Os Pecados Carnais do Seu Alfa - Capítulo 178

178: Você é louco 178: Você é louco [PS: Isso ocorreu enquanto Daniel confrontava o rei]
“Argh! Outro beco sem saída.” Hakura gemeu frustrada.

Cardin deu de ombros.

“Não entendo por que você não pode nos teleportar daqui.”

“Só consigo desaparecer e me materializar dentro das masmorras subterrâneas. É a minha capacidade no momento. Se eu forçar demais, posso morrer.”

“Mas você não tem algo no seu espaço de armazenamento para nos tirar daqui?”

“O quê? Como uma adaga para nos cavar pra fora daqui? Isso é ridículo. Vai levar um dia inteiro antes de sairmos, e não temos tempo.”

Cardin revirou os olhos, sentindo-se especialmente desconfortável quando o olhar dela não saia do rosto dele, mesmo durante todo o tempo em que conversavam. Era como se ela estivesse examinando ele.

“Mas…” Ela interrompeu abruptamente antes que ele dissesse mais alguma coisa. “Eu consigo nos tirar daqui.” Hakura foi se aproximando mais e mais dele, invadindo seu espaço pessoal, fazendo-o recuar até que suas costas estavam contra a parede do beco sem saída.

“C- Como?”

Merda, ele estava gaguejando. Por que estava gaguejando? Estava nervoso? Com quê? Com ela?

“Se minha energia for restaurada, então posso nos tirar daqui.” A mão dela subiu pela camisa dele, e ele soltou um suspiro trêmulo enquanto ela o puxava com força para baixo, para ficarem da mesma altura.

Ele recusou-se a ser intimidado. Ele era o Alfa, afinal. Então ele fixou os olhos nos dela e tentou parecer o mais desinteressado possível.

“O quê? Você tem algum esquilo vivaz no seu espaço espacial ou algo assim?”

“Preciso de sangue, Cardin, é assim que me alimento. Eu como todas as partes possíveis dos órgãos que armazenam sangue suficiente, e não, eu não posso armazenar coisas assim no meu espaço espacial, idiota.”

O jeito que ela o encarava, como se fosse uma predadora faminta e ele uma presinha indefesa, fez com que ele juntasse dois mais dois.

“Não vou deixar você se alimentar de nenhum dos meus órgãos.” Ele se soltou do aperto dela e a virou de maneira que agora era ela que estava contra a parede, mas não parecia que ela se importava. Ela apenas continuava sorrindo para ele.

“Não precisa, eu posso simplesmente sugar o sangue de você.”

Ele deu um passo para trás, mas ela apenas continuou lá, examinando-o com um sorriso nos olhos. Ela estava claramente se divertindo.

“De jeito nenhum vou deixar você me chupar como se eu fosse um esquilo selvagem e indefeso.”

“Mm~” Ele se virou bruscamente ao pequeno gemido que ela deixou escapar e viu o brilho nos olhos dela. “Não estou te chupando, Cardin… Agora não é uma boa hora.” Ele realmente ficou vermelho quando percebeu o que tinha dito antes.

“Você sabe o que eu quis dizer.” Ele estalou para ela e ela riu. Ele se encontrou sem palavras enquanto olhava para ela, uma melodia agradável e agradável escapando dos lábios dela, o que era raro, já que ela geralmente estava provocando-o ou franzindo o cenho.

Seja lá o que estava acontecendo com ele, ele não tinha a menor ideia, porque ele ainda queria Talia, tão desesperadamente, ele realmente queria. Ele amava ela, queria que ela fosse dele, queria ser o único para ela. Mas agora Hakura estava na história e ela era claramente uma daquelas outras garotas que queriam sua atenção, mas neste caso, sua reação a provocação dela e tudo mais era bem diferente. Ele estava sempre pensando em Talia, mas os poucos minutos que ele e Hakura estavam juntos, ele nem sequer lembrou de fazê-lo. Era só Hakura.

Mas ela estava fazendo isso só por diversão, certo?

Ela achava divertido provocá-lo assim, certo?

Ela não estava falando sério sobre eles… estarem juntos, porque com certeza ela sabia que um lobisomem e uma bruxa NUNCA poderiam ter nenhum vínculo entre eles. As duas espécies haviam assinado um tratado há muito tempo, mas era só até aí. Um lobisomem e uma bruxa juntos era ir muito longe, e nunca tinha sido registrado na história dos sobrenaturais. E ele era um Alfa ainda por cima. Outra guerra poderia estourar entre eles, e não terminaria bem, ele tinha certeza.

“Prefiro que fiquemos aqui.” Ele forçou um sorriso e o sorriso dela se desfez antes dela dizer.

“Tenho uma poção para criar… que poderia reverter qualquer feitiço que colocaram em Naomi, e se eu não fizer isso o quanto antes, estamos todos tão mortos quanto. Então, vamos fazer isso ou não?”

“Você percebe que está pedindo para sugar meu sangue.”

“Sim.”

“Do meu corpo.”

“Sim.”

“Meu sangue.”

“O quê? Está com medo?” Ela saiu de perto da parede e se aproximou dele, com um sorriso absurdo no rosto, antes de finalmente colocar a mão sobre o peito dele. “Será só uma mordidinha… não vai demorar muito.”

“Eu. Não. Estou. Com. Medo.”

“Então nos ajude a sair daqui, ou… você é só um rostinho bonito?” Ela tira sua bolsa e ela cai com um baque no chão.

Ele revirou os olhos e, após um momento de reflexão, estendeu o pulso e Hakura apenas se afastou enquanto examinava o braço dele com seus olhos afiados antes de percorrê-lo até; voltar para o rosto dele.

“Seja rápida.” Ele estalou para ela, mas no segundo seguinte, ela deu um tapa na mão dele e pulou nele, enrolando as pernas em volta da cintura dele, empurrando-o para trás com seu peso até que as costas dele estavam contra a parede, e sem aviso, ela enrolou os braços em volta do pescoço dele e mordeu ele!

“Mgh!” Ele gemeu, sentindo uma leve dor aguda na curva do seu pescoço. Essa vadia ousou morder o pescoço de um Alfa? Uma mera bruxa ainda por cima. Como ela se atreve?! Ele naturalmente se moveu para arrastá-la para baixo, segurando a cintura dela com as duas mãos, mas enquanto Hakura gemia, tragando o sangue dele para a boca dela, ela percebeu o que ele estava prestes a fazer e começou a esfregar-se contra ele com força, parando abruptamente seu plano anterior de empurrá-la para longe.

“Hakura… Eu vou te matar por.. ahh.. ” O rosto dele estava vermelho enquanto ela sugava com mais força, os braços dela ao redor do pescoço dele apertando, o quadril dela girando gradualmente contra ele.

Por que diabos ela estava fazendo isso?!!

Toda vez que ele segurava firme a cintura dela, tentando puxá-la para baixo, ela esfregava com mais força contra ele e sua mão enfraquecia, e ele acabava puxando ela mais para perto dele.

“Merda” Ele gemeu quando ela se afastou, lambendo o local que tinha acabado de morder, assistindo com diversão enquanto ele se curava imediatamente. Cardin usou essa chance para empurrá-la para longe, e ela caiu sentada e com as mãos no chão.

Ela riu, com sangue por toda a boca e pescoço, olhos brilhando com algo louco neles.

“Você é louca!! Você é completamente louca!! Você sabe disso. Você é uma mulher insana. Você é uma psicopata.”

Ela riu mais alto.

“Você tem que parar com isso.” Ele rosnou para ela.

“Parar com o quê? Eu já terminei.” Com isso, a língua dela deslizou para fora da boca, enrolando-se para lamber o sangue dos lábios dela. “Você é tão delicioso~”
“Isso.. Não. Não é isso que eu quis dizer.” Ele estalou para ela.

Ela lançou um olhar inquisitivo enquanto se levantava, pegando a bolsa de ervas do chão e pendurando-a no pescoço e ombros.

“O que você quer dizer então?”

“Eu sei que você gosta de mim Hakura.” Houve um pequeno brilho nos olhos dela enquanto ela o encarava, quase como se não entendesse o que ele estava dizendo.

“Eu não sinto o mesmo por você, então pode parar com isso. Só pare. Pare com a busca por atenção e com o desrespeito. Sou um Alfa, caramba, e você não morde o pescoço de um Alfa, e o que torna isso ainda mais baixo é que você é uma bruxa. Lobisomens e bruxas não se misturam, caso você tenha esquecido, então apenas pare com isso Hakura. Nunca vou gostar de você da maneira que você quer que eu goste. Isso nunca vai acontecer. Mantenha distância, ou eu vou esquecer que você está nos ajudando e vou torcer seu pescoço feito um galho.”

Silêncio.

Ela apenas olhou para ele em branco enquanto ele ofegava, encarando-a firme, se perguntando por que ela ainda não tinha dito nada. Ela nem sequer mostrava um único iodo de expressão. Ela apenas… olhava para ele.

“Acho que tenho energia suficiente para nos teleportar daqui. Vamos.” Ela disse, caminhando para frente, mais perto, e o ambiente começou a girar ao redor dele. Logo, ele se encontrou em o que parecia ser um jardim.

Mesmo a visão de uma Kitsune deitada no chão, que parecia ter sido esfaqueada várias vezes, não o comoveu. Ele estava apenas olhando para ela, como se ainda esperasse que ela dissesse algo sobre o que ele havia dito antes. Mas ela não disse. Ela agiu como se ele nem tivesse dito nada anteriormente e estava deixando ele mais louco do que ele já estava.

“Eu tenho certeza de que a última erva estava aqui,” Ela começa a se mover, cheirando flores e ervas, cortando algumas de seus caules e jogando-as para baixo após examiná-las.

De repente ele não aguentou mais, ele puxou bruscamente o pulso dela e a puxou para que ficassem frente a frente, a cabeça dela inclinada para cima para encontrar com os olhos dele. E então ele viu.

Havia aquele brilho nos olhos dela junto com um sorriso. Quase como se ela soubesse o que estava fazendo com ele.

Vadia.