Os vilões também têm uma segunda chance - Capítulo 238

238: Ciúmes novamente 238: Ciúmes novamente Ponto de vista de Cassius
Eu continuava passando a mão no cabelo dela para acalmá-la enquanto ela seguia chorando em meus braços. Não parecia que ela estivesse chorando por alguma razão específica, mas toda a dor que ela havia escondido em seu coração explodiu de uma vez.

Apesar de ser uma senhora tão orgulhosa, eu nunca esperava que ela se comportasse assim. Devo tê-la ignorado. Mas não é sobre ela, eu costumava ignorar todas as mulheres ao meu redor. Não importava o quão inteligentes ou bonitas fossem, eu era um homem casado e fiel.

Mesmo após o casamento, eu sempre pensei que estava tentando protegê-la, quem diria que eu a machucaria tanto nesse processo.

Suspirei olhando para a garota adormecida em meus braços. Será que ela continuou a me amar todos esses anos, mesmo quando eu estava casado e nunca poderia ser dela? Foi essa a razão pela qual ela se casou comigo? Ela me amava quando se casou comigo e fui eu quem matou o amor dela por mim conforme declarou?!!

De repente me senti muito cruel aos meus próprios olhos. Olhando para o rosto dela, que tem marcas de lágrimas secas e minhas mangas molhadas. Eu nunca a vi tão desarrumada, ainda assim, ela me parecia agora mais inocente do que nunca.

Sempre pensei que ela fosse uma garota de coração forte e que pudesse ouvir qualquer coisa. Que nada a afetava de verdade. Mas agora que sua fachada estava caindo, ela ainda era uma jovem inocente escondida na carapaça de uma vilã!

Eu gentilmente penteava seu cabelo e os afastava do rosto. Tomando-a em meus braços, eu a deitei cuidadosamente na cama. Continuei olhando para os olhos dela, que haviam ficado inchados.

Quanto tempo havia passado quando finalmente a cobri com o cobertor. Me aproximei e beijei suavemente sua testa. Então peguei o travesseiro e outros cobertores e caminhei em direção ao sofá.

Arrumando minha cama, deitei-me, mas o sono estava longe dos meus olhos. As palavras dela continuavam soando em meus ouvidos, ela havia esperado horas apenas para me encontrar? Se ao menos eu soubesse disso antes de ela se casar comigo porque me amava e não porque eu era o arquiduque, então nossa história poderia ter sido diferente! Poderíamos ter sido um casal apaixonado, mas agora eu havia perdido tudo, pois a afeição dela por mim havia morrido.

Não importa como eu justifique minha ação, não há como negar que ela foi tratada injustamente e eu sabia que não merecia seu perdão.

Quanto tempo havia passado quando a vi se mexendo na cama. Fechei meus olhos quando senti que ela poderia acordar a qualquer momento. Meus olhos ardiam e coçavam, mas permaneci imóvel para fazê-la pensar que eu ainda estava dormindo.

Ouvi os passos dela se aproximando.

“Cassius, Cassius,” ela chamou e eu me mexi como se ainda estivesse dormindo.

“Mmm”
“Vossa alteza, as criadas podem chegar a qualquer momento. Eu lhe peço que durma na cama. Suas ações podem ser mal interpretadas,” ela pediu e eu devagar abri meus olhos e assenti.

Levantei-me e fui até a cama e ela se inclinou para pegar o cobertor de lá e ajustou as almofadas do sofá. Parecia que estávamos cometendo algum crime, da maneira como ela se comportava!

Não é que todos já soubessem do nosso relacionamento desfeito, o que mais havia para esconder!

“Por que você não dorme um pouco mais, seus olhos ainda estão vermelhos,” ela respondeu uma vez que terminou e eu assenti, eu não tinha forças para discutir agora.

Deitei-me na cama e só Deus sabe quando adormeci. Quando acordei, não havia ninguém além de duas criadas que estavam em pé no canto.

“Vossa alteza,” ambas me saudaram enquanto uma se abaixava para colocar meus chinelos e a outra ficava de pé na minha frente à espera de minhas instruções.

Percebi que já era meio-dia.

“Gostaria de tomar um banho primeiro,” eu respondi e ambas assentiram e eu caminhei em direção à área do banho, graças a Deus, minhas roupas chegaram à noite. Usar outras roupas era desconfortável.

Ouvi uma lufada de risadas quando saí do quarto. Acelerei o passo para fazer parte disso. Eu queria fazer parte da felicidade dela agora, ser a razão do sorriso dela. Talvez isso ajudasse a aliviar minha culpa.

Mas quando cheguei lá, meus maxilares se cerraram e meu rosto endureceu. Meus punhos se fecharam quando vi a família feliz rindo e se divertindo juntos. Na cadeira de cabeceira estava sentada Monique, e no sofá estavam Jaime e Marianne, com Killian. Enquanto no outro lado estavam o cavaleiro de Marianne e seu chamado amigo, D.A.M.I.E.N.!

“Ah, meu Deus, Dami, você realmente disse isso… Queria poder ter visto a cara deles,” disse Mari, entre risos que ela tinha dificuldade de controlar.

“Não só isso, eu até ouvi uma das perguntas mais tolas da outra parte, que me pediu para provar que as escadas que vão para o primeiro andar também podiam ser usadas para descer. Dá para acreditar?” ele disse e eu poderia dizer que foi a piada mais sem graça que já ouvi, mas todos riram como se fosse o incidente mais engraçado.

“Queria poder ter ido com você lá e ver tudo com meus próprios olhos, mas tenho medo de que eu riria na cara deles tanto que poderia ser o próximo a ser escrutinado por todos,” respondeu Marianne e Jaime apenas balançou a cabeça.

‘Por quê! Jaime era tão severo e desagradável comigo. Agora por que ele estava se comportando de maneira tão dócil como se nunca se irritasse quando alguém tentasse se aproximar de sua doce irmãzinha. Huh! Todos eles eram parciais, eu diria’