Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 163
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- Capítulo 163 - 163 Capítulo 163 163 Capítulo 163 Elena permaneceu imóvel
163: Capítulo 163 163: Capítulo 163 Elena permaneceu imóvel, mantendo sua respiração estável. Ela acabara de revelar a maior descoberta e, agora, esperava.
Ela precisava ver exatamente como Derrick e Mona reagiriam.
Por um momento, houve apenas silêncio.
O olhar penetrante de Derrick se fixou no dela, procurando por qualquer sinal de engano.
Mona, por outro lado, tinha uma expressão de choque, confusão… e algo mais. Suspeita.
Finalmente, Derrick falou. Sua voz estava baixa, controlada, mas havia uma tensão subjacente.
“Onde ela está? E por que você está me dizendo isso agora?”
Elena não respondeu imediatamente. Em vez disso, ela deu um pequeno passo à frente, encontrando o olhar de Derrick sem vacilar.
“Antes de te contar isso,” ela disse, voz firme, “você precisa se desculpar comigo. E com Mona… a menos que ela já saiba e vocês dois estejam me escondendo isso.”
Uma onda de confusão percorreu a sala.
A testa de Derrick se franziu. Os olhos de Mona se arregalaram levemente antes de se estreitarem, sua mente trabalhando rapidamente.
*O que Elena está tramando? E por que Derrick precisaria se desculpar comigo? Mona pensou, com o estômago apertado.*
Elena podia ver a incerteza em suas expressões. Bom.
Ela precisava mantê-los na dúvida.
A voz de Derrick interrompeu seus pensamentos.
“O que exatamente você quer dizer, Elena? Preciso de clareza.”
Elena inclinou a cabeça levemente, soltando um pequeno suspiro deliberado.
“Por que você não me contou sobre o concurso do Rei Alfa?” ela perguntou.
“E quão importante Kimberly é para você reivindicar esse título? Ou será que Mona já sabe disso?”
O ar na sala ficou carregado de tensão.
Mona se virou para Derrick, com os olhos brilhando.
“O concurso do Rei Alfa? Derrick, do que ela está falando?”
Derrick exalou bruscamente, passando a mão pelos cabelos. Droga.
Ele tinha planejado contar a Elena eventualmente… mas não esperava que ela descobrisse dessa maneira.
“Antes de mais nada,” Mona disse, cruzando os braços, “eu sabia sobre o concurso do Rei Alfa, mas Derrick nunca me contou pessoalmente. Eu descobri por conta própria.”
O olhar de Elena saltou para Derrick, observando sua expressão atentamente.
“Você acha que não nos importamos com você?” ela perguntou, a voz se elevando um pouco.
“Ou com a alcateia? Sim, tivemos desentendimentos, mas este também é nosso lar, Derrick! Por que você está escondendo coisas de nós?”
Sua raiva soou real, e era exatamente assim que ela queria.
Derrick levantou levemente as mãos, tentando acalmá-la.
“Elena, por favor,” ele disse. “Me desculpe por não ter contado a vocês antes. Eu ainda não tinha certeza sobre os poderes de Kimberly. Não queria falar sobre isso até ter todos os fatos.”
Elena manteve sua expressão endurecida, mas por dentro, sentia uma pequena onda de satisfação.
*Ele está mordendo a isca.* Elena pensou.
Mona, no entanto, ainda estava calculando.
*Se Derrick e Elena estão na mesma página agora, preciso tomar cuidado.* Mona pensava profundamente.
Ela forçou um suspiro suave, antes de olhar para Elena. “Também peço desculpas, Elena. Eu achei que você já soubesse.”
Elena deu uma pequena aceno, mantendo o ato. “Se eu soubesse, não teria ficado em silêncio.”
Derrick assentiu firmemente, alívio cruzando seu rosto. “Aprecio sua compreensão. Agora… me diga.
“Onde está Kimberly?”
Elena pausou tempo suficiente para manter o suspense. Em seguida, ela olhou nos olhos de Derrick e lançou a última peça da armadilha.
“Ela está exatamente onde você pensa que ela está… com Alfa Theo.”
A sala ficou em silêncio.
Os olhos de Mona se arregalaram em choque. A expressão de Derrick endureceu instantaneamente.
“Com Theo?” Derrick repetiu, sua voz perigosamente baixa. “Isso é impossível. Como você sabe disso?”
Elena deu de ombros levemente. “Isso não é importante. Tenho minhas próprias fontes.” Ela cruzou os braços.
“A verdadeira questão é… o que você vai fazer a respeito?”
Mona se inclinou para frente. “O que mais? Vamos lá e a trazemos de volta! Esse é o único caminho.”
Mas Derrick balançou a cabeça imediatamente.
“Não.” Sua voz estava firme.
Mona se virou para ele bruscamente. “Como assim, não?”
Derrick exalou, sua mente trabalhando rapidamente. “Eu já cometi esse erro uma vez. Se eu tentar levá-la à força novamente, posso falhar. E não posso me dar ao luxo de falhar desta vez.”
A impaciência de Mona se inflamou. “Então o que você sugere? Ficamos aqui sentados sem fazer nada?”
Elena decidiu que era hora de fazer sua jogada.
“Vamos pelos Anciões.” Sua voz estava calma, mas o peso de suas palavras era pesado.
Tanto Derrick quanto Mona se viraram para ela abruptamente.
“O quê?” Derrick perguntou.
Elena se inclinou levemente para frente. “Informamos o Sumo Sacerdote. Reunimos os Anciões e expomos as ações de Theo.
Se fizermos isso certo, todo Alfa estará lá, e Theo não poderá escapar ou negar.”
Um pesado silêncio se seguiu.
Então, Derrick assentiu lentamente, sua expressão calculadora. “Isso… realmente faz sentido.”
Elena deu um pequeno sorriso conhecedor. “É a melhor maneira de recuperar Kimberly sem perder.”
Derrick passou a mão sobre o queixo, depois se voltou para Mona. “Vamos começar a fazer os arranjos. Em segredo.” Sua voz era firme.
“Ninguém fora desta sala deve saber até o momento certo.”
Mona forçou um sorriso, mas por dentro, sua mente estava acelerada.
*Eu realmente posso confiar em Elena?* Mona pensou.
Ela sempre acreditou que Elena faria qualquer coisa por seu irmão. Talvez isso ainda fosse verdade.
Mas Mona tinha seus próprios planos, e se Elena se tornasse um obstáculo…
*Eu lidarei com ela também.* Mona continuou com seus pensamentos.
Derrick soltou um pequeno suspiro, um raro sorriso genuíno cruzando seu rosto.
“Eu já me sinto um vencedor.” Seu aperto se fortaleceu nas mãos de Mona e de Elena.
“Com as duas mulheres mais importantes ao meu lado, sei que venceremos essa batalha.”
Mona sorriu, mas seus dedos se contorceram levemente.
Elena retribuiu o sorriso, com uma expressão indecifrável.
Mas por dentro, ela já estava pensando à frente.
*Eles não vão ver a próxima bomba chegando até eles.* Elena pensou consigo mesma, enquanto mantinha o sorriso no rosto.
★★★
Alfa Theo estava sozinho em seu escritório, sentindo o peso de tudo pressionando-o como uma pesada nuvem de tempestade.
Ele mal havia fechado os olhos por mais de algumas horas nos últimos dias. Cada movimento, cada decisão, tinha que ser calculado.
Seu telefone vibrou na mesa. Elena.
Sem hesitar, ele atendeu.
“Eu fiz minha parte,” a voz de Elena veio através da linha, baixa mas urgente.
“Fiz a jogada exatamente como você instruiu… Prepare-se. E tenha cuidado.”
Theo acenou com a cabeça, mesmo sabendo que ela não podia vê-lo. “Obrigado, Elena. Eu cuidarei do resto daqui.”
A chamada terminou, e Theo exalou lentamente. Ele se recostou, olhando para o teto por um momento antes de trazer seu olhar de volta para a moeda de busca descansando no mapa à sua frente.
A pequena moeda de prata brilhava sob a luz fraca.
*Eu preciso usar isso. Mas como?*
Theo passou os dedos sobre a superfície lisa, traçando as gravuras antigas.
Ele sabia que tinha poder, mas a questão permanecia… *Para onde devo direcioná-la?*
Seus pensamentos foram interrompidos quando seu telefone tocou novamente.
Desta vez, era um número desconhecido.
Theo hesitou por um momento. *Pode ser uma armadilha. Mas então, o que não é uma armadilha nos dias de hoje?*
Ele atendeu, mas não disse nada.
A voz de uma mulher cortou o silêncio.
“Alfa Theo… Você se lembra da bala que foi disparada contra você?”
Os músculos de Theo se tensionaram imediatamente.
“Claro, você não vai esquecer isso tão cedo,” a mulher continuou, seu tom zombeteiro, quase divertido.
“Ouvi dizer que você está correndo por aí tentando descobrir de onde ela veio.”
O aperto de Theo no telefone se intensificou.
*Ela nem está usando um modulador de voz.* Theo pensou.
“Quem é você?” Sua voz era afiada, controlada, mas por dentro, ele já estava juntando as peças. “E o que você quer?”
A mulher riu. Uma risada lenta, zombeteira, que fez seu sangue ferver.
“Eu sou aquela que vai acabar com você… e com Kimberly.”
O coração de Theo disparou.
“O tiro?” A mulher continuou.
“Aquilo foi apenas um aviso. O próximo?” Uma pausa. “Você não estará respirando depois dele.”
Theo exalou lentamente, forçando-se a permanecer calmo.
“Só covardes lutam no escuro,” ele disse, abaixando o tom de voz.
“Só fracos escondem seus rostos e fazem ameaças das sombras. É exatamente isso que você é.”
A linha ficou silenciosa por um momento.
Theo sorriu. “Toquei em um nervo, não foi?”
Ele se inclinou para frente, sua voz agora preenchida com veneno.
“Escute-me, você covarde sem rosto. Eu te desafio a sair para a luz. Enfrente-nos. Vamos ver quão forte você realmente é.”
A voz da mulher escureceu.
“Muito bem, então. Eu virei. E desta vez, você não viverá para contar a história.”
A ligação foi cortada.
Theo encarou seu telefone, mandíbula cerrada.
Sua mente estava acelerada.
“Essa definitivamente não é uma voz modulada… É crua e muito real.” Theo disse a si mesmo calmamente.
Alguém queria ele morto. Alguém que não tinha medo de se mostrar agora.
Mas a pergunta era, quem?
Ele se levantou de sua cadeira, andando de um lado para o outro.
*Existem muitas forças contra Kimberly e eu…* Theo pensou.
O tempo estava se esgotando e ele não podia mais se dar ao luxo de jogar na defesa.
Ele precisava atacar primeiro.
Enquanto isso, no Templo, Kimberly estava sozinha, pernas cruzadas, olhos fechados, sua respiração estável.
Ela estava em meditação por horas que pareciam, mas na verdade, ela havia perdido a noção do tempo.
Sua mente vagava por um espaço vasto, sem fim. Um lugar onde memórias, visões e a energia dos antigos fluíam livremente.
Os sussurros do passado a chamavam.
Então, de repente, uma imagem piscou diante de sua mente.
Uma mulher com olhos vermelhos pingando sangue.
O fôlego de Kimberly falhou… Ela conhecia aqueles olhos.
Um nome ecoou pelo vazio… Katherina.
A imagem intensificou, um campo de batalha, chamas erguendo-se na noite, o chão rachado como se a própria terra estivesse gritando.
E lá, no centro da tempestade, estava Katherina, com sangue nos olhos.
Os olhos de Kimberly se abriram de súbito, e conforme isso acontecia, uma luz azul brilhante irrompeu deles, brilhando como fogo.
Ela mal registrou sua própria voz enquanto falava, suas palavras carregadas de poder.
“Katherina tem o sangue nos olhos… Chegou a hora da Batalha dos Anciãos.”