Re-Despertar: Eu Ascendo com uma Classe Lendária - Capítulo 514
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Capítulo 514: Batalha Intensa
O céu se fraturou com o fogo dos canhões. Nuvens de trovão se partiram enquanto esferas de ferro rugiam envoltas em energia azul-real, despencando em direção ao Eltuvaine. Cada uma carregava a força de um recife desmoronando.
“Preparar!” A voz do Almirante Rudra trovejou pelo convés. Suas mãos se uniram em um selo, veias inchando com força abissal. O Motor do Coração respondeu, ressoando como o tambor de um deus. Em um instante, a Explosão Abissal brilhou—as Velas Abissais se agitando vivas com luz negra. O Eltuvaine desviou, as balas de canhão passando, gritando, para estilhaçar as ondas em paredes de vapor.
O navio inimigo emergiu daquela névoa como um leviatã revestido com placas de casco douradas e safira. Seu estandarte—marcado com o sigilo solar da Facção Real—tremulava contra a tempestade. Quinze Aventureiros Sombrios estavam dispostos no convés. Suas auras queimavam brilhantes, refinadas, cada um exalando anos de crueldade aguerrida.
Os dois navios colidiram com os canhões de proximidade, suas explosões ensurdecedoras.
Embora houvesse uma diferença de posição entre as duas partes, não havia qualquer diferença na qualidade dos navios. Na verdade, os Regalos tinham, no geral, adquirido melhores Poderes Místicos do que o navio inimigo.
A primeira onda veio rápida—três Aventureiros, seus corpos cobertos em armaduras parecidas com cavaleiros esculpidas de cristal vivo. Suas lâminas cortavam arcos que ressoavam com destruição. Lily os enfrentou de frente, seus chakrams espiralando em uma tempestade de crescentes negros.
O metal chiou. Um cavaleiro cambaleou para trás enquanto sua armadura se rompia, faíscas de sangue explodindo entre as fissuras. O segundo desceu em um golpe contra sua cabeça, mas Lily se torceu para baixo, deslizando sob o golpe, chakram cortando para cima através de sua coxa.
O terceiro cavaleiro agarrou seu tornozelo no meio do giro. Por um instante, seu equilíbrio titubeou—sua lâmina erguida para dividi-la ao meio.
“Hoje não!” A voz de Arjun ecoou. Sua flecha acertou o elmo do cavaleiro, explodindo em fogo solar. O homem gritou, cego. Lily cortou seu braço em um único movimento fluido, recuperando sua base.
Almond, enquanto isso, mergulhou direto no coração da tripulação inimiga como uma tempestade encarnada. Sua aura pulsava dourada-escura, seu corpo um borrão fantasmagórico. Um Aventureiro Sombrio lançou uma lança que carregava a força de uma onda de maré. Almond a pegou com a mão nua, a arma se estilhaçando como galhos. Seu contra-ataque esmagou o peito do homem para dentro—armadura, costelas, coração, tudo pulverizado em um único movimento.
“Dois a menos,” murmurou Almond, procurando o próximo.
Outro veio em sua direção—uma mulher empunhando sabres duplos gravados com runas. Ela se movia como um raio, cada golpe deixando pós-imagens. Almond inclinou a cabeça, mal escapando do beijo do aço. Pela primeira vez, sua testa franzia—ela era rápida. Mais rápida do que a maioria que ele conheceu.
Suas lâminas cruzaram, mirando sua garganta.
Uma sombra oscilou. Silvester apareceu, adaga reluzindo. A mulher girou, bloqueando seu golpe—justamente quando o punho de Almond esmagou em seu estômago, dobrando seu corpo como pergaminho. Sangue espirrou enquanto ela caía, seus sabres caindo.
“Uma irritante,” murmurou Silvester.
“Irritante, mas morta.” Almond abriu um sorriso, então pivotou para o próximo alvo.
–––
Ao leme, o Almirante Rudra enfrentou os mais fortes.
Três Aventureiros Sombrios se postaram contra ele, seu poder combinado mais pesado que uma maré colapsante. Um liberou lanças de água comprimida que perfuravam o convés. Outro convocou uma lâmina de trovão duas vezes sua altura, cada golpe rasgando o céu. O último irradiava uma aura de comando, um executor real cujo gesto amplificava a força de seus aliados.
Rudra plantou os pés, punhos erguidos.
A primeira lança de água investiu contra ele. Seu punho a acertou de frente. Em vez de perfurá-lo, a água detonou em uma explosão de vapor.
A lâmina de trovão desceu. Rudra bloqueou com ambos os antebraços, seu corpo reverberando como um tambor golpeado. Ele cambaleou para trás meio passo, botas cavando sulcos na madeira.
“Almirante!” Bianca gritou, sua voz carregada de urgência. Ela estendeu seu cajado, tecendo uma malha arcana que absorveu o impacto do próximo golpe de trovão. “Você não vai segurar sozinho!”
Rudra sorriu, sangue escorrendo de seu lábio. “Esse é o ponto. Me segure por mais tempo, e eu os quebrarei mais forte.”
Ele avançou. Seus punhos se tornaram tempestades, cada golpe ressoando com o pulso do Motor do Coração. Quando ele acertou o espadachim do trovão, raios se dispersaram em fragmentos de faíscas inofensivas. Quando ele acertou o comandante, a aura do homem estalou como vidro.
Mas isso não foi sem custo. Uma lança de água cortou as costelas de Rudra, sangue espirrando. Por um momento, sua visão turvou.
“Almirante—!” A voz de Natália se ergueu, sua harpa brilhando. Uma contra-harmonia vibrou pelo campo de batalha, entorpecendo sua dor e estabilizando sua respiração.
Rudra inalou. Então rugiu, liberando todo o seu poder e desferindo uma técnica enquanto os três adversários recuavam sob a tempestade de seus punhos e a ofensiva de apoio de outros que deram o máximo para infligir efeitos ‘irritantes’ ao inimigo.
—
A batalha rugia em todo lugar.
Viktor ergueu paredes de gelo, forçando a formação inimiga a se dispersar. As correntes de Zauna pegavam tornozelos, puxando inimigos para os arcos mortais de Lily. Liang preparava elixires combustíveis rapidamente, jogando-os como granadas que banhavam os atiradores inimigos em chamas.
Eles não eram os executores — não, esse papel pertencia a Almond, Lily e Rudra. Mas os outros faziam questão de que suas presas não pudessem se mover livremente. Eles eram moscas, víboras, distrações, espinhos, rasgando todas as costuras até que os inimigos sangrassem aberturas.
Ainda assim, o custo do erro pesava bastante.
Um inimigo escapou pelo gelo de Viktor, lâmina levantada. Estava descendo em direção ao lado desprotegido de Bianca —
Até que Arjun atirou. Sua flecha atingiu a espada no meio do balanço, desviando seu caminho só o suficiente para a adaga de Silvester perfurar a garganta do homem. Bianca engasgou, suor escorrendo por seu rosto, sabendo que quase havia morrido.
Outro inimigo encurralou Zauna, destruindo suas correntes com força bruta. Seu machado desceu —
Somente para Lily interceptar, chakrams moendo contra o aço. Ela rosnou, veias inchando de esforço, antes que Almond viesse avançando pela lateral e esmurrasse o crânio do machadeiro até virar pasta.
Chamadas por pouco. Próximo demais.
Mas nenhum caiu.
E então a maré mudou.
Rudra jogou o comandante no convés, um punho quebrando o maxilar do homem. Com um segundo golpe, seu crânio estourou como fruta podre.
Almond arremessou dois cadáveres ao mar, olhos flamejando.
Os chakrams de Lily pintaram o ar de carmesim, sangue chovendo no convés.
Os Aventureiros Reais começaram a vacilar.
“Recuar!” gritou um deles, terror rompendo sua voz endurecida.
“Tarde demais,” Almond sussurrou.
Os canhões do Eltuvaine rugiram, impulsionados pelo Fuso da Tempestade. Barragem de Salvas Trovejantes ativada — raios de destruição estilhaçante atravessando o casco do navio inimigo como facas na seda.
O Véu de Diamante Negro reluziu, protegendo os Regalos do fogo de contra-ataque.
Seus inimigos tentaram pular no mar, fugir para as marés abissais. Mas a canção de Natália amarrou seus membros, as adagas de Silvester cortaram suas cordas, e os chakrams de Lily abriram suas costas antes que pudessem tocar a água.
Um por um, eles caíram. Afogados. Queimados. Despedaçados.
Até que o silêncio reinou, quebrado apenas pelo chiado do vapor e o gemido de um navio real afundando.
O mar se acalmou. A tempestade se dissipou.
No convés do Eltuvaine, sangue escorria pelas tábuas. Rudra apoiou-se no mastro, respirando pesado, costelas sangrando mas não curvadas. Almond sentou-se de pernas cruzadas entre cadáveres, seus olhos calmos como se nada tivesse acontecido. Lily limpou o sangue do rosto, sua expressão ilegível.
O restante dos Regalos estava de pé, vivos, machucados, mas sorrindo com a loucura da vitória.
Três milhões de Pontos de Pirata mais ricos. Outra tripulação apagada da existência.
“Os bastardos estavam desesperados,” Silvester murmurou.
“Desespero não pode salvá-los do inevitável,” Almond disse, levantando-se. Seu olhar varreu o horizonte, onde inúmeras tempestades ainda se formavam. “Aqueles que assistem devem conhecer nosso poder agora. Da próxima vez, eles virão mais fortes, mas nós seremos ainda mais fortes quando eles vierem.”
“Que venham.”