Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 10
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10: Capítulo 10 10: Capítulo 10 “Não se preocupe com isso, Pai,” eu disse rapidamente, me ajeitando na cama. Ele se sentou ao meu lado.
“O que te traz aqui?” perguntei, tentando parecer confusa.
“Eu te disse mais cedo que precisávamos falar sobre algo importante. Já esqueceu?” Seus olhos se fixaram nos meus, seu tom era sério.
“Ah, certo. Agora eu lembro!” Forcei um sorriso, tentando esconder meu desconforto. Eu não podia deixar ele ver como eu estava perturbada pelo que a Mona tinha dito mais cedo.
“Você tem certeza de que está bem?” ele perguntou, sua voz agora mais suave, como se pudesse perceber que algo estava errado. Sua expressão preocupada deixava claro que ele queria que eu me abrisse.
“Estou bem, Pai. Vamos apenas falar sobre por que você está aqui.”
“Certo, querida.” Ele suspirou. “Você ficou sabendo que o noivado do Alfa Derrick com a Mona foi adiado?”
“Sim, eu soube disso quando estava no hospital. Mas por que foi adiado tão de repente?”
“Fui eu que pedi,” ele disse calmamente, me surpreendendo. Ele parecia completamente imperturbado pelo que estava dizendo.
“O quê? Por quê, Pai? Como você fez isso?”
“Eu conversei com o Alfa Derrick e pedi um adiamento até que a Mona complete dezoito anos. Quero que ela passe pelo seu primeiro turno com a família antes de se noivar,” ele explicou, com um tom equilibrado.
Senti uma onda de alívio me invadir. Então era por isso que o noivado foi adiado — era para o bem da Mona. “Você já contou para a Luna Catherine e para a Mona sobre isso?”
“Ainda não. A Mona esteve fora o dia todo, e a mãe dela tem me evitado desde que ouviu a notícia. Ela está furiosa sem motivo,” ele disse, balançando a cabeça.
“Na verdade, Pai… a Mona voltou. Ela estava aqui há poucos minutos.”
“A Mona está aqui?” Ele pareceu surpreso.
“Sim. Talvez ela tenha entrado pela porta dos fundos. Eu também não a vi desde a tarde.”
“Mesmo? Então vou falar com ela no quarto dela.”
“Você deveria,” eu concordei. “E, Pai, você realmente precisa contar para a Luna Catherine em breve. Você sabe como ela é. Ela vai ficar ainda mais chateada se ouvir sobre o motivo do adiamento de outra pessoa.”
“Vou falar com ela de manhã. Obrigado pelo conselho, meu amor.” Ele me deu um abraço de lado caloroso.
“De nada, Pai!” Eu sorri, me sentindo um pouco mais leve.
“Kimberly, tem mais uma coisa que você precisa saber,” ele disse, seu tom de repente mais sério. Seus olhos continuaram fixos nos meus.
Meu coração acelerou. “O-o que é, Pai?” eu gaguejei.
“Você notou alguma——?”
Antes que ele pudesse terminar, a porta se abriu com força, e Luna Catherine entrou como um furacão. “Sobre o que vocês dois estão cochichando?” ela exigiu.
Tanto meu pai quanto eu nos viramos para olhá-la. Ela estava furiosa, seu olhar duro e cortante.
Mordi minha língua, determinada a ficar de fora disso. Eu sabia melhor do que me envolver com ela.
“Eu não posso ter uma conversa privada com minha filha?” A voz do meu pai estava tensa de raiva.
“Você chama isso de privado? Você me deixou sozinha na sala de estar por isso?” Ela me lançou um olhar hostil, claramente me culpando por ocupar o tempo dele.
Fiquei quieta, recusando-me a ser arrastada para a discussão.
O maxilar do meu pai se contraiu, mas ele manteve sua voz firme. “Catherine, o que você quer? Por que está fazendo isso?”
“Eu preciso falar com você. Agora.”
“Então diga o que você precisa dizer,” ele respondeu, tentando manter a compostura.
“Não aqui,” ela retrucou, olhando ao redor do quarto com desprezo. “Este lugar é sufocante. Vamos para o nosso quarto.”
Meu pai parecia prestes a perder a paciência, então rapidamente segurei sua mão, tentando acalmá-lo.
“Escute ela, Pai. Podemos terminar nossa conversa de manhã,” eu sussurrei, esperando aliviar a tensão.
Ele me olhou, sua expressão amolecendo. “Você tem certeza?”
“Sim, Pai. Está tudo bem. Pode ir.”
Luna Catherine nos observava, sua raiva fervilhando logo abaixo da superfície. Ela claramente se segurava para não dizer algo desagradável para mim.
Meu pai se levantou relutantemente, dando a ela um último olhar feroz antes de caminhar em direção à porta.
“Você tem sorte de eu estar indo com ele. Se não fosse por isso, você se arrependeria,” Luna Catherine sibilou para mim antes de sair tempestuosamente.
Eu não respondi, recusando-me a deixá-la me afetar. Eu não deixaria suas palavras me atingirem mais.
Assim que os dois se foram, travei minha porta, garantindo que não teria mais visitantes indesejados esta noite. Eu precisava de paz, ao menos por um tempo.
Deitei na minha cama, mas não conseguia dormir. Os eventos do dia pesavam muito em minha mente. Depois de alguns minutos revirando-me, levantei e fui até o meu armário.
Peguei o vestido que tinha usado na noite anterior. Segurando-o em minhas mãos, suspirei. “Como esse vestido pode fazer parte de duas memórias tão diferentes?” sussurrei para mim mesma.
Levei o tecido ao nariz, esperando captar um aroma familiar, mas tudo que consegui sentir foi o cheiro do hospital.
Frustrada, joguei o vestido no chão. “Isso está me enlouquecendo!” murmurei, pensando no homem misterioso que tinha conhecido na noite anterior.
Por que eu não tinha pedido o nome dele? Como pude ser tão descuidada?
“Quem ele pensa que é, me deixando assim?” eu rosnei, sentindo a raiva subir em meu peito. “Ele provavelmente pensa que sou fácil porque baixei minha guarda.”
Afundei de volta na minha cama, me sentindo tanto envergonhada quanto furiosa. “E se ele fosse um espião de outra alcateia? E se isso arruinar a reputação do meu pai?”
Enterrei meu rosto nas mãos, lágrimas de frustração brotando em meus olhos. “Como pude ser tão estúpida?”
“Quem você está chamando de estúpida?” uma voz familiar sussurrou de repente das sombras do meu armário.
Eu congelei, meu coração acelerado, enquanto lentamente me voltava para o som.