Parceiro Cativo - Capítulo 611
Capítulo 611: Chapter 611: Caçada em Downtown
Angelo acordou grogue e faminto, mal registrou a presença de Nikolai na cadeira em frente à cama, tropeçando até o banheiro para se limpar.
Quando saiu, o café da manhã já estava na mesa, Nikolai completamente vestido com um laptop sobre a mesa.
Angelo parou a uma curta distância, vestindo um robe de banho, o cabelo ainda molhado. “Você dormiu?” Ele perguntou com uma carranca.
Nikolai já tinha atenção no assassino antes mesmo de ele acordar, olhos azul-escuros excepcionalmente brilhantes. “Eu dormi. Venha comer comigo.” Ele convidou languidamente, sem mencionar que já era tarde de manhã, e não era que ele não dormiu, mas sim que o assassino havia dormido demais.
Angelo estava com fome demais para perseguir aquela linha de conversa, ele obedientemente fechou a distância, juntando-se a Nikolai na mesa central. Seus pensamentos ainda estavam processando após o sono, então foi só quando estava na metade do café da manhã que percebeu que havia cozinhado o jantar na noite anterior.
“O macarrão-” Ele disparou com olhos arregalados.
“Eu comi,” Nikolai contrapôs calmamente, “Cozinhe para mim de novo esta noite.”
Angelo lhe lançou um olhar, “Se você quer macarrão, fique à vontade para fazê-lo você mesmo.” Ele resmungou.
Ele estava tonto de sono enquanto se lavava, mas nem isso foi suficiente para ignorar as marcas coloridas na pele, seu corpo parecia como se tivesse sido amassado como massa na noite anterior.
“Estamos ficando?” Ele perguntou baixinho quando tudo que sua resposta lhe rendeu foi um sorriso do Rei do Crime sentado do outro lado.
A atenção de Nikolai havia sido cortada pela metade pelo laptop apoiado na borda da mesa, mas agora ele estava completamente focado em Angelo. “Você quer?”
Angelo olhou ao redor, as cortinas estavam fechadas, então as janelas de comprimento total estavam escondidas de vista. Era agradável, mas não um lugar para ficar com tudo o que estava acontecendo.
“Quando as coisas se acalmarem,” Ele murmurou, terminando o café da manhã. “Vamos ao bar?”
Nikolai fechou o laptop, “Primeiro ao centro, deixe seu cabelo solto,” Ele acrescentou enquanto observava Angelo ir escovar o cabelo.
Ele já havia providenciado roupas novas para eles desde a noite anterior, então poderiam ficar quantos dias quisessem. Ele se levantou quando Angelo o ignorou, saindo do quarto por um momento.
Quando voltou, Angelo já estava vestido, com o cabelo trançado e enrolado em um nó atrás da cabeça.
Nikolai estava todo sorrisos quando voltou, segurando uma cesta decorativa cheia das armas do assassino.
Angelo as prendeu em si mesmo em tempo recorde, seus movimentos rápidos de prática. Quando terminou, olhou para ele expectamente, uma cor leve nas bochechas quando seu olhar se manteve por um momento longo demais.
Nikolai estendeu a mão na porta, esperando que Angelo a pegasse.
O assassino baixou o olhar para a palma estendida, logo abaixo da manga do sobretudo de Nikolai, estava a cicatriz desbotada de marcas de mordida. Com esse pensamento, seu olhar derivou para o peito do Alfa… Angelo fechou a distância para pegar a mão oferecida, relaxando com o aperto familiar e firme.
Nikolai só liderou o caminho enquanto estavam na cobertura, quando saíram, ele desacelerou para que Angelo pudesse assumir a liderança.
A viagem descendo as escadas foi tão silenciosa quanto foi ao subir, a mão livre de Nikolai desmanchando o nó no cabelo de Angelo assim que chegaram ao último degrau.
Angelo fingiu não notar, um sorriso no rosto do Ômega enquanto ele os conduzia para fora do resort. Estava vazio assim como na noite anterior, o som de fontes jorrando enchendo o ar da manhã.
Era uma típica manhã de outono, nuvens cinzentas pendiam baixas, embora já fosse tarde. O sol surgia por trás das nuvens sombrias, proporcionando pouco calor.
Eles só se separaram quando chegaram ao carro, Angelo entrando ao mesmo tempo que Nikolai, sua trança caindo sobre um ombro.
O olhar afiado de Nikolai captou isso, e antes mesmo de começar o carro, ele já tinha uma mão desfazendo a trança.
“O que exatamente estamos fazendo no centro?” Angelo perguntou com um rosto sério, apesar de sua trança estar sendo ativamente desfeita pelos dedos ágeis de Nikolai.
“Caçando.” Nikolai respondeu casualmente, “Eu reduzi os casebres de dois dos três gangues tentando cortar rotas de drogas.”
Angelo relaxou minimamente, aquilo era algo que ele poderia fazer, algo que ele era muito bom, na verdade. Mas com Nikolai, seria mais como pesca explosiva. Ele olhou pela janela enquanto seu cabelo caía sobre seus ombros, olhos verde-claros refletindo o céu nublado lá fora.
Nikolai tinha a mão no cabelo dele durante toda a viagem ao centro, mas Angelo não podia repreendê-lo porque foi ele quem disse ao Alfa que deixou o cabelo solto para ele.
Quando o carro parou ao lado de uma rua esburacada com barracos decadentes em cada lado, ele se virou para Nikolai. “Não seremos muito conspícuos?”
Nikolai olhou para sua roupa, momentaneamente pego de surpresa, como se não conseguisse entender por que precisariam se esconder.
Angelo apenas suspirou e abriu sua porta, empunhando uma faca. Ele mal saiu do carro quando uma bala passou zunindo por sua cabeça.
Nikolai já o havia arrastado de volta para o carro antes que ele pudesse processar completamente o que havia acabado de acontecer, recuperando-se a tempo de bater a porta.
“Prenda-se,” Nikolai disse sombriamente, seus olhos fixos na direção de onde vieram os tiros.
Angelo fez o que lhe foi mandado, se perguntando por que precisava pôr o cinto de segurança em um momento tão crucial. Ele não se perguntou por muito tempo, seus olhos arregalados enquanto Nikolai desviava o carro e acelerava, dirigindo diretamente para o barraco de onde vieram os tiros.
Agora ele entendia por que um cinto de segurança era necessário se não quisesse esmagar o crânio no para-brisa à prova de balas. Ele não tentou parar Nikolai, por um, já era tarde demais, e em segundo lugar, a expressão sombria no rosto dele era um bom dissuasor.
Os homens escondidos dentro do barraco não perceberam o carro vindo em direção a eles até que era tarde demais, Nikolai derrubando o prédio esfarrapado feito de madeira remendada e placas de zinco, assim como todos os outros lá dentro.