Re: Evolução Online - Capítulo 1107

Capítulo 1107: Impossível!

A parede se moveu lentamente para o lado, revelando uma entrada. O corredor recém-exposto era largo e alto, brilhando com a mesma luz luminosa do resto do abismo. Símbolos intrincados estavam gravados nas paredes, parecendo dançar e pulsar com o brilho.

A voz ecoou novamente, agora vindo do fundo da passagem recém-revelada. “Entre, jovem humano, e reivindique sua herança. Que ela lhe sirva bem nas décadas vindouras.”

Liam engoliu em seco, nervos à flor da pele com antecipação e excitação. Ele olhou para a entrada do abismo, antes de entrar no espaço fechado.

Que tipo de herança era essa? O que havia lá dentro? Ele precisava passar por alguns testes? De alguma forma provar a si mesmo para obter o benefício? Se sim, o que deveria fazer em relação ao seu estado atual de ferimento?

Vários pensamentos cruzaram sua mente enquanto ele se perguntava o que estava por vir.

O corredor era mais frio que o abismo, os cristais de sangue nas paredes, proporcionando um calor suave e reconfortante. Quanto mais ele caminhava, mais intenso o calor se tornava. De repente, ele se inflamou, banhando-o em uma luz escarlate e intensa.

Antes que Liam pudesse reagir, ele ficou encantado nesta estranha atmosfera.

Os símbolos nas paredes pulsavam no ritmo de seu coração, e ele podia sentir uma estranha conexão se formando entre ele e as runas antigas.

Parecia que eles estavam se comunicando com ele, tocando sua alma, conferindo-lhe conhecimento e sabedoria.

Liam fechou os olhos e se entregou à sensação, permitindo que o poder antigo se infiltrasse em seu ser. Ele podia sentir sua consciência se distanciando de seu corpo.

Ele estava em um novo mundo. Ele não estava mais atormentado por fardos ou memórias. Ele se sentia livre. Sentia como se não houvesse nada neste mundo que pudesse se opor a ele.

Imagens passaram diante de seus olhos: batalhas antigas, feitiços poderosos, sábios elfos, e uma figura orgulhosa e nobre que se destacava entre todos, sua aura irradiando força e sabedoria.

Liam não conseguia fazer sentido de nada disso. Ele estava vendo tudo, mas ao mesmo tempo, nada estava se registrando em sua mente.

De repente, um elfo apareceu.

O elfo era alto, imponente e etéreo, vestido em longas vestes que reluziam com uma luz de outro mundo. Seu longo cabelo prateado caía sobre suas costas e seus olhos, de um azul penetrante, pareciam conter a sabedoria de incontáveis eras. Um intricado diadema de prata repousava sobre sua testa, cravejado com uma única pedra grande que pulsava com a mesma luz dos cristais de sangue nas paredes.

Então, a figura de repente olhou diretamente para Liam, seus olhos cintilando com malícia. “Então, você é meu sucessor, né? Interessante. Posso ver por que o velho eu escolheu você. Você é diferente. Determinado. Forte de vontade. Você tem uma sede insaciável por poder.”

A voz do elfo e seu rosto impassível desapareceram no instante seguinte, Liam mais uma vez em pé no meio de um campo de batalha sem fim que se estendia até onde a vista alcançava.

Destroços e restos de uma guerra há muito passada estavam espalhados ao seu redor. O chão sob seus pés estava saturado no eco de sangue derramado, e as estruturas outrora orgulhosas agora estavam em ruínas.

Liam sentiu um arrepio percorrer sua espinha, a intenção assassina palpável na área o fez estremecer. Auras aterrorizantes emergiram das sombras, e ele podia sentir seis auras poderosas entre elas que se destacavam acima de todas.

Liam podia sentir vagamente que ele não estava atualmente neste lugar e tempo. No entanto, a pressão que sentia dessas figuras era aterrorizante. Ele mal conseguia suportá-las, sua consciência ameaçando se desvencilhar dessa memória a qualquer momento.

Antes que ele pudesse compreender o que estava acontecendo, as seis figuras avançaram, suas formas borrando-se enquanto se moviam com uma velocidade que desafiava as leis naturais. Cada uma brandia uma arma que parecia incorporar seus respectivos domínios.

O cérebro de Liam foi imediatamente devastado por uma dor de cabeça lancinante. Ele podia sentir que estava prestes a ser expulso de onde quer que isso fosse.

Ele grunhiu e tentou resistir, mas sem sucesso. Sua visão estava rapidamente embaçando e a imagem começava a desaparecer, agora sendo substituída apenas por escuridão.

No entanto, naquele último momento, Liam conseguiu agarrar algo. Ele viu um golpe de espada!

A espada parecia rasgar a própria realidade, o frio que irradiava congelando tudo em sua proximidade. Não era apenas frio; era a personificação do zero absoluto, uma temperatura onde até tempo e espaço pareciam congelar.

O portador da espada era uma figura imponente envolta em gelo e neve, um domínio que desafiava o ambiente de fogo e tumulto do campo de batalha.

Seus movimentos eram precisos e econômicos, cada passo dado com o peso de séculos de sabedoria e experiência adquirida em batalhas.

Com a espada na mão, eles se moviam como uma tempestade de inverno, rápida e implacável, congelando e destruindo tudo em seu caminho. Sua presença era como um iceberg imenso em um mar turbulento de fogo, imóvel e inabalável.

O golpe final da espada que Liam observou foi executado com tal finesse e poder que parecia cortar o próprio ar, enviando uma onda de gelo que se espalhou pelo campo de batalha, transformando tudo o que tocava em gelo.

Quando estava prestes a ser engolido por esta onda de energia gélida, sua consciência começou a recuar, a dor latejante em sua cabeça atingindo o pico. Mas a imagem da espada e de seu portador, a aura gélida e o golpe gelado ficaram profundamente gravados em sua mente.

Quando ele abriu os olhos, Liam estava de volta ao corredor, com a mão de alguma forma no punho de sua própria espada. As runas nas paredes pulsavam com um brilho suave, como se reconhecessem seu retorno.

Seu corpo estava encharcado de suor, e sua cabeça latejava com os resquícios da dor de cabeça. Mas sob o desconforto físico, Liam sentiu uma estranha sensação de excitação.

Ele lembrava-se claramente do golpe gélido da espada e da aura avassaladora do portador.

Ainda naquele estado de transe, ele se moveu lentamente. Ele empunhou sua própria espada, tentando imitar o golpe que havia visto, seus movimentos lentos e desajeitados em comparação.

Mas a cada golpe, ele podia sentir um leve eco da aura gélida que havia observado, uma energia fria que parecia fluir da lâmina.

Liam sorriu em meio ao cansaço. Quando o ancião elfo mencionou herança, ele não esperava isso. Ele realmente havia ganhado muito desta vez. Era como se ele fosse uma pessoa diferente agora. Ele não conseguia exatamente identificar.

No entanto, agora não era o momento para pensar em tudo isso.

A mente de Liam ainda estava preenchida com a memória e a sensação do que ele acabara de testemunhar. Foi apenas um milissegundo de experiência, mas estava profundamente gravado em seu cérebro.

Ele fechou os olhos rapidamente e se concentrou nesta imagem. Ele tinha a sensação de que, se perdesse esta chance naquele momento, nunca a recuperaria. Ele estava à beira de algo e precisava agarrá-lo agora e ali.

Uma sensação de tranquilidade tomou conta de Liam enquanto ele concentrava seus pensamentos no golpe gélido da espada. Sua frequência cardíaca estabilizou, seu corpo relaxou, e sua mente tornou-se um lago calmo de água, sem qualquer ondulação de distração. Ele estava totalmente absorto na sensação, seu corpo realizando os movimentos inconscientemente.

Havia uma atração inegável da memória em que ele estava imerso. Como se algo estivesse guiando seus movimentos e moldando-os para ecoar a aura gélida da figura antiga.

Repetidas vezes, ele empunhou sua espada, cada vez sentindo um pouco mais da fria brisa emanando dela. Sua respiração condensava no ar frio, uma indicação tangível da energia gelada que sua lâmina agora abrigava.

“Nada mal, humano. Você não me desapontou.” A voz élfica ecoou suavemente, apenas mal audível. “Para o seu tipo, sua força mental é bastante impressionante. Agora me mostre do que você é capaz.”

Se Liam tivesse aberto os olhos naquele instante, ele teria visto um rosto semelhante ao das imagens bem ao lado dele.

O rosto não estava presente nem ausente, apenas um mero remanescente deixado para administrar a herança. Ele continuava a absorver Liam, como se admirasse sua capacidade de se adaptar e aprender.

Horas pareciam passar enquanto Liam praticava incansavelmente o golpe. Ele estava totalmente absorvido no movimento e na sensação de energia gélida. Seu corpo se movia sem pensamento consciente, executando a sequência como se o fizesse há anos.

Seus movimentos tornaram-se mais precisos, o ângulo e a potência dos golpes coincidindo mais com a memória em sua mente. A energia gélida de sua lâmina se intensificou, cada golpe deixando um rastro visível de ar congelante em seu rastro.

De repente, o elfo pareceu chocado quando uma pulsação de energia surgiu da espada de Liam, fluindo por seu braço e se espalhando por todo o corpo.

“Impossível!”