Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 170
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170: Capítulo 170 170: Capítulo 170 A viagem até o lugar do Alfa Darwin foi pesada com silêncio.
O ar dentro do veículo parecia denso, cheio de uma tensão que ninguém queria abordar.
Kimberly sentava no banco de trás, olhando fixamente pela janela, sua mente nublada com uma tempestade de pensamentos.
Elijah continuava lançando olhares para ela pelo retrovisor, seu aperto no volante se intensificando à medida que dirigia, enquanto Theo sentava ao seu lado, seu olhar fixo em seu perfil.
O silêncio se prolongava até que Theo finalmente o interrompia.
“Eu sei que você tem muita coisa na cabeça agora, mas pode me falar sobre qual é o seu plano quando chegarmos lá?” Sua voz era calma, ainda que entrelaçada com preocupação e curiosidade.
Kimberly permaneceu em silêncio por um momento, como se debatendo se deveria expressar seus pensamentos.
Ela exalou bruscamente e finalmente se virou para ele. “Tenho uma forte sensação de que a morte dele não foi natural. Algo sombrio e maligno deve ter causado.”
As sobrancelhas de Theo se franziram, sua expressão mudando para uma profunda contemplação. “Você acha que magia negra está envolvida?”
Kimberly assentiu, seus dedos se fechando em punhos em seu colo. “É a mesma energia que eu senti quando você foi atacado enquanto eu estava na África.
É distorcido, antinatural. Eu posso sentir pressionando contra mim até agora.”
Theo esfregou o queixo, sua mente acelerada. “Isso significa que quem está por trás disso não está apenas mirando em qualquer alfa. Eles estão especificamente indo atrás daqueles que te apoiam.”
Os lábios de Kimberly se prensaram em uma linha fina. “É isso que me preocupa. Significa que isso é maior que apenas política de pacotes. É uma guerra.”
Theo lançou um olhar a Elijah, que não havia dito uma palavra, mas estava claramente tenso. “Derrick ou Mona poderiam ter algo a ver com isso?”
“Não sei,” Kimberly admitiu, sua voz tingida de hesitação. “É muito possível. Mas será que Mona iria tão longe a ponto de matar o próprio pai?”
Theo exalou pelo nariz. “Com as coisas que vimos recentemente, eu não colocaria nada além de qualquer pessoa.”
Quando o carro parou em frente à casa da alcateia de Alfa Darwin, a atmosfera ficou ainda mais pesada.
Os guardas do portão imediatamente reconheceram Kimberly e abriram os imensos portões de ferro, permitindo-lhes a entrada sem questionar.
A casa era grande e imponente, mas hoje, parecia fria, sem vida.
Elijah estacionou o carro, e assim que Kimberly desceu, ela sentiu… A presença inegável da morte pairando no ar.
Uma onda de tristeza parecia pressionar contra seu peito, mas ela se forçou a permanecer composta.
Dentro da casa da matilha, a sala de estar estava cheia de membros do pacote, mas nenhum deles falava.
O silêncio era ensurdecedor, e a tristeza em seus rostos era inconfundível. Então, os olhos de Kimberly pousaram no corpo imóvel coberto por lençóis brancos.
Seu peito se apertou, e seus passos se tornaram mais pesados enquanto ela avançava. Mas antes que pudesse dar outro passo, ela os notou, Mona e Derrick já estavam lá.
Mona sentava no chão ao lado do corpo do Alfa Darwin, seu rosto enterrado em suas mãos enquanto seus ombros tremiam com soluços silenciosos.
Derrick estava por perto, sua expressão ilegível, os braços cruzados firmemente contra seu peito.
Kimberly estreitou os olhos ligeiramente. Algo parecia errado.
*Mona nunca chorou, não assim. Quando ela estava triste, se tornava silenciosa e distante, não chorava abertamente na frente de todos.* A exibição parecia antinatural, quase… forçada.
*Algo não está certo.* Kimberly pensou.
Kimberly deu mais um passo à frente, seu pulso acelerando.
No momento em que Mona levantou a cabeça e viu Kimberly se aproximando, sua dor se transformou em puro ódio.
Ela se levantou do chão e apontou um dedo acusador para ela.
“Não se aproxime do meu pai!” A voz de Mona estava cheia de fúria e tristeza. “Você o matou! Ele nunca estava doente! O que você fez com ele?”
Os passos de Kimberly pararam enquanto ela processava o surto de Mona.
A acusação não era surpreendente, mas era… desesperada. Mona estava tentando muito transferir a culpa, e isso tornou Kimberly ainda mais suspeita.
Theo deu um passo à frente protetoramente. “Mona, do que diabos você está falando? Kimberly não teve nada a ver com isso!”
Os olhos de Mona queimavam de raiva. “Então por que ela está aqui agora? No momento em que ela entrou em nossas vidas, tudo começou a desmoronar!”
Kimberly permaneceu calma, observando Mona cuidadosamente. Mas antes que pudesse responder, Mona deu um passo em direção a ela, suas mãos fechadas em punhos, e de repente, ela congelou.
Seu corpo ficou completamente rígido, seus olhos arregalados com pânico como se estivesse presa em um aperto invisível.
Ela tentou se mover, mas nada aconteceu. Um gáspero abafado escapou dos seus lábios, o olhar se movendo desesperadamente ao redor.
Kimberly se virou para ela completamente agora, seus olhos azuis brilhando com uma luz suave, mas intensa.
Todo o quarto parecia mudar, uma estranha energia preenchendo o espaço. O ar ficou denso, pesado, e um silêncio avassalador seguiu.
A respiração de Theo se prendeu enquanto ele observava Kimberly, uma percepção se instalando em sua mente.
*Ela está despertando algo dentro dela.* Theo pensou consigo mesmo, com uma sensação de satisfação dentro dele.
Derrick deu um passo para trás, seu rosto empalidecendo ligeiramente. “Que diabos está acontecendo?” Derrick perguntou com sua voz apenas acima de um sussurro.
A respiração de Mona se tornou ofegante enquanto ela lutava contra a força invisível que a segurava no lugar. Mas Kimberly não a olhava mais.
Em vez disso, ela lentamente se ajoelhou ao lado do corpo sem vida do Alfa Darwin, seus dedos tocando a pele fria de sua mão.
“Pai, acorde… Você já dormiu o suficiente.”
As palavras deixaram seus lábios em um sussurro, mas ecoaram pelo quarto silencioso como um comando. Um calafrio percorreu todos que as ouviram.
O coração de Mona batia forte em seu peito. *O que ela está fazendo? Não… Isso não é possível…*
Derrick apertou os punhos, tentando controlar a inquietação se infiltrando em seu estômago. *Kimberly… o que exatamente você é?*
E então, o quarto inteiro pareceu prender a respiração.
Uma tempestade estava chegando, e todos eles sabiam disso.
★★★
A câmara de Katherina tremia com uma força invisível, o ar pesado com um poder além do próprio dela.
O vento turbulento uivava pelo cômodo, fazendo suas vestes se inflarem violentamente enquanto ela segurava seu cajado de poder.
A súbita perturbação havia destroçado sua meditação, e ela podia sentir, algo havia mudado. Algo impossível.
Ela virou-se rapidamente, seus olhos fixando-se na vela que representava o Alfa Darwin. Ela havia se apagado, o selo final de sua queda. Mas agora—
Um brilho.
Uma única explosão de luz surgiu do pavio da vela.
“Não…” ela sussurrou, agarrando seu cajado com mais força. Então, subitamente, a vela inflamou, queimando forte como se zombasse dela.
“Impossível… Nunca tal coisa pode ser desfeita!” Katherina gritou, a raiva misturando-se com a incredulidade.
Seu coração batia forte enquanto ela começava a entoar, sua voz impregnada com o poder antigo.
Seus olhos tornaram-se vermelho-sangue, brilhando com uma fúria pura. A vela piscava em resposta, escurecendo, lutando.
Mas, não importa o quanto ela se esforçasse, a chama se recusava a morrer. Estava resistindo a ela.
Então, o ar em sua câmara mudou novamente. Uma rajada de vento, mais forte do que antes, colidiu com ela com uma força invisível, jogando-a para trás.
Seu cajado caiu no chão, rolando para fora de alcance. Katherina ofegou, seu corpo tremendo enquanto uma voz fantasmagórica enchia o cômodo.
“Você está contra forças das antigas. Seu fim está próximo.”
A voz ecoava em camadas, três vozes falando como uma só. O sangue de Katherina fervia. Ela cerrava os punhos, suas unhas cravando em suas palmas.
“Oh, as passadas deusas da lua…” Ela forçou uma risada amarga. “Vocês devem ter vindo ajudar sua garotinha.”
“Katherina,” as vozes alertaram, “você e seus asseclas perecerão. Pare enquanto pode.”
Os lábios de Katherina se curvaram num sorriso maligno.
“Esqueceram quem eu sou?” Ela cuspiu, sua voz venenosa.
“Eu virei as marés da profecia! Eu fiz o impossível acontecer! O equilíbrio do destino já foi alterado.
E agora…” ela soltou uma risada sombria, “é hora do fim de sua querida Kimberly.”
O cômodo tremia ao som de suas palavras. A chama da vela queimava ainda mais forte.
“Adiar a profecia foi tudo que você conseguiu fazer,” as vozes soaram novamente. “Subestimar Kimberly agora é seu maior erro.”
A presença no cômodo desvaneceu, mas o aviso deles permaneceu no ar como uma maldição. Os olhos de Katherina escureceram ainda mais, seus dentes rangendo em frustração.
“Eu sou Katherina,” ela sibilou. “A ancestral de todas as bruxas. A mais poderosa.
A imortal. Nunca fui derrotada!” Ela estendeu as mãos, energia estalando em suas pontas dos dedos.
“Kimberly… a linha de batalha foi traçada. E desta vez, é você contra mim.”
Enquanto isso, na casa da alcateia de Alfa Darwin, um milagre já havia ocorrido.
Alfa Darwin havia sido revivido. Seu corpo outrora sem vida agora respirava, seus olhos abertos com confusão e exaustão.
Os membros da alcateia que se aglomeraram ao redor assistiram em choque, incapazes de acreditar no que haviam testemunhado.
Kimberly estava de pé, seus olhos lentamente voltando à sua cor natural. Ela se voltou para os médicos da alcateia.
“Levem-no para sua câmara,” ela instruiu firmemente. “Certifiquem-se de que ele receba os cuidados necessários.”
Eles acenaram apressadamente, carregando Alfa Darwin para longe.
Mona, que havia ficado imóvel momentos atrás, sentiu seu corpo relaxar. Ela ofegou, tropeçando levemente enquanto o controle voltava aos seus membros.
Seu coração pulsava com algo desconhecido, medo. Medo verdadeiro e cru.
Kimberly virou-se em sua direção, avançando até que estivessem a poucos centímetros de distância. Mona instintivamente se tensionou, incapaz de mascarar o tremor em suas mãos.
A voz de Kimberly era calma, mas carregava o peso de mil tempestades. “Envie uma mensagem para sua Katherina.”
Mona engoliu em seco.
“Diga a ela,” Kimberly continuou, seu olhar fixo em Mona, “que estou pronta e à espera dela.”
O cômodo caiu em completo silêncio. Até o ar pareceu se aquietar.
Derrick, que estava ao lado de Mona, sentiu a garganta secar.
A confiança no tom de Kimberly, a certeza em seus olhos, enviou um arrepio pela sua espinha.
Mona tentou recuperar a compostura. “Você… você não sabe contra o que está.”
Kimberly inclinou a cabeça levemente. “Não sei?” Ela deixou as palavras pairarem entre eles, densas com significado. Então, sem outra palavra, ela virou e saiu.
Theo seguiu imediatamente, seus olhos ardendo com a mesma resolução.
Elijah, ainda processando tudo o que acabara de acontecer, correu atrás deles.
Derrick e Mona permaneceram congelados no lugar, suas mentes aceleradas.
*Kimberly é mais poderosa do que eu esperava…* Mona pensou.
*Katherina disse que a profecia foi alterada, mas talvez…talvez tenha sido apenas adiada. Talvez Kimberly sempre tenha sido destinada a surgir.*
Derrick, por outro lado, teve um pensamento diferente.
*Eu preciso dela.*
Sua mente não estava mais em Katherina, não mais em Mona.
Ele havia visto um verdadeiro poder hoje, poder que poderia dobrar a realidade, que poderia desafiar a morte. E esse poder pertencia a Kimberly.
*Eu tenho que fazer tudo ao meu alcance para ter Kimberly ao meu lado… Ela é exatamente o que eu preciso.*
Um sorriso lento e calculado surgiu em seus lábios. Sua expressão inescrutável mascarava o pensamento perigoso que se formava em sua mente.
A batalha não era mais apenas entre Kimberly e Katherina.
Não mais…