Os vilões também têm uma segunda chance - Capítulo 232

232: Escolher?! 232: Escolher?! ponto de vista da Marianne
Olhei para o homem que estava ali sentado e conversando alegremente comigo. Quantas fachadas ele tinha! Eu sabia que ele ainda estava escondendo muitas coisas de mim. Mas era uma melhoria saber que ambos queríamos vê-lo na prisão.

“Quer dormir?” perguntou Cassius, fazendo-me franzir a testa e eu balancei a cabeça negativamente. Nós íamos fazer planos para mandá-los para a prisão. A adrenalina estava tão alta, que eu não conseguia pensar em dormir de jeito nenhum.

Ele assentiu com a cabeça, como se estivesse satisfeito com minha resposta. E eu sorri. Finalmente íamos falar sobre mais detalhes.

Mas, em vez disso, o homem se levantou e andou em direção à cama.

“O que você está fazendo?” perguntei, olhando para cima e observando-o confusa.

“Dormindo, o que mais?” ele respondeu monotonamente, inclinando a cabeça.

Eu estava tão perplexa que franzi o cenho, “por que você está dormindo, não é noite. Eu nunca vi você dormindo depois do almoço.”

“Bom, como você pode ver, estou aqui de férias. Já que não tenho trabalho, devo aproveitar meu tempo livre.”

“Quem disse que você não tem trabalho?! Eu pensei que íamos fazer planos, como planos malignos, armando ciladas. ” comecei, mas o homem riu antes que eu pudesse continuar.

“Eu ainda tenho meus métodos, sua alteza. É só esperar e ver o que este vilão de vermelho pode fazer” ele repetiu minhas palavras imitando também o meu sorriso, e os poucos pontos positivos que ele tinha acumulado depois de compartilhar os detalhes foram deduzidos ali mesmo.

Esse homem só conseguia me irritar!

“Você disse que eu só deveria esperar e ver. Então é melhor eu dormir um pouco enquanto espero.” ele deu de ombros e tirou os sapatos.

Então, muito despretensiosamente, pegou o cobertor e dormiu confortavelmente na minha cama, enquanto eu apenas ficava ali remoendo!

Sentei no sofá com um forte barulho de baque, mas o homem nem sequer olhou uma vez. Como se já tivesse passado para a terra dos sonhos.

“Tudo bem, vá e durma. Eu não preciso do seu apoio. Eu posso fazer isso sozinha.” resmunguei e então repeti suas palavras em minha mente.

‘Provas concretas!’ Que tipo de prova pode me ajudar a colocá-la na prisão?

Os nobres geralmente tinham muita liberdade e não havia muitas leis contra nós. Somos isentos da maioria dos impostos, livres de qualquer retribuição penal se machucarmos plebeus, alguns nobres mais altos até mantêm escravos e amantes livremente!

Então o que restava eram algumas coisas, como machucar um nobre mais alto que você. Traição, ou um crime que pudesse afetar o tratado de paz do império.

E se eu incitasse ela contra Rosemond… Seria dois sucessos em um só esforço!

Assenti com a ideia. Agora tudo o que eu tinha que fazer era reunir as duas em um lugar e então incitar Isabella, como fiz no mercado!

Mas antes que eu pudesse pensar mais a porta foi batida e Daulla entrou, ela olhou para a cama e depois para mim com um olhar de desaprovação.

Espiã das mães!

“O que foi?” perguntei com voz baixa e ela balançou a cabeça.

“Minha senhora está chamando você.” ela disse com um olhar de desaprovação. Eu teria gritado com ela se ela não fosse a assistente pessoal da minha mãe e da idade dela.

Sai deixando o homem dormindo sozinho. Quando cheguei ao salão, Killian e Jamie estavam tendo uma partida de xadrez e mãe estava sentada no canto torcendo por eles. Eu sorri enquanto acenava para eles e caminhei em direção a ela e sentei-me com ela.

“Então você estava apenas sentada lá enquanto seu marido está dormindo! Tsk..” ela disse com um sorriso como se estivesse elogiando o vestido.

“Mãe, por que você está fazendo isso?” perguntei, perplexa, ela não estava agindo como ela mesma, “você nunca agiu assim antes.”

Ela suspirou enquanto me olhava, “Estou tentando aproveitar a vantagem da única chance que o destino me deu de ver minha filha feliz. Por que estou pedindo tanto?” ela perguntou enquanto me olhava, e pela primeira vez eu não sabia o que responder!

Eu estava sem palavras e fiquei em silêncio por um tempo e ela passou a mão no meu cabelo.

“Você não quer a sua felicidade, Marianne. Você prometeu que o faria se apaixonar por você. O que aconteceu com isso, hein?”

‘Eu queria dizer a ela que eu perdi ela e minha família para toda a vida e depois acabei sendo decapitada… Então desisti,’ mas os olhos dela estavam cheios de preocupação.

“Estou feliz, mãe. Tenho você, uma família e um filho amoroso” expliquei, mas isso só aumentou suas expressões de dor.

“Não, eu vou fazer meu melhor para criar uma faísca entre vocês e você vai me apoiar ou então…”

“Ou então o quê?” perguntei, sendo ousada. Esta foi a primeira vez que eu falei de volta para ela. Mas suas condições eram inaceitáveis.

“Então eu vou garantir que você não volte ao palácio do duque. Já que somos a fonte da sua felicidade, melhor ficar com a gente e ser feliz. Por que ir lá e cair nas armadilhas de nobres inferiores” ela disse com uma expressão severa. Seu rosto estava endurecido.

“Mãe, você está ficando mais e mais sem razão. Você sabe que não pode fazer isso!” Tentei argumentar, mas ela apenas riu.

“Uma mãe pode fazer qualquer coisa para proteger seu filho, querida. Então é melhor decidir, você quer ir para casa com eles como uma família feliz ou ficar aqui para sempre como parte da nossa família feliz” suas palavras foram finais e seu tom não deixou espaço para argumentos.

“Estou te dando tempo até a noite, se você dormir no sofá ou em outro lugar vou entender que você escolheu a gente sobre eles, mas se você compartilhar a cama com ele, você escolheu sua família que eu quero para Mari”