Obsessão do CEO pelo Contrato - Capítulo 263

263: Musigny 263: Musigny Ava trouxe o sorvete que ela fez para ela e para Ash e colocou na mesa de centro da sala de estar, em frente à televisão. Mas, claro, ela não se esqueceu de fazer um para o bom garoto da sala que continua a segui-la onde quer que ela vá, Beethoven.

Encheu a tigela de Beethoven com duas bolas de sorvete de creme de baunilha, decorando-as com deliciosas fatias de banana e morangos, criando um petisco irresistível que fez Beethoven babar de antecipação.

“Vem aqui, garoto. Você precisa aproveitar essa delícia dentro do seu canil, senão, você pode pedir mais, e nós não vamos conseguir resistir a te mimar, o que não seria bom para a sua saúde,” Ava aconselhou Beethoven, que ouviu atentamente, inclinando sua cabeça para os lados a cada palavra dela.

Depois de um tempo, Ash surgiu da adega com um sorriso largo e jubiloso, deixando Ava curiosa sobre o motivo de tanta alegria. Sua expressão radiante se assemelhava à de um ganhador da loteria, transmitindo um nível de felicidade que a intrigava.

“Você descobriu um tesouro escondido na sua adega?” Ava brincou, tentando descobrir a fonte da empolgação de Ash.

Ash riu da brincadeira dela e perguntou, “Como você conseguiu adivinhar?”

“Sua expressão te denuncia,” Ava riu junto dele. “Então, o que você descobriu?” ela perguntou, ansiosa para saber sobre a descoberta emocionante de Ash.

Ash levantou a garrafa de vinho que segurava, apresentando-a a Ava como se fosse uma pedra preciosa. “Musigny de 1988. É incrivelmente caro… e sabe o que o torna especial?” Ash fez uma pausa, aguardando a resposta de Ava, e continuou quando ela deu de ombros.

“Eu não gastei um centavo nele. Eu o roubei da adega do meu pai há alguns anos. E estou orgulhoso do que fiz. Até hoje, ele não sabe que está faltando.”

Os dois caíram na risada, seu regozijo ecoando alto, fazendo Beethoven se juntar a diversão com um latido alegre.

“Nossa, roubar é definitivamente um crime, mas eu não esperava que fosse tão engraçado,” Ava comentou assim que sua risada diminuiu.

“Bem, eu estava furioso com ele naquela época, e também profundamente deprimido. O irmão de Amy, que era meu melhor amigo, havia falecido. Então eu roubei esta garrafa, pensando que Amy, Mary e eu poderíamos tomar um drink em sua memória. No entanto, Amy recusou porque estava constantemente no hospital, cuidando de Jayson. Então, eu guardei, caso precisasse algum dia,” a história de Ash despertou uma pontada de tristeza e dor no coração de Ava.

Reconhecendo que a dor que sentia não estava relacionada às intenções de Ash e era apenas o resultado das memórias evocadas pela história dele sobre o vinho, ela respirou fundo várias vezes, exalando devagar cada vez, tentando aliviar o desconforto. Afinal, não era culpa de Ash que ele não sabia de seus verdadeiros sentimentos por ele.

“E por que você está abrindo agora? Há alguma ocasião especial ou celebração?” Ava perguntou com curiosidade, intrigada com a decisão de Ash, afinal é uma garrafa muito cara.

“Bem, não é exatamente uma celebração por si só. No entanto, eu queria expressar minha gratidão a você por me ajudar com Amy. Não era sua responsabilidade, mas mesmo assim você interveio para ajudar. Então, Ava, eu sinceramente agradeço do fundo do meu coração,” Ash expressou seu apreço, fazendo uma reverência a ela como um gesto de gratidão.

Ava deu de ombros e riu, achando o gesto tolo de Ash engraçado. “Ah, não seja tão dramático, Ash. Amy não é apenas minha chefe; ela também é minha amiga. Ela simplesmente tem um jeito de conquistar o coração das pessoas, então realmente não é nada demais,” ela comentou, minimizando seu próprio papel em ajudar Amy.

“Se você diz. Mas não é só isso. Eu decidi finalmente desistir da minha perseguição a ela. ‘Se você ama alguém, deixe-o ir, certo?” Ash declarou, oferecendo a Ava uma taça de vinho e servindo-lhe uma dose do Musigny de 1988.

A expressão de Ava se transformou em um franzir de testa ao ouvir as palavras de Ash. Não era o resultado de estar intoxicada, mas sim, ela estava percebendo coisas que soavam como música para os seus ouvidos.

“Você está querendo dizer que seguiu em frente?” Ava pensou, buscando esclarecimento de Ash.

Ash deu um suspiro e apertou os lábios. “Infelizmente, ainda não consegui superá-la,” ele admitiu. “Mas eu observei como ela defende Henry e quanta alegria eles trazem um ao outro. Eu posso ver o amor genuíno entre eles; seus olhos brilham cada vez que se olham.”

Um sentimento de anseio e impotência preencheu as palavras de Ash enquanto ele continuou, “Ela nunca me olhou do jeito que olha para Henry. Eu ainda a amo, mas quero que ela seja verdadeiramente feliz. Eu tenho percebido que minhas ações foram motivadas por egoísmo e insegurança.

Entretanto, desde que Beethoven entrou na minha vida, comecei a aceitar minhas circunstâncias.” Ash se virou para Beethoven, buscando confirmação, “Certo, amigo?” e Beethoven respondeu com um latido como se entendesse os sentimentos do seu dono.

Ava teve dificuldade em exprimir suas emoções. Ela sentiu uma mistura de felicidade e alívio que Ash havia dado o primeiro passo para seguir em frente. No entanto, uma profunda tristeza puxava seu coração ao ver a dor refletida em seus olhos enquanto ele compartilhava seu plano. Foi uma realização agridoce, sabendo que sua jornada em busca da cura também incluiria momentos de sofrimento.

Além de suas outras emoções, Ava também nutria um sentimento de preocupação. Apesar dos esforços de Ash em seguir em frente, não havia garantia de que seus sentimentos por ela mudariam. No entanto, ela tomou a firme decisão de ficar ao lado de Ash, constante em seu apoio, esperando que com o tempo, ele se tornasse consciente de sua presença e passasse a amá-la em troca.

“Tudo bem, chega de drama,” Ash interrompeu, interrompendo o fluxo de pensamentos preocupantes de Ava. “Vamos saborear este delicioso sorvete antes que derreta,” ele sugeriu, redirecionando a atenção deles para o delicioso petisco à frente.

Ava se acomodou em seu assento, e para seu espanto, Ash sentou-se bem ao lado dela, seus corpos em íntima proximidade. A proximidade fez com que ela ficasse extremamente ciente de seu próprio coração acelerado, e ela não pôde evitar sentir um surto de nervosismo. Se ao menos ela não estivesse vestida, ela pensou, Ash certamente sentiria o calor irradiando de sua pele.

Sentindo a repentina tensão de Ava, Ash ficou preocupado e perguntou, “Estou te deixando desconfortável? Você quer que eu me afaste?”

Ava balançou a cabeça e tranquilizou Ash, “Não, não, não tem problema. Estou bem, realmente.”

‘Meu Deus, isso definitivamente não está bem!’ ela gritou interiormente, seus pensamentos cheios de emoções intensas.

“Tudo bem, vamos encontrar algo bom para assistir,” Ash sugeriu enquanto começava a navegar pela lista de programas em sua plataforma de TV online. Eles continuaram procurando até chegar a um acordo mútuo sobre o que assistir.

Depois de terminarem a sobremesa, eles prosseguiram para desfrutar do vinho, consumindo-o gradualmente em grandes quantidades. Envolvidos em compartilhar suas histórias de vida divertidas, eles se encontraram mais absortos na conversa do que em assistir à televisão.

“Tenho que confessar, Ava, eu nunca esperava que você fosse tão agradável de estar por perto. Quando te vi pela primeira vez, parecia que você estava pronta para pular e proteger Amy de mim a qualquer momento. Eu realmente estava intimidado por você naquela época. No entanto, agora posso dizer com confiança que não devemos julgar um livro pela capa,” Ash comentou alegremente, suas palavras um pouco enroladas pelo efeito do vinho que haviam consumido.

“Mas ainda assim você não gosta de mim do jeito que eu gosto de você,” Ava murmurou para si mesma antes de beber de seu copo.

“Como é que você gosta de mim, Ava?” Ash perguntou após ouvir o que ela disse.

Os olhos de Ava se arregalaram de horror, ela pensou que havia dito em voz baixa, mas parece que não foi assim. “Do que você está falando? Você está bêbado, então está ouvindo coisas. Talvez você devesse parar de beber,” Ava retrucou.

“Bêbado? Eu? Eu não fico bêbado! Nunca!” Ash disse enquanto ria antes de se levantar. Ele foi em direção à sua adega cambaleando até bater a cabeça na porta, fazendo-o ficar um pouco sóbrio.

“Ai! Isso dói!” Ash exclamou.

Ava ficou ali parada, rindo dele. Ela o seguiu quando ele se levantou, mas não se preocupou em ajudar, para provar a ele como ele estava bêbado.

“Viu, eu disse que você está bêbado,” ela disse em um tom de ‘eu avisei’.

“É, é, talvez eu estivesse, mas está tão dolorido que agora estou de volta a mim mesmo. Caramba, o que eu estava pensando…” Ash disse enquanto esfregava a cabeça e verificava sua mão para ver se estava sangrando.

Ava estendeu a mão, “Vem, vamos colocar um pouco de gelo nisso. Com certeza vai ficar roxo.”

Ash aceitou a mão dela e a puxou com força. Forte o suficiente para arrastar Ava também bêbada ao chão direto para o seu colo, e suas cabeças se chocaram. Mas em vez de chorarem de dor, os dois riram juntos, manifestando quão bêbados estavam.

“Parece que não sou o único bêbado aqui,” Ash disse.

Ava encarou o rosto bonito de Ash bem à sua frente enquanto ela se sentava em seu colo no chão. Seus olhos verdes olhavam diretamente nos dela. Seu cabelo loiro e rosto recém-barbeado com cavanhaque realmente capturavam seu coração.

Sem pensar, Ava se inclinou mais perto pressionando seus lábios nos de Ash surpreendendo a ambos.