de vocês, exceto como isca para pegar um peixe muito maior. E está funcionando perfeitamente.”
“Você tem medo da Kimberly,” Elena estalou, sua raiva fervilhando à superfície. “Por que você não a enfrenta diretamente em vez de se esconder atrás de seus truques?”
A sala ficou em silêncio por um momento antes da expressão de Katherina escurecer.
Com um movimento súbito, ela deu um tapa em Elena, enviando-a rolando pelo chão.
“Eu sou Katherina”, ela sibilou, sua voz pingando com veneno. “E eu não temo ninguém.” Seus lábios se curvaram em um sorriso sinistro.
“Kimberly vai se desmoronar aos meus pés, e vocês todos serão o motivo disso. Vocês testemunharão a queda de sua tão chamada heroína.”
Lisa soluçou, e Kaitlyn apertou as mãos juntas, seu medo evidente. Mas Mohandria e Elena encararam Katherina com puro ódio ardendo em seus olhos.
“Eu vou deixá-los aproveitar sua pequena reunião de família,” Katherina disse, virando-se nos calcanhares.
“Em breve, vocês verão a destruição da Kimberly se desenrolar diante de seus próprios olhos.”
Com isso, ela saiu da sala, seus guardas trancando a porta pesada atrás dela.
Por um momento, o silêncio consumiu a câmara. Então, Lisa desabou em prantos.
“Dona Elena, o que fazemos?” ela perguntou entre respirações trêmulas. “Não podemos deixar Kimberly cair nessa armadilha.”
Elena engoliu em seco, olhando para as três jovens mulheres ao redor dela.
Ela sabia que todas estavam pensando a mesma coisa, como elas poderiam possivelmente avisar Kimberly?
Então Mohandria de repente falou.
“Tenho um modo de me comunicar com Kimberly,” disse ela, sua voz baixa mas firme.
“Mas a magia negra aqui é sufocante. Nunca senti nada como isso antes.”
Elena se virou para ela com urgência.
“O que você quer dizer que pode se comunicar com ela?”
“De onde eu venho, temos métodos espirituais para fazer coisas assim,” Mohandria explicou.
“Mas com esse nível de energia escura, pode ser impossível. Ou pior, pode custar minha vida.”
“Não,” Elena disse firmemente. “Se é tão perigoso assim, você não pode arriscar.”
“Não podemos perder você,” Kaitlyn adicionou, balançando a cabeça em concordância. “Se é tão perigoso quanto você diz, você nem deveria tentar.”
Mohandria respirou fundo, seus olhos cheios de determinação. “Que outra escolha temos? Não podemos ficar aqui parados sem fazer nada.”
Elena cerrava os punhos. Ela queria discutir, buscar outra maneira. Mas no fundo, ela sabia que Mohandria estava certa.
“Ok,” ela finalmente disse. “Faça isso. Mas se você sentir que é impossível ou que vai te matar, pare imediatamente.”
Mohandria assentiu, então virou seu olhar para a parede distante. Ela respirou fundo e lentamente ergueu ambas as mãos.
Seus lábios começaram a se mover, sussurrando em uma língua antiga que nem Elena nem as outras entendiam.
O quarto ficou mais frio. O ar parecia pesado, como se uma força invisível estivesse pressionando sobre eles.
Então, uma fumaça estranha e inodora começou a encher o espaço, girando ao redor deles como uma tempestade invisível.
O coração de Elena batia forte em seu peito. Ela nunca tinha visto nada como isso antes.
Lisa agarrou o braço de Kaitlyn, o medo evidente em seus olhos.
Então, sem aviso, o corpo de Mohandria se convulsionou violentamente.
Seus olhos reviraram para trás, e ela soltou um suspiro sufocado antes de desmaiar no chão.
Sangue jorrou de sua boca.
Elena avançou, sacudindo-a freneticamente. “Mohandria, acorde!”
Mas o corpo de Mohandria estava ficando frio. O silêncio na sala era ensurdecedor, preenchido apenas pela respiração superficial dos cativos aterrorizados.
Pânico arranhava no peito de Elena.
Eles tinham perdido sua única esperança?
Ela gritou novamente, sua voz quebrando em desespero.
“Mohandria, por favor, acorde!”
★★★
Alfa Theo saiu do shopping, ajustando o punho da jaqueta enquanto o vento frio roçava sua pele.
Justamente quando ele alcançou suas chaves do carro, seu telefone apitou. Uma mensagem. Ele tirou o telefone e a leu em voz baixa.
*Eu virei atrás de você… Prepare-se dessa vez, porque não será um aviso como da última vez.*
Seus olhos escureceram enquanto ele escaneava os arredores, mas tudo o que viu foram compradores normais seguindo suas vidas.
A raiva dentro dele fervilhava enquanto ele cerrava a mandíbula, segurando seu telefone com força.
*Quem diabos está por trás disso?* Theo pensou. Seus dedos rapidamente discaram o número desconhecido, mas a ligação falhou. “Inacessível,” ele murmurou.
Respirando fundo, ele se forçou a permanecer calmo. *Eu preciso ser calculista… Não posso deixar minhas emoções me controlarem.*
Ele entrou em seu carro, deu a partida e partiu, sua mente borbulhando de possibilidades.
Quem poderia estar atrás dele? Seria Katherina? Alguém de seu passado?
Seu telefone tocou de repente, fazendo-o apertar mais forte o volante.
Era o mesmo número desconhecido. Ele hesitou, seu instinto dizendo que era uma armadilha. Mas ele atendeu.
“Estou impressionada,” uma voz feminina cantarolou. “Pensei que você estaria com muito medo para atender.”
Os músculos de Theo se tensionaram. A voz estava caçoando, cheia de divertimento.
“Se você está tão confiante, por que você não para de jogar joguinhos e me enfrenta diretamente?” ele disse, mantendo sua voz equilibrada, embora sua raiva estivesse crescendo.
Risadas. Uma gargalhada aguda e provocante que enviou calafrios pela sua espinha.
“Oh, Theo… A bala que te raspou da última vez foi apenas um aviso. Mas desta vez? Esta vai te acabar.” Seu tom estava pingando arrogância.
Theo cerrou os dentes, apertando o volante com mais força.
“Eu sustento que você é um covarde. Quer seja real ou apenas um insignificante se escondendo atrás de um modulador de voz, eu vou te encontrar.
E quando eu fizer, vou assistir você tirar seu último suspiro.”
Silêncio.
Então outra risada, mas desta vez, era diferente. Mais sinistra.
“Theo… Cuidado.”
Antes que ele pudesse reagir, dois caminhões enormes colidiram com seu carro de ambos os lados.
O impacto foi brutal.
Vidros estilhaçaram. Metal se torceu. Seu corpo sacudiu violentamente e uma dor aguda atravessou suas costelas.
O carro capotou duas vezes antes de cair na vala ao lado da estrada, reduzido a pouco mais do que um monte de destroços.
Fumaça enchia o ar enquanto o som das sirenes soava à distância.
Theo gemeu, forçando seu corpo a se mover. Sangue escorria pelo seu rosto, sua visão embaçada.
Ele precisava sair. Seus dedos mexiam com o cinto de segurança, seu corpo inteiro gritando de dor.
Finalmente, ele conseguiu se desafivelar e rastejar para fora dos destroços, se arrastando para a estrada.
Suas respirações eram rasas, seu corpo fraco pela perda de sangue.
Ele tentou falar, mas antes que uma palavra pudesse sair de seus lábios, a escuridão o dominou.
De repente, das moitas à beira da estrada, sombras surgiram.
Homens vestidos de preto avançaram, suas botas crocantes contra o cascalho enquanto se aproximavam de seu corpo inconsciente.
Um deles, alto e imponente, puxou seu capuz para trás, revelando um rosto familiar.
Steve.
Sua expressão era indecifrável, seus olhos frios enquanto olhava para baixo, para Theo.
“Leve-o embora,” ele ordenou, sua voz desprovida de emoção.
Os homens assentiram, erguendo o corpo inerte de Theo do chão e levando-o embora para a escuridão…