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Ponto de Vista de Um Extra - Capítulo 992

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Capítulo 992: A Última Fronteira [Pt 4]

Adrien nasceu com olhos que viam além do véu.

Desde suas primeiras memórias, o mundo parecia… errado. Não quebrado, nem errado—apenas fabricado.

Mesmo quando criança, o próprio ar parecia falso, as palavras dos adultos ensaiadas, como atores em uma peça que ninguém reconhecia. Outras crianças brincavam com espadas de brinquedo e inventavam contos de heróis e monstros.

Adrien os observava, mas nunca se juntava a eles.

Não por timidez, nem medo. Era porque ele não podia fingir—não como eles. Ele via as rachaduras nas histórias que eles contavam.

Ele via o mundo pelo que ele era.

Uma mentira bem-vestida.

Ele cresceu de forma não notável—na superfície. Respondia às perguntas quando era perguntado, entregava as tarefas no prazo e tirava notas apenas altas o suficiente para evitar a atenção. Mas por baixo da máscara da mediocridade, Adrien devorava o conhecimento como um homem faminto. Matemática, filosofia, metafísica, programação, até mesmo textos proibidos sobre teoria arcana. Enquanto outros buscavam significado em relacionamentos ou sucesso, Adrien dissecava a própria existência. Ele não perseguia a glória ou a companhia. Ele queria compreensão.

Porque algo estava faltando.

Algo fundamental.

Um vazio que ocoava seu coração.

E então veio o dia.

O dia que seu mundo se despedaçou.

Ele não tinha certeza se era o destino divino ou punição cósmica, mas ele foi escolhido—transportado para o mundo de H’Trae, onde magia, monstros e o Sistema governavam tudo. Ele se lembrava de acordar em um mundo vazio de nada, com uma figura angelical se dirigindo a ele e seus colegas de classe.

Assim como todos, ele teve a oportunidade de escolher uma Classe e Habilidades, e escolheu a única rota correta: aquela que o levaria à verdade.

[Habilidade Primeva: Criação de Habilidade]

Graças a essa Habilidade, ele despertou uma nova Classe exclusiva para si chamado [Extra].

Era uma Habilidade de Nível E que aparentemente zombava dele por ter um poder incrível, mas não possuir uma Classe para complementá-lo. Era muito semelhante a muitas das histórias que ele conhecia sobre pessoas comuns que de repente possuíam um poder incrível.

Isso o enojava.

No entanto, isso lhe deu uma visão de como o mundo funcionava e como o Sistema se comportava.

Foi quando caiu a ficha.

Este mundo era uma máquina.

Não metaforicamente—literalmente.

O Sistema não era meramente uma conveniência de RPG—era um mecanismo, um conjunto de engrenagens e sub-rotinas construídas para controlar, recompensar, punir e manipular. Ele não distinguia entre bom e mal.

Mate um homem e ganhe EXP. Aprenda um poder e ganhe uma Habilidade. Salve uma nação e ganhe uma Classe.

Era tudo igual.

Ele apenas valorizava a ação. Poder era uma moeda de sobrevivência. Nada mais.

Adrien então sorriu.

“Este mundo não é diferente do meu,” ele sussurrou.

Ele percorreu as terras de H’Trae não como um Herói ou um Salvador, mas como um estudante.

Ele documentou Habilidades, Estatísticas, fluxos de mana e o Código-Fonte por trás da Realidade.

Ele rapidamente descobriu templos proibidos, um deles sendo a Câmara dos Anciões, e até aprendeu sobre o Santuário do Oráculo entre os Elfos.

Todas as suas descobertas o levaram a algo… entidades conhecidas como os Anciões.

Eles também eram conhecidos como Administradores: Deuses Supremos de toda existência que governavam tanto o Éter quanto o Nenhum.

A partir dessa descoberta, Adrien aprendeu a amarga verdade: H’Trae era apenas uma camada em uma escada de existências fabricadas. Atrás da cortina de deuses e monstros, existia um design ainda mais elevado—uma tirania divina escondida por trás de fachadas de ‘destino’ e ‘equilíbrio.’

E o Sistema?

O Sistema era sua coleira.

Então Adrien se libertou.

Ao aprender como criar Habilidades, ele descobriu como sobrescrever o Sistema.

Como replicar a si mesmo, quebrar as regras e construir uma dimensão à parte da existência—um espaço impossível onde ele reinava supremo. Ele deu à luz versões de si mesmo, cada uma voltada para o conhecimento, poder, lógica ou pura destruição.

Seu objetivo final não era dominação—era libertação.

Ele queria encontrar a fonte—a verdade original, a razão por trás da criação e do vazio.

Mas quanto mais fundo ele ia, mais oco se sentia.

Nenhuma resposta o satisfez. Nenhum poder preencheu aquele vazio. Suas mentes infinitas não conseguiam reescrever a primeira frase de sua história:

“Por que eu existo?”

E quando ele encontrou a resposta…

…não havia nenhuma.

Nada esperava no fim da escada divina. Nenhum Deus. Nenhuma verdade secreta. Apenas o frio silencioso da indiferença cósmica.

E foi então que sua obsessão se retorceu.

Se o mundo não oferecia verdade, ele se tornaria a verdade.

Se o Sistema era o mestre, ele o sobrescreveria.

Se a existência era uma mentira, então ele a forçaria a se ajoelhar diante dele.

Foi por isso que ele orquestrou o ataque multi-dimensional.

Foi por isso que ele se clonou aos milhares.

Foi por isso que ele caçava Rey, que parecia ser a última variável na equação que Adrien não podia resolver.

Porque Rey acreditava.

Apesar de também conhecer as verdades do mundo… ele não enlouqueceu.

Porque Rey, com seu amor frágil, esperança teimosa e humanidade quebrada, ainda podia lutar pelas pessoas. Ainda podia olhar para o vazio e dizer: “Vale a pena.”

Adrien nunca o odiou por isso.

Mas ele não podia permitir que isso continuasse.

E ainda assim—aqui estavam eles.

*********

A cena se recompos.

A cabeça de um Adrien desmembrado, parcialmente rachada e sangrando sangue enegrecido, flutuava na mão de Rey. O resto de seu corpo estava desaparecido—obliterado em seu confronto final.

Os dois estavam no coração em colapso da dimensão de Adrien.

“Você venceu,” Adrien arquejou, olhos prateados tremeluzindo. “Então… é assim que o sabor da derrota é.”

Ele tossiu, a voz seca. “Nunca pensei… que terminaria assim. Preso em uma casca que eu criei.”

Rey permaneceu em silêncio.

“Acho que fui arrogante,” Adrien murmurou. “Ou talvez… curioso demais. Diga-me, Rey. Você não quer saber o que está além deste mundo? Você não quer desmascarar os deuses? Saber quem puxa os fios da nossa existência?”

Rey lentamente se ajoelhou ao seu lado, colocando a cabeça rachada de Adrien gentilmente no chão.

“Quero,” ele disse honestamente. “A curiosidade é parte de ser humano.”

Adrien piscou lentamente, surpreso com a honestidade.

“Mas há algo mais importante para mim,” Rey continuou, olhos firmes. “As pessoas que conheci. Os laços que criei. Eles não são marionetes ou variáveis. Eles são reais. E é por isso que luto.”

O rosto de Adrien se contraíu.

“Você está se desperdiçando,” ele sussurrou. “Seu potencial. Tudo por sentimento.”

“Talvez,” Rey disse, sorrindo gentilmente. “Mas eu nunca quis outra coisa.”

Adrien riu amargamente. “Você realmente é… medíocre.”

“Eu sei, e eu não me importo. Esta é minha história…” Rey respondeu, seu tom suave.

Ele fechou os dedos em torno da cabeça de Adrien.

“…Do ponto de vista de um extra.”

BOOOOOOOOOOOOOOM!!!

Com um estalo de luz, Rey esmagou o crânio de Adrien, e os ecos de seu ser foram vaporizados. A dimensão gemeu enquanto a vontade de seu criador evaporava, e o céu acima deles—se é que se podia chamá-lo disso—quebrou como vidro partido.

A realidade estava desmoronando.

Rey estava agora sozinho, os fragmentos do império de Adrien se estilhaçando em dados flutuantes e estrelas desvanecentes.

“Acho que é hora…” Ele exalou uma vez.

Então sua expressão se endureceu.

“… Para a fase final do plano.”

E com isso, ele se virou para o domínio em colapso, energia girando ao seu redor como uma tempestade crescente.

Mesmo com Adrien derrotado, sua tarefa permanecia incompleta.

Havia algo mais que ele ainda precisava fazer: a única coisa em que concordava com Adrien, que precisava cumprir.

—Libertação.

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