Ponto de Vista de Um Extra - Capítulo 933
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933: Herói Ladino 933: Herói Ladino A caverna estava assustadoramente silenciosa após a criação da grande cratera e a destruição do Monstro Evoluído.
O olhar frio do Rey permaneceu fixo no Dr. Shwartz, que tremia, seus joelhos tocando o chão enquanto ele lamentava sua obra-prima perdida. O fogo de arrogância que antes iluminava seus olhos foi substituído por puro desespero. Rey deu um passo à frente, sua voz fria e cortante.
“Comece a falar,” Rey exigiu, seu tom não admitindo argumentos. “Quem mais está envolvido? Onde fica o principal reduto do Imperador Dragão? E até onde você chegou com essa pesquisa abominável?”
O Dr. Shwartz engoliu em seco, suas mãos tremendo enquanto começava a murmurar, “O… o Imperador Dragão nos comanda das sombras. Conhecemos apenas fragmentos de seus planos… mas os experimentos aqui são apenas um prelúdio…” Ele tossiu violentamente, sangue escorrendo de sua boca. “Nós… fomos prometidos poder… domínio sobre… sobre…”
De repente, suas palavras foram interrompidas quando seus olhos saltaram.
Sangue começou a vazar de todos os orifícios — seu nariz, seus ouvidos, até os cantos dos olhos. Os instintos do Rey gritaram para ele, e ele saltou para trás, erguendo imediatamente uma barreira de energia luminosa ao seu redor.
O Dr. Shwartz soltou um grito horrível enquanto seu corpo se contorcia de maneira antinatural.
Sua carne borbulhava e inchava grotescamente, e em momentos, ele explodiu em uma violenta erupção de gore e energia escura. A onda de choque bateu contra a barreira do Rey, rachaduras espalhando-se por ela antes que a força se dissipasse.
Abaixando sua barreira, os olhos aguçados do Rey vasculharam a cena, apenas para ver algo monstruoso emergindo da carnificina.
Onde o Dr. Shwartz tinha estado, agora havia uma figura deformada e imponente.
Escamas ondulavam por seu corpo, brilhando em tons escuros e iridescentes. Seus membros eram alongados e garras, e seu rosto era uma mistura horripilante de humano e dragão, com olhos carmesins brilhantes que irradiavam raiva desvairada. Asas espetadas brotavam de suas costas, rasgadas e malformadas, tremendo espasmodicamente enquanto a criatura soltava um rugido gutural.
Rey franziu a testa, sua mente acelerada.
“Então, você tinha a fórmula em você o tempo todo,” ele murmurou. “E ela foi ativada porque você era um traidor do Imperador Dragão. Acho que você não esperava por isso, hein?”
O rugido do Dragonoide se intensificou, e ele avançou em direção ao Rey com uma velocidade aterradora.
Apesar de sua aparência grotesca, possuía uma força bruta incrível.
Suas garras massivas golpeavam nele, a pura força do ataque enviando ondas de choque pela caverna. Rey desviava com agilidade, virando para trás e pousando graciosamente numa saliência rochosa.
“Sem Habilidades, sem estratégia… apenas poder bruto,” Rey observou. Ele sorriu ironicamente. “Parece que você é todo músculo e nenhum cérebro. Isso facilita as coisas.”
O Dragonoide investiu novamente, suas garras esmagando a saliência e despedaçando-a em pedregulhos. Rey pulou no ar, invocando uma espada com um movimento de seu pulso. A lâmina brilhava com uma aura escura enquanto ele ativava [Aura de Batalha], aumentando suas capacidades físicas e mágicas.
A luta foi breve, mas brutal. Os ataques do Dragonoide eram incessantes, seus movimentos erráticos e selvagens. Mas a habilidade de combate do Rey superava em muito sua agressão desenfreada. Cada golpe de sua espada era preciso, cada esquiva calculada. Ele dançava ao redor da criatura, atacando suas juntas e pontos fracos, desgastando-a lentamente.
Sua [Grande Maestria de Arma] garantia que cada ataque atingisse com eficácia máxima.
Finalmente, enquanto o Dragonoide avançava nele pela última vez, Rey desviou e cravou sua espada no peito da criatura. O monstro soltou um grito lancinante, se debatendo descontroladamente enquanto a energia escura explodia de seu corpo.
Com uma última explosão de poder, Rey desencadeou uma devastadora explosão mágica, reduzindo o Dragonoide a cinzas.
Ofegante, Rey pousou graciosamente no solo, dispensando sua espada. Ele encarou o monte de cinzas e restos fumegantes, sua mente pesada com decepção.
“Tanto faz em obter respostas,” ele murmurou. “Isso foi apenas um beco sem saída.”
Rey cerrava os punhos, a frustração borbulhando dentro dele.
“Se Tess ou os outros tivessem sido os que investigaram, a mesma coisa teria acontecido,” ele raciocinou. “Esses cultistas são demasiadamente devotados ao Imperador Dragão. Mesmo na morte, são apenas peões.”
Ele suspirou profundamente, passando a mão pelo cabelo.
Não havia mais o que fazer agora. A missão estava encerrada, e não restava nada para ele aqui. Virando-se em direção à entrada da caverna, ele ativou seu Feitiço de Voo e ascendeu pelos céus, o ar frio da noite roçando seu rosto.
Enquanto voava de volta à Base, os pensamentos do Rey vagavam.
Esse encontro apenas solidificou sua determinação. O culto, os experimentos, o Imperador Dragão… todos precisavam ser detidos. E se os outros não estivessem dispostos a tomar medidas decisivas, ele faria isso sozinho.
As estrelas cintilavam acima dele enquanto voava, sua luz um contraste gritante com a escuridão que acabara de testemunhar. A expressão do Rey endureceu, a determinação ardendo em seus olhos.
“De um jeito ou de outro,” ele jurou silenciosamente, “eu vou acabar com essa loucura.”
********
[Alguns Dias Depois]
Na câmara mal iluminada, o ar estava carregado de tensão.
A sala circular, escondida profundamente no coração de uma fortaleza desconhecida, exalava uma aura de sigilo e ameaça. Ao redor da mesa sentava-se uma coleção de figuras sombrias, seus rostos obscurecidos por máscaras e capuzes.
Cada um deles representava uma faceta do poder, do poder militar à espionagem sorrateira, todos unidos sob o estandarte da vontade do Imperador Dragão.
No centro da sala, um homem trajado em um terno escuro e elegante estava com um tablet elegante em mãos. O brilho suave do dispositivo iluminava seu rosto, revelando uma expressão fria e calculista.
Atrás dele, uma grande projeção piscava na parede, mostrando imagens de vigilância de uma base envolta em caos.
As imagens se desenrolavam em silêncio, exceto pelo zumbido ocasional de estática. Corpos de Monstros e pesquisadores estavam espalhados, evidência de uma batalha feroz. Chamas lambiam as bordas da estrutura, e destroços espalhavam-se pela área.
A única pista do perpetrador era uma figura sombria movendo-se com velocidade inumana, seu rosto frustrantemente borrado.
O homem com o tablet se virou para o grupo, seu tom calmo, mas com uma ponta de acusação.
“Esta base foi limpa em uma noite,” ele disse. “Toda pesquisa destruída. Cada operativo foi eliminado. As filmagens de vigilância foram quase inúteis, e as assinaturas de energia deixadas para trás embaralharam boa parte da nossa tecnologia.”
Ele tocou seu tablet, congelando a imagem na silhueta borrada. “Esta é a única evidência visual que temos. E ainda assim, o acordo era para que A Resistência realizasse apenas investigações — não isto.”
Ele voltou seu olhar penetrante para um homem sentado na extremidade do círculo.
A figura vestia um robe simples, suas mãos dobradas à sua frente, a luz fraca brilhando em uma corrente em seu pescoço.
Os outros também voltaram sua atenção para ele.
“A tarefa foi dada a um dos Esquadrões mais confiáveis dentro da A Resistência,” disse o homem sentado, sua voz estável, porém defensiva. “Eu não sei o que deu errado. Eles sempre cumprem, e conhecem seus parâmetros.”
“Então explique isto,” o homem com o tablet estalou, gesticulando para a carnificina na projeção. “Nós jogamos ossos para A Resistência para manter os membros ocupados e distraídos enquanto executamos os planos maiores do Imperador. Nada mais. Não podemos nos dar ao luxo de ter canhões soltos!”
O homem de robe cerrava os punhos.
“Juro a você, eu vou investigar isso. Eu vou controlá-los.”
“É melhor mesmo.” A voz do homem com o tablet baixou para um sussurro ameaçador. “Seu uso para o Imperador é manter A Resistência sob controle. Esse é o seu papel. Se você realmente quer subir ao Círculo Interno, você deve provar seu valor. Não se esqueça disso.”
O homem de robe baixou a cabeça, sua voz firme, mas carregada de submissão. “Eu entendo. Não acontecerá novamente.”
As outras figuras no círculo murmuraram suas concordâncias, uma onda de acordo passando pela sala.
O homem com o tablet voltou-se novamente para a projeção e ampliou a figura sombria. A imagem permanecia frustrantemente borrada, a energia da figura distorcendo a gravação. Apesar disso, seus movimentos eram fluidos e eficientes, uma precisão letal que arrepiava até os indivíduos mais endurecidos na sala.
“Não temos nome, nem rosto, nem lealdade,” disse o homem, seu tom carregado de frustração. “Mas sabemos isso: quem quer que seja, é perigoso. Sua interferência ameaça tudo o que estamos construindo. Precisamos identificá-lo — imediatamente.”
Uma mulher com uma voz aguda falou de outro lado do círculo. “Poderia ser um agente desgarrado? Talvez alguém agindo fora de sua jurisdição?”
“Possível,” o homem admitiu, seu dedo traçando o contorno borrado no tablet. “Mas sua assinatura de energia não é como a de nenhum membro registrado da A Resistência. É volátil, disruptiva… e seu nível de habilidade é incrivelmente alto também.”
O homem de robe levantou ligeiramente a cabeça. “Eu farei a A Resistência dedicar recursos para encontrar esse indivíduo. Quem quer que seja, não nos escapará por muito tempo.”
“Bom,” disse o homem com o tablet. “E lembre-se: falhar não é uma opção. Se essa pessoa interferir novamente, não será apenas a sua cabeça em jogo, mas a de todos nós. O Imperador não tolera erros.”
Um silêncio tenso se abateu sobre a sala enquanto a projeção se desvanecia, deixando a câmara envolta em sombras mais uma vez. Um por um, as figuras no círculo se levantaram e partiram, seus movimentos silenciosos e deliberados.
O homem de robe hesitou por um momento, olhando para o espaço vazio onde a projeção tinha estado.
Suas mãos apertaram, seus pensamentos uma mistura turbulenta de raiva e medo. Ele não podia falhar — não agora, não quando estava tão perto de assegurar seu lugar no Círculo Interno do Imperador.
“Quem quer que você seja,” ele murmurou em voz baixa, “eu vou encontrá-lo. E vou fazê-lo pagar.”
As portas da câmara se fecharam atrás dele, selando a sala na escuridão mais uma vez.