Os vilões também têm uma segunda chance - Capítulo 50

50: pensamentos bagunçados [POV de Cássio] 50: pensamentos bagunçados [POV de Cássio] Enquanto eu saía da câmara da duquesa, meus pensamentos estavam tumultuados. Marianne tinha me pedido para não me intrometer mais em sua vida. Ela disse que não viria mais à minha câmara, para compartilhar o quarto.

Eu havia ido lá para zombar dela por mais um ato de fingir estar doente. Mas, enquanto conversávamos, ela exigiu que eu me mantivesse afastado dela.

Eu sabia naquele instante que havia algo errado. No último ano, ela não perdeu nenhuma chance de criar um espetáculo.

Sempre que um convidado chegava ao palácio, ela se agarrava a mim. Se eu não a deixasse ou a ignorasse, então ela chorava copiosamente e convencia todos com suas lágrimas falsas de que estava sendo maltratada.

Eu dei a ela uma grande mesada, todos os luxos, um bom ambiente, um grande palácio e nem mesmo a pedi para trabalhar como duquesa, no entanto ela estava sempre tramando com suas lágrimas de crocodilo, e agora me dizia que tinha mudado da noite para o dia.

O que ela pensa que eu sou, uma criança de três anos?

Desde então, eu comecei a ficar de olho nela, a biblioteca ficava logo atrás do jardim onde ela passava o tempo ultimamente. Então eu comecei a ir lá sempre que estava passando por um momento difícil.

O sol da tarde ainda estava quente. Enquanto seu brilho laranja cobria toda a área. Atualmente, eu estava parado ao lado de um parapeito ensolarado da janela observando o jardim da câmara da duquesa. Você pergunta o que eu estou fazendo no telhado da biblioteca a esta hora.

Mas este era o único lugar de onde a duquesa podia ser vista. Eu observava Marianne sentada ali com os olhos fechados. Se ela não estivesse cantarolando uma canção, eu pensaria que estava dormindo.

Mas a coisa boa era que ela não parecia perceber que estava sendo observada. Não, desde o início ela estava ocupada demais escrevendo algo no pergaminho que tinha em mãos todos esses últimos dias.

Então ela abriu os olhos de súbito e começou a olhar em uma direção específica atentamente. Quando segui seu olhar, ela estava olhando para Killian. Já se passaram 10 minutos e ela ainda estava olhando para ele, mal piscando os olhos.

Esta nem mesmo era a primeira vez que eu presenciava este comportamento.

Além disso, ela enviara suas três empregadas de confiança para trabalhar na câmara de Killian. Ela devia estar mantendo um olhar atento sobre ele. Ultimamente, ela só rodeava sua câmara o tempo todo com uma razão ou outra.

Será que essa mulher estava tentando espionar Killian? O que ela estava planejando? Mordi meus lábios inconscientemente enquanto as palavras do meu espião vinham à mente.

Ela havia dado os presentes de seu casamento para suas empregadas. Tais presentes caros nunca são dados sem motivo. Ela devia estar usando-os para planejar algo grande.

Havia alguns que acreditavam que ela havia mudado, mas eu não acreditava nisso nem por um segundo.

Marianne parecia realmente odiar Killian. Ela o encarava por um longo período de tempo, então passava muito tempo andando pelo jardim perdida em seus pensamentos. Depois corria e começava a escrever nos pergaminhos.

Então, era assim que essa mulher liberava seus sentimentos assassinos? Justo quando Killian passava por lá, ela mordia o lábio e depois jogava o copo de água no chão.

Suas expressões estavam contorcidas. Ela era puramente maléfica. Suas expressões pareciam diabólicas. Meus olhos azul-acinzentados se tornaram frios quando eu vi seu comportamento.

Então ela ainda odiava Killian, afinal de contas.

Eu realmente não conseguia entender o que se passava na mente de Marianne. Ela estava com ciúmes da minha primeira esposa. Quando odiar a morta não se mostrou suficiente, ela direcionou seu ódio aos vivos.

Uma vez ela até gritou comigo, perguntando se eu desejaria ter um filho com ela se eu não tivesse mais um herdeiro.

Não havia como uma mulher como essa mudar tão facilmente. Enquanto eu ponderava sobre tudo isso, meu ajudante, Ian, veio correndo em minha direção.

“Vossa alteza”
“Fale,” eu respondi, de forma seca, pois ainda precisava de tempo para observá-los.

Olhe a maneira como ela estava sorrindo docemente agora, olhando para Killian. E por que ele estava indo para a câmara dela?

“Eles vão jantar juntos?” Eu falei em voz alta dessa vez.

“Vossa alteza” inclinou a cabeça e seguiu meu olhar. Então assentiu.

“Sim, vossa alteza. Sua alteza tinha convidado lorde Killian para jantar,” ele respondeu, inclinando a cabeça.

Meus dedos se fecharam em punho enquanto eu pensava sobre os planos futuros dela, ‘será que ela ia misturar veneno na comida dele. Mas ela não era tola de fazer isso na câmara dela. Certo?’
“Então o que faremos, vossa alteza.” Ian esperava minhas instruções enquanto concluía seu relatório.

Mas eu estava tão perdido em meus pensamentos que nem sequer ouvi uma palavra.

“Repita”
Ian assentiu, entendendo bem o significado por trás da minha menor expressão.

“Vossa alteza, após três dias, durante o horário do chá da tarde real, haverá uma nova delegação chegando para conferir se a imperatriz e seu irmão se adaptaram bem.

O imperador anterior tinha pedido para você tratar do assunto. Então, o que devo responder a eles, vossa alteza.” ele perguntou, inclinando a cabeça novamente.

“Já que a ordem foi dada, o que há para pensar? Comece os preparativos para recebê-los calorosamente.” Com isso, desci as escadas e caminhei em direção à câmara da duquesa.

Ian estava confuso, mas sabia melhor do que fazer perguntas.

[ei, estou tentando manter curto apenas mostrando o ponto de vista dele e não repetindo toda a cena baseado em seu ponto de vista. Mas se você quiser ver uma cena específica do ponto de vista dele, então deixe um comentário.

Também me digam, o que acharam do Ponto de Vista de Cassius. obrigado]