Ponto de Vista de Um Extra - Capítulo 117
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117: Observação Estranha 117: Observação Estranha “””
“Haaa… haaa…”
Um jovem de cabelos escuros estava no centro do que parecia ser uma festa de cadáveres.
Ele usava uma máscara escura no rosto, e seus olhos brilhavam num tom carmesim vivo, mesmo enquanto os cabelos caíam e cobriam seu rosto.
Neste mundo infernal, cheio de calor inimaginável, vapor e gêiseres flamejantes, o jovem soltou um suspiro abafado e riu baixinho.
“Hehehe… hahaha… hahahahahaha!!!”
Núcleos de Monstros cintilantes apareciam ao seu redor, e os corpos destruídos do que pareciam ser macacos de um vermelho carmesim – uma variante impressionante dos Monstros Macacos e Monstros BigFoot
Estes tinham corpos muito sujos e carmesim. Seus corpos estavam uma bagunça agora, com todas as suas entranhas espalhadas e cozidas pelo calor intenso da área.
“Parece que eu cheguei a tempo!” O garoto aos risos sorriu maliciosamente ao olhar à frente e ver uma figura rastejando.
O Monstro Chefe – um Bigfoot Carmesim gigantesco – tentava se afastar rastejando após ter três de seus quatro membros totais arrancados.
Neste momento, ele via apenas uma opção… CORRER!
Infelizmente para a besta, nem mesmo isso era uma opção viável.
“[Força].”
O Monstro Chefe subitamente perdeu o controle sobre seu corpo machucado, sentindo-se ser puxado para trás apesar de todas as tentativas de avançar.
Ele gritou no topo de seus pulmões por ajuda, mas…
~FWUUSH!~
… Não havia ninguém para ouvir.
“G-gurrruk!”
Era o mais forte naquele Andar, e agora era o único restante.
~SQUELCH!~
Uma mão penetrou em seu peito, fazendo com que sangue quente jorrasse como uma torneira.
O monstro podia sentir enquanto seu Núcleo era agarrado e arrancado à força.
Este era o fim.
“G-gurrrr…k….”
Ele não pôde completar as palavras de súplica que tinha para oferecer antes de perder completamente a vida.
Por toda a sua vida, essa criatura nunca pensou que morreria dessa maneira. Sempre presumiu que viveria o suficiente para desafiar os Moradores de Gelo que habitavam um Andar acima deles.
Mas agora… era tarde demais.
Ou talvez fosse um sonho que não valesse a pena ter desde o começo.
A luz nos olhos do Monstro Chefe se apagou enquanto ele caía no chão, espirrando sangue quente ao redor.
Vivo, era o mais poderoso de seu povo, mas na morte não era nada além de um mero pedaço de carne entre muitos outros.
“Certo, então! Assim que eu recolher esses Núcleos, devo ter terminado.”
Ele estava impressionado consigo mesmo pelo que havia alcançado até agora.
Se havia um problema, no entanto—
“Nível 33, né? Não é ruim, mas eu queria pelo menos o Nível 35.”
Rey deu de ombros e sorriu de forma radiante.
‘Hoje eu conquistei um grande feito. Se eu continuar nesse ritmo, devo conseguir me tornar consideravelmente mais poderoso.’
E no final, isso era o que mais importava.
**********
A Noite encontrou o mundo de H’Trae, e a Propriedade Real não foi exceção.
Conforme a escuridão se espalhava pelas Muralhas do Castelo, Cristais de Luz que estavam fixados nos pilares em vários locais começaram a brilhar.
Essa fonte de iluminação, muito semelhante às luzes de rua, garantia que ninguém se sentisse completamente envolto em escuridão mesmo em um passeio noturno.
Apesar dessa característica especial, dificilmente se via alguém no vasto complexo da Propriedade àquela hora tardia.
Os únicos que andavam por ali eram os guardas de patrulha e um estudante em particular – Rey.
Ele mal havia chegado a tempo para o toque de recolher e, após cuidar do seu ‘Passe’ no Portão antes de entrar, correu para dentro do abraço do Castelo.
“Lar doce lar…” Rey murmurou, percebendo o quanto já havia se acostumado com aquele lugar.
Não era só ele, porém.
Todos da sua classe já haviam se acostumado com esse mundo à sua maneira.
Rey quase considerava isso assustador neste ponto.
Ainda assim, ele desviou sua mente do assunto, concentrando-se no que eram seus planos para o restante do dia.
‘Primeiro um bom banho… e depois a Biblioteca!’
Ele já podia sentir um sorriso se formando no rosto enquanto passava por alguns guardas pensando em encontrar seu amigo.
‘Melhor eu me apressar, então!’
**********
Rey sentiu um sorriso brotar em seu rosto enquanto se aproximava da Biblioteca.
Depois de um longo e árduo dia, este era sempre o lugar que lhe trazia consolo.
Não apenas pelos livros – embora ele gostasse de devorá-los, especialmente nos últimos tempos.
Não, era por causa de outra pessoa.
“Alicia…?”
O eco surpreso de Rey encheu a Biblioteca quando ele olhou em volta e não encontrou ninguém presente.
Ele foi até o lugar favorito de Alicia e tudo o que encontrou foi um livro fechado sobre a mesa.
‘Estranho…’
Alicia nunca deixava um livro por aí, então surpreendeu Rey ver algo assim na mesa dela.
‘Primeira vez para tudo, suponho. Talvez ela tenha saído para um passeio rápido…?’
Também havia a possibilidade de ela ter ido ao banheiro, embora por alguma razão Rey não quisesse imaginar esse cenário.
“Acho que vou ver o que ela estava lendo enquanto espero por ela.”
Rey sentou-se na cadeira que estava ao lado da de Alicia e abriu o livro para começar a ler.
********
‘Ok, definitivamente tem algo errado…’ Rey pensou consigo mesmo.
Até depois de esperar por uma hora – não, provavelmente até mais do que isso – Alicia ainda não havia aparecido.
Isso era preocupante, mas Rey não queria pensar demais.
Talvez Alicia simplesmente tenha esquecido seu livro aqui e voltou para o quarto para relaxar.
Sim… era provavelmente isso.
‘Mas por que isso parece improvável? Devo provavelmente ficar por aqui mais um pouco…’
Rey sentiu-se tão distraído com a ausência dela na Biblioteca que não conseguia se concentrar no livro.
Ele apenas folheou as páginas e leu algumas coisas em cada uma antes de virá-la.
E assim, mais uma hora se passou.
“Ok… talvez eu deva ir para—”
“Ei, Rey! Você está aí?” Uma voz de repente ecoou na entrada da Biblioteca enquanto alguém entrava.
‘Não é o… Adônis…?!’
Os olhos de Rey quase saltaram por um momento, mas ele rapidamente afastou sua surpresa e levantou-se da posição.
Assim como pensou, viu Adônis se aproximando de sua mesa na Biblioteca.
“Aconteceu alguma coisa, Rey. Você vai ter que vir comigo até os Quartos de Moradia.”
*
*
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[A/N]
Obrigado por ler!
Parece que algo importante está prestes a acontecer!
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