Re: Evolução Online - Capítulo 1146

Capítulo 1146: Exército pessoal

Uma vez dentro do palácio real, Elira lentamente seguiu seu caminho até a corte real, onde Príncipe Aranthor presidiria a cerimônia de premiação.

No início, ela havia ficado indignada com a pílula da beleza. Ela não gostava que seu valor fosse medido por algo tão trivial quanto a aparência, mas deixou isso de lado. Este não era o momento para orgulho; era o momento para pragmatismo.

E agora ela via que Eldrin estava certo.

Enquanto Elira caminhava pelo corredor, ela podia ver a mudança nos olhos que a observavam—admiração substituindo a análise, intriga substituindo o desprezo.

Em toda sua vida, Elira nunca havia imaginado que estaria pisando aqui. Ela era uma escrava, uma ninguém, mas agora lidaria com a família nobre mais poderosa em suas terras, a família real.

“Eu posso fazer isso.” Ela murmurou para si mesma, tentando acalmar seus nervos. Ela não tinha medo das consequências. Pelo contrário, tinha medo de falhar em sua missão, o que não era uma opção.

“Eu posso fazer isso.” Ela repetiu novamente enquanto respirava fundo e finalmente chegava à câmara onde a cerimônia seria realizada.

Ela olhou para o Príncipe Aranthor sentado em uma cadeira semelhante a um trono na extremidade da sala. Uma onda de nobres e outras figuras de importância preenchia a câmara, cochichando entre si.

O príncipe era uma figura etérea, com cabelos dourados e olhos como esmeraldas polidas. Apesar de ele ter sido descrito como um pervertido várias vezes por Eldrin, apenas pelo visual isso não parecia ser o caso.

Ele emitia uma aura muito elevada e nobre, e quando ela entrou, aqueles olhos encontraram os dela, e por um momento, a sala pareceu cair em silêncio.

Elira engoliu em seco. Ela estava muito nervosa. Será que descobriram tudo? Estar assim no meio de estranhos, cada um deles várias vezes mais poderoso que ela, era, no mínimo, exasperante.

Ela só conseguiu relaxar um pouco quando Príncipe Aranthor sorriu casualmente para ela e acenou com a mão. Imediatamente, outro elfo avançou e anunciou o início da cerimônia.

“Senhoras e senhores, convidados estimados, estamos reunidos aqui para honrar aqueles que demonstraram habilidade e bravura exemplares no recente torneio de recrutamento.”

“Este é um momento marcante, pois fala não apenas da excelência individual, mas também da força e vitalidade de nosso reino.”

Ele continuou com mais palavras cerimoniais, mas Elira encontrou seus pensamentos voltando para Liam. Será que tudo realmente daria certo?

Por favor. Ela orou em seu coração. Ela não era uma crente, pois os deuses nunca haviam respondido suas orações antes, mas agora ela desesperadamente queria que eles o fizessem novamente.

Finalmente, chegou o momento de ela ser premiada.

Príncipe Aranthor anunciou seu nome, e enquanto ela avançava, não pôde evitar sentir uma onda de expectativa. Era uma coisa ganhar a atenção de um príncipe e outra bem diferente mantê-la.

O príncipe olhou para ela, depois para a multidão. “Elira,” ele falou, com sua voz rica e melíflua, “Você demonstrou habilidade excepcional e coragem, e é uma honra para mim conceder a você o título de guarda real, bem como os privilégios e responsabilidades associados a isso.”

Elira curvou-se graciosamente, aceitando a medalha finamente elaborada e o pergaminho ornamentado que detalhava seu novo status e privilégios. “Que sua bravura continue a nos inspirar,” Príncipe Aranthor concluiu, oferecendo-lhe um aceno gracioso.

Os aplausos que se seguiram foram entusiásticos e genuínos. Agora Elira não estava mais se cobrindo com qualquer manto. Ela vestia uma túnica elegante que acentuava sua beleza e adornos simples que a complementavam.

Ela podia sentir os inúmeros olhares que a atraíam. Ela tentou ser o mais confiante possível para combinar com sua aparência. No entanto, será que tudo isso era suficiente? A cerimônia de premiação já havia terminado? Talvez algo mais detalhado esteja dado naquele pergaminho?

Ela não sabia. Só poderia ir lá fora e verificar. E se não houvesse nada, então só poderia culpar sua incompetência por falhar na missão.

Elira sabia que não podia ficar ali por mais tempo sem deixar estranho, então se curvou e se retirou. Ela saiu da corte real, suas mãos trêmulas começando a abrir o pergaminho em sua mão quando de repente houve um toque em seu ombro.

Ela se virou para encontrar o conselheiro do príncipe, um elfo alto e enigmático com olhos cinza- aço. “Sua alteza gostaria de falar com você, em particular,” disse o conselheiro, sua voz carregando uma nota de curiosidade impossível de rastrear.

“Claro,” Elira respondeu, mantendo sua postura. Ela o seguiu por uma porta lateral que levava a uma câmara pequena e ornamentada. Ela esperou ali por um tempo e logo o próprio Príncipe chegou.

Elira rapidamente se levantou e se curvou, seu coração se enchendo de esperança. Será que funcionou afinal?

“Ah, Elira, por favor, sente-se,” o príncipe gesticulou para uma cadeira à sua frente, seus olhos esmeralda observando cada movimento dela.

Ela se sentou, fazendo o melhor para manter suas emoções sob controle.

“Devo admitir, você é cheia de surpresas,” o príncipe começou. “Seu desempenho no torneio foi notável. Você chamou a atenção de muitos, não apenas a minha.”

Elira inclinou a cabeça levemente. “Estou honrada, sua alteza.”

“Não seja tão modesta,” continuou o Príncipe Aranthor, seu tom se tornando mais sério. “Tenho um olho para talentos, e você, Elira, tem um potencial inexplorado que acredito que poderia explodir sob a tutoria certa e com os recursos adequados.”

O príncipe então estendeu a mão em direção a ela enquanto segurava uma medalha dourada em sua palma. “Este é o meu emblema, pegue-o.”

Sorrindo, ele acrescentou. “Vá para o espaço abençoado e pegue o que quiser. Quando voltar, quero que você se torne mais forte, forte o suficiente para estar no meu exército pessoal. Você aceita a posição?”

Elira não pôde deixar de arregalar os olhos de surpresa. Sua expressão chocada era tão natural que agradou muito ao príncipe.

“Sim. Sim, sua alteza.” Ela rapidamente se desculpou depois de receber o emblema e saiu do palácio real.

Observando-a correr apressadamente como um roedor, o conselheiro de olhos de aço dirigiu-se novamente ao príncipe. “Sua alteza…” ele começou.

“Hmmm. Eu sei o que você vai dizer. Não se preocupe. Apesar de eu ter dado a ela meu emblema, duvido que ela compraria qualquer coisa na loja do sistema sem se encontrar com você novamente. Naquela hora, você deve guiá-la apropriadamente.”

“Mas e se ela-”

“E se ela o quê? Comprar algo? O que ela poderia comprar? Com o nível dela e seu histórico, no máximo ela teria acesso a habilidades de classificação D ou C.”

“Mesmo que ela compre uma dúzia dessas, não vai somar tanto. No entanto, ela não se atreverá a isso. Como ela ousaria?”

“Em vez disso, ao fazer isso, não só ganhei sua confiança, como também criei uma situação onde ela estaria para sempre aos meus pés. Tenho muitos planos para alguém como ela.”

Aranthor lambeu os lábios finalmente revelando seu verdadeiro desejo.

“Quando ela voltar para encontrá-lo, mande-a primeiro para meus aposentos privados. Mal posso esperar para saboreá-la. Ela é mais bonita que todas as minhas esposas.”