Os vilões também têm uma segunda chance - Capítulo 256

256: Reencarnar 256: Reencarnar Ponto de vista do Cassius
Quando meus olhos se abriram, a primeira coisa que vi foi ela dormindo em meu peito. As mãos dela se agarravam firmemente ao meu tronco. E uma das minhas ainda estava sob sua cabeça servindo de travesseiro, enquanto a outra estava em suas costas, mantendo-a escondida em meus braços. Eu podia sentir sua pele macia contra meu peito áspero. Seus cabelos espalhados sobre minhas mãos e seu sorriso pacífico que tornava seu rosto ainda mais bonito do que nunca.

Era um dos momentos preciosos da minha vida. Quantas vezes estivemos assim em paz. Parecia um sonho que eu nunca havia sequer imaginado se tornar real. Eu até tinha medo de me mexer para não afetar o sono dela. Então, eu apenas olhei em volta. Eu estava acordado a maior parte do tempo à noite, vigiando o velho.

Que apenas tratava os outros e os alimentava com ervas e depois se sentava à entrada da caverna para nos guardar..

Ele ainda estava lá, mas logo outros também iriam acordar, eu podia sentir movimentos deles.

“Marianne ” eu sussurrei devagar, e então gentilmente movi minhas mãos e afastei seus cabelos do seu rosto.

“Mmm,” ela gemeu baixinho e esfregou o rosto em meu peito, aproximando-se mais. Ela devia estar sentindo frio, já que se movia para perto buscando calor. Mas será que ela sabia como minha respiração ficava ofegante com seus gemidos. Quando foi que ela percebeu o quanto suas pequenas ações me afetavam?

“Marianne, precisamos conversar antes que os homens acordem ” eu disse de novo tocando seus ombros e ela finalmente respondeu.

Esfregando os olhos com o dorso da mão, ela piscou para se ajustar ao ambiente. Seu rosto brilhava no escuro com um brilho encantador. Ela olhou em volta e depois para mim, seus olhos permaneceram em meu rosto por um segundo e então desceram.

Dizer que eu não estava orgulhoso do meu corpo com a maneira como ela olhava para ele com pura admiração seria uma mentira. Nunca me senti tão confiante antes nos últimos anos.

‘Vi o suficiente, minha esposa?” eu perguntei e os olhos dela se abriram de sobressalto, e finalmente lhe ocorreu que aquilo não era um sonho, mas a realidade.

Chamar ela de esposa estava se tornando cada vez mais natural nos últimos dias.

“Eu não estava olhando para nada.” ela respondeu sem emoção e eu ri. Mas então ouvi um homem gemendo
“Eu teria discutido mais isso, mas esses homens vão acordar logo, Marianne. Precisamos conversar com o líder por uns minutos e eu quero que você venha comigo.” Eu falei com ela e ela concordou.

Ela se sentou e ajeitou minha camisa sobre seu vestido. Ela estava tão especial naquele vestido que eu queria continuar sentado lá e olhar para ela o tempo todo.

“Estou pronta.” ela falou e eu pisquei. Um sorriso surgiu em meus lábios e eu concordei e me levantei.

Ela me olhou com uma expressão confusa, mas me seguiu em silêncio.

“Precisamos conversar,” Eu disse ao homem que estava olhando ao longe com expressões serenas.

“Kai… as pessoas me chamam de Kai. Eu sou do clã Barthua. Vivemos nos bosques nos últimos séculos, mesmo quando não havia império ou fronteiras, mas apenas vastos bosques.” disse o homem de um jeito enigmático, ainda perdido em seus pensamentos, por um momento parecia que ele não estava falando conosco.

Mas então ele virou e olhou profundamente nos meus olhos: “como você sabia sobre o juramento de sangue?” ele me perguntou e para ser honesto eu não sabia. Essas palavras simplesmente saíram da minha boca como se estivessem enterradas em meu inconsciente.

“Ouvi falar dele em algum lugar no passado e sobre a marca que todos vocês têm nos braços, ” eu apontei, já que essa era a resposta mais razoável que eu poderia dar.

O homem olhou para a marca e depois para mim. Seus olhos pareciam penetrar em minha alma. Depois de um tempo ele finalmente concordou.

“O que você quer saber?” ele perguntou, finalmente nos dando um leve sorriso.

“Primeiro quero saber quais são os efeitos desse juramento de sangue.”

“É como soa, minha filha deu seu sangue puro e abençoado a você e recebeu o seu. Nosso sangue é um agora. Então você também é meu filho. E como um pai, protegerei você e sua família até o fim, mesmo que você morra, eu o trarei de volta à vida para cumprir minha promessa.” disse o homem de novo de um jeito enigmático.

Ele falava como se fosse um deus e tivesse o poder de reencarnar ou trazer alguém de volta à vida. Eu queria zombar e rir, mas ainda precisava desse velho.

“Tudo o que queremos é deixar este lugar e chegar à vila.” Eu adicionei, “certo, Marianne” mas quando me virei para olhá-la, fiquei surpreso ao ver o rosto dela.

Estava pálido e uma fina camada de suor se formava na sua testa. Ela estava quase tremendo e ao mesmo tempo coberta de suor. Era como se ela tivesse visto um fantasma. Seus olhos estavam fixos no rosto do velho homem que a olhava estranhamente com profunda calma, como se soubesse o motivo dela estar assim.

Será que ele conhecia alguma magia negra! Ele era a razão do comportamento repentino dela? Eu me aproximei enquanto a sacudia, “Marianne, Mari, Marianne de Luca ” eu chamei sacudindo-a e ela finalmente voltou à realidade. Ela me olhou e depois para o homem.

“Como você faria isso?” ela perguntou como se acreditasse naquela bobagem. Seu rosto tinha um olhar desesperado de repente, como se ela quisesse trazer alguém de volta à vida.

“Você não precisa saber disso por agora. Não é a hora certa, mas logo… Logo a verdade estará diante de todos”