Parceiro Cativo - Capítulo 502
Capítulo 502: +Capítulo 502+
Nota do Autor – Olá pessoal, foi uma jornada tão gratificante escrever este livro com todo o apoio que recebi. É meu primeiro livro a chegar a 500 capítulos, então é bem especial rs.
Infelizmente, tenho uma notícia ruim para compartilhar. Vou fazer uma pausa criativa necessária na escrita. Os capítulos lentos recentemente não foram porque eu estava ocupado, mas porque estava tendo dificuldade em escrever.
Todos os sinais apontam para um esgotamento, então estarei tirando um mês de descanso para me recuperar.
Mate Cativo retomará em maio e as atualizações serão tão rápidas quanto costumavam ser.
Peço desculpas pela longa pausa e espero ver vocês novamente quando eu retomar o livro. Obrigado por lerem e muito amor!
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Angelo levantou rapidamente depois de se empanturrar de comida, determinado a ser ele mesmo quem se levaria para a cama naquela noite.
Era tentador se enroscar no sofá e assistir desenhos animados por mais um tempo, mas ele já estava tão sonolento que não havia dúvidas de que acabaria dormindo na sala de estar se fizesse isso.
Seu cabelo já estava mais ou menos seco quando ele chegou ao seu quarto. Era domingo no dia seguinte, e ele planejava dormir até tarde.
Por mais indestrutível que Nikolai parecesse, o Rei do Crime pelo menos precisava tirar o próximo dia de folga para se recuperar.
Ele bocejou ao se enfiar debaixo das cobertas. As estações nunca tinham significado muito para ele antes, mas ao se deitar, ele podia ouvir o suave tamborilar da chuva e não conseguia evitar pensar em como isso tornaria sua noite aconchegante.
Angelo não se esqueceu de configurar alguns alarmes que soariam ao longo da noite. Seria irritante ter que interromper seu sono várias vezes, mas ele preferia não morrer enquanto dormia.
Não agora, quando estar vivo não parecia mais uma tarefa árdua. O mundo tinha desacelerado o suficiente ao seu redor para que ele aproveitasse a comida e ansiasse por dormir.
Ele praticamente adormeceu assim que fechou os olhos, inconsciente da sombra silenciosa que escorregou para dentro de seu quarto.
Nikolai deveria ter se sentado no sofá como costumava fazer, mas suas pernas o levaram inegavelmente para a cama. Ele se acomodou cuidadosamente do outro lado da cama, encostado na cabeceira, sem a intenção de adormecer.
Nikolai estava um desastre, não conseguia dormir direito desde que Angelo o expulsara de sua cama. Nem mesmo o vinho drogado parecia surtir mais efeito.
E ali estava Angelo, dormindo profundamente e sem preocupações, enquanto ele estava aos poucos sendo levado à loucura pelo assassino.
Havia um sorriso em seu rosto ao pensar nisso, mas era tudo menos humorístico. Ele havia sido quem impôs as próprias restrições…
Para alguém que sempre perseguia o que queria, ele estava sentado ao lado de algo que queria mais do que qualquer outra coisa, mas tudo o que podia fazer era manter suas mãos e pensamentos para si.
Angelo se virou, assustando-o. O assassino nunca se mexia no sono, então ele teve certeza de que Angelo havia acordado e que seria pego em flagrante.
Mas o assassino apenas se virou na direção dele, seus olhos quase invisíveis fechados, seu cabelo obscurecendo a maior parte de seu rosto.
A expressão de Nikolai suavizou enquanto ele estendia a mão para afastar o cabelo de Angelo de seu rosto. Sua obsessão com o cabelo do assassino nunca foi para irritá-lo; era apenas uma das poucas maneiras que ele tinha de expressar seus sentimentos caóticos, mesmo antes de entender o que eram.
Ele conseguia entender por que o assassino preferia manter o cabelo preso antes de dormir, mas Nikolai não se importava em ficar acordado apenas para manter o cabelo dele fora do rosto.
A chuva manteve um ritmo constante, suave e silencioso, preenchendo o silêncio no quarto.
Nikolai manteve os olhos no telefone de Angelo, desativando o alarme assim que começou a tocar, algo que ele rapidamente percebeu que não era uma boa ideia.
Independentemente de como explicaria por que estava na cama do assassino, ele não hesitou em despertar Angelo, não disposto a correr nenhum risco.
Angelo ficou alerta quase imediatamente, seus olhos pálidos parecendo escuros no quarto mal iluminado. “Nikolai?” Ele chamou com uma voz quieta, rouca de sono. “Por que você está acordado?”
Nikolai ficou satisfeito que a primeira pergunta de Angelo não foi o que ele estava fazendo em seu quarto, embora isso tivesse sido muito justificável.
“Ajustei um alarme caso você não acordasse.” Ele mentiu com facilidade.
“Eu não estou morto,” Angelo murmurou, já se escondendo debaixo das cobertas mais uma vez. “Vai beber vinho, você está ferido.”
Nikolai deveria saber que Angelo não acreditaria em suas mentiras, levantando-se. Se ele tomasse os medicamentos, não conseguiria acordá-lo novamente. Sem mencionar que ultimamente ele se sentia péssimo ao despertar, incapaz de descansar devidamente.
Mas ele foi obedientemente buscar um copo de vinho, retornando mesmo sem necessidade. Angelo já estava dormindo profundamente quando ele voltou; o assassino havia recuperado seu telefone, e o dispositivo agora estava bem ao lado de seu travesseiro.
Nikolai esvaziou o copo e voltou para a cama. Ainda estava chovendo, e a respiração suave de Angelo era tão constante quanto as gotas de chuva.
O aroma de Angelo o fez inspirar profundamente, deixando seus olhos se fecharem.
Algumas horas depois, o alarme de Angelo tocou, e o assassino o desligou sonolento. A presença de outra pessoa em sua cama obrigou seus olhos a se abrirem.
Ele olhou para Nikolai, o Rei do Crime estava profundamente adormecido. Não se incomodou com sua presença inexplicável em sua cama, deitando-se novamente para voltar a dormir.
A chuva já tinha parado, mas o aroma de Nikolai era até melhor do que a chuva, o que o fazia querer se aproximar, contente.
Ele já havia acordado duas vezes, então não havia motivo para continuar interrompendo seu sono com alarmes; então ele desligou seu telefone. Era cedo pela manhã, o cheiro de chuva ainda estava no ar, fresco e frio.
Angelo foi o primeiro a acordar, já estava claro no quarto, e uma rápida olhada no horário mostrou que já era meio da manhã.
Ele estava pressionado bem próximo a Nikolai e não conseguia dizer quem havia fechado a distância entre eles.
Nikolai parecia cansado, sua pele um pouco pálida, com sombras duras contrastantes. Isso fez Angelo parar na cama, um sentimento de preocupação surgindo.
Preocupar-se com Nikolai vinha naturalmente. O Rei do Crime era pior que ele em cuidar de si mesmo, o que já era algo especial.
Mas recentemente, Angelo podia ver que ele estava melhorando. Ele tinha apetite e sentia sono, e ansiava por coisas.
Quanto mais tempo ele passava ao redor de Nikolai, mais ele percebia que o Rei do Crime não era um semideus maior que a vida, capaz de praticamente tudo.
Então era fácil se preocupar. Parecia que Nikolai não estava dormindo bem. Angelo considerou arquitetar maneiras de fazer Nikolai dormir em seu quarto, porque se ele fizesse isso, saberia se o Rei do Crime realmente estava descansando ou não.
E dormir com Nikolai tinha suas vantagens. O aroma do Rei do Crime, por exemplo, era um enorme bônus, e talvez Angelo ainda estivesse carente de toque.
Ele saiu da cama cuidadosamente, surpreso ao encontrar Nikolai ainda dormindo profundamente. Ele prendeu o cabelo e foi ao banheiro para se lavar, seu estômago roncou enquanto se vestia.
Isso o surpreendeu, seu estômago roncando não era algo comum, mas agora estava acontecendo com tanta frequência. Ele não podia acreditar que estava com fome novamente depois do banquete da noite anterior.
Angelo se vestiu com um moletom novamente porque, embora tivesse comprado roupas para trabalhar, não tinha pensado no que vestir dentro de casa. Mas estava frio, então os moletons funcionaram bem por enquanto; ele talvez precisasse de mais jaquetas quando começasse a esfriar.
Ele pediu comida e comeu sozinho enquanto assistia desenhos animados, seus olhos constantemente se desviando para o relógio, preocupado com quanto tempo Nikolai estava dormindo.
O Rei do Crime também havia batido a cabeça ontem? Será que eles estavam preocupados com a pessoa errada a noite toda?
Assim que Angelo estava prestes a se levantar para acordar Nikolai, o Rei do Crime apareceu. Parecia que ele havia acabado de se levantar, seu cabelo bagunçado.
“Dormiu bem?” Angelo perguntou, relaxando.
Nikolai parecia um pouco perdido, as linhas duras em seu rosto suavizadas pelo sono. “Sim. Você comeu sem mim?” Ele teve a audácia de perguntar, embora já fosse meio da tarde.
“Vou comer de novo, o que você quer?”
Nikolai fez uma pausa, um sorriso brincando no canto dos lábios. “Panquecas.”
Angelo manteve um rosto sério, já que era ele quem fazia o pedido, ele poderia simplesmente pedir outra coisa para si. Ele também arquitetava um plano para se vingar de Nikolai.
A comida chegou quando Nikolai retornou, seu cabelo loiro arrumado, vestido com um conjunto de roupas de dormir.
Angelo o observou enquanto ele ia até a porta pegar a comida; Nikolai parecia ter uma loja inteira de roupas de dormir, provavelmente o Rei do Crime não perceberia se algumas desaparecessem. Ele iria perceber, contudo, quando Angelo desfilasse pelo apartamento com suas roupas de dormir.
Havia duas pilhas de panquecas como esperado, mas quando se sentaram para comer, Angelo empurrou ambas na direção de Nikolai. “Suas panquecas.” Ele disse solenemente com uma expressão séria.
Nikolai encarou as pilhas de panquecas. “Cadê as suas?”
“Eu não disse que…” queria panquecas, Angelo começou a dizer, jogando sua carta na manga.
“Mas eu comi peixe e comida chinesa com você,” Nikolai cortou, já empurrando uma bandeja de panquecas na direção dele.
“Espera– o quê?”
“Essa é sua e essa é minha.” Nikolai continuou obstinadamente.
Angelo estreitou os olhos, aceitando a derrota. Na próxima vez, ele garantiria que nenhuma panqueca fosse pedida. Ele tinha a sensação de que, mesmo se tivesse pedido apenas uma porção, Nikolai, de alguma forma, faria com que ele acabasse comendo também.