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O Serviço Secreto de Quarto da Vilã - Capítulo 150

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  3. Capítulo 150 - 150 Medo e Tremor 150 Medo e Tremor Altair permaneceu
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150: Medo e Tremor 150: Medo e Tremor Altair permaneceu congelado, sua determinação vacilando diante da assustadora tarefa que tinha pela frente. Ele havia enfrentado a decisão de confrontar Rosalie e expor seus segredos mais íntimos, mas à medida que as palavras lhe escapavam dos lábios, um medo inesperado, há muito adormecido, surgiu, apoderando-se dele com um aperto implacável.

Não era só Rosalie que tremia de medo agora.

Com uma lentidão deliberada, quase como se buscasse um fugaz momento de alívio, ele desviou o olhar, fixando-se na superfície brilhante do assoalho de madeira polido. Sua mente, agora um redemoinho de pensamentos tumultuados, recusava-se a ceder à gravidade da conversa iminente.

Finalmente, após um momento de luta interna intensa, ele reuniu sua determinação e dirigiu-se a ela com um tom medido, tingido de um toque de incerteza,
“Minhas habilidades… elas me concederam um vislumbre, Senhorita Rosalie. Eu vi tudo.”

As mãos de Rosalie se apertaram em punhos trêmulos, lutando com a confusão avassaladora que a envolvia. A revelação de Altair parecia escapar da compreensão, todavia seu peso pressionava fortemente sobre sua consciência.

“Mas como isso pode ser? Damien insistiu que ninguém percebeu nada de errado comigo. Então como–”
Uma confissão solene escapou dos lábios de Altair, carregada com o peso da verdade.

“Porque minhas habilidades, Rosalie, são o espelho das suas. Foram-me concedidas por um demônio.”

Uma nova onda de choque percorreu o corpo de Rosalie, inundando até os recessos mais remotos de seu ser. Era como se sua própria essência tivesse sido drenada, deixando para trás um vazio assustador, um vácuo arrepiante.

Seus lábios, ressecados e trêmulos, mal conseguiram formar as palavras de sua próxima pergunta,
“O que você quer dizer? Isso… não pode ser real…”

Um pesado silêncio pairou entre eles, enquanto Altair lutava com o peso de sua revelação. Rosalie, também, hesitava em pressioná-lo ainda mais, ambos evitando o olhar um do outro, como se temessem que mesmo a troca mais leve de olhares pudesse estilhaçar a tranquila fragilidade que pairava perigosamente no ar.

O peso do silêncio tornou-se opressivo, pressionando o ambiente, até que Altair soltou um suspiro curto e tenso. Levantando de seu assento, ele se posicionou diretamente em frente a Rosalie, obrigando-a a encontrar seu olhar.

Então, naquele momento carregado, aconteceu.

O longo e liso cabelo branco de Altair transformou, tornando-se ondas selvagens do negro mais profundo, parecendo a vasta juba de uma criatura sobrenatural e formidável.

Sua tez pálida, previamente beirando um tom pouco saudável, agora adquiria um tom bege e quente, infundindo suas faces encovadas com uma rosácea delicada e não familiar.

Seus distintos olhos de platina escureceram, impregnados de um brilho carmesim sinistro, remanescente de rubis polidos.

Era uma versão de Altair que ela mal reconhecia. E ainda assim… ela inegavelmente reconhecia.

Rosalie recuou involuntariamente, seu corpo inclinando-se para trás sobre sua mão direita, enquanto ela se ajustava lentamente à transformação surpreendente diante dela. Sua cabeça parecia vazia, seus lábios recusavam-se a articular uma resposta. No tumulto de emoções, um pensamento singular emergiu através do caos, cristalizando-se em sua consciência.

‘Ele… é ele! O homem e a besta dos meus sonhos! Sempre foi Altair!’
Altair manteve-se firme e imóvel, observando a rápida sucessão de emoções desconfortáveis que contorciam o pálido rosto da senhora. Ele queria que ela quebrasse o silêncio, preparando-se para qualquer resposta, temendo o peso do silêncio. Mas ela não disse uma única palavra.

E assim, ele escolheu estilhaçá-lo mais uma vez.

“Você está com medo?” ele perguntou.

O corpo de Rosalie pareceu agir por conta própria, respondendo com um balançar de cabeça gradual, quase imperceptível, sua voz mal audível enquanto sussurrava,
“Mas… como você conseguiu enganar o Templo Sagrado?”

A pergunta acendeu um lampejo de raiva dentro dele. Soltando mais um suspiro efêmero, ele passou os dedos pela massa desgrenhada de seu recém transformado cabelo preto antes de responder,
“O demônio com quem fiz um pacto não era outro senão Mefisto, o mestre do engano. O Sumo Sacerdote carecia do verdadeiro Poder Sagrado, daí sua incapacidade de discernir meu ardil. No entanto, eu vi através do seu, Rosalie. Porque compartilhamos um vínculo comum.”

“Por que faria uma coisa dessas? Por que trocar sua alma com Mefisto, Altair?”

Altair aproximou-se lentamente da cama, reassumindo seu lugar ao lado da duquesa, desviando mais uma vez seu olhar incandescente de carmesim. A resposta para sua pergunta era clara, porém cada vez que contemplava articulá-la, parecia incrivelmente insignificante. Ainda assim, sabia que tinha que responder.

“Vingança. Foi por vingança. Eu… era o líder do Culto Demônico,” Altair confessou, sua voz carregada com o peso da sua admissão.

Rosalie sentiu seu coração encolher mais uma vez, seu ritmo pulsante reverberando dentro de seu crânio como o som de um tambor retumbante.

Tudo havia sofrido uma profunda reviravolta, descendo numa teia emaranhada de confusão. Outro personagem havia emergido, alguém que, como ela, havia negociado sua alma com um demônio. Ainda mais desconcertante foi a revelação de que ele havia conseguido enganar as autoridades do Templo Sagrado, mascarando-se como possuidor do poder necessário enquanto secretamente liderava o proibido Culto Demônico.

Um emaranhado caótico de contradições consumiu seus pensamentos, deixando seu senso de compreensão confuso. E ainda assim, de alguma forma insondável, tudo estranhamente fazia sentido.

Depois de reunir seus pensamentos dispersos, Rosalie voltou seus grandes olhos cinzentos em direção ao homem e murmurou, sua voz ainda parcialmente distante,
“Então, os prisioneiros fugitivos… as travessias ilegais de fronteira, as feras mágicas… tudo isso foi obra sua?”

A resposta de Altair veio na forma de um simples aceno de cabeça. Não restavam palavras significativas a oferecer. Se a suposição da senhora estava correta, concordância era tudo que ele podia fornecer. Ainda assim, até esse solitário aceno foi suficiente para fazer os olhos de Rosalie se arregalarem, enquanto uma compreensão perigosa se apoderava de sua mente.

“Isso significa que seu objetivo é a Família Imperial, assim como… Damien?”

Uma agonia irritante roía o peito de Altair enquanto a duquesa falava o nome do Grande Duque com profundo carinho. Se ainda possuísse a capacidade, ele poderia ter erradicado cada vestígio de Damien Dio do mundo, desesperado para banir os ecos assombrados daquele nome. Contudo, as circunstâncias haviam mudado, alinhando-o ao mesmo homem que outrora desprezara com fervorosa fúria, posicionando-se em desafio contra o Culto Demônico ao qual havia renunciado.

“É o objetivo do Culto Demônico, do qual agora me afastei.”

A percepção de Rosalie de sua própria negligência apenas aprofundou sua perplexidade geral. Erguendo as sobrancelhas, ela se inclinou mais perto de Altair, sua curiosidade crescente emprestando um tom ligeiramente mais alto à sua voz,
“Você saiu… Então quais são as implicações disso? O que motivou sua decisão?”

Altair encontrou seu olhar diretamente, seus olhos firmes, enquanto respondia com convicção e determinação,
“Fiz isso para ajudar você, Rosalie.”

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