Ponto de Vista de Um Extra - Capítulo 937
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- Capítulo 937 - 937 Perda de Tempo 937 Perda de Tempo A paciência de Ezra
937: Perda de Tempo 937: Perda de Tempo A paciência de Ezra estalou como uma corda tensa.
Sua voz ressoou, afiada e desafiadora, cortando a tensão no ambiente.
“Chega de conversa, Rey. Se você é tão confiante, lute comigo. Mostre-me que você é tão superior quanto diz ser.”
Rey ergueu uma sobrancelha, seu rosto entediado. “Lutar com você? Isso é perda do meu tempo.”
Os lábios de Ezra curvaram-se em um sorriso de desprezo. “Medo de perder?”
Antes que Rey pudesse responder, a voz do Almirante Skylar interveio com um tom autoritário. “Se você derrotar Ezra, tomará o lugar dele, Rey. Ele será destituído de sua patente, e você ascenderá em seu lugar.”
Lisa deu um passo à frente, com os braços cruzados, concordando com a cabeça.
“É justo. Se você realmente acredita que é mais capaz, prove aqui e agora. Sem mais palavras — só ação.”
Rey soltou uma risada baixa, balançando a cabeça.
“Certo,” ele disse, sua voz carregando uma confiança tranquila. “Se é isso que é preciso para acabar com este drama inútil, eu vou te dar esse gostinho.”
A sala rapidamente se tornou uma agitação de movimentos enquanto todos se relocavam para a arena de treinamento de combate, uma câmara massiva projetada para o treinamento militar. O espaço era vasto, com paredes reforçadas e uma barreira luminosa formando-se ao redor da área designada para a luta.
A multidão se reuniu logo fora da barreira, misturando tensão e expectativa no ar.
Josh e o resto do esquadrão se agruparam juntos, sua excitação rapidamente substituindo o esgotamento que sentiram da viagem.
“Isso vai ser bom,” Josh disse, com um sorriso. “Rey vai varrer o chão com ele.”
“Eu aposto dez créditos no Rey,” outro membro do esquadrão adicionou, rindo.
Mas Tess ficou de fora, seus braços cruzados e sua expressão sombria.
“Seja cuidadoso, Rey,” ela murmurou em voz baixa, sua voz quase inaudível.
Memórias da única visualização que ela teve de Ezra em combate surgiram, uma luta que terminou num piscar de olhos. Ela nunca viu o que aconteceu ou sequer discerniu sua Habilidade Especial.
Sua inquietude cresceu, apesar de ela manter para si.
Dentro da barreira, Ezra rolou os ombros e estalou o pescoço, sua confiança transpirando a cada movimento.
“Pronto para se arrepender da sua arrogância?” ele provocou, sua voz ecoando na câmara.
Rey permaneceu relaxado, suas mãos ao lado do corpo, seu olhar firme.
“Venha.”
Lisa e o Almirante Skylar ficaram ao lado, observando com olhos atentos. Ambos exibiam sorrisos leves, sua certeza na vitória de Ezra aparente.
“Ezra vai destruir ele,” Lisa sussurrou para o Almirante.
“Claro,” Almirante Skylar respondeu, seu sorriso alargando.
O sorriso de Ezra espelhava o de seu pai enquanto ele se posicionava, sua aura emanando fracamente. Rey, por outro lado, permaneceu calmo, sua expressão não revelando preocupação.
O Almirante levantou a mão, sua voz comandando o ambiente.
“Comecem!”
No momento em que a voz do Almirante ecoou pela arena de treinamento, Ezra sumiu de seu lugar. Uma lufada de vento seguiu seu movimento, deixando apenas a mais leve mancha visual em sua esteira.
~WHUUSH!~
A voz de Ezra soou, debochada,
“Você é muito lento, Rey. Isso vai acabar antes que você consiga piscar.”
Mas Rey não se mexeu.
Ele permaneceu imóvel, seus olhos se estreitando enquanto seguia os rápidos movimentos de Ezra com uma facilidade surpreendente. Ezra materializou-se em frente a ele, seu punho puxado para trás e brilhando fracamente enquanto sua habilidade fluía por seu corpo, acelerando seus movimentos para velocidades quase inconcebíveis.
“Te peguei!” Ezra rugiu, impulsionando seu punho para frente com uma força brutal.
Em vez de conectar, o punho de Ezra encontrou apenas o ar. Rey já havia se esquivado, seu contra-ataque rápido e preciso.
Seu punho colidiu com a mandíbula de Ezra, o som ressoando pela arena.
“Ack!”
Ezra cambaleou para trás, sua velocidade falhando momentaneamente enquanto ele segurava seu rosto em descrença.
“Como—?!” Ezra rugiu, seus olhos arregalados.
Rey sorriu, sacudindo a mão como se o soco tivesse sido apenas um incômodo.
“Você acha que um pouco de velocidade é o suficiente para me vencer? Você vai ter que fazer mais do que isso, Ezra.”
A expressão de Ezra escureceu e ele avançou novamente, dessa vez mirando no peito de Rey.
Sua mão roçou o ombro de Rey, e naquele instante, Rey sentiu uma sensação estranha. O tempo ao seu redor pareceu desacelerar, como se o mundo tivesse mergulhado em melado.
“Isso sim,” Ezra zombou, ficando ereto. “Vamos ver como você se esquiva agora.”
Rey, no entanto, apenas sorriu. “Boa tática,” ele disse, sua voz firme apesar do tempo alterado. “Pena que não vai funcionar comigo.”
Usando sua habilidade, [Doppel], Rey replicou o poder de Ezra no momento em que suas peles fizeram contato. Seu sorriso se alargou enquanto ele flexionava seus dedos, sentindo a nova habilidade fluir através dele. Com um pensamento, ele contra-atacou a manipulação temporal de Ezra, restaurando sua velocidade normal e cancelando os aprimoramentos de Ezra.
‘Você pode aumentar a sua velocidade e reduzir a dos seus alvos, e agora eu posso fazer o mesmo. Se eu usar a habilidade em mim mesmo e contra os efeitos das suas habilidades, ainda tenho minhas estatísticas superiores para contar. Mas você…’ Rey sorriu.
Ezra paralisou, a confusão turvando seus traços enquanto tentava ativar sua habilidade novamente.
Nada aconteceu.
“O quê—?”
O punho de Rey atingiu o abdômen de Ezra, mandando-o deslizando para trás.
“O que há de errado?” Rey perguntou debochadamente, estalando seus punhos. “Teu poderzinho quebrou?”
Ezra rugiu, apressando-se para se levantar e avançou novamente.
Mas dessa vez, seus movimentos estavam lentos — comuns.
Rey desviou com facilidade, desferindo um uppercut brutal que levantou Ezra do chão.
“Guack!”
“Você estava falando algo sobre ser mais rápido?” Rey provocou, sua voz gotejando diversão.
Ezra atingiu o chão com força, tossindo enquanto lutava para se levantar. Rey não lhe deu um momento para se recuperar. Ele avançou, agarrando Ezra pela gola e levantando-o sem esforço.
“Deixe-me mostrar-lhe o que é o verdadeiro poder,” Rey disse, socando as costelas de Ezra.
O impacto do golpe ecoou pela arena, fazendo os espectadores estremecerem.
Os esforços de Ezra enfraqueceram enquanto Rey desferia uma saraivada de socos, cada um preciso e devastador. Sangue escorria do nariz e da boca de Ezra enquanto ele tentava em vão bloquear os ataques.
“Você se diz meu superior?” Rey cuspiu, jogando Ezra pela arena como um boneco de pano. “Você não é nada além de um fraco fingindo ser forte.”
Ezra cambaleou para levantar, suas pernas tremendo enquanto ele tentava convocar sua habilidade novamente.
Nada aconteceu.
A replicação de Rey havia neutralizado completamente.
Rey se aproximou lentamente, seus passos deliberados. “O que há de errado, Ezra? Você estava tão confiante há um momento atrás. Cadê toda aquela bravata agora?”
Ezra balançou um soco desesperado, mas Rey segurou seu pulso no meio do golpe, torcendo-o dolorosamente.
“AAAARRRGHHH!!” Ezra gritou, caindo de joelhos.
“Eu nem preciso usar minhas habilidades para te vencer,” Rey disse friamente, desferindo um chute rápido no peito de Ezra. “Isso é só eu, minha força bruta, e você nem consegue lidar com isso.”
Às margens, Tess e o esquadrão trocaram olhares.
A anterior excitação de Josh transformou-se em um silêncio atônito. Até Tess, que havia estado preocupada com as habilidades ocultas de Ezra, não conseguia esconder seu choque.
O sorriso de Lisa vacilou enquanto ela assistia Ezra ser desmontado. Ela olhou para o Almirante Skylar, cuja expressão permanecia estoica mas tensa.
Rey agarrou Ezra pela gola mais uma vez, levantando-o para encontrar seu olhar.
“Você sabe qual é o seu problema, Ezra?” ele perguntou, sua voz baixa e ameaçadora. “Você sempre confiou em seus poderes para se sentir superior. Mas a verdadeira força não é algo que você possa trapacear para conseguir.”
Com isso, Rey jogou Ezra no chão, ficando de pé sobre ele. Ezra gemeu, mal conseguindo se mover.
“Chega,” a voz do Almirante Skylar retumbou, cortando a tensão. Ele avançou, seu tom relutante enquanto declarava, “Rey é o vencedor.”
Rey limpou as mãos, olhando para Ezra com desdém. “Eu te disse que seria perda de tempo.”
Sem mais uma palavra, Rey virou-se e caminhou em direção à saída, seus passos calmos e confiantes.
Atrás dele, a arena de treinamento estava em silêncio, exceto pelos ofegantes sibilos de Ezra e os murmúrios da multidão estarrecida.
A luta havia sido nada menos que um massacre.