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Ponto de Vista de Um Extra - Capítulo 996

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Capítulo 996: A Última Fronteira [Pt 8]

O vazio cintilava como vidro esticado enquanto Rey flutuava através da ausência de todas as coisas, guiado pela voz do ser felino ao seu lado.

O vasto mar de escuridão, outrora estático e imóvel, agora pulsava com leves ondulações—distorsões sutis no nada.

Elas marcavam a presença de poder. O início de algo novo.

“Concentre-se,” disse a entidade, suas caudas formando padrões intrincados no ar. “Você deve construir acima, não dentro. Uma nova camada não pode existir como um parasita. Ela deve ser soberana.”

Rey fechou os olhos e, na escuridão atrás de suas pálpebras, ele estendeu seus sentidos longe e amplamente. Suas Habilidades Primordiais—Destruição, Conhecimento, Morte, Vida, e todas as outras—piscavam nas margens de sua consciência desvanecida.

As brasas de um poder outrora imenso.

Era o suficiente por ora.

Ele ergueu suas mãos, sua voz como trovão dentro do silêncio:

“Que haja um novo plano.”

Aros dourados giraram em torno de seus braços, e o vazio em si tremeu.

Uma rachadura apareceu—depois outra.

Através daquelas fraturas, a luz se infiltrou—não de cima, mas de dentro do próprio Rey. O plano da existência, desenhado de cada estrela que ele já viu, cada sussurro de tempo que já tocou, cada memória de H’Trae que queimava dentro de sua alma.

A coisa felina observava silenciosamente. Seus olhos brilhantes se estreitaram pensativos enquanto Rey estendia suas mãos em direção às rachaduras e as abria.

Através da brecha, ele viu.

H’Trae.

Mas estava morrendo.

Não mais um mundo de mares e céu. Parecia um sol colapsado, cintilando vermelho, dourado e preto. Sua superfície desmoronava lentamente para dentro, tentáculos de energia espiralando dele como fumaça. Ainda era bonito, mas da mesma forma que um pôr do sol é bonito—um fim, não um começo.

“Eu encontrei,” Rey sussurrou.

“Você se lembrou,” disse o gato.

E isso era tudo o que ele precisava.

Com um rugido silencioso, Rey alcançou a estrela de H’Trae e a envolveu com sua vontade.

Não poder.

Não uma Habilidade.

Sua vontade.

Ele forçou-a a obedecer.

Forçou-a a ser livre.

Uma por uma, as correntes do Sistema—fios finos e invisíveis—se romperam e apagaram no nada.

As velhas regras, os níveis, as Classes—queimaram.

“Eu aqui e agora te separo,” disse Rey, sua voz pesada com autoridade, “do velho design. Nunca mais serás governado. Você é seu… e meu.”

Ele guiou H’Trae—lentamente—através da camada recém-criada, a camada que só ele tinha domínio sobre. A estrela moribunda pulsou uma vez, duas vezes, e então brilhou intensamente.

Os braços de Rey tremeram.

Um segundo depois, toda a existência mudou.

Ele não apenas colocou o mundo neste novo plano.

Ele fez regras.

Regras que ele nunca poderia desfazer.

“Não mais Sistemas.” “Não mais Habilidades.” “Não mais controle.”

A luz ao redor de Rey começou a diminuir.

“…Está feito,” ele sussurrou.

E estava.

H’Trae viveu novamente, não como uma cópia, não como um substituto—mas como ele mesmo, completamente e totalmente livre. Seu povo acordaria em breve. O céu brilharia novamente. Eles nem sequer saberiam o quão perto chegaram da obliteração.

Mas Rey saberia.

E ele estava desvanecendo.

A luz em suas veias tremeluzia como se estivesse acabando o óleo, e o brilho dourado de seu corpo começou a se despedaçar como partículas ao vento.

A coisa felina observava em silêncio.

Rey virou-se para ela, olhos calmos.

“Vou usar o que resta do meu poder para fazer um caminho para você,” ele disse. “Para o mundo acima. Para o lugar que você anseia.”

O gato inclinou a cabeça. “Não será perfeito.”

“Não,” Rey admitiu. “O caminho será aleatório. Instável. Mas será escondido. Indetectável para aqueles acima. É o melhor que posso fazer agora.”

O gato deu um aceno lento e solene.

“Obrigado,” Rey disse suavemente.

A coisa felina riu. “Por quê? Nós tínhamos um acordo.”

Rey sorriu levemente. “Ainda assim. Obrigado.”

O gato piscou lentamente, suas caudas pausando no meio do movimento. Então inclinou a cabeça novamente, curioso.

“Uma última pergunta, antes de você desaparecer.”

“Vá em frente.”

“Você não existirá mais em H’Trae. Não neste corpo. Não como você é. O que acontece com as pessoas que se lembram de você? As que te amam? O que se tornará do Rey delas?”

Rey sorriu—um sorriso cansado mas satisfeito.

“Eu fiz um duplicado,” ele disse. “Uma versão perfeita de mim, completa com todas as minhas memórias até o ponto em que entrei na Última Fronteira. Ele tomará meu lugar.”

“Você pensou em tudo.” O gato piscou.

“Eu tentei.”

Seguiu-se uma longa pausa, quieta e pesada.

Então Rey olhou para a coisa felina e perguntou, “E você? Você… tem um nome?”

A criatura sorriu largo—mais largo do que antes. Sua silhueta cintilou, e por um momento, Rey viu uma forma atrás da sombra. Asas. Chifres. Um rosto ao mesmo tempo divino e terrível.

“Meu nome é Lúcifer,” ele disse, voz ecoando como estrelas cadentes.

Rey não se assustou. Ele apenas assentiu.

“Eu achava que sim.”

Mas antes que qualquer um pudesse dizer outra palavra, o vazio começou a mudar.

Luz dourada—pura e perfeita—desceu de cima. Não feixes. Não raios. Entidades. Observadores silenciosos de lei e ordem. Os Anciões.

Lúcifer sorriu largo, presas cintilantes.

“Eles notaram.”

Rey estreitou os olhos enquanto as luzes desciam mais, iluminando toda a Última Fronteira com um brilho sagrado e sobrenatural.

“Eles estão procurando por H’Trae,” Lúcifer disse. “Eles vão rasgar a camada que você criou até encontrá-la.”

Rey olhou para as luzes. “Eu a escondi bem.”

“Não subestime os Anciões,” Lúcifer alertou. “Se você quiser mantê-los distraídos… precisará dar-lhes outra coisa para perseguir.”

Rey assentiu uma vez.

“Eu lutarei.”

Lúcifer arqueou uma sobrancelha. “Mesmo agora?”

“Eu ainda não terminei,” Rey disse, avançando enquanto seu corpo começava a queimar—luz caindo como cinzas.

Lúcifer ofereceu uma rara reverência, baixa e respeitosa.

“Então eu irei. O caminho que você criou para mim… eu o trilharei.”

Ele olhou para Rey uma última vez.

“Adeus, Rey.”

E com isso, Lúcifer desapareceu no mar escuro—sumiu sem uma ondulação, sem um som.

Rey estava sozinho agora.

As luzes douradas desceram ao seu redor, observando.

Julgando.

Ele olhou para elas com um sorriso.

“Venham… Eu acredito que é hora de finalmente nos encontrarmos.”

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