Parceiro Cativo - Capítulo 553

Capítulo 553: Capítulo 553

“Aqueles filhos da puta,” Asher soltou assim que entraram no carro.

Jael já estava pisando no acelerador assim que a porta do carro foi fechada. Os serviços de emergência já estavam no local, ele duvidava que até mesmo o Alto Conselho continuasse a fazer bagunça enquanto eles estivessem por perto.

Asher tirou seu casaco, quase totalmente queimado, com o rosto preto de fuligem. Seu casaco de pele parecia ter mantido a maior parte do fogo longe dele – Jael esperava que não visse queimaduras graves por baixo da fuligem no rosto do Alfa.

“Isso ultrapassa ir contra o tratado, é uma declaração de guerra aberta.” Davian falou gravemente, sua raiva era mais silenciosa, mas não menos intensa.

Jael se concentrou em levá-los onde precisavam estar inteiros. A Área Central estava estranhamente vazia enquanto passavam dirigindo, quase como se a tensão no ar fosse algo palpável que os moradores viram e evitaram.

Ele só esperava que Nikolai e Angelo estivessem juntos e vivos, porque o Alto Conselho claramente não tinha escrúpulos em jogar sujo.

-+-

O vermelho refletia nos olhos azuis escuros de Nikolai como chamas na superfície de um lago. Ele estava encostado na parede sem pintura de um prédio abandonado, com Angelo em seus braços.

Os homens do Alto Conselho não cercaram o prédio, fizeram pior… colocaram fogo nele. Se tivessem ficado para lutar ou não tivessem notado os carros chegando a tempo, teriam sido pegos pelo fogo.

Porque não pegou fogo lentamente, ao contrário, explosivos pareciam ter sido instalados no prédio decadente, e também teria sido encharcado de gasolina porque a ignição foi instantânea.

Eles não ficaram muito tempo ao redor do fogo, rapidamente colocando distância entre eles e o prédio em chamas.

Os homens não deram perseguição, então devem ter se convencido de que todos foram pegos pelo fogo.

Quando estavam a poucos prédios de distância, Nikolai parou. Não era exatamente o momento certo para falar sobre isso enquanto podiam sentir o calor em seus rostos do que teria sido sua sepultura incendiária, mas agora podiam respirar um pouco.

“Eu te carrego,” Ele ofereceu silenciosamente.

As meias de Angelo estavam manchadas e úmidas, e eles estavam em uma parte realmente sombria do centro de Haines, então seringas descartadas e cacos de vidro estavam espalhados como confetes.

Angelo piscou para ele em confusão, seus pensamentos em um plano completamente diferente. “Eu posso andar?” Ele murmurou, ainda perdido.

“Não sem sapatos, você não pode.” Nikolai apontou, escaneando ao redor caso estivessem sendo seguidos.

Era tudo prédios velhos e vazios ao redor deles, era quase como se a cidade estivesse lentamente se afastando dessa parte do centro.

Angelo olhou para seus pés como se tivesse esquecido esse fato muito importante. “Tá bom, mas espera!” Ele disse apressadamente quando Nikolai imediatamente alcançou-o, uma linha entre as sobrancelhas.

“Eram os homens do Alto Conselho,” Ele começou a dizer, “Mas eles nem mesmo entraram para verificar se Luis Caddel ainda estava lá antes de colocar fogo no lugar.”

Chamar o homem morto que se casou com sua mãe pelo nome era estranho, mas Angelo não tinha intenção de chamá-lo de pai nunca mais.

Nikolai já havia esquecido sobre o cachorro, Angelo estava dentro de seu alcance novamente, e ele foi nostalgicamente lembrado das situações perigosas nas quais sempre conseguiam se meter. Não havia mais nada em sua mente, não o Alto Conselho, nem sua posição como Rei do Crime, e nem mesmo seu território.

Ele olhou por cima do ombro para o prédio em chamas que certamente se espalharia, porque bombeiros não se incomodariam em salvar prédios já totalmente mortos.

“O Alto Conselho vê Haines como um covil de ratos,” Nikolai disse distraidamente, pegando Angelo sem esforço. “Luis Caddel nasceu e foi criado em Haines, ele, de todas as pessoas, deveria saber disso.”

Angelo jogou os braços em volta do pescoço de Nikolai, agora ambos eram uma bagunça sangrenta, graças a ele. Ele ainda segurava as facas, não estava prestes a correr riscos.

“Preciso fazer algumas ligações,” Nikolai disse mais para si mesmo. Ele estava se dirigindo para as partes ocupadas do centro, as chamas altíssimas se erguendo à distância atrás dele.

-+-

Assim que o prédio começou a pegar fogo, um dos homens do Alto Conselho encarregados da expedição pegou um telefone e fez um relatório rápido para Alfa Eaton.

As chamas eram quase ensurdecedoras enquanto ele fazia seu relatório, sinalizando para seus homens entrarem nos carros. O trabalho deles ali estava concluído.

Após o prédio em chamas, eles se dispersaram, e apenas alguns minutos depois, um conjunto diferente de carros apareceu.

Reagan foi uma das primeiras a sair dos carros, completamente em choque, era como se ela estivesse no raio de explosão de uma bomba enquanto olhava sem expressão para o prédio em chamas.

“O carro do chefe está aqui,” Alguém relatou, “Ele estava aqui,” Acrescentou em voz mais baixa, olhos sombrios fixando o prédio em chamas.

A adição não dita de que seu Rei do Crime poderia ainda estar aqui, bem nas profundezas do apartamento em chamas, era ensurdecedora, mas ninguém ousava dizer isso em voz alta.

“O chefe não está lá dentro,” Um homem mascarado quebrou o silêncio, havia uma certeza inabalável em suas palavras, conseguiu romper a catatonia de Reagan.

“Segure a área,” Ele deu ordens, olhando para o céu escurecendo. “Teremos respostas em breve.”

-+-

Nikolai não precisou andar muito antes de tropeçarem em uma hospedaria, ainda podiam ver o fogo atrás deles.

O segurança na frente do prédio dilapidado os olhou de cima a baixo, fumando de um cachimbo rachado. “O que? Sequestrou você mesmo um Ômega?” Ele dirigiu a Nikolai, agindo como se Alfas aparecendo com Ômegas sequestrados fosse bastante comum.

“Quero fazer uma chamada,” Nikolai disse em resposta, sem fazer nenhum movimento para colocar Angelo no chão.

O Ômega teve que se mexer para se soltar dele, assim Nikolai poderia ter as mãos livres para uma ligação telefônica.