315: Professou seu amor 315: Professou seu amor Cassius pov
“Eles são amigos, logo eles terão uma família e esses dias nunca mais voltarão. Mas Killian e… Você… Vocês são minha família com quem eu vou envelhecer e viver para sempre. Então, não há espaço para comparações.” ela disse com tanta sinceridade que não havia espaço para dúvidas.

Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela fechou os olhos e dormiu.

Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela fechou os olhos e dormiu. Ela nem sequer esperou minha resposta! Ela sabia o quanto eu queria perguntar por que ela estava abraçando ele, por que ele é a primeira pessoa que ela lembra o tempo todo.

Eu me sentia dilacerado pelas emoções que estava sentindo, até agora eu queria dar a ela uma boa vida porque eu a aceitei como minha esposa, mas naquele momento havia mais do que isso.

Mas então eu me lembrei do que fiz com ela algumas horas atrás e cerrei os dentes. Eu não queria machucá-la, mas senti tanta raiva e dor naquele momento que não consegui me conter.

Ela estava dormindo tão pacificamente e aqui eu perdi todo o meu sono. Eu nem sabia quanto tempo havia passado, me revirava na cama, quando meus olhos caíram sobre ela novamente.

Eu olhei para a mecha que caía em seu rosto, fazendo-a franzir a testa. Eu sorri ao ver como ela parecia inocente. Segurei-a em minha mão e tirei-a do rosto dela.

Eu deveria ter movido minhas mãos, mas não o fiz. Delicadamente, passei as mãos em seus cabelos macios e perfumados, isso me acalmava. Então minhas mãos se moveram para seu rosto, estava tão pacífico, tão sereno, que era de tirar o fôlego. Marianne estava tão pitoresca que eu não conseguia desviar os olhos, eu só queria continuar olhando para ela.

As mãos dela se moveram suavemente e seguraram minha cintura. Ela agarrou minha camisa e eu sorri. Ela se comportava exatamente como Killian costumava fazer sempre que eu acariciava sua bochecha enquanto dormia.

Sua respiração constante finalmente me afetou e meus olhos ficaram pesados. Me aproximei dela e a abracei. Inalando o cheiro de lavanda dela, fechei os olhos pronto para dormir em seus braços, mas como se ela tivesse decidido causar um caos em minha vida.

Ela se moveu mais para perto do meu corpo e me abraçou com força enquanto falava,
“Você será o mais importante para mim, por toda a minha vida. Não importa o quanto eu te odeie, eu ainda te amo, Cassius” continuei olhando para ela, sem poder acreditar que…

“Ela… Ela acabou de declarar seu amor por mim? Ela ainda me ama..?” Continuei murmurando como um louco. Eu estava até pronto para falar sobre todos os objetos inanimados do mundo, se eles pudessem me ajudar a conhecer a verdade.

“Marianne… Marianne” eu chamei, mas a garota não se mexeu, como se estivesse perdida em um sono profundo. E aqui eu estava ansioso como um homem que finalmente conhece seu destino, mas não sabe o caminho para chegar lá.

O sol já havia surgido e estava espiando pela janela quando ela finalmente abriu os olhos. Ela piscou algumas vezes, bocejou e, pensando que aquele em seu abraço era seu travesseiro, moveu-se para enterrar o rosto em meu peito. Isso me lembrou da vez em que ela beliscou meus mamilos para saber se era um sonho ou realidade… Ela realmente era uma senhora bem peculiar.

Entretanto, seu rosto se enrugou quando ela não encontrou a maciez de um travesseiro como esperava, e sim deparou com meu músculo duro.

Ela levantou a cabeça e viu que o travesseiro que estava tentando encontrar era, na verdade, eu. Eu estava bem acordado e olhando para ela, ela estava tão linda mesmo com os cabelos espalhados pelo rosto.

“Bom dia, Cassius,” ela cumprimentou enquanto me soltava e se sentava.

Eu inclinei minha cabeça e olhei atentamente em seus olhos. Passei a noite toda esperando que ela acordasse para que eu pudesse fazer minha pergunta, mas agora que ela estava acordada, eu hesitava… E se ela negasse, ou me dissesse que foi uma brincadeira!?

“Você… teve um sonho na noite passada? Quero dizer, um bom sonho, não um pesadelo,” perguntei e ela piscou, tentando lembrar. Ela parecia um pouco curiosa sobre por que eu estava perguntando de repente.

“Eu não me lembro de ter visto um sonho, acho que dormi profundamente depois da nossa conversa e de comer.” ela respondeu, mas eu não sabia quanto de verdade havia nisso. Então ela me olhou curiosa. “Por quê?”

“Nada. Você estava apenas… roncando na noite passada então pensei que estivesse sonhando” falei antes de limpar a garganta e me levantar.

“Eu estava roncando?” os olhos dela se arregalaram. “Eu nunca ronco,” ela acrescentou com convicção.

“Como você sabe, você ronca várias vezes” eu disse enquanto ela estava muito fofa para provocar.

Limpei a garganta novamente e olhei para ela antes de me dirigir à porta. mas então me virei e acrescentei, “e você também baba, só olhar para a minha camisa”
Dirigi-me rapidamente ao quarto e me arrumei no banheiro antes de descer.

Na sala de jantar, os outros já estavam sentados enquanto eu caminhava e logo Marianne se juntou. Mas nós éramos os únicos comendo. Todos os outros nos olhavam como se fôssemos alguma espécie rara de animais que eles viram ou ouviram falar pela primeira vez.

Ela também estava conversando com todos como de costume, alegre e radiante, apesar do que aconteceu na noite passada. Quase parecia como se nada tivesse acontecido, como uma bola de fogo que continuava queimando me a noite toda, tivesse morrido nela no primeiro raio do sol.