Parceiro Cativo - Capítulo 493

Capítulo 493: +Capítulo 493+

Ivan tinha saído do estande de tiro há algum tempo, mas Rosie não estava prestando atenção, então não percebeu quando ele foi embora.

“Me dá o seu telefone,” Rosie pediu audaciosa, estendendo uma mão perfeitamente cuidada.

Jazz arqueou uma sobrancelha, sua paciência infinita revelando uma confiança sólida por baixo. “Você esqueceu de engatilhar sua arma,” ela disse secamente.

“Não estou te roubando, só estou te dando algo que você deveria ter pedido,” Rosie prosseguiu sem hesitar.

Jazz deu a ela um olhar mais sério agora, “Ela te deu permissão para me passar o número dela?”

Rosie olhou para a treinadora, precisando inclinar a cabeça um pouco para trás. “Você já a conheceu, não acredito que esteja perguntando isso.”

“Mas…” Jazz hesitou.

Rosie estava preparada para pressioná-la se ela demorasse mais. Sabia que ambas precisavam desse primeiro empurrão e, depois disso, seja como fosse, não era mais problema dela. “Só ligue ou mande uma mensagem. Vou garantir que ela esteja aqui na mesma hora na próxima semana.”

Jazz cedeu e entregou o telefone, olhando além de Rosie para ver Patty conversando com Jael. Ela não conseguia ver o rosto dele, mas podia ver o dela e a vermelhidão que tingia seu rosto enquanto mantinha seu olhar estoicamente no chão.

Isso a fez franzir a testa, e ela se perguntou se deveria ter se envolvido com aquele grupo estranho. Depois de hoje, não precisaria vê-los novamente; poderia evitá-los facilmente.

Rosie salvou o número de sua amiga e então olhou para cima, seguindo o olhar de Jazz, “Não se preocupe com ele,” ela disse com um sorriso que não era nem um pouco convincente.

Jazz olhou para ela, pegando de volta o telefone. “Por quê? Você quer ele para você?”

O rosto de Rosie ficou malicioso, lembrando-se do que tinha acontecido naquela manhã. “Sim,” ela disse com um sorriso tão perigoso quanto doce.

Jazz observou a ruiva se afastar com um olhar preocupado, se perguntando se deveria alertar Jael sobre o que estava vindo em sua direção.

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Com a partida de Rosie, Patty e Jael ficaram totalmente sozinhos. Jael virou-se para a contadora trêmula, pensando se deveria simplesmente ir embora também.

“Então… como foi sua sessão?” Ele perguntou para quebrar o gelo e, com sorte, aliviar parte da tensão.

Patty manteve seus olhos fixados no piso de vinil. “Bem,” ela murmurou, sua voz mal audível. “Bom, menos que bem. Tenho certeza de que Jazz vai precisar colocar um pouco de gelo na cabeça. Ela disse que eu estava indo bem, mas duvido. Provavelmente estava só sendo gentil.”

Jael ficou sinceramente surpreso; ele nunca tinha ouvido Patty dizer tantas palavras juntas. Ela apenas parecia conseguir falar sobre sua treinadora, mas, independentemente disso, era um progresso.

“Jazz não parece ser do tipo que fala coisas só por falar,” Jael disse cautelosamente, testando as águas.

Patty olhou para ele, realmente considerando suas palavras. “Você realmente acha isso? Quer dizer, quando finalmente consegui dar um tiro sozinha, quase acertei o alvo…”

Jael olhou por cima do ombro para ver Rosie se aproximando, enquanto Jazz o observava enigmaticamente.

“…Eu não conseguiria encarar Jazz na próxima semana se for tão ruim quanto hoje. Talvez você pudesse me dar algumas dicas…” Patty continuou, cheia de palavras quando se tratava de sua treinadora.

“Claro, posso fazer isso,” Jael concordou com facilidade, relaxando pela primeira vez.

Rosie chegou então, sua expressão não revelando nada. “Vamos embora, estou com fome.”

Caspian finalmente se juntou a eles, uma expressão exasperada no rosto. “Asher está lá fora no estacionamento,” ele anunciou para os outros.

Ele tinha passado os últimos dez minutos tentando convencer seu parceiro a esperar porque ele estava indo para casa, mas isso nem passou pela cabeça de Asher.

“Ele aguentou mais tempo do que eu pensei,” Jael comentou, liderando o caminho para fora.

Asher estava entrando ao mesmo tempo em que eles retornavam à recepção. O Rei da Máfia tinha seu característico casaco de pele jogado por cima dos ombros, o cabelo vermelho escuro selvagem.

A recepcionista ficou boquiaberta com isso, de alguma forma parecendo ainda mais chocada quando o Rei da Máfia Asher foi direto ao bonito ômega masculino.

“Eu te disse que estava bem…” Caspian protestava assim que seu parceiro estava ao alcance da audição.

Patty, por outro lado, estava apenas percebendo que Rosie tinha ido falar com sua treinadora. “O que você disse para Jazz? Ela mencionou algo sobre como eu fui péssima?”

Jael deu uma olhada no grupo barulhento e saiu silenciosamente do estabelecimento. Fazia tempo que ele não fazia uma viagem, e era provavelmente melhor evitar o almoço, para que Rosie não tentasse usar suas habilidades recém-aprendidas nele.

Os homens lá fora não disseram nada com sua presença, nem mesmo quando ele pegou um táxi e foi embora sozinho.

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Angelo estava encolhido em um sofá aconchegante no escritório de Nikolai. Seu cabelo estava em um nó preguiçoso porque o Rei da Máfia já tinha bagunçado sua trança meticulosamente feita pela manhã, e ele não estava com vontade de colocar mais esforço.

Nikolai se levantou, seus olhos azuis escuros focando em seu cabelo. Angelo instintivamente ergueu os ombros, tentando proteger o cabelo das mãos atiradas do Rei da Máfia.

“Estamos indo para o centro,” Nikolai disse, caminhando para a porta.

Angelo saltou de pé com graça ágil, feliz por fazer algo além de ficar preguiçoso no espaçoso escritório. Havia um fluxo constante de pessoas vindo ver Nikolai ou sendo arrastadas para dentro, mas havia pouco que fosse requisitado a Angelo.

Ele estava prestes a ligar a enorme televisão para se manter ocupado quando Nikolai disse que estavam saindo.

Coexistir com Nikolai tinha sido surpreendentemente pacífico; o Rei da Máfia parecia estar completamente no controle de seu território, deixando Angelo sem nada para fazer.

Ele havia considerado pedir por alguma tarefa, mas sabia que ainda não tinha conquistado o direito de receber uma.

A viagem deles para o centro não seria muito diferente da última, onde ele não teria que fazer nada, exceto sentar e assistir ao espetáculo.