Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 169
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169: Capítulo 169 169: Capítulo 169 No dia seguinte, Katherina estava em sua câmara, preparando-se para incantações e conjurações.
O quarto mal iluminado pulsava com uma energia sinistra, densa com um frio antinatural.
Seus dedos traçaram símbolos intrincados sobre um livro antigo e gasto, seus lábios se movendo silenciosamente enquanto ela ensaiava as incantações em sua mente.
O silêncio foi interrompido quando um de seus guardas entrou, seus passos hesitantes.
“Senhora, você tem visitantes,” ele disse, sua voz mal ultrapassando um sussurro.
Sem olhar para trás, a voz de Katherina cortou o ar, fria como gelo. “Deixe-os entrar.”
O guarda se curvou levemente antes de recuar, e em instantes, Alfa Derrick e Mona entraram cautelosamente na câmara.
No momento em que cruzaram o limiar, uma escuridão pesada e opressora se estabeleceu ao redor deles.
O próprio ar parecia zumbir com poder, fazendo a pele de Derrick se arrepiar de inquietação.
Mona, no entanto, não perdeu tempo. Ela se ajoelhou em profunda reverência, cutucando Derrick sutilmente com seu cotovelo.
Ele hesitou por uma fração de segundo, seu orgulho inflamando, mas o peso do momento o forçou a cumprir.
Ele dobrou seu joelho ao lado dela, inclinando levemente sua cabeça.
Só então Katherina se virou em direção a eles, seus olhos penetrantes se fixando em Derrick.
Um sorriso lento e consciente se formou em seus lábios, seu olhar perfurando-o como se lendo cada pensamento em sua mente.
“Você deseja ser o Rei Alfa,” ela disse, sua voz sedosa, mas carregada com uma corrente subliminar de aviso. “No entanto, você resiste ao meu escolhido. Por que é isso?”
Sua pergunta enviou um frio arrepio pela espinha de Derrick. Ele engoliu em seco, tentando mascarar sua inquietação.
“Eu quero ser o Rei Alfa,” ele respondeu cuidadosamente, escolhendo suas palavras com precisão. “Mas eu não sei quem é o seu escolhido.”
Katherina soltou uma risada baixa e rouca que ecoou pela câmara. “Mona é a minha escolhida,” ela disse, seu tom de repente tornando-se sério.
“Com ela ao seu lado, seu domínio será absoluto. Sem ela, você irá desmoronar antes mesmo de erguer-se.”
Derrick lançou um olhar furtivo a Mona, que encontrou seus olhos com um sorriso de escárnio.
Ele havia suspeitado que os laços dela com a feiticeira das trevas fossem profundos, mas agora ele sabia, Mona não era apenas uma aliada. Ela era peça de Katherina.
Um momento de silêncio se estendeu entre eles antes de Derrick finalmente acenar com a cabeça.
“Se há um jeito de me tornar o Rei Alfa com Mona ao meu lado, então eu vou cumprir com o que você exigir.”
Ao ouvir suas palavras, o sorriso de Katherina se alargou, e os olhos de Mona brilharam com satisfação. Derrick sentiu uma sensação estranha de inquietação torcendo em seu estômago, mas ele rapidamente a suprimiu.
“Bom,” Katherina ronronou, avançando. “Então devemos remover o primeiro obstáculo do seu caminho.”
Derrick franziu a testa. “Obstáculo? Quem?”
A expressão de Katherina escureceu. “Alfa Darwin. Ele deve morrer imediatamente.
Sua morte causará caos entre as alcateias, e antes que possam sequer compreender o que está acontecendo, já teremos assumido o controle.”
Derrick se engessou. Ele esperava algum derramamento de sangue pelo caminho, mas Alfa Darwin?
Matar ele enviaria ondas de choque por todo o reino dos lobisomens. Ele se virou para Mona, esperando hesitação, mas em vez disso, ela estava assustadoramente imóvel.
“Mona, você está de acordo com isso?” ele perguntou, olhos arregalados. “Ele é seu pai.”
Mona finalmente falou, sua voz desprovida de emoção. “Ele nunca foi meu pai. Nem de sangue. Sua morte não significa nada para mim.”
Derrick sentiu um calafrio tomar conta dele. As palavras de Mona eram vazias, mas seus olhos ardiam com algo mais, algo mais sombrio.
Ele hesitou por um instante, mas o olhar aguçado de Katherina o perfurou.
“Você está aqui para me questionar, ou quer o trono?” ela estalou, sua voz cortando sua hesitação como uma lâmina.
Derrick apertou sua mandíbula. “Eu quero o trono.”
“Então vamos proceder,” Katherina declarou, virando-se de volta para o centro da câmara.
Ela começou suas incantações, sua voz subindo e descendo em tons rítmicos e sinistros.
O ar engrossou. As sombras no quarto pareciam se alongar e torcer, as paredes pulsando como se vivas.
As tochas tremeluziram violentamente, projetando formas monstruosas pelo chão de pedra.
O quarto foi de repente preenchido com uma fumaça sem odor, rodopiando ao redor deles em densas espirais.
“Que a vida seja tomada de ti… que a luz do teu mundo se torne escura…
Alfa Darwin, seu espírito é exigido!” a voz de Katherina trovejou, ressoando pela câmara enquanto a fumaça se enrolava mais apertada em torno deles.
Derrick assistiu com tanto horror quanto fascinação. O puro poder emanando de Katherina estava além de qualquer coisa que ele pudesse imaginar.
Ele lançou outro olhar a Mona, cujos lábios formavam um pequeno e consciente sorriso.
*Ela é muito mais perigosa do que eu pensava,* Derrick refletiu, inquietação invadindo seu estômago.
*Eu vou usar ela para ganhar poder, mas uma vez que eu for o Rei Alfa… Eu decidirei se manter ela ao meu lado é sábio.*
Enquanto isso, a milhas de distância, Alfa Theo e Elena estavam sentados na sala de Theo quando Elijah irrompeu pela porta, seu rosto pálido com urgência.
“Elijah? O que está errado?” Theo exigiu, levantando-se instantaneamente.
Elijah mal tomou fôlego antes de soltar, “Notícias acabaram de chegar, Alfa Darwin está morto.”
Um silêncio atordoado tomou conta da sala. A mandíbula de Theo se travou, mas antes que ele pudesse falar, Kimberly saltou de seu assento, seu corpo inteiro irradiando fúria.
“Me dê seu telefone,” ela ordenou a Theo, sua voz gelada como o gelo.
Sem hesitação, Theo entregou a ela. Todos os olhos estavam nela enquanto ela rapidamente discava um número. A linha tocou uma vez… duas vezes… e então alguém atendeu.
“Alô?” Uma voz hesitante falou do outro lado.
“Ele ainda está lá?” A voz de Kimberly era incisiva, exigente.
“Quem é?” A pessoa na linha perguntou, confusa.
“Sou eu, Kimberly,” ela estalou. “O corpo sem vida do meu pai ainda está lá?”
Houve uma pausa, depois uma resposta nervosa. “S-sim… mas estamos esperando pela ambulância para—”
“Que ninguém o toque!” Kimberly interrompeu, sua voz como aço. “Eu estarei lá em breve.”
Ela terminou a ligação e se virou para Theo, seus olhos ardendo com algo primal. “Vamos,” ela disse, já se movendo em direção à porta.
Theo não hesitou. Ele trocou um olhar com Elijah, que deu um aceno firme antes de seguir de perto. Os três saíram, seus movimentos rápidos e preenchidos com uma determinação silenciosa, mas mortal.
Algo não estava certo.
E Kimberly podia senti-lo em seus ossos…