Parceiro Cativo - Capítulo 482

Capítulo 482: +Capítulo 482+

Angelo esperava ser colocado para trabalhar assim que aparecesse, e de jeito nenhum esperava que Nikolai estivesse sentado na frente de uma mesa de alimentos, claramente esperando por ele.

Ele diminuiu o passo ao ver a cena, encaixando as peças. “Você me chamou para tomar café da manhã?”

Os olhos de Nikolai brilharam como diamantes azuis à visão de Angelo. Ele cedeu ao crescente hábito do assassino de desobedecê-lo abertamente e ao mesmo tempo era impelido à impaciência por sua atitude, ele se divertia com ambas as reações.

Se ele soubesse que Angelo estava se vestindo tão bem, poderia ter esperado um pouco mais pacientemente.

“Sim,” Ele respondeu sabiamente à pergunta de Angelo, olhando cada centímetro do assassino, menos o rosto.

Angelo desinflou, caminhando até ele. Ele nem sequer pensou em comer, velhos hábitos eram difíceis de quebrar.

“Estava ansioso para enfiar suas facas em alguém?” Finalmente, Nikolai desviou o olhar de suas roupas ajustadas com dificuldade, seu olhar brilhando com aprovação ao ver os chupões visíveis sob sua gola baixa.

Angelo realmente estava ansioso para isso, mas quando Nikolai falou assim, parecia que ele era um vilão. Sentou-se rigidamente à mesa, “Apenas tentando garantir meu sustento.”

Nikolai riu, de muito bom humor. Agora ele queria ver como o sangue ficaria contra a pele de Angelo. Sua atenção foi automaticamente atraída para o cabelo do assassino, notando como estava bem preso.

Era para manter suas mãos longe do cabelo de Angelo? Tudo o que isso fazia era querer ver o assassino com o cabelo solto ainda mais. Suas refeições eram majoritariamente silenciosas e esta não foi diferente, depois de terminarem de comer, Nikolai recostou-se em sua cadeira, um plano ardiloso se desenrolando em seus olhos frios.

“Angelo?” Ele disse para chamar a atenção do assassino, gesticulando para ele se aproximar.

As sobrancelhas de Angelo franziram, levantando-se, suas longas pernas esbeltas distraindo enquanto cruzava a distância até o lado de Nikolai. Ele se inclinou à insistência do Rei da Máfia, sem esperar que Nikolai tivesse segundas intenções.

Ele não esperava que o Rei da Máfia envolvesse uma mão em seu pescoço e o puxasse ainda mais perto. Angelo instintivamente segurou seu pulso com ambas as mãos, embora não fizesse nenhum movimento para afastar a mão do Alfa, pacientemente suportando suas travessuras.

Pelo menos, até que Nikolai alcançou em torno de sua cabeça com a outra mão e começou a desfazer o nó que ele havia feito cuidadosamente para dissuadi-lo.

Os olhos de Angelo lampejaram com ameaça, olhando fixamente para Nikolai que manteve contato visual o tempo todo. Ele estava perto o suficiente para o rico aroma de fumaça de charuto encher seus pulmões, fazendo-o sentir falta do aroma suave de Nikolai.

Ele queria ameaçar cortar seu cabelo, mas se lembrou do que aconteceu da última vez que fez isso. Ele pode não ser mais prisioneiro agora, mas não estava disposto a testar os limites de Nikolai. A sala de diversões do Rei do Crime não era um lugar onde ele queria passar a noite sozinho novamente.

Eles permaneceram em um impasse até que o cabelo dele caiu dos lados de seu rosto como uma cortina, obscurecendo parcialmente o fogo que saía de seus olhos. Ele provavelmente poderia se libertar se tentasse, ou pelo menos poderia ter dificultado as coisas para Nikolai.

Mas ele não estava inclinado a se mover… Angelo não sabia se era a fumaça do charuto ou o aperto ao redor de seu pescoço, mas ele se sentia um pouco tonto. Não de uma forma nauseante, prestes a desmaiar, mas de uma maneira estranhamente confortável que o deixava um pouco sonolento.

Isso não o impediu de se afastar rapidamente quando o aperto de Nikolai em seu pescoço afrouxou, certo de que as impressões digitais do Rei do Crime estavam marcadas em sua pele.

“Não vai ser minha culpa se isso atrapalhar minhas facas.” Ele resmungou sobre seu cabelo, rapidamente colocando alguma distância entre ele e Nikolai.

Os olhos de Nikolai escureceram e isso fez a respiração de Angelo acelerar, mas não foi por medo. Ele afastou seus pensamentos intrusivos de seu rosto sendo empurrado contra os lençóis e tentou permanecer zangado com a irritante obsessão do Rei do Crime com seu cabelo.

“Você não vai precisar usar suas facas ainda,” Nikolai pareceu controlar sua reação, olhando para o lado em direção ao seu telefone que tocava. Além disso, conhecendo Angelo, o assassino teria cabelo preso novamente em pouco tempo.

Era como um pequeno jogo inofensivo entre eles, um que apenas um deles apreciava.

Nikolai ficou em silêncio enquanto ouvia a pessoa do outro lado da ligação, desligando com uma expressão satisfeita. “Pensando bem, talvez você os use em breve.”

Angelo já estava no meio de prender seu cabelo quando Nikolai falou. O assassino se arrumou em pouco tempo, uma leve sombra vermelha em suas proeminentes maçãs do rosto.

Um homem apropriadamente nervoso logo foi arrastado para o escritório. Ele parecia um empresário comum que havia sido sugado para o ciclo viciante dos jogos de azar. Suas roupas pareciam um pouco desgastadas e surradas, seus sapatos começando a se desgastar.

Ele era como um exemplo típico de um empresário com um vício secreto em jogos de azar, e era isso que o fazia se destacar. Era tudo perfeitamente montado, até Angelo podia ver que havia algo de errado com o homem de negócios à primeira vista.

“R-Rei da Máfia Nikolai,” O homem falou com quantidades apropriadas de reverência e medo. “Eu não entendo o que está acontecendo, sou um cliente fiel…”

Enquanto o homem trabalhava arduamente para vender seu disfarce, o que ele não percebeu é que Nikolai não estava prestando atenção nele desde o início.

“Coloque suas mãos uma sobre a outra,” Nikolai o interrompeu abruptamente, “Palmas para cima.”

O homem de negócios ficou ainda mais preocupado, manchas úmidas crescendo em sua camisa social azul-clara, suor brotando em sua testa. Ele fez o que foi dito, olhos vazios olhando em volta em confusão.

“Eu só quero saber o que fiz de errado…” O homem de negócios continuou falando, o medo subindo por sua coluna enquanto a gravidade de sua situação começava a pesar.

Os homens que o trouxeram permaneceram estoicamente na porta como robôs, com as armas em punho e mãos firmes, esperando a ordem para estourar sua cabeça. Ele gradualmente ficou em silêncio ao perceber, concentrando-se no perigoso Rei da Máfia em sua frente e no ômega masculino desconhecido com o Rei da Máfia.