Os Pecados Carnais do Seu Alfa - Capítulo 94
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94: Há um problema 94: Há um problema Barton lentamente deixou sua xícara cair enquanto limpava a boca com as costas da mão, Daniel observando-o enquanto sorvia seu próprio vinho.
“Você está de brincadeira,” Barton se recostou na cadeira e cruzou os braços, um olhar profundo e ardente em seus olhos. “Certo?”
“Não estou.”
“Isso não é coisa de se brincar.” Ele alertou seu primo mais novo, estreitando os olhos para ele.
“Sim. Eu sei disso. Por isso eu quero que você seja o meu Beta.”
Barton simplesmente se recostou, cobrindo a boca com o punho como se quisesse dizer algo, mas se conteve.
Daniel acabou sua bebida e esticou o braço para reencher sua xícara, uma pequena ruga de insatisfação surgindo em seu rosto perante os gestos estranhos de seu primo.
“Que foi? Você não quer o título?”
“Não é isso, mas eu? Sério?”
“Sim, você. O que houve? Você não acha que está apto a governar ao meu lado.”
Barton revirou os olhos.
“Idiota. Eu só não acho que sou o Beta que você precisaria ao seu lado. Quer dizer… você me conhece?”
“Eu te conheço, conversei com você, te vi dar um salto mortal, lutei com você…”
“Foi uma vez, cara. E eu tinha 12 anos!”
“Isso não vem ao caso. Você subestima a si mesmo e esse é o seu problema. Você vai ser um Beta perfeito.”
“Eu nem sei o que os Betas fazem além de ficar ao lado do Alfa como um peão enquanto reportam os assuntos da alcateia para ele como uma criancinha.”
“Serio?? Betas são o segundo no comando. Concordo que às vezes são vistos como pessoas bem menos importantes que o Alfa, mas eles são muito mais importantes que o resto da alcateia, e não, não se trata apenas de fazer relatórios. Você terá muitas coisas para fazer. Comigo estudando em tempo parcial e cumprindo meus deveres como Alfa, você será de grande ajuda para a alcateia. Eu até poderia te chamar de minha Luna.”
“Não diga isso de novo. Quase vomitei agora.” Barton disse com uma expressão séria e os dois caíram na risada.
“Você vai se sair bem. Confie em mim.”
A expressão de Barton suavizou e Daniel sorriu por dentro ao ver seu primo mexendo no copo de vinho; algo que ele fazia quando estava nervoso. Ele geralmente mexia em qualquer coisa que estivesse em sua mão.
“Você realmente acha?”
Daniel deu de ombros. “Eu sei que sim.”
“Ok,” Ele sorriu e foi até a geladeira, tirando outro vinho. “Isso merece uma comemoração!”
“Ei! Só saiba… você vai pagar por essas bebidas. Elas não são baratas, tá sabendo.”
“Ah, cala a boca. Eu sou o Beta agora. Você não pode me mandar.”
*
Naomi suspirou pela enésima vez quando Dora desapareceu no provador pela…
Ela parou de contar depois da 32ª vez.
Dora era uma colega feminina, mas sério? Era assim que as garotas compravam? Toda vez que encontrava uma roupa, ela ficava louca por ela e queria comprar na hora, mas assim que saía do provador, literalmente parecendo uma deusa tasmaniana, ela a descartava imediatamente, outro conjunto chamando sua atenção.
Ela tinha experimentado quase uma centena de roupas e até agora, ela estava segurando uma sacola com apenas 20 delas.
Para que ela precisava de todas essas roupas?
Ela estava entediada, com fome e irritada, mas tudo o que fazia era sentar-se e forçar um sorriso ou elogios toda vez que Dora ‘pedia’ sua opinião sobre sua roupa.
E este nem era o primeiro shopping center.
Nem o segundo.
Nem o terceiro.
Suspirando novamente, ela colocou o queixo na mão, encarando a entrada do provador com uma cara emburrada, apenas para ser abordada por duas pessoas.
“Um… oi.” Ela olhou para cima para ver dois rostos desconhecidos. Um homem e sua esposa sorrindo para ela. Eles tinham sorrisos no rosto enquanto olhavam para ela.
Sua cara emburrada de repente se desfez, substituída por uma expressão atônita e surpresa enquanto ela finalmente encontrava sua língua.
“Oi- Oi?”
A mulher esticou a mão e ela olhou para baixo para ver um telefone.
“Você pode tirar uma foto nossa. Faz tempo que eu e meu companheiro não vamos às compras juntos.”
Naomi se sentiu aliviada por um momento e sorriu educadamente ao pegar o telefone.
“Claro.”
No entanto, ela não conseguia explicar o peso no peito ao ver o casal agindo docemente um com o outro enquanto se aproximavam para a foto.
Pensamentos de Daniel afastando-a e agindo como se ela fosse uma inimiga patética cruzaram sua mente e ela quase derramou lágrimas, se repreendendo por pensar que ela e Daniel poderiam ser tão próximos.
Seus olhos estavam pesados com lágrimas enquanto ela tirava mais algumas fotos e piscava várias vezes para segurá-las.
Após o que pareceu intermináveis minutos torturantes, quase insuportáveis, ela entregou o telefone, tentando forçar um sorriso genuíno enquanto perguntava,
“Não quero ser intrometida mas… há quanto tempo vocês estão juntos.”
Para os lobisomens, era uma pergunta pessoal, considerando que a maioria dos casais não gostaria de contar às pessoas quando descobriram seus companheiros, já que a maioria dos Lobisomens encontravam seus companheiros em uma idade bem avançada.
Por isso o Festival da Lua Dupla era tão apreciado e levado a sério.
A mulher guardou seu telefone e entrelaçou sua mão na do seu companheiro
“Já faz 10 anos agora.”
O homem riu do queixo caído de Naomi.
“Difícil de acreditar?”
Naomi imediatamente fechou a boca.
“Nunca conheci companheiros que estiveram juntos por tanto tempo.”
“Essa é a diferença entre companheiros e casais. Com o meu companheiro, eu nunca me canso de estar com ele ou fazer coisas com ele. Eu simplesmente não me importo, desde que faça qualquer coisa COM ELE.” A mulher se virou e sorriu para o homem. Eles estavam tão perdidos um nos olhos do outro que não notaram Naomi se afastando lentamente, sentindo como se tivesse sido alimentada com ração de cachorro agora.
Quem pensaria que ela tinha encontrado seu companheiro? Claro que ninguém. Porque o companheiro dela não a quer.
Ela voltou para o banco e sentou-se para esperar por Dora, que de repente apareceu naquele momento, colocando sua cabeça para fora da entrada.
“Maid,” Naomi olhou para cima. “Entre aqui agora. Tem um problema.”