897: Uma Noite do Pijama Nada Sexy Pt. 2 897: Uma Noite do Pijama Nada Sexy Pt. 2 Agora que o pior cenário possível havia acontecido, Izanami rastejou para fora e acenou timidamente para as garotas.

*Ahem* “O-Olá.”

As bocas de Mira e Iemanjá lentamente se abriram enquanto elas se viraram para o pai.

“…Dragão vadia.”

“Cavalheiro da noite.”

A mandíbula de Abaddon caiu.

“Garotas, não precisam implicar com seu pai.”

Eris envolveu o braço ao redor da cintura de Izanami e a puxou para perto.

“Vocês sabem que ele não faria algo que todos nós não quiséssemos… e além disso, acho que eu queria isso até mais do que ele.”

Eris beijou Izanami suavemente sob os olhares surpresos de todos na sala.

Os olhos de Mira e Iemanjá suavizaram e elas acenaram pensativamente para si mesmas.

“Ah… Tudo bem então, Mãe.”

“Sim, contanto que você esteja feliz.”

A disparidade no tratamento fez com que Abaddon lançasse seu travesseiro nas cabeças de suas duas filhas com força suficiente para derrubá-las.

Os reflexos de Mira foram rápidos o bastante para ela se abaixar a tempo de evitar perder um dente.

Iemanjá, nem tanto.

Mira nem se deu ao trabalho de verificar sua irmã enquanto ela gemia no chão.

Em vez disso, ela sorriu inocentemente enquanto se inclinava com os cotovelos apoiados na cama.

“Então, podemos dormir com vocês hoje à noite??” Perguntou com olhos extra grandes.

“Não-” Abaddon foi socado seis vezes diferentes antes mesmo de terminar a frase.

Enquanto estava curvado de dor, Seras sorriu para a filha de maneira constrangedora. “Eu… bem, nós realmente não nos importamos, querida. Mas esta noite é só um pouco… nós estávamos apenas tentando passar um tempo conhecendo Izanami melhor, sabe?”

Mira se jogou de cara na cama. “Ugh..! Todos esses casais na casa estão me enlouquecendooo..! Por que ninguém quer sair conosco? Somos tão desagradáveis!?”

“Bom, agora vocês-” Abaddon foi socado sete vezes diferentes daquela vez. Lisa decidiu que valia a pena fazer a viagem.

“Tenho certeza de que há alguns dos seus irmãos com quem vocês podem sair e passar tempo.” Audrina sorriu docemente.

“Não há!” Mira reclamou. “Nubby saiu porque é seu aniversário de casamento, Thea diz que não está com vontade porque está perto de sua data de parto, Thrudd não consegue ver além da rachadura da bunda de Beemote, e Iemanjá saiu em seu encontro idiota com Ziz!”

Abaddon tinha feito um trabalho notável se distraindo nas últimas horas. Embora não fosse algo que ele tenha feito de propósito.

Com o projeto de construção de Valerie em andamento e o pedido repentino de Izanami para passar a noite com eles, ele simplesmente não teve tempo ou presença de espírito para pensar em qualquer outra coisa além disso.

Assim, quando ele ouviu pela primeira vez que sua filha estava em um encontro com um dos homens mais desagradáveis que ele já conheceu, é claro que ele reagiu apropriadamente.

“O QUÊ!?!”

Seu tom estrondoso foi tão alto que até despertou K’ael, que dormia pacificamente até então. Mas a criança não chorou, parecia mais como um velho surpreendido que havia cochilado.

Abaddon começou a tentar sair da cama imediatamente.

Foi preciso a força combinada de todos na cama para contê-lo e impedir que fosse a algum lugar.

Com Iemanjá finalmente se levantando, ela cutucou sua irmã mais velha forte nas costelas. “Bom trabalho, gênio… Agora nossa irmã vai parar de falar conosco porque fizemos seu encontro ser morto.”

Mira coçou a parte de trás da cabeça com vergonha. “O-Ora, ele só está em choque… Ele não iria realmente sair correndo para assassinar o Passarinho Ziz…”

Abaddon se duplicou para que pudesse ter um corpo livre do restante das garotas.

Ele correu em direção à porta, mas antes que pudesse alcançar a maçaneta, Lisa, Bekka e Seras o derrubaram no chão.

“Ah…” Mira abaixou a cabeça. “…Ops.”

Iemanjá apenas balançou a cabeça e fez uma oração silenciosa para sua irmã.

–
Levou vinte minutos inteiros para controlar Abaddon.

Ele conseguiu sair no corredor duas vezes, e ambas as vezes Bekka e Seras tiveram que usar a força para puxá-lo de volta para dentro.

Em uma ocasião, elas até usaram a corda de amarração noturna para laçá-lo como um bezerro recém-nascido.

No momento, ele estava de volta à cama. Envolto em cordas do pescoço aos tornozelos como uma múmia e com uma expressão vazia e séria.

“Onde foi que eu errei…?” Ele murmurou, de coração partido.

“Não passei tempo suficiente com ela..? Isso é uma maneira dela se rebelar contra mim por causa disso…? Fui muito-”
“Ah, pare.” Audrina finalmente cobriu a boca do marido. “Nossa filha não te odeia e não está tentando te punir. Ela está apenas… sendo ela mesma.”

Abaddon deu a sua esposa um olhar desolado e ela já sabia o que ele estava tentando dizer. “Não, isso não vai te matar. Tenho certeza de que não vai sequer passar de um encontro, já que eles são muito parecidos de qualquer maneira.”

Audrina convienientemente esqueceu que Abaddon e Bekka eram muito parecidos também e praticamente inseparáveis.

Mas talvez fosse melhor que ela não se lembrasse disso agora…

‘E se passar?’ Abaddon perguntou com os olhos.

“Bem, então… Podemos matá-lo, mas-”
“DRINA!” As outras esposas gritaram.

“O que!? Vocês todas sabem que esse não é o tipo de homem que gostaríamos que uma de nossas crianças estivesse!” Ela defendeu.

“Não importa.” Sif defendeu. “Nunca nos envolvemos em qualquer um dos relacionamentos amorosos de nossas crianças antes, e não vamos começar agora. Iemanjá já é uma garota grande que pode fazer suas próprias escolhas, e nós nem sempre temos que concordar com elas. Não importa se Ziz é… Ziz.”

Iemanjá teria achado tudo isso hilário se não soubesse que sua irmã gêmea, sem dúvida, ficaria mortificada.

Audrina ainda não parecia convencida.

O resto das esposas sabia que seria melhor não perder tempo discutindo com ela e sua atitude teimosamente famosa. Então, no fim, houve apenas um curso final de ação.

– 2 Minutos Depois
“…Isso é besteira.”

“Total besteira.” Abaddon concordou.

Ambos os dragões permaneciam amarrados lado a lado na cama. As mesmas expressões vazias e desinteressadas em seus rostos.

Curiosamente, essa não era a primeira vez que qualquer um deles havia sido amarrado dessa forma.

Não surpreendentemente, o resto das esposas decidiu ignorá-los pelo bem de sua sanidade.

“Devemos assistir um filme??”

Mira se enfiou na cama de seus pais e sentou-se confortavelmente como se fosse sua própria cama. Depois de tudo o que os dragões já haviam passado em apenas alguns poucos minutos, ninguém realmente teve coragem de dizer a ela para sair.

Iemanjá libertou seus dois irmãos mais novos de sua prisão e os trouxe para a cama com todos os outros.

Ela colocou Odessa em cima do peito do pai e ela olhou para ele confusa. Como se estivesse se perguntando como seu grande e poderoso pai havia terminado nesse tipo de situação impensável.

Mira pegou o controle remoto e começou a escolher um filme que provavelmente seria alguma variação de um mistério de assassinato.

Havia um arranhão suave na porta antes de dois de seus companheiros peludos entrarem no quarto. Camazotz e Entei apareceram carregando um conjunto de lanches em suas costas.

“Tragam aqui, pessoal! É noite de filme!” Mira sorriu.

Lisa apertou os lábios. “Querida, eu acabei de limpar os lençóis e-”
“S-Sim, tragam aqui, pessoal!” Bekka acenou. “Certifiquem-se de vir primeiro até mim.”

Lisa suspirou e apenas pegou alguns lenços umedecidos extras da mesa de cabeceira e jogou para Bekka.

Com os animais também se acomodando, Izanami foi novamente forçada a ficar próxima de Abaddon.

Ela o ajudou a se sentar, apesar das cordas cutucando sua pele, e tentou não rir. “Para constar… Eu entendo sua decisão 100%.” Ela sussurrou.

Abaddon apenas sorriu para ela em desculpas.

“Ainda não desapontada que esta noite não é o que você esperava?”

Izanami balançou a cabeça enquanto se recostava em seu ombro.

“Nem um pouco… Na verdade, pode até ser melhor do que eu esperava.”

–
Fragmentos de luz do dia lutavam para entrar no quarto através das cortinas grossas.

A televisão já havia se desligado há tempos após um longo período de inatividade. Agora, o único som no quarto era dos roncos ofensivos vindos dos grandes animais ao pé da cama.

… E dos que estavam nela.

Mira, sendo a dorminhoca agitada que ela era, tinha um ronco que só era comparável ao de Bekka.

Mas, de alguma forma, todos ao redor dela ainda dormiam pacificamente como se nem o tivessem notado.

Abaddon e Audrina ainda estavam atados nas cordas, mas dormindo confortavelmente apesar disso.

Na hora apropriada, os olhos de Seras se abriram por conta própria.

Ela imediatamente se sentou enquanto despertava suavemente o bebê que dormia em seu peito.

Já que ela decidiu ser responsável pelo horário de alimentação de K’ael naquela noite, ela já havia ficado acordada com ele bastante.

E, como K’ael parecia acostumado a ser acordado agora, Seras conseguiu levantá-lo sem muito alarde.

Seras levantou seu top esportivo e libertou seus seios da contenção do tecido apertado.

Ainda meio dormindo, K’ael abriu a boca sem pensar muito e começou a mamar.

Seras suspirou enquanto esfregava os olhos e apreciava o silêncio no quarto.

“Zzzzzz…. morte, caos, assassinato e loucura…zzzz..” Mira roncava.

“…” Bem, talvez não ‘silêncio’ exatamente. Mas ainda era agradável.

Enquanto Seras aproveitava o brilho da manhã, seus olhos de repente se voltaram para a porta do quarto que se abriu repentinamente.

Duas faces familiares entraram e Seras sentiu seu rosto automaticamente se abrir em um sorriso.

“Grandona Mamãe está em casa, queridos. Alguém me arrume uma cerveja!”