Obsessão do CEO pelo Contrato - Capítulo 83

83: Voz Sussurrada 83: Voz Sussurrada Mary não deu ouvidos ao pedido de Amy para não segui-la e correu até Amy depois de avisar Ash e Henry que os expulsaria se eles brigassem novamente.

“Amy, amor… espera!” Mary chamou Amy para fazê-la parar de correr, mas ela não parou até chegar ao alpendre de sua casa.

Amy sentou nos degraus do alpendre e chorou. Mary sentou-se ao lado dela e começou a esfregar suas costas para acalmá-la e confortá-la.

“Desabafe, amor, eu estou bem aqui,” Mary então abraçou sua melhor amiga enquanto seu coração doía por ela.

“Eu disse para você não me seguir e que eu queria ficar sozinha,” Amy fungou enquanto enxugava as lágrimas.

“E você sabe que eu sou teimosa. Você não precisa ficar sozinha enquanto eu estiver aqui, então aguente firme. Eu nunca vou te deixar, jamais.”

“É minha culpa, eu sou uma escrota. Confessar daquela maneira com o Ash ali,” Amy continuou a lamuriar.

“Amy, só porque o Ash está com o coração partido, não significa que você não deve ser feliz também. Ash sabia desde o início que você só o via como um amigo, então você não deve se sentir culpada por estar feliz com o Henry. Não é culpa de ninguém, não é pecado demonstrar seu afeto pela pessoa que você ama,” Mary falou enquanto afagava as costas de Amy para acalmá-la.

“Mas qualquer coisa que eu faça, ele vai se machucar, e eu não quero feri-lo.”

“Amy, se ele realmente te ama, ele ficará feliz em te ver feliz. E eventualmente, ele vai te superar. Faça o que te faz feliz. Ash vai ficar bem algum dia, eu vou falar com ele,” Mary prometeu.

Amy finalmente parou de chorar e as duas ficaram sentadas no alpendre por algum tempo olhando para as estrelas e a lua.

“Então, você o ama?” Mary foi a primeira a quebrar o silêncio.

“Amo…” Amy disse sucintamente.

“Então eu estou feliz por você. Se alguma vez o Henry partir seu coração, me avise imediatamente. Eu vou picá-lo em pedaços e colocá-lo no moedor de café e fazer dele um adubo para sua fazenda,” Mary bradou, o que pegou Amy de surpresa, mas quando elas se olharam, elas riram de coração, como nos velhos tempos.

“Vou te deixar aqui, preciso voltar para ajudar a limpar a bagunça que aqueles dois criaram. Descanse, eu sei que você precisa depois de como o Henry te cansou mais cedo,” Mary piscou para Amy antes de se levantar para voltar para sua casa.

Amy deu a ela um meio sorriso. Sua melhor amiga nunca falha em fazê-la sorrir. Se não fosse por Mary, ela poderia ter desmoronado ou talvez perdido a sanidade depois que sua família morreu. Mary sempre esteve ao seu lado tanto nos bons quanto nos maus momentos.

Amy foi para o seu quarto e procurou pelo kit de primeiros socorros que ela havia guardado em algum lugar. Ela viu o quanto Henry foi espancado antes de ela fugir e as palavras de Mary a penetraram de que não era sua culpa que Ash sentisse daquela maneira quando ela já havia informado a ele sobre seus sentimentos várias vezes.

Então ela decidiu que não se reteria mais e cuidaria dele assim como ele cuidava dela. Ela mostraria ao mundo que ele é dela e somente dela, sem mais se esconder.

Ela estava prestes a sair do quarto com o kit de primeiros socorros na mão quando a porta se abriu. Henry não a viu de imediato, já que ela estava atrás da porta, mas quando ele a viu, correu até ela e a envolveu em seus braços.

“Eu sinto muito amor, eu tentei não lutar com ele, mas ele não ia parar até me ver morto,” Henry falou rapidamente tentando explicar a Amy tudo que tinha em mente antes que ela tivesse a chance de afastá-lo.

Ele viu o quão triste e irritada ela estava antes de fugir deles, e a última coisa que ele queria é que Amy ficasse brava com ele, não quando ela acabara de dizer que o ama. Henry estava tão preocupado e com medo depois que Amy foi embora que ela poderia voltar atrás em suas palavras e decidir deixá-lo depois do acontecido.

Ela acabou de ver o quão violento ele pode ser, ele nem mesmo sabia que bateu em Dave e Rei enquanto tentavam pará-los. Foi só depois que Amy foi embora que ele percebeu que Dave e Rei também estavam sangrando. Ambos, ele e Ash, estavam bastante machucados, com vários cortes no rosto e sangrando por toda parte.

Sem mencionar o quanto o pátio da Mary estava destruído. As mesas e cadeiras estavam gravemente danificadas e havia pratos e copos quebrados por toda parte. Ele não podia acreditar o quanto de dano ele e Ash causaram àquele lugar.

Ele estava tão feliz quando Amy disse as palavras que ele tanto ansiava ouvir, mas logo em seguida Ash já estava batendo nele. Sua mente ficou totalmente negra e ele se perdeu. Tudo o que ele queria fazer naquele momento era vencer Ash até a morte para que ele não fosse mais uma ameaça para ele e Amy.

Mas quando Amy gritou com ambos, ele imediatamente se arrependeu do que tinha feito. A raiva que sentiu foi imediatamente substituída pelo medo, medo de perder Amy. E quando Amy saiu sozinha, ele sentiu como se sua alma também tivesse o deixado.

Fazer Amy chorar era a última coisa que ele queria fazer e se ele a fizesse soluçar, seria apenas por causa do prazer e não por causa da tristeza e raiva. Ele queria correr atrás dela, mas Mary o impediu. Mary disse a ele para lavar o rosto, que ela falaria com Amy primeiro e o avisaria quando ele pudesse finalmente ir falar com Amy.

Ele não questionou a decisão de Mary, já que viu o quanto o rosto de Ash estava sangrando e ele tinha certeza de que seu rosto estava da mesma forma e ele não queria enfrentar Amy naquele estado. Ele se limpou com a ajuda de Sandra e Rei e esperou pacientemente por Mary retornar e dar seu sinal verde.

Quando Mary voltou, ele correu para a casa da Amy como se alguém o perseguisse. Ele não queria perder tempo ou dar a ela a chance de pensar em deixá-lo. Ele deve se desculpar por suas ações e convencê-la a ainda aceitá-lo após o acontecido.

“Por favor me perdoe, Amy, eu admito que perdi totalmente o controle ali, eu não quero te perder, por favor não me deixe,” Henry acrescentou.

Henry ouviu Amy dar uma risada de desdém e ele se afastou para olhá-la, quando finalmente a enfrentou, ele viu Amy sorrindo para ele.

“Quem disse que eu estou indo embora? Eu disse que te amo, não é? Eu estava procurando por isso,” Amy levantou a mão para mostrar a Henry o kit de primeiros socorros que ela estava segurando, o que o fez sorrir.

Amy então segurou a mão dele e fez com que ele se sentasse no banco estofado aos pés de sua cama. Ela começou a vasculhar o kit e tirou as coisas que precisava para tratar de seus ferimentos.

Henry não disse uma palavra e apenas a encarou. Ele estava grato por Amy não desistir dele, ele está simplesmente feliz que ela ficou.

“Por que você está me olhando assim?” Amy perguntou.

“Você está brava comigo?” Henry perguntou de volta.

“Hmm…” Amy parou antes de continuar aplicando a pomada no rosto dele, “Eu não diria brava, eu estava um pouco decepcionada, com os dois.”

Henry entendeu o que ela quis dizer, para uma pessoa como Amy, ele se perguntava o que poderia deixá-la irritada ou se ela até mesmo é capaz disso.

“No começo eu estava me culpando por confessar para você na frente do Ash, então eu o vi te machucando muito e isso me doeu. Mas eu vi você socando e chutando da mesma maneira que ele fez, então acho que ficamos quites entre vocês dois.

No entanto, quando olhei ao redor, senti vergonha e constrangimento pelo modo como vocês dois destruíram o pátio da Mary. Tio Troy e Tia Helen trabalharam duro para construir aquele lugar e vocês o destruíram em apenas alguns minutos,” Amy suspirou enquanto terminava de aplicar os medicamentos que Henry precisava.

“Sinto muito de novo. Eu vou pagar por isso, eu já disse a Mary e aos pais dela,” Henry segurou as mãos de Amy e as beijou repetidamente para mostrar o quanto estava arrependido.

“Claro, vocês dois vão pagar. Você não pensou que eu ia deixar passar, não é?” Amy debochou enquanto guardava o kit de primeiros socorros.

A respiração de Henry falhou, as palavras de Amy soaram como uma ameaça e ele sentiu que havia mais nisso.

“Vocês dois não só vão pagar, mas terão que reformar o lugar. Essa foi a condição de Mary, ou senão nenhum de vocês poderá mais pisar na fazenda e em Bellory, e ela vai caçar vocês,” Amy riu enquanto se lembrava de como Mary lhe contou que ela queria punir Ash e Henry ao mesmo tempo.

“Ela disse que será ela a decidir que tipo de renovação ela quer, já que essa é a única maneira de vocês dois compensarem o tempo, o esforço e o trabalho duro dos pais dela na construção daquele lugar ao longo dos anos. E tenho certeza de que você está feliz em concordar, certo?” Amy acrescentou.

“Sim, amor, farei exatamente isso. Vou ligar para meu designer logo de manhã e Mary pode fazer o que quiser,” Henry concordou rapidamente com a condição dela antes que ela mudasse de ideia sobre perdoá-lo.

“Agora, existe um lugar no seu rosto que eu não posso passar pomada,” Amy removeu o kit do banco e o colocou no chão antes de sentar no colo de Henry, o que fez Henry levantar a sobrancelha.

Amy passou o polegar pelos lábios de Henry, tocando as partes que foram cortadas pela força dos socos de Ash. Henry viu Amy entreabrir os lábios antes de lamber o lábio inferior, o que o fez engolir em seco.

“Como devemos tratar seus lábios? Alguma sugestão?” Amy murmurou numa voz sussurrante.

Os olhos de Henry se arregalaram instantaneamente antes de se estreitarem nela. Aquela ação dela lhe deu uma ereção instantânea, algo que nem ele esperava.