383: Qual era o motivo dele! 383: Qual era o motivo dele! Continuação do ponto de vista da Marianne.

“Mãe, está quase anoitecendo e o pai ainda não chegou. Ele deve estar ocupado.” disse Killian, enquanto olhava para a carruagem que se afastava cada vez mais de nós.

“Hmm, Killian, a carta nunca foi enviada. Seu pai deve estar ocupado com muitas coisas. Ele parecia muito perturbado quando partiu. Então eu não quis incomodá-lo. Além disso, eu posso lidar com mais de 10 Isabellas sozinha. Não preciso perturbar seu pai com uma questão tão pequena.” Respondi com um sorriso malicioso no rosto enquanto ele piscava.

“Então a empregada que foi mandada para escrever uma carta e ameaçar a tia Isabella… Foi tudo uma encenação?” Ele perguntou, piscando os olhos novamente. Era tão difícil de acreditar nisso!?

“Bem, eu só queria que ela dissesse a verdade e se desculpasse com você apropriadamente. Eu não queria mentir para você, filho. Peço desculpas se te magoei. Mas se eu tivesse te dado uma dica, sua tia teria notado antes de você.” Expliquei e ele balançou a cabeça.

“Não, mãe, de modo algum. Não estou bravo com você. Apenas não pude acreditar que você lidou com tudo tão bem sem sequer incomodar meu pai.” Ele riu da minha astúcia e eu não sabia se deveria me sentir envergonhada ou orgulhosa disso!

“Mas e se a tia perceber que o pai não virá. Afinal, já se passaram algumas horas.” Ele perguntou com olhos cheios de preocupação.

Eu não sabia como explicar a ele que sua tia há muito havia se esquecido do seu pai. Ela estava ocupada nos braços de outro. Mas devo dizer que ambos foram corajosos por fazer algo assim em meu palácio.

“Não se preocupe, filho, se eu corri o risco, significa que sei o resultado, sua tia logo virá nos dizer que precisou voltar porque está doente ou se lembrou de que tem um trabalho urgente no palácio.

Então, descanse um pouco e me desculpe por te arrastar para essa confusão, mas é hora de você aprender todas as táticas comigo. Apenas manejar a espada e as artes e a etiqueta não são suficientes para ser um bom duque, você precisa ser bem versado em política também.” Eu disse suavemente, ele assentiu com a cabeça e então me olhou com expressões culpadas.

“Serei um apoio melhor para a minha futura mãe.” Ele disse com expressões determinadas, me fazendo rir.

“Você já é o melhor filho. Só precisa se tornar mais sábio.”

Ambos ouvimos passos e nos viramos para ver Isabella se aproximando.

“Marianne, não estou me sentindo bem, esperei o suficiente, mas Cassius ainda não está aqui. Acho que deveria ir descansar. Encontrarei você e Killian em outro dia” ela falou com um rosto cansado e pálido.

Ela parecia tão frágil como se fosse cair a qualquer momento e se machucar.

E antes que pudéssemos dizer qualquer coisa, ela se virou e caminhou em direção à saída. Killian me olhou enquanto eu apenas ria.

“Agora você deve ir e continuar suas lições. Preciso ir verificar como está minha mãe.” Eu respondi e ele assentiu e também caminhou em direção à sua câmara.

Eu caminhei em direção à câmara da minha mãe. Ainda não me sentia à vontade quando a deixava sozinha. Quando sentia que todos os olhares das empregadas e cavaleiros me seguiam de forma sutil. Franzi a testa, porque sempre que olhava para eles, estavam olhando para baixo como sempre fazem.

Mãe estava sentada na cadeira de balanço olhando pela janela. Ela parecia desolada e exausta.

“Mãe, você está bem?” Eu perguntei enquanto me aproximava dela e sentava ao seu lado.

Ela me lançou um olhar, mas continuou olhando pela janela.

“Mãe, você deveria descansar mais. Ainda está fraca. Devo pedir mais sopa para você?” Perguntei enquanto olhava para seus lábios ressecados e rosto sem vida. Um nó se formou em minha garganta.

“Eu acabei de comer alguma coisa, Mari. Acho que precisamos conversar. Embora eu não tenha ouvido tudo, ainda ouvi um pouco do que você estava me contando quando perdi a consciência. Agora, quero saber de tudo em detalhes.” Embora sua voz fosse fraca, havia um rigor nela. Eu sabia que ela não cederia, então eu assenti.

“Mãe, eu contarei tudo, mas primeiro você precisa se deitar.” Eu barganhei e ela finalmente suspirou e assentiu.

“Minha senhora, sua alteza real está aqui. Ele quer encontrá-la para saber sobre sua saúde.” Ela me olhou irritada como se fosse minha culpa que ele estivesse aqui e depois respirou fundo.

“Mande-o entrar, por favor.” Ela respondeu, a raiva era visível em sua voz.

Ela se sentou na cadeira de balanço novamente e eu tomei um assento ao lado dela.

Philip entrou com um rosto preocupado, até Cassius não parecia tão preocupado assim quando veio vê-la outro dia. Que artista!

“Estive ocupado com os assuntos do mercado esses dias, Monique Diana. Não tive oportunidade de encontrá-la. Somente hoje soube que lhe deram veneno. Sinto-me tão envergonhado por minha ignorância. Como está se sentindo agora?” Ele perguntou com um rosto preocupado.

“Estou muito melhor, lord Philip. Não precisava se preocupar. Minha filha e meu genro estão aqui para me apoiar a cada momento. Eles estão comigo o tempo todo.” Ela respondeu com um sorriso, mas pude sentir o sarcasmo em sua voz. Mas será que ela precisava dizer isso! Ainda não sabia se íamos continuar o ato ou não!

Talvez Isabella esteja insultada o suficiente e tenhamos rumores suficientes para danificar sua reputação na sociedade e provas suficientes para enviar o Marquês à presença, mas Philip ainda estava intocado e escondido na escuridão.

Ainda não sabemos qual é o seu objetivo!