357: Ficando preso 357: Ficando preso Ponto de vista de Roselia cont.

Eu já havia encontrado esse homem centenas de vezes no passado. Mas essa foi a primeira vez que ele parecia um diabo reencarnado para mim. Talvez fosse pela sala escura ou meu medo de ser pega. Mas uma camada de suor se formou em meu rosto e eu temia que a cor escura que eu tinha usado no meu rosto desbotasse se eu a enxugasse. O tempo estava passando como se houvesse uma explosão por perto.

“Então, ela está se elevando por causa dessa estupidez. Devo dizer que me foi dada muita liberdade. E o que diabos ele está fazendo aqui novamente. Ele não ama mais sua vida? Chame os dois aqui agora mesmo. Hoje eu vou lidar com eles pessoalmente”, ele gritou, finalmente desviando meu olhar do rosto dela.

Dizer que eu estava chocada seria pouco. Ele estava falando de Philip como se ele fosse seu funcionário, não o príncipe de uma nação. E como diabos eu deveria chamar os dois, se eu nem sabia onde eles estavam? E por que eles ainda estavam juntos?!

“Apenas olhe para o rosto chocado dela, meu senhor. Ela não é uma empregada treinada? Eu nunca a vi antes”, disse Lucas e eu não tinha certeza se deveria mentir que servi Philip, já que eles iriam chamá-lo aqui também.

Eu fingi tremer ainda mais, como se estivesse congelada no meu lugar. Foi por isso que não consegui responder mais nada.

O marquês deu um olhar de desdém para Lucas.

“Você pensa que infiltrar no meu palácio é tão fácil. Ela deve ser mesmo uma idiota por ter vindo aqui sem saber das consequências. Saia daqui e não mostre seu rosto novamente. E você, vá e encontre os dois e traga-os até aqui.

Não posso acreditar que eles estavam perdendo tempo neste momento crucial.” Eu corri para fora da sala enquanto eles continuavam a amaldiçoar Isabella e Philip.

Os cavaleiros riram de mim quando me viram saindo da sala cheia de suor e medo.

Eu saí como se estivesse indo para o trabalho, mas me escondi em um canto de onde eu ainda podia ver a porta.

Logo o mesmo homem chamado Lucas saiu do escritório e caminhou na direção que a empregada tinha me dito. Eu não pude vê-lo assim que ele virou à esquerda.

Depois do que pareceu uma eternidade, o homem voltou com Isabella e Philip seguindo-o. Isabella estava muito melhor agora, mas ambos pareciam muito sérios.

Eles entraram e eu tinha certeza de que não sairiam tão cedo.

Eu me afastei e caminhei para o lugar onde Isabella e Philip estavam, esperando ouvir algumas criadas fofocando já que não havia como eu entrar no escritório novamente.

Fui até a mesma sala em que bati antes e desta vez estava entreaberta. Quando entrei, duas empregadas estavam lá limpando a sala. Mas meus olhos ainda estavam na cama.

O lençol estava muito amarrotado como se… Sacudi a cabeça com o pensamento. Marianne estava certa, eu estava me tornando uma pervertida.

Peguei um canto e comecei a limpar na esperança de encontrar algumas pistas, já que era o quarto de Isabella quando ouvi as duas empregadas conversando.

“Mova suas mãos rápido e saia do quarto antes que minha senhora volte. Ela virá de muito mau humor e se ainda nos vir aqui, toda a raiva será descontada em nós.” suas palavras estavam cheias de medo.

Elas aumentaram a velocidade enquanto eu continuava olhando para ela. Afastando-me delas em direção aos armários e tentei abri-los. Eu vi o retrato de Elizabeth e Killian, mas havia algo escrito nele. Mas antes que eu pudesse pegá-lo e ler, a empregada me chamou novamente.

“O que você está fazendo aí? E quem é você?” a voz dela era aguda.

“Eu estava tentando encontrar um pergaminho deixado pela sua alteza aqui. Ele me pediu para vir buscá-lo.” eu blefei e ela franziu a testa.

“Estranho, ele nunca trouxe suas empregadas aqui antes. Que tipo de pergaminho era esse, eu vou procurar., você não tem permissão para tocar nas coisas aqui.” ela disse enquanto caminhava em minha direção e abria o armário ela mesma.

Eu vi que havia algumas datas escritas nele. Mas então ela fechou e abriu outra gaveta.

“Você ainda não disse que tipo de pergaminho era?” ela perguntou e eu apertei os lábios.

“Acho que devo ir e perguntar à sua alteza novamente.” eu respondi timidamente e ela se virou para me olhar.

“Sério, você é uma tola.”

“Deve ser essa a razão dela estar aqui. Hahaha” elas riram de mim e eu relutantemente saí da sala.

“Ele até trouxe um pergaminho quando veio aqui se divertir?” ouvi elas comentando e meus passos pararam por um segundo.

Mas então aumentei minha velocidade. Já que não consegui muito daqui, deveria encontrar uma maneira de sair do palácio.

Voltei em frente ao escritório quando vi Isabella indo em direção ao seu quarto. Seu rosto estava vermelho e impressões digitais eram visíveis nele. Seus lábios até tinham sangue seco no canto.

Na última hora ou mais, eu só estava recebendo choques e mais choques. Eu sabia que o Marquês estava irritado, mas nunca pensei que ele bateria em uma mulher assim.

Mas se ela estava aqui, isso significava que Philip também tinha ido embora. Meus olhos se arregalaram enquanto corria para a entrada. Subi as escadas com tanta pressa que até esqueci por um minuto que tinha que trabalhar furtivamente.

Eu caminhava apressadamente para a entrada quando ouvi uma voz cheia de veneno,
“Onde você pensa que está indo depois de me dedurar?”