Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 161
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161: Capítulo 161 161: Capítulo 161 Kimberly sentou-se no chão de seu quarto, com as costas pressionadas contra a cama enquanto fitava o telefone em suas mãos.
Sua respiração ainda estava irregular. Seu corpo ainda formigava pelo que quer que ela tivesse acabado de fazer.
*O que está acontecendo comigo?*
Ela ainda podia sentir o pós-choque do poder pulsando em suas veias.
Era como se algo antigo tivesse despertado dentro dela, algo que ela não compreendia, mas não podia ignorar.
Ela fechou os olhos, tentando dar sentido a tudo isso.
A língua que ela havia falado — não era dela. Ela nunca a tinha aprendido, nunca sequer a tinha ouvido antes.
E, ainda assim, as palavras haviam fluído sem esforço de seus lábios, carregando um poder que de alguma forma alcançou a distância e trouxe Theo de volta.
Seu peito se apertou.
*Isso é maior do que eu pensava e quem exatamente sou eu?* Kimberly pensou.
Ela tinha dito para Theo agir naturalmente, fingir, mas por quanto tempo eles poderiam manter a farsa?
Quem quer que tivesse feito isso com ele, quem quer que tivesse tentado mantê-lo inconsciente, descobriria eventualmente.
E quando descobrissem, haveria consequências.
Uma batida súbita na porta tirou-a de seus pensamentos.
Os olhos de Kimberly se abriram de repente.
“Entre,” ela disse, forçando-se a levantar.
A porta se abriu e Zack entrou, sua expressão habitualmente calma ainda intacta.
“Boa noite, Kimberly,” ele cumprimentou. “Os anciãos desejam vê-la.”
Kimberly engoliu, sua mente ainda turva de perguntas.
“Agora?”
“Sim.”
Ela respirou fundo e se levantou. Era hora de obter respostas.
★★Dentro da Câmara Interna do Templo★★
A sala estava fracamente iluminada, o ar pesado com o aroma de incenso queimando.
Três anciãos sentavam-se diante de Kimberly, seus rostos envelhecidos, mas astutos.
Ela podia sentir o olhar deles a estudando, como se já soubessem o que ela tinha feito.
“Sente-se, criança,” um deles disse, sua voz profunda e firme.
Kimberly obedeceu, abaixando-se no tapete à frente deles.
Houve um longo silêncio.
Então, o mais velho deles falou.
“Você começou a despertar, não é?”
Os lábios de Kimberly se entreabriram levemente.
Ela não sabia como responder.
“Eu—” Ela hesitou. “Não entendo o que está acontecendo comigo.”
“Você usou a língua antiga,” disse outro ancião.
Ela sentiu um nó na garganta.
“Vocês querem dizer… a língua que falei no telefone?”
O ancião assentiu. “É a língua dos primeiros lobos, os originais que caminhavam nesta terra antes que o tempo fosse contado.”
As mãos de Kimberly se fecharam em punhos.
“Mas como? Eu nunca a ouvi antes.”
Os anciãos trocaram olhares antes de um deles se inclinar para frente.
“Porque está em seu sangue.”
Kimberly paralisou.
“O quê?”
“Você não é apenas qualquer lobisomem, Kimberly,” o ancião continuou.
“Você é da Linhagem Antiga, a descendente direta daqueles que outrora governaram tanto lobos quanto magia.”
Seu coração acelerou.
“Isso não é possível,” ela sussurrou.
O ancião balançou a cabeça. “Não apenas é possível, criança. É a verdade. E essa verdade é o que aqueles que procuram destruir você mais temem.”
Kimberly sentiu como se o ar na sala tivesse de repente engrossado.
*Linhagem Antiga? Descendente de governantes?*
Tudo que ela pensava saber sobre si mesma estava desmoronando.
“Quem está tentando me destruir?” ela perguntou, sua voz mal ultrapassando um sussurro.
Os anciãos trocaram outro olhar antes de um deles falar.
“Há aqueles que temem o que você pode se tornar. E eles já estão agindo contra você.”
As mãos de Kimberly tremiam levemente, mas ela se forçou a manter a calma.
“Quem?”
Os olhos do ancião escureceram. “Aquele que lançou o feitiço em Theo.”
O fôlego de Kimberly faltou.
“Vocês sabem disso?”
O ancião assentiu. “Nós sentimos no momento em que o vínculo entre você e ele foi restaurado.
Quem quer que tenha feito isso tentou mantê-lo fora do caminho por um motivo. E agora que ele está acordado, eles saberão.”
Um calafrio percorreu a espinha de Kimberly.
*Isso significa que quem quer que tenha feito isso… já sabe que eu quebrei o feitiço.*
Uma súbita percepção a atingiu.
*Theo não está seguro.*
Ela precisava voltar para ele… Agora.
★★Enquanto isso, na Câmara de Katherina★★
Os dedos de Katherina se curvaram ao redor das bordas de sua mesa enquanto ela encarava a vela diante dela.
A chama tremeluzia zombeteira, um claro sinal de que Theo estava acordado.
Sua mandíbula se fechou.
“Isso não deveria ser possível,” ela murmurou para si mesma.
Ela tinha amarrado o feitiço com magia de sangue, tinha se assegurado de que ninguém poderia desfazê-lo.
E ainda assim, alguém tinha conseguido.
Uma força tinha rompido seu feitiço, algo mais forte do que qualquer coisa com que ela já tivesse se deparado antes e isso não estava em seus planos.
Seus olhos se estreitaram.
“Isso não foi obra de Theo,” ela disse para si mesma. “Foi outra pessoa.”
*Poderia ser Kimberly, seus poderes começaram a despertar?* Katherina pensou consigo mesma.
Ela respirou fundo, estendendo seu poder, tentando sentir a energia que havia interrompido seu feitiço.
E então, Ela sentiu… Seus olhos se arregalaram em choque.
“Não…” ela sussurrou.
A energia era familiar.
Antiga. Poderosa.
Suas mãos tremeram enquanto a percepção a atingia.
“É ela,” ela respirou.
Seus dedos se apertaram em punhos.
“Kimberly fez isso.”
Um sorriso lento e furioso surgiu em seus lábios.
“Então,” ela murmurou, “a garota finalmente desperta.”
Ela exalou lentamente, sua mente acelerada.
“Se ela já desbloqueou tanto poder, então não posso esperar mais.”
Seus olhos brilhavam com intenções sombrias.
“É hora de mover as peças.”
Ela alcançou o punhal em sua mesa, pressionando a ponta contra sua palma.
Uma única gota de sangue caiu sobre a superfície de madeira.
E as chamas na sala rugiram mais alto.
★★★★
Alfa Derrick sentou em seu escritório, seus dedos batendo na ponta do copo de vinho em sua mão.
Seus olhos estavam fixos no mapa à sua frente, mas sua mente estava em outro lugar.
*Este ataque não foi aleatório.*
Alguém o orquestrou. Alguém queria enviar uma mensagem.
E Derrick precisava descobrir quem.
O silêncio na sala era denso, pressionando-o como um peso invisível.
Então, uma batida na porta.
“Entre,” ele disse, sem se dar ao trabalho de olhar para cima.
A porta rangeu abrindo, e Alvin entrou.
“Alfa,” Alvin cumprimentou com uma leve reverência.
Derrick finalmente levantou o olhar. “Você tem algo novo para mim?”
Alvin hesitou por um segundo antes de falar. “Sim, Alfa. É sobre Theo.”
As sobrancelhas de Derrick se franziram. “O que tem ele?”
Alvin respirou fundo. “Ele acordou.”
Silêncio.
Os dedos de Derrick pararam de bater.
Seus olhos escureceram. “Diga isso novamente.”
“Theo acordou,” Alvin repetiu.
Derrick se recostou na cadeira, sua mente acelerada.
*Isso é impossível, se sorcery was truly involved.*
Theo havia ficado inconsciente, trancado em algum estado misterioso após o ataque.
Não houve sinais de recuperação. Nenhuma indicação de que ele acordaria tão cedo.
E mesmo assim…
“Ele acordou?” Derrick perguntou novamente, precisando de confirmação.
“Sim, Alfa. Não só isso,” Alvin hesitou. “O jeito como ele acordou… não foi normal.”
Os olhos de Derrick se aguçaram. “Explique.”
Alvin pigarreou. “Aconteceu depois que uma mulher chamada Elijah falou algo estranho, como uma invocação.
E a próxima coisa que sabemos, Theo estava acordado.”
Um longo silêncio preencheu a sala.
Derrick olhou para Alvin, sua mente trabalhando rápido.
*Quem poderia ser, será que é Kimberly?*
Primeiro, Theo fica inconsciente sob circunstâncias misteriosas.
Agora, alguém fala algumas palavras e de repente, ele acorda?
Isso não era coincidência.
“Alguém ouviu o que ela disse?” Derrick perguntou.
Alvin balançou a cabeça. “Ninguém entendeu. Não era uma língua que já tínhamos ouvido antes.”
Derrick exalou lentamente.
*Deve ser Kimberly… Estou tão certo disso.* Derrick pensou.
Tudo continuava levando de volta a ela.
“Como você conseguiu todas essas informações?” Derrick questionou.
“Temos alguém infiltrado entre os homens dele, então as informações de primeira mão nos alcançam antes de todos os outros.” Alvin explicou, soando levemente feliz.
Derrick assentiu com a cabeça em satisfação com a jogada de Alvin no bando de Theo, com uma expressão inescrutável no rosto.
*O que diabos você é, Kimberly?*
Ele empurrou sua cadeira para trás e levantou-se.
“Precisamos agir rápido,” ele disse.
Alvin se endireitou. “Quais são suas ordens, Alfa?”
Derrick caminhou até a janela, olhando para a noite escura.
“Fomos atacados. Theo foi atacado. Isso significa que alguém está jogando um jogo maior.”
Ele se virou para Alvin.
“Quero nomes. Quero respostas. Alguém está puxando as cordas, e preciso saber quem.”
Alvin assentiu. “Entendido, Alfa.”
O maxilar de Derrick se apertou. “Além disso, fique de olho em Theo.”
Alvin hesitou. “Você acha que ele está envolvido?”
Os lábios de Derrick se pressionaram em uma linha fina.
“Não sei,” ele admitiu. “Mas não confio em milagres convenientes.”
Uma súbita batida os interrompeu.
Outro guarda entrou, seu rosto tenso.
“Alfa, notícias urgentes,” o guarda disse.
A paciência de Derrick estava se esgotando. “O que é?”
★★★
“Aquela garota,” Katherina sussurrou. “Ela está despertando, não está?”
Uma risada amarga escapou de seus lábios.
“Que divertido.”
Ela se virou, caminhando em direção a um altar de pedra no centro da sala.
“Isto muda as coisas,” ela refletiu. “Mas não por muito tempo.”
Suas mãos se moviam no ar, tecendo energia escura em símbolos que brilhavam com uma luz sinistra.
“Se Kimberly quer jogar,” Katherina sussurrou, “vamos ver até onde ela aguenta.”
Ela deixou o poder fluir através dela, seus olhos ardendo de fúria.
“Vamos ver se ela está realmente pronta para o que está por vir.”
Com um último movimento de seu pulso, as chamas rugiram mais alto.
E em algum lugar, longe, Kimberly sentiu isso…