Ponto de Vista de Um Extra - Capítulo 916
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916: A Resistência 916: A Resistência Os próximos dias foram um borrão de ajustes para Rey.
Ele permaneceu no abrigo, uma estrutura subterrânea fortificada com portas grossas de aço, paredes reforçadas e acomodações espartanas, mas funcionais. Era um espaço sombrio esculpido em uma estação de metrô abandonada, iluminado por uma iluminação improvisada e fraca, alimentada por geradores recuperados.
O ar estava constantemente pesado com tensão e o cheiro de óleo e concreto úmido.
O pequeno grupo que morava lá—nove pessoas no total—parecia ter esculpido uma semelhança de ordem em meio ao caos que tinha tomado a Terra. Rey estava sob vigilância constante, especialmente por Josh, o homem carrancudo que parecia ter se nomeado a sombra pessoal de Rey.
Josh não se incomodava em esconder sua desconfiança.
Onde quer que Rey fosse, Josh seguia, seus olhos penetrantes observando cada movimento.
Tess, por outro lado, era cordial, mas distante, sua atenção consumida por liderar o grupo e planejar os próximos passos. Os outros mantinham distância, alguns oferecendo acenos educados ao passar, mas na maioria das vezes tratando Rey como um forasteiro.
Rey usou o tempo para explorar o abrigo tanto quanto lhe permitiram. Era funcional e minimalista, com quartos, uma área de refeitório comum e uma sala dedicada ao armazenamento de suprimentos recuperados.
A liderança de Tess era evidente na maneira estruturada como o grupo operava, e apesar das dificuldades, havia um senso de propósito que os unificava.
Todas as noites, Rey deitava na pequena cama que lhe foi designada, olhando para o teto.
“Vou precisar sair em algum momento.”
Todas as suas perguntas sobre o que havia acontecido com a Terra foram lentamente respondidas enquanto ele ouvia conversas alheias e fazia algumas conversas, dando uma ideia geral do que havia acontecido com o mundo que ele chamava de lar.
—O mundo que Alicia sempre quis voltar.
“Agora que entendo o básico deste lugar, o próximo passo é encontrar uma maneira de recuperar minhas Habilidades anteriores, ou pelo menos conseguir novas.” Ele manteve os olhos em sua Janela de Status. “Preciso Subir de Nível o mais rápido possível e também conseguir Estatísticas.”
Meramente exercitar e treinar não seriam suficientes por muito tempo.
E ele não tinha muito tempo restante.
Se o Imperador Dragão realmente estava aqui, ele tinha que encontrar uma maneira de detê-lo.
Mas primeiro, ele precisava dessas pessoas ao seu lado.
************
No quarto dia, Tess e sua equipe retornaram de sua missão de reconhecimento.
O grupo se reuniu na sala de reuniões—um espaço dominado por uma mesa grande e arranhada e cadeiras desiguais. Rey foi orientado a ficar em seu quarto, mas as paredes finas não faziam muito para abafar a conversa acalorada.
“Entre outras coisas, encontramos um aglomerado de pedras saturadas de energia”, Tess começou, sua voz firme, mas tingida de cansaço. “Elas são altamente voláteis, mas se conseguirmos transportá-las com segurança para a sede, elas podem ser usadas como fonte de energia.”
“Isso é um grande ‘se'”, Josh interrompeu. “Não estamos exatamente equipados para lidar com recursos instáveis como esse. Se algo der errado, podemos perder tudo, inclusive nossas vidas.”
“Não temos escolha,” Tess retrucou. “Precisamos de recursos, e isso pode ser uma descoberta para a Resistência. Além disso, já lidamos com pior.”
Havia escassez nos abrigos, então encontrar esses recursos foi um grande milagre.
Mesmo assim, não demorou muito para a conversa mudar para Rey, fazendo o tom da discussão escurecer quase que imediatamente.
“Precisamos descobrir o que fazer com ele,” uma mulher disse. “Não sabemos quem ele é ou de onde veio. Por tudo que sabemos, ele pode estar trabalhando para o Imperador Dragão.”
“Isso é um exagero”, outro homem respondeu. “Ele não exatamente grita ‘lealista’.”
O Imperador Dragão tinha zelotes que o serviam e agiam de acordo com sua vontade. Eles praticamente o adoravam como algum tipo de Deus, apesar de não serem Monstros, mas humanos que haviam despertado Habilidades Especiais.
Eles eram um espinho no lado da Resistência, e vice-versa.
Era possível que Rey fosse um desses Zelotes, mas o grupo não tinha certeza se esse era o caso.
“Não importa”, Josh interrompeu. “Estamos em guerra, e guerra significa tomar decisões difíceis. Se há até mesmo uma chance de ele ser uma ameaça, precisamos descobrir—por quaisquer meios necessários.”
“Você quer dizer usando métodos desumanos?” A voz de Tess estava afiada, cortando os murmúrios. “Estamos lutando pela humanidade. Se abandonarmos nossos valores, não seremos melhores que os Monstros que estamos tentando derrotar.”
Rey já tinha ouvido o suficiente nesse ponto.
Ele parou de bisbilhotar, indo diretamente para a porta da sala de reuniões.
Ele bateu na porta firmemente, silenciando as vozes dentro.
“Entre”, Tess chamou.
Rey empurrou a porta aberta e entrou, sentindo o peso de nove pares de olhos sobre ele. Ele se manteve erguido, encontrando seus olhares com determinação calma.
“Estive pensando”, Rey começou, sua voz estável. “Vocês salvaram minha vida, e eu lhes devo isso. Quero pagar essa dívida me juntando aos seus ranks.”
A sala explodiu em murmúrios, alguns surpresos, outros suspeitos.
Tess levantou uma mão para silenciá-los.
“Você quer se juntar a nós?” ela perguntou, seu tom neutro.
“Sim”, disse Rey. “Eu vi como vocês operam, e respeito o que estão fazendo. Sei que sou um forasteiro e não espero que confiem em mim imediatamente. Mas estou disposto a provar meu valor.”
“Você está ansioso para pular no perigo”, Josh disse, se aproximando. “Por quê? O que você ganha com isso?”
Rey encontrou seu olhar sem piscar. “Digamos que eu tenho uma pendência para resolver com o Imperador Dragão como um humano cujo planeta foi tomado. Seus objetivos estão alinhados com os meus, e eu prefiro lutar ao lado de pessoas como vocês do que tentar sobreviver sozinho.”
Josh cruzou os braços, sua expressão cética. “E nós estamos apenas supostos a acreditar na sua palavra?”
“Não”, respondeu Rey. “Vocês podem me observar o quanto quiserem. Não estou pedindo confiança cega. Estou pedindo uma chance.”
Tess o estudou por um momento, sua expressão pensativa.
Então ela sorriu levemente.
“Somos chamados de Resistência”, ela disse. “Não somos apenas sobreviventes. Somos lutadores. Acreditamos em recuperar a Terra para a humanidade, e isso significa enfrentar probabilidades impossíveis. Essa não é uma vida para todos. Se você está procurando segurança, não vai encontrar aqui.”
“Não estou procurando segurança”, disse Rey. “Estou buscando um propósito. E acho que o encontrei.”
“Palavras ousadas”, Josh disse, avançando até ficar a centímetros de Rey. “Se você quer se juntar a nós, terá que provar que não é peso morto—ou um espião. Está disposto a lutar pelo seu lugar aqui?”
“Marque o dia e o lugar”, disse Rey, seus lábios curvando-se em um sorriso confiante.
Josh sorriu. “Amanhã de manhã. Você vai enfrentar a mim em um teste. Se sobreviver, talvez deixemos você ficar.”
“Sobreviver?” Rey ergueu uma sobrancelha.
“Você verá”, Josh disse com um sorriso que era tudo menos amigável.
Tess suspirou, mas não obje
“Está bem”, ela disse. “Rey, se você está falando sério sobre isso, terá sua chance de provar. Mas entenda isso—não tomamos medidas pela metade. Se você está dentro, está dentro por completo.”
Rey assentiu, sua resolução inabalável. “Entendido.”
Josh fez um gesto em direção à porta. “Descanse, novato. Você vai precisar.”
Rey virou-se para sair, mas pausou na porta.
Olhando para trás para o grupo, ele lhes deu um sorriso confiante.
“Não fiquem muito surpresos amanhã.”
*********
Na manhã seguinte, o grupo se reuniu na clareira fora do abrigo.
O ar estava fresco, o solo ligeiramente úmido de uma chuva leve na noite anterior. Um círculo havia sido desenhado na terra para marcar o campo de batalha, e todos ficaram bem fora dele, mantendo uma distância segura.
Tess, sempre a líder composta, estava na borda com os braços cruzados. Seu cabelo castanho sujo dançava enquanto seus olhos azuis brilhantes observavam atentamente o círculo—ou melhor, nas duas figuras que estavam em seu centro.
Rey e Josh se enfrentavam, a tensão entre eles além do visceral. Josh usava seu sorriso característico, eletricidade cintilando fracamente ao redor de suas pontas dos dedos como pequenas serpentes.
Ele esticou o pescoço, o som crepitante de estática seguindo seus movimentos.
“Isso não é apenas um teste”, Josh disse, rolando os ombros. “Isso é sobre sobrevivência. Espero que esteja pronto, novato.”
Rey permaneceu calmo, girando o pulso como se aquecendo para uma sessão de sparring casual.
“Você fala muito”, ele respondeu. “Vamos ver se seus punhos são tão rápidos quanto sua boca.”
Um murmúrio percorreu a multidão, alguns dos espectadores já fazendo apostas silenciosas. Tess levantou a mão, silenciando todos.
“Regras são simples”, ela anunciou. “Vocês lutam até um de vocês cair e não conseguir se levantar. Sem força letal. Se eu disser para parar, vocês param. Entendido?”
Os dois homens assentiram, embora o sorriso de Josh tenha se alargado.
“No meu sinal…” Ela começou a contagem regressiva.
Todos prenderam a respiração.
“… Preparem-se…” O tom de Tess estava prolongado, seu olhar aguçado fixo na luta que estava prestes a começar.
“… Vá!”