Os vilões também têm uma segunda chance - Capítulo 215

215: ame-a 215: ame-a Ponto de vista de Cassius.

“A comida está sem graça”
“A comida está como sempre, pare de fazer birra, Killian”, eu disse pela décima vez nesses 3 dias.

“Mãe sempre faz questão de ter pelo menos alguns dos meus pratos favoritos na mesa.” ele respondeu enquanto movia o garfo na comida pela enésima vez sem levar um único bocado à boca, e eu suspirei.

Haviam se passado apenas 3 dias, mas tudo que ouvi da boca dele foi Marianne, Marianne… No entanto, ele ainda não tinha aceitado a derrota e percebido o quanto estava sentindo falta dela. Se ao menos ele tivesse feito isso, eu poderia ter ido buscá-la. Até eu estava sentindo falta dos olhares dela e dos olhos carrancudos. A maneira como ela me olhava com aquele sorriso falso enquanto eu podia vê-la me xingando em seu íntimo.

Nunca soube que ansiaria por seus olhos me olhando, mesmo que estivessem cheios de ódio por mim. Fechei os olhos quando percebi que ela iria me deixar permanentemente um dia, então o que eu faria!

“Pai, estou com saudades da mãe. Vamos visitá-la ou escrever uma carta pedindo para que ela volte mais cedo.” ele disse, quando finalmente pôs o garfo de lado e me olhou.

“Por quê, há tantas empregadas para te servir. O que mais você precisa dela?” perguntei, esperando que finalmente ele me desse uma resposta adequada.

“Mãe costumava me acordar e caminhar comigo pela manhã. Ela compartilha todas as refeições comigo e até me pergunta como foi o meu dia! Ela sempre cuida do meu humor e tenta me fazer rir. Você fica ocupado com seu trabalho.

Eu sei que você está se esforçando para estar comigo. Mas sem a mãe, todo o palácio ficou parado”, ele olhou para a minha face com toda a seriedade e quando não obteve resposta ele apontou para o jardim.

“Veja, até os pássaros não estão cantando esses dias.”

Sério! Então Marianne tinha a capacidade de controlar a natureza também…?!

“Por que você não diz que o vento não está passando, as folhas não estão se movendo. Por quê, ela é sua mãe ou a mãe natureza?” ele instantaneamente encheu as bochechas enquanto pegava um pedaço de bolo e o enchia na boca.

Embora eu tenha repreendido ele, me senti melhor ao perceber que ele estava percebendo a importância dela, só mais um empurrãozinho e em breve ele estaria pronto para dar a ela o comando de sua educação para trazê-la de volta. E eu estava certo de que ela o faria perceber o verdadeiro significado da educação.

Tomei um pedaço de bolo também com um sorriso seguro. Estava prestes a comê-lo quando ele acrescentou,
“Até a tia Isabella estava dizendo que a mãe não deveria deixar o ducado sozinho. É responsabilidade dela estar aqui e cuidar de tudo.”

E o bolo caiu de volta ao prato de minhas mãos.

“Killian De Luca, você vai fazer 12 anos em breve. Você não é um bebê de um ano que minha esposa teria a responsabilidade de acordar e alimentar. O que você é, um bebê?”

“Ela faz tudo isso porque ela te ama e ainda assim você faz parecer que é responsabilidade dela, e se sua tia está tão certa por que ela não vem aqui e cuida de você? Ela sequer sabe o que você gosta de comer ou quais são seus hábitos?!”

“Killian, estou verdadeiramente decepcionado com você por pensar assim!” eu não queria gritar, mas esse garoto não estava me dando chance de me controlar.

“Eu não quis dizer isso dessa maneira, pai, e eu cuidei dela também…” ele se defendeu e eu suspirei, ele realmente pensava isso!

“Ah, mesmo.. Então você acha que ela é uma criança que não sabe como tomar remédios ou que não tem criados para cuidar dela quando ela está doente. Ela tenta ser uma criança e fazer birras para que você passe mais tempo com ela. Para que você fique mais perto dela. Killian, esta senhora está investindo seus sentimentos em você. Você realmente não consegue ver isso e pensar que ela é uma criança que precisa de sua assistência e apoio!! Ela tem 26 anos, não 2 ou 6”
Ele parecia completamente envergonhado e envergonhado enquanto eu o repreendia.

“Pai, eu não quis dizer isso dessa maneira. Eu quero dizer que eu a amo também.”

“Mas você não confiou nela?” Eu o interrompi e ele apertou os lábios.

“Eu confio na mãe, por que todos pensam que não. Eu a aceitei mesmo quando você duvidou dela, pai.” ele disse com lágrimas enquanto se levantava pronto para voltar.

Eu sabia que ele estava certo, e não tenho vergonha de admitir isso. Fui assombrado pelo meu passado. Além disso, seu comportamento foi suspeito no começo, então eu duvidei dela, mas aprendi com meus erros!

“Espere aqui, Killian,” eu ordenei ao vê-lo saindo.

Seus passos pararam e ele virou-se de volta para mim relutantemente. Eu podia ver seus olhos cheios de lágrimas e ele estava tentando controlá-las. Eu sabia que era a primeira vez que eu tinha o repreendido. Eu sempre deixei ele decidir e escolher por si mesmo como meu pai costumava fazer. Mas eu tinha aprendido com nossos erros que os pais não precisam apoiar seu filho e aceitar todos os seus caprichos. Às vezes isso se torna fatal para toda a família.

“Eu sei que não a aceitei e talvez mesmo agora não a tenha aceitado completamente, mas eu conheço o valor dela e pelo menos não estou chorando e a culpando por tudo. Então seja um homem, e aceite que você precisa dela e se você fizer isso. Você tem que entender o que ela é em sua vida ou então ela não vai voltar tão cedo. Melhor se acostumar com isso”