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Ponto de Vista de Um Extra - Capítulo 994

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Capítulo 994: A Última Fronteira [Pt 6]

O ser encarou Rey.

Não piscou. Não se mexeu. Não respirou.

Sua silhueta mudava e pulsava como se não fosse feita para observação. Seus olhos tentavam formar formas—chifres, bigodes, caudas, garras, anéis de runas cambiantes que espiralavam onde seu pescoço poderia estar—mas nada permanecia constante. Estava tudo envolto em uma sombra mais profunda que qualquer coisa que ele já havia visto antes. Como uma forma esculpida a partir da ausência.

Seu sorriso não mudou.

“Eu deveria ser o único a perguntar,” disse, voz como seda ondulante sobre vidro. “Quem é você? Onde está meu fragmento caído?”

Os pensamentos de Rey desaceleraram. Fragmento caído?

“Eu não sei o que você quer dizer com isso,” ele respondeu cautelosamente. “Mas… eu cheguei aqui através do desprendimento. Depois de derrotar alguém chamado Adrien, eu absorvi os remanescentes do domínio dele. Então eu me desvinculei da existência. Tudo desabou. Pensei que tinha morrido.”

O sorriso permaneceu.

“Mas você não morreu.”

“Não. Eu acordei aqui. Neste lugar. Este… mar.” Rey fez uma pausa, olhos se estreitando. “E então eu despertei uma nova Classe. [Ele Que Permanece]. Acho que foi isso que me trouxe aqui.”

A criatura soltou um baixo zumbido—um som divertido e curioso que ecoou na escuridão.

“E como você soube fazer essas coisas? Suas ações parecem muito conectadas e organizadas para terem sido aleatórias. Não, não poderiam ter sido aleatórias… já que ninguém jamais veio aqui de propósito desde a eternidade.”

“Aqui?”

“Inferno… o submundo… o fim de tudo… chame isso como quiser, mas este lugar é o ponto mais baixo de tudo que já existiu e que um dia existirá.” A criatura disse. “Então me responda… como você foi guiado até aqui?”

“Meu Familiar… chamado Ater.”

“Uma Invocação de Besta?”

“Sim.” Rey respondeu. “Ele está conectado ao reino superior e conhece a Antiga MajiK. Ele disse que este é o único caminho para salvar H’Trae.”

“Entendo,” murmurou. “Então foi isso que Ater fez. Pequeno e esperto pedaço…”

O jeito que a criatura falou fez Rey se sentir tenso.

“Ater? Você o conhece?”

A sombra se torceu uma vez, sobrepondo-se como um tecido em movimento. “Ele é meu.”

“…O quê?”

“Um dos meus fragmentos,” disse a coisa, agora flutuando suavemente pelo vazio como um predador circulando a presa. “Eu os enviei—fragmentos de mim—através das estrelas. Gotas de essência, cada uma carregando uma semente da minha vontade. Esse tal Ater foi uma dessas sementes. A melhor delas, talvez… desde que foi capaz de produzir você, pelo menos.”

Ele lutava para processar as palavras. “Você está dizendo… Ater é você?”

“Não,” respondeu, sorrindo ainda mais, “ele foi. Uma vez. Mas parece que o tempo e o propósito o mudaram. Eu pensei que os Anjos o tinham encontrado e apagado sua identidade por mexer com o Sistema… mas parece que ele simplesmente mudou o plano. Você. Ele encontrou você, e passou a Chave.”

Rey permaneceu em silêncio, tentando juntar todas as peças. Ater sempre o chamara de ‘Mestre’ depois de certo ponto—mas ele pensava que isso era apenas um juramento, ou talvez algo metafórico. Não isso.

Não algum grande desígnio além do véu da realidade.

“Eu não entendo,” Rey admitiu. “O que exatamente é este lugar? Onde estamos exatamente?”

A silhueta felina parou de circular e o encarou completamente.

“Isto,” disse, “é A Última Fronteira.”

As palavras ecoaram como se o mar em si as sussurrasse.

“Este é o fundo de todas as coisas. O espaço abaixo da existência. Onde os fios terminam. Onde nenhum mundo sangra, nenhuma memória vaza, e nenhuma regra limita. Aqui, as ilusões desabam.”

Rey olhou para as estrelas infinitas acima—as mesmas que ele tinha visto depois de se levantar. Elas ainda estavam lá, brilhando como um milhão de bilhões de possibilidades esperando para serem lidas.

“Todas aquelas estrelas,” o ser continuou, “são universos. Alguns vastos, alguns simples. Alguns belos, alguns grotescos. Nascem, são moldados, vividos e morrem. De novo e de novo. Como o Sistema pretende.”

“O Sistema… você sabe o que é?” Rey perguntou com os punhos cerrados.

Não hesitou em responder.

“É o motor de propagação eterna,” respondeu o ser felino. “Uma estrutura tecida por aqueles muito acima. Não deuses. Não mitos. Mas uma civilização—antiga e inalcançável. Foram eles que codificaram os ciclos. Escreveram as Leis. Formaram o motor e o deixaram funcionar conforme seu design.”

Rey engoliu em seco.

‘Eles devem ser os Anciões que manejam a Antiga MajiK. Será que Ater era um deles? Não, se essa coisa está dizendo a verdade, então ele fazia parte dela… então isso significa que todos os Anciões são assim?’

“Você parece curioso sobre algo?” A coisa parecida com um gato perguntou.

“Por quê?”

“Por quê o quê?” O ser inclinou a cabeça.

“Por que os Anciões criam mundos? Por que eles fizeram o Sistema?”

Para Rey, não havia maior injustiça cometida por esses seres. Eles intencionalmente criaram mundos e semearam o caos. Eles trouxeram os Dragões para H’Trae e teceram uma história onde campeões de outro mundo viriam e os derrotariam.

Eles eram os verdadeiros orquestradores de toda a tragédia que Rey havia experimentado.

E ainda assim… eles eram a razão pela qual Rey e o resto dos que sobreviveram estavam vivos, para começo de conversa.

Ele queria saber a razão por trás de tudo.

“Eu não sei.”

“Você não sabe?”

Seu sorriso vacilou—por apenas um momento.

“Não. Nem eu sei. Eu estava… curioso. Eu queria saber mais. Por isso eu quebrei as regras e fui punido como resultado. Eu também teria me perdido, mas no último momento eu me espalhei, buscando algo—alguém—para alcançar a verdade.”

O coração de Rey disparou.

“Se nem mesmo você sabe a razão por trás disso, então qual exatamente poderia ser a causa?”

Seus olhos—não olhos, mas algo parecido—brilharam.

“Natureza,” ele sussurrou. “Esse é o nome dado à fonte. O começo de todas as histórias. A vontade não moldada. Ela está mais profundamente ainda, em algum lugar além do lugar acima da terra do Éter.”

Natureza…

A origem de tudo?

O nome fez a pele dele arrepiar de uma maneira que ele não conseguia explicar.

‘A Terra do Éter… deve ser onde os Anciões permanecem. Se ela existir acima da existência, e a existência existir acima deste lugar… então que tipo de coisa é essa Natureza?’

Depois de pensar sobre isso por um momento, Rey decidiu abandonar aquela linha de pensamento e simplesmente focar em sua tarefa mais urgente.

“E agora?” Rey perguntou. “Eu estou aqui. No fundo de todas as coisas. Mas eu ainda estou conectado ao meu mundo—H’Trae. E ele está morrendo. Quanto mais eu fico, mais sinto meus poderes se esvaindo. Minha conexão com H’Trae está enfraquecendo. Se eu não agir logo, eu não vou conseguir voltar, e ele perecerá.”

Assim como muitas estrelas se extinguindo, H’Trae também pereceria.

Ele não podia permitir isso.

A criatura o encarou por um bom tempo. Então, lentamente, ela flutuou mais perto. Seus tentáculos, caudas e gavinhas se contorciam com uma excitação silenciosa.

“Você quer voltar?”

“Sim.”

“Você quer salvar aquele mundo?”

Rey encontrou seu olhar sem hesitar. “Sim.”

O sorriso do ser se alargou—muito mais do que deveria ser possível.

“Por que eu deveria te ajudar?”

E nesse instante, a luz ao redor dele diminuiu, e a pressão do abismo pressionou.

O mar de escuridão acalmou.

As estrelas acima congelaram.

Seu sorriso se alargou como uma lua crescente esculpida por malícia.

Tudo ao redor dele esperava por sua resposta.

Rey ficou genuinamente surpreso pela pergunta, mas depois de pensar em tudo por um momento—tomando seu tempo para conectar os pontos—ele percebeu a resposta.

“Porque você precisa de mim.”

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