Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 164
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164: Capítulo 164 164: Capítulo 164 No dia seguinte, Kimberly sentou-se com as pernas cruzadas no centro do templo, cercada pelos anciãos.
Seus mantos sussurravam contra o chão de pedra enquanto eles se acomodavam em seus lugares.
O ar estava espesso com o cheiro de ervas queimando, e o zumbido fraco de cânticos distantes ressoava pela câmara.
O líder dos anciãos, um homem com olhos prateados penetrantes, estudava Kimberly com um olhar sabedor. Sua voz era calma, mas firme quando ele finalmente falou.
“Kimberly, seu treinamento está progredindo mais rápido do que o esperado, e estamos satisfeitos com o seu crescimento.
No entanto, antes de continuarmos as lições de hoje, precisamos ouvir de você.
O que você aprendeu? O que você experimentou até agora?”
Kimberly respirou fundo, reunindo seus pensamentos. Ela passou por tanta coisa em tão pouco tempo.
O peso da responsabilidade pressionava sobre ela, mas ela sabia que não podia fraquejar.
“Primeiro, quero agradecer a todos por me aceitarem como uma das suas,” começou ela, sua voz firme, mas preenchida com sinceridade.
“Sempre me disseram que eu encontraria respostas algum dia, e desde que cheguei aqui, aprendi mais do que jamais imaginei.
Sua sabedoria me guiou, mas eu também descobri coisas por conta própria.”
Uma das anciãs, uma mulher mais velha com rugas profundas e olhos gentis, mas severos, se inclinou para frente.
“Você tem tido visões ou sonhos ultimamente?”
Kimberly hesitou por um momento antes de assentir. “Sim… tive um ontem, e parecia tão real. Eu podia sentir o poder dele. Algo grande e perigoso está a caminho.”
Um silêncio se espalhou pelo ambiente. Os anciãos trocaram olhares, suas expressões insondáveis.
Então, o mais velho entre eles, um homem cuja presença comandava tanto medo quanto respeito, falou.
“Você nos permitirá ver a sua visão, criança?”
Kimberly piscou surpresa. “Vocês podem fazer isso?”
O ancião assentiu. “Sim. Temos nossos meios. Normalmente, podemos olhar para os sonhos e visões dos outros sem o consentimento deles.
Mas alguém tão poderoso quanto você… nós não podemos. Você deve nos dar permissão.”
Kimberly pensou por um momento. Se eles pudessem ver o que ela viu, talvez pudessem explicar o que significava. Respirou fundo e assentiu.
“Dou-lhes permissão para olhar em meus sonhos e visões.”
O líder dos anciãos produziu uma pequena tigela transparente cheia de água pura.
Ele a colocou no centro do grupo, e os anciãos começaram a cantar em uníssono.
Suas vozes subiam e desciam como ondas, palavras antigas tecendo através do ar.
A água na tigela começou a girar, formando pequenas ondas que rapidamente se transformaram em um redemoinho acelerado.
Kimberly observou em silêncio, seu coração palpitando. Então, tão repentinamente quanto a água se moveu, ela se tornou parada.
Os anciãos espreitaram na tigela.
Um gás áspero ecoou pela câmara.
Então, em uníssono, eles saltaram para os pés, seus rostos pálidos de medo.
“Katherina… com o sangue em seus olhos!” exclamou o líder dos anciãos, sua voz tremendo.
O estômago de Kimberly se retorceu. Era exatamente o que ela havia visto. Mas ela não fazia ideia de quem era Katherina.
“Quem é Katherina?” ela perguntou, sua voz uma mistura de curiosidade e crescente pavor.
Um dos anciãos, com as mãos ligeiramente tremendo, respondeu.
“Ela é perigosa. Uma das mais poderosas, se não a mais poderosa, das primeiras bruxas. Ela nutria um rancor antigo contra os lobisomens e sua espécie.”
Kimberly franziu a testa. “Por quê? O que ela quer? E o que ela tem a ver comigo?”
O ancião mais velho inspirou profundamente antes de falar. “Ela busca vingança. Ela é contra qualquer Deusa da Lua, passada e presente.”
O coração de Kimberly bateu mais forte. “Por quê?”
O olhar do ancião escureceu. “Quando a magia negra começou a consumir as bruxas, tornando-as hostis contra os lobisomens, a primeira Deusa da Lua ordenou sua destruição.
Todas elas foram caçadas e eliminadas.” Ele balançou a cabeça.
“Como Katherina sobreviveu permanece um mistério.”
Kimberly engoliu em seco. “Então… ela está aqui por mim?”
O líder assentiu gravemente. “Sim. E não apenas por você. Todos conectados a você. Todos lobisomens estão em perigo.
Apenas uma Suprema Deusa da Lua, alguém com seu poder, pode enfrentá-la.”
Outro ancião, sua voz mal acima de um sussurro, acrescentou, “Ela é praticamente impossível de derrotar, pois está por perto há séculos”
Silêncio preencheu a câmara.
Então, algo em Kimberly estalou.
Ela sentiu isso, um impulso de poder, uma raiva enraizada que não era sua. Era como se cada Deusa da Lua antes dela estivesse falando através dela, empurrando-a para frente.
Kimberly levantou-se abruptamente, sua energia alterando o ar na sala.
Uma luz azul brilhante irrompeu de seus olhos, iluminando a câmara.
Os anciãos caíram de joelhos, dominados pela pura força de sua presença.
Sua voz soou, firme, inabalável e cheia de determinação inflexível.
“Então eu levarei a luta até ela. De uma vez por todas. Que a longa guerra antiga seja levada a um fim.”
A câmara tremeu, e os anciãos baixaram suas cabeças, reconhecendo a ascensão de uma força maior do que qualquer uma que já haviam testemunhado.
★★★
Katherina sentou em sua câmara escura, as velas trêmulas lançando sombras sinistras pelas paredes.
Ela fechou os olhos, sentindo a onda de poder que irradiava de Kimberly.
Estava ficando mais forte a cada dia. Seus lábios se curvaram em um sorriso sinistro enquanto ela soltava uma risadinha baixa.
“Então, a garotinha acha que está pronta para me desafiar? A intocável Katherina? A primeira ancestral das bruxas?” Sua voz transbordava de diversão.
“Será divertido. Vê-los todos rastejando e implorando por suas vidas… como nos velhos tempos.”
Sua risada ecoou pela câmara, arrepiante e impiedosa.
Então, em um instante, seu divertimento desapareceu, substituído por uma fúria gelada. Seus olhos brilharam em um vermelho profundo e ameaçador.
Eles se esqueceram de quem eu sou. É hora de lembrá-los. Um por um, eles cairão. E quando ouvirem meu nome, tremerão novamente.
Uma batida repentina interrompeu seus pensamentos, mas ela não vacilou.
“Mona, entre.”
Do lado de fora da porta, Mona ofegou. Como ela sabia que era eu? A realização a fez estremecer. Ela realmente é poderosa.
Inspirando profundamente, Mona entrou, mas assim que viu a fúria ardendo nos olhos de Katherina, baixou o olhar e imediatamente caiu de joelhos.
“A mais poderosa, devo voltar mais tarde? Não parece ser o momento certo.” Suas mãos tremiam levemente enquanto falava.
Katherina sorriu, um brilho cruel em seus olhos. “A fúria em meus olhos não é para você, criança. É para aqueles que em breve perecerão.”
O coração de Mona acelerou. “Perecer? Quem você planeja matar?” Sua voz era cautelosa, sua cabeça ainda baixa.
Katherina inclinou a cabeça, observando Mona como um predador observa a presa. “Vou começar com Darwin. Ele servirá como exemplo.”
Os olhos de Mona se arregalaram. “Darwin? Alfa Darwin?” Sua voz vacilou.
“Sim.” A voz de Katherina estava fria. “Ele cometeu o erro tolo de escolher Kimberly em vez de você, minha própria escolhida. Ele deve pagar por sua traição.”
Mona engasgou. Darwin a criara, protegera-a. A ideia de sua morte a perturbava, mas antes que pudesse protestar, as próximas palavras de Katherina a abalaram até o fundo da alma.
“Eu sei que você sente algo por ele, mas não se apegue. Ele não é seu verdadeiro pai, e certamente não é o pai de Kimberly também.”
A cabeça de Mona se ergueu. “O quê?” Ela encarou Katherina, sua mente girando.
Katherina soltou uma risada curta. “Chocada, não é? Você viveu uma mentira, criança.”
Os lábios de Mona tremeram. “Quem é meu verdadeiro pai? E por que você está me dizendo isso agora?”
A expressão de Katherina escureceu. “Porque Darwin começou a agir contra você.
Ele está no seu caminho, no meu caminho. Eu não vou permitir. Em dois dias, ele será apenas uma memória.”
Mona cerrava os punhos, suas emoções uma tempestade dentro dela.
Uma parte dela queria protestar, suplicar pela vida de Darwin. Mas outra parte sussurrava que isso era destino.
Katherina caminhava pela sala, sua fúria palpável.
“Vá e prepare-se. Em menos de uma semana, o poder de Kimberly, seu status, seu respeito, tudo será seu. Você tomará o lugar dela.”
Mona hesitou, mas assentiu. “Farei como você ordena.” Sua voz era baixa, mas determinação cintilava por baixo.
“Bom.” Katherina acenou com a mão de forma displicente. “Você está dispensada.”
Mona se levantou e saiu da câmara, com a mente acelerada. *Só preciso ser paciente.
Uma vez que conquistar o poder que mereço, tudo se encaixará.*
Enquanto isso, na sala de estar do Alfa Theo, a atmosfera era muito mais calma, embora um subcorrente de tensão persistisse.
Elijah entrou, um sorriso tranquilizador no rosto. “Alfa, que bom vê-lo recuperado.”
Theo assentiu com a cabeça. “Obrigado por estar sempre aqui.” Sua voz era sincera.
Antes que pudessem continuar, o telefone de Theo vibrou. Ele olhou para a tela e sorriu ao ler a mensagem.
Elijah percebeu. “O que é?”
Theo suspirou fundo, colocando o telefone em baixo. “Uma reunião do Alfa.”
Elijah ergueu uma sobrancelha. “Derrick?”
Theo assentiu. “Como esperado. Ele está fazendo a sua jogada.”
Um sorriso lento e perigoso se espalhou pelo rosto dele enquanto se levantava, sua presença enchendo a sala com autoridade e poder.
“Que o jogo comece.”