Parceiro Cativo - Capítulo 489
Capítulo 489: +Capítulo 489+
Jael não disse mais nada sobre isso, estendendo a mão para experimentar os aperitivos que Rosie tinha torcido o nariz anteriormente.
Ele instantaneamente entendeu o porquê, “Merda, não é à toa que esses bastardos estão sempre de cara amarrada.” Ele murmurou.
Rosie antecipou sua reação, então entregou-lhe um guardanapo para cuspir o pedaço de veneno que ele havia acabado de ingerir, com um sorriso no rosto. “Vamos dar o fora daqui em meia hora.”
“Com prazer,” Jael resmungou, limpando os lábios. Ele não podia nem se livrar do gosto com álcool porque tudo o que serviam era champanhe.
“Será que consigo convencer um garçom a me dar uma garrafa de tequila escondida?”
Rosie olhou para as taças de champanhe dourado claro, ela mesma preferia coquetéis. “Este centro de eventos pertence a uma daquelas socialites esnobes. Se um garçom conseguir te dar uma, eles o levam lá para trás e atiram nele.”
Jael mais ou menos esperava isso, resignando-se ao seu destino. Ele meio que esperava que o tempo demorasse a passar, mas Rosie era uma companhia perfeita, suas observações espirituosas combinando com as dele.
Meia hora se passou num piscar de olhos, e ele estava seguindo a liderança de Rosie. Não havia nada de furtivo na maneira como ela caminhava através do salão de eventos, indo em direção à porta lateral.
Jael a seguiu inofensivamente, ansioso para voltar para a FluxCorp, onde era tranquilo e notoriamente faltavam olhares de julgamento.
Rosie parecia saber exatamente aonde estava indo, e fez um esforço para ser sutil, não saindo pela saída diretamente. No entanto, com os dois indo em direção ao que parecia ser onde ficavam os banheiros, ele não ficaria surpreso se levantasse algumas sobrancelhas.
Ele não teve tempo de refletir sobre esse pensamento porque, depois de alguns corredores, ele teve que envolver um braço em torno da cintura de Rosie e puxá-la contra si.
Assim que fez isso, uma figura mascarada surgiu, um brilho prateado frio mantido firmemente na mão.
Rosie mal processou o que estava acontecendo antes de uma arma disparar bem ao lado de sua cabeça, o atacante mascarado caindo com um baque tão abafado quanto o tiro que Jael tinha disparado.
“Oh meu Deus,” Ela suspirou.
Jael franziu a testa, “Você está bem?”
“Oh meu Deus? Tem mais atrás de você!”
Jael se virou rapidamente com isso, soltando-a para se concentrar nos dois que vinham se aproximando. Ele teve que se abaixar para desviar da faca que vinha em sua direção, aliviado por os atacantes não estarem armados, ou seria uma verdadeira confusão.
Jael usava suas armas como uma extensão das mãos, pressionando a boca de sua arma contra o peito do atacante mascarado que veio para ele, fazendo um buraco sangrento em suas costas.
Rosie entrou em pânico quando outro homem mascarado veio em sua direção, Jael ainda estava com as mãos ocupadas e uma lâmina afiada vinha bem na direção dela.
Sem o luxo de ter tempo para reagir, ela puxou sua arma e deu um golpe no rosto do homem com ela.
Jael se virou para ela com um olhar de incredulidade, dois homens mortos aos seus pés, o estreito corredor começava a se acumular de corpos.
Rosie ainda segurava firmemente sua arma, seu atacante gemendo de joelhos. “Eu não sei como usá-la.” Ela disse, confusa.
Jael calmamente caminhou e atirou no homem que havia sido atordoado por Rosie, satisfeito por ter pensado em colocar silenciadores em sua arma. Ele tinha feito isso por consideração, para que Rosie não percebesse quando ele tomava conta dos problemas, mas foi realmente útil.
“Continue segurando,” Ele disse a ela, apesar de suas palavras, liderando o caminho para fora depois de se certificar de que ninguém estava vindo de trás.
Rosie assentiu tensa, ela sabia que o ataque tinha sido direcionado a ela, e ia se certificar de contar ao Lago assim que seu chefe voltasse.
Se Jael não tivesse estado com ela, ela teria sido seriamente ferida ou pior. Claramente eles estavam se posicionando ao fazerem um movimento contra ela, especialmente na ausência de Davian.
Eles chegaram ao estacionamento sem incidentes, mas Jael não relaxou até entrarem no carro, sem dizer nada quando Rosie guardou sua arma. Ele duvidava que houvesse balas naquela arma sofisticada, e se ela quisesse uma arma contundente, uma pistola era uma escolha terrível.
“Você precisa aprender a usar uma arma.” Ele disse a ela enquanto desciam a rua. Os atacantes estavam esperando que eles saíssem, era claramente um ataque premeditado direcionado a Rosie.
“Estou planejando para amanhã. Patty e Caspian virão junto.” Ela resmungou, as penas eriçadas.
Antes disso, ela não precisaria usar uma arma, mas seu chefe e o Rei do Crime tinham ido para uma ilha e a deixaram sozinha para dirigir várias empresas e a Casa da Máfia.
“Isso parece seguro,” Jael disse secamente, sabendo que seria poupado do problema se Patty estivesse presente.
Rosie achou que não podia retrucar, considerando que esteve em perigo alguns minutos atrás. “Você poderia vir junto,” Ela sugeriu levemente, testando as águas.
A expressão de Jael não mudou, “É melhor que eu não vá.” Foi sua resposta direta.
“Então você vai simplesmente evitar um ao outro para sempre?” Ela não pôde deixar de perguntar.
Mesmo tendo concordado em não tentar ser uma casamenteira, Jael e Patty praticamente trabalhavam juntos, eles poderiam ser amigos, pelo menos.
“Só até ela superar,” Jael respondeu de forma direta, tratando o tópico casualmente.
“E se eu me meter em perigo de novo?” Ela insistiu.
Jael desviou o olhar da estrada para dar-lhe um olhar, suspirando. “Droga,” Ele murmurou, “Claro, eu vou.”
O sorriso de Rosie era sutil, ela estava de saco cheio dos dois se evitando, e depois de passar tanto tempo perto de Jael, era como ter dois de seus amigos agindo estranhos um com o outro.
Ela não tinha esperança de que eles acabassem juntos, mas pelo menos poderiam estar por perto sem que fosse uma experiência tão terrível para eles e todos os envolvidos.
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Angelo acordou tarde da tarde, completamente desorientado. Ele se sentou e ficou olhando para o nada por alguns momentos, sua garganta estava seca, seu cabelo um ninho de pássaro, sua cabeça cheia de estática.
Mas apesar de tudo isso, ele estava tão bem descansado, que precisou de um bom tempo para que seus pensamentos começassem a funcionar novamente.
Durante todo esse tempo, Nikolai ainda estava sentado em um canto. Ele havia pensado em despertar o assassino várias vezes, preocupado que ele estivesse morrendo, até pensou em chamar Sílvia, mas o lembrete de que Angelo estava dormindo anos de exaustão o fez segurar o ímpeto.
Angelo tinha de repente acordado e depois se sentado, pernas longas estendidas, completamente aéreo. Era uma imagem suave e vulnerável.
“Dormiu bem?” Ele falou.
Angelo ergueu a cabeça e se virou instintivamente na direção de onde veio a voz de Nikolai. “Nikolai?” Ele chamou do jeito que fazia quando ainda estava meio adormecido, a voz rouca.
“Sim?” Nikolai respondeu facilmente, levantando-se.
Angelo ficou em silêncio como se estivesse apenas garantindo que Nikolai estava realmente lá e não apenas uma figura da sua imaginação.
“Vou pegar um copo de água para você,” Nikolai o informou, indo em direção à porta em vez de Angelo, como queria muito. “Quer comer alguma coisa?”
Angelo não estava inclinado a dizer mais nada, olhando apaticamente para Nikolai. “Peixe?” Ele finalmente respondeu, embora soasse mais como uma pergunta.
Um sorriso divertido passou pelo rosto de Nikolai, “Claro,” Ele concordou, saindo do quarto.
Angelo caiu de volta na cama assim que a porta se fechou, olhando o tempo. De alguma forma o tempo parecia estranho, ele sentia como se tivesse dormido bem mais de oito horas.
Ele reprimiu um bocejo, contente em ficar deitado de costas olhando para o teto, apenas se sentando quando ouviu a maçaneta da porta girar.
Nikolai entrou com uma bandeja, colocou-a na beirada da cama e abriu uma garrafa de água, pretendendo derramar um pouco em um copo.
Ele não foi muito longe porque Angelo pegou a garrafa de sua mão e bebeu como um homem sedento, gotículas de água gelada caindo além de seus lábios e descendo pelo pescoço para desaparecer na gola do seu moletom.
“Talvez você queira deixar um espaço para a comida,” Nikolai interveio secamente quando Angelo foi buscar outra garrafa de água.
O assassino desanimou, olhando para a água. “O que Sílvia disse para você?” Ele perguntou para se distrair, sabendo que beber outra garrafa de água só traria consequências.
Nikolai moveu a bandeja para longe do alcance de Angelo, capturando o olhar do assassino desviando para a condensação escorrendo pelo lado da segunda garrafa de água.
“Para deixá-lo dormir,” Ele encolheu os ombros, dizendo pouco. “Eu teria feito isso de qualquer forma.”
Angelo se encolheu, descansando a cabeça nos joelhos. “Eu sei,” Ele disse brevemente, nunca tinha sido uma questão de se Nikolai deixaria ou não, ele apenas queria carregar seu próprio peso.